Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Jornalista bate ponto e volta a trabalhar

O texto a seguir fala sobre assédio moral no jornal A Gazeta, do estado do Espírito Santo, onde jornalistas são obrigados a bater o cartão de ponto e depois voltar a trabalhar. Uma exploração do trabalhador. O texto abaixo, do sindicato dos jornalistas, explica muito bem o que ocorre.

E o pior é que uma empresa como a Rede Gazeta, que se coloca como arauto da sociedade, a defensora das coisas certas dentro dessa mesma sociedade, não consegue agir corretamente nem com seus próprios empregados (jornalistas), que produzem o conteúdo de seus jornais. Trata-se de uma empresa hipócrita.

A matéria completa está no site do sindicato dos jornalistas do Espírito Santo: http://www.sindijornalistases.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=554&Itemid=51&Itemid=2

Abaixo segue um trecho do texto do Sindijornalistas.

“Jornalistas de A Gazeta têm procurado o Sindijornalistas para relatar uma situação de calamidade no ambiente de trabalho: o assédio moral. Um dos autores desse tipo de agressão, segundo profissionais da empresa, chama-se Giuliano Alvarenga, funcionário ligado diretamente ao diretor de redação, Antônio Carlos Batista Leite, o Cacá, que ordena as ações de assédio moral.

“O capataz de Cacá, como Giuliano é conhecido na redação de A Gazeta, aborda os jornalistas alertando para que não façam hora-extra. Além disso, os trabalhadores têm que bater o ponto quando completam as cinco horas trabalhadas (para quem é contratado por cinco horas) ou sete (para quem é contratado por sete horas). Mesmo depois de registrar o horário de saída, são obrigados a retornar para o trabalho.”

É muita hipocrisia uma empresa que “paga” de arauto e defensora do que é correto e verdadeiro na sociedade (o que nunca colou), e massacra sua própria categoria (os jornalistas).

Que moral tem essa empresa? Só se for a moral do assédio moral.

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[João Paulo Freitas, Vitória, ES]