Saturday, 27 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

A rainha no paredão

O rei (ou a rainha) estava nu. Faltava um artigo denunciar a nudez. O autor, um professor universitário, o fez com veemência, num dos melhores artigos que li nessa rememoração (quase celebração) do golpe de 64. Bala na agulha e muita munição factual e teórica formaram um texto de difícil refutação. Vai ser difícil alguém acusá-lo de parcialidade ou distorção dos fatos. Nessa, a direita revisionista e seu canal predileto levaram uma bela rasteira. E é bom ficarem no chão saboreando a audiência do Big Brother. Porque se tentarem sair do reality show quem vai pro paredão é a TV Globo e seus admiradores incondicionais. Beleza de site, vocês são imprescindíveis.

Marcelo Cardoso de Mattos, artista plástico



Pose de vestal

‘Talvez esse seja o preço a ser pago pelos próceres dos grandes complexos midiáticos brasileiros: purgar, tal como os Buendia, na Macondo de García Márquez, ‘cem anos de revisão’’.

Esse trecho, extraído do magnífico ensaio do professor Gilson Caroni Filho, lava a alma de quem viveu a manipulação promovida pela TV Globo nos anos do golpe. Pior foi depois. Ver a mesmíssima emissora posar de vestal da democracia. Duro para quem tentou resistir naqueles dias é observar que os poderosos de ontem não foram varridos da nossa história, apenas mudaram de roupa. Dá vontade de largar tudo de mão e cuidar de hortaliças.

Vocês, que se tornaram minha leitura obrigatória de quarta-feira e que já incluí como favoritos, não deixam a memória correr pelo ralo sujo que a imprensa abre para escoar a água suja do passado. Volto ao Observatório para parabenizar os mesmos a quem festejei na semana passada. Digam ao Alberto Dines, ao Gilson Caroni Filho, enfim, a todos que fazem este site, que gerações passadas, presentes e futuras certamente unem-se para gritar um uníssono muito obrigado.

Clara Stelman, advogada que, como tal, aprecia as boas causas



Contra esparrelas

Estudantes de Jornalismo devem ler este artigo mais de uma vez. De preferência, deve imprimi-lo, para refletir bastante. ‘Unha e carne’ é obrigatório para quem não quer cair nas esparrelas ditas nas faculdades. O professor Gilson Caroni Filho deu uma aula de política e jornalismo. Provou como um não pode ser entendido sem o outro. O Observatório é leitura obrigatória para quem pretende ter uma visão crítica sobre a imprensa.

Maria Helena Andrade, estudante, São Paulo



Sedução global

Gostaria de demonstrar minha satisfação em ter acesso a esse tipo de informação, pois o monopólio global tenta nos seduzir a todo momento com suas matérias maquiadas com estratégias mirabolantes que vão além da nossa malícia. Ler este artigo é mais do que fundamental para estudantes, não só de Jornalismo, como para todos aqueles que, conscientemente, não aceitam a manipulação da informação.

Daniele Cristina Sousa dos Santos, estudante, Rio de Janeiro



Exocet na mosca

Fantástico. Um caderno especial do Globo sobre a ditadura é demolido em artigo brilhante. Foi um exocet no jornal e na televisão do grupo que tanto nos massacrou. O professor Gilson acertou no meio da mosca. Façam chegar a ele meus sinceros parabéns.

Carlos Alberto de Almeida Farias



A história como convém

Quem nasceu e prosperou com e graças à ditadura conta a história de 64 da forma que lhe convém. Muito, muito bom o texto do Gilson Caroni Filho, ‘Unha e carne do atraso’.

Ruy Paneiro, jornalista, Rio de Janeiro