A rede britânica BBC afirmou, na semana passada, que prestou queixa formal ao ministro do Interior egípcio, Habib al-Adly, sobre a falta de ação por parte das forças de segurança na proteção dos jornalistas no país. Quatro repórteres, incluindo dois funcionários da BBC, foram atacados no dia 25/5 no Cairo, depois de um encontro da Assembléia Geral do Sindicato dos Jornalistas, como informa a AP [2/6/06]. Jerry Timmins, chefe do serviço da BBC na África e Oriente Médio, pediu ao ministro para investigar o incidente, a fim de que a rede possa continuar seu trabalho no país. Dina Samak e Dina Gameel, correspondentes da BBC, e Jihan Shouban, repórter do Sawt al-Umma, foram perseguidos e parados por um táxi. Cinco policiais à paisana saíram do carro e cercaram o veículo dos jornalistas, que foram atacados por mais dez pessoas que estavam no local.
‘Repórter do ano’ rejeita presidente do Paquistão
O jornalista paquistanês Amir Mir foi escolhido o melhor repórter do ano pela All Pakistan Newspapers Society por seu trabalho investigativo na revista Herald. Mir escreveu diversos artigos para a Herald e para jornais estrangeiros sobre organizações extremistas no Paquistão e suas ligações com agências de inteligência. O jornalista, entretanto, recusou-se a receber o prêmio das mãos do presidente Pervez Musharraf. Mir deixou uma carta ao presidente da Associação, antes do início da cerimônia de entrega do prêmio, em 26/5, afirmando que não poderia ‘receber o prêmio das mãos de um ditador, que em diversas ocasiões violou a constituição e não respeita as leis do país’. Ele disse que preferia receber o prêmio das mãos de outro jornalista, e foi aconselhado a não criar confusão. Durante a cerimônia, foi anunciado, na presença de Musharraf, que Mir não poderia receber sua homenagem por circunstâncias inevitáveis e que ela lhe seria entregue posteriormente pelo presidente da Associação. Informações de Debka File [29/5/06].