Friday, 26 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Paula Leite


‘O internauta brasileiro passou em média 16 horas e um minuto navegando na internet em sua casa em maio, segundo pesquisa do Ibope/NetRatings. É o tempo mais alto registrado pela pesquisa desde que ela começou a ser realizada, em setembro de 2000.


O tempo gasto na internet em maio representa um aumento de mais de 5% em relação ao tempo registrado em abril, que foi de 15 horas e 14 minutos.


O número de usuários ativos da internet (pessoas que efetivamente acessaram a rede de suas casas) também aumentou, de 11,37 milhões de pessoas em abril para 11,51 milhões de pessoas em maio.


‘A média brasileira de tempo na internet é altíssima, o país disputa com o Japão o maior tempo médio de navegação’, diz Cid Torquato, diretor-executivo da Câmara-e.net (Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico).


Essa média alta, diz Torquato, mostra duas situações, uma positiva e uma negativa. O lado bom é que o país tem uma comunidade de tecnologia sofisticada, tanto que o Brasil é sempre um dos primeiros países a adotar em massa as novidades da internet, como o Skype e o Orkut.


O problema é que o uso da internet é concentrado, segundo Torquato. Prova disso é que o tíquete médio de compras na internet do brasileiro é o dobro do registrado nos EUA, já que são pessoas de alto poder aquisitivo que compram em lojas eletrônicas.


O diretor-executivo da Câmara-e.net diz também que o aumento do tempo gasto na internet está relacionado à expansão dos serviços de acesso de banda larga, que não ocupam a linha telefônica e pelos quais geralmente se paga uma taxa fixa independentemente do tempo usado no mês.


Pesquisa


A pesquisa do Ibope/NetRatings é feita com aproximadamente 6.000 pessoas, que representam o universo dos internautas brasileiros residenciais. Um software instalado no computador do participante na pesquisa registra o tempo usado e quem acessou a internet.


Não é incluído na pesquisa do Ibope/NetRatings o tempo gasto na internet quando ela é acessada no trabalho ou em locais públicos, como bibliotecas, telecentros, escolas e cybercafés.


As pessoas que usam a internet mas que não têm acesso à rede em casa não são incluídas no total de internautas ativos. A Câmara-e.net estima que 35 milhões de brasileiros têm algum tipo de acesso à internet, ainda que não a usem regularmente.’



AOL EM CRISE


O Estado de S. Paulo


‘AOL Latin America pede concordata nos EUA’, copyright O Estado de S. Paulo, 25/06/05


‘A America Online Latin America, cuja sede fica em Fort Lauderdale, ao norte de Miami, apresentou ontem um pedido de concordata a um tribunal federal do estado de Delaware, no norte dos Estados Unidos, informaram fontes legais.


De acordo com o pedido, a companhia fundada em 1998 e que nunca conseguiu gerar lucro tem ativos no valor de US$ 28,5 milhões e quase US$ 182 milhões de dívidas. A maior parte dessa dívida (US$ 161,6 milhões) é com a Time Warner e a America Online, que detêm o controle acionário da AOL Latin America.


A AOL Latin America pediu autorização ao tribunal para pagar dívidas com seus 346 funcionários no Brasil e em mais três países (Estados Unidos, Argentina e México), segundo documentos do tribunal.


A empresa pediu também permissão para saldar, na próxima semana, US$ 779,5 mil em salários devidos a seis executivos, entre eles o diretor-geral, Charles Herington, que pode receber US$ 230,5 mil.


Há exatos três meses, a AOL Latin America já havia avisado a Securities and Exchange Commission (SEC), autoridade do mercado acionário americano, que poderia pedir concordata, por falta de recursos financeiros. Em comunicado datado de 22 de março, a empresa previa que o dinheiro acabaria no terceiro trimestre deste ano.’



Folha de S. Paulo


‘AOLA tenta evitar falência nos EUA’, copyright Folha de S. Paulo, 25/06/05


‘A America Online Latin America e as subsidiárias AOL Puerto Rico Management Services, America Online Caribbean Basin e AOL Latin America Management pediram ontem proteção contra falência nos Estados Unidos, o chamado ‘Chapter 11’.


Apesar da situação delicada, a AOLA informou que as operações no Brasil, no México e na Argentina continuam normalmente.


Além da Time Warner, a AOLA tem como sócios o grupo venezuelano Cisneros e o banco Itaú. A Reuters entrou em contato com a instituição financeira brasileira, mas não havia ninguém disponível para comentar o assunto.


A AOLA enfrenta falta de capital desde que os sócios desistiram de injetar mais dinheiro na empresa. A companhia anunciou em março deste ano que somente dispunha de recursos para bancar suas operações até o terceiro trimestre e que explorava uma possível venda de toda a companhia.’