Saturday, 20 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Priscila Guilayn

‘O disse-me-disse tomou conta dos jornais esportivos espanhóis. A repercussão, fora de contexto, de uma declaração de Vanderlei Luxemburgo publicada pelo GLOBO sexta-feira passada desencadeou o que o diário ‘Marca’ definiu como uma guerra entre o treinador brasileiro e César Ferrando, seu colega do Atlético de Madrid.

Três dias antes do clássico, no qual o time branco ganhou de 3 a 0, Vanderlei respondeu a 31 perguntas do GLOBO. Numa delas, disse a frase que causou polêmica:

– Aqui na Europa, eles não estão acostumados a trabalhar como nós trabalhamos. No Brasil, somos competentes, somos experts em futebol. Nosso know-how é muito grande. O Ronaldo e o Roberto Carlos sabem bem disso.

A resposta de Luxemburgo foi tirada de contexto e usada pelo programa ‘El círculo a primera hora’, da Telemadrid, segunda-feira. O entrevistado era Ferrando, técnico do time perdedor, a quem fizeram a seguinte pergunta: ‘O que você achou das declarações de Luxemburgo criticando a qualidade dos treinadores europeus?’. Na entrevista, transcrita pelo diário ‘AS’, Ferrando responde:

– Eu acho uma falta de respeito. Não tem que vir de fora e nos ensinar nada. Não sabemos mais que ele, mas também não sabemos menos. Se existe uma coisa que caracteriza os treinadores espanhóis é um enorme respeito pelos profissionais que vêm de fora. Temos que dar mais valor aos treinadores daqui porque temos o nível dele.

A polêmica rendeu manchetes. O ‘Marca’ deu chamada de capa (‘O técnico brasileiro afirmou em O GLOBO que os europeus não trabalham como eles’) e dedicou duas páginas com título garrafal: ‘Ferrando, em guerra com Luxemburgo’.’



ASSALTO NO DIA
Jornal do Brasil

‘Grupo armado assalta gráfica de jornal’, copyright Jornal do Brasil, 15/1/05

‘Um grupo de homens armados invadiu ontem a sede do Parque Gráfico do jornal O Dia, na Avenida Dom Helder Câmara (antiga Av. Suburbana), em Benfica. O assalto aconteceu por volta das 16h, e os 70 funcionários que trabalhavam na gráfica dos jornais no momento tiveram de sair para a rua. Por cerca de três horas, as atividades foram paralisadas. Os ladrões levaram um total de 200 chapas de alumínio, utilizadas para provas de impressão dos produtos.

Uma equipe de policiais militares do 22º BPM (Maré) esteve no local e empreendeu rápida operação na comunidade do Parque Arará, também em Benfica, para onde teriam fugido os criminosos, mas nada foi encontrado. Horas antes do assalto, houve uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) na mesma comunidade, sem prisões.

Os bandidos mantiveram alguns funcionários como reféns enquanto faziam a retirada dos produtos. A administração do complexo gráfico solicitou à Polícia Militar que não interviesse, a fim de garantir a integridade física dos funcionários. Por volta de 16h30, os reféns foram liberados e os funcionários que haviam saído do prédio puderam retornar normalmente ao trabalho.

O assalto de ontem foi o segundo em menos de um mês. No fim da tarde do dia 31 de dezembro, um grupo armado – possivelmente o mesmo de ontem – entrou no complexo gráfico e roubou cerca de 400 chapas de alumínio. O circuito interno de TV chegou a filmar a ação, mas, segundo trabalhadores da gráfica, não foi possível identificar os ladrões. Não se acredita que sejam da Favela do Arará. A gráfica mantém um programa social voltado para a comunidade.’