Friday, 26 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Central unificada contra a pedofilia na rede

Leia abaixo a seleção de sexta-feira para a seção Entre Aspas.


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O Estado de S. Paulo


Sexta-feira, 28 de novembro de 2008


 


INTERNET
William Glauber e Clarissa Thomé


País ganha central unificada de denúncias de pedofilia na web


‘A Secretaria Especial dos Direitos Humanos, a Polícia Federal e a ONG SaferNet lançaram ontem a primeira hotline do País – uma central unificada de denúncias de crimes virtuais contra pedofilia. Após acordo assinado durante o 3º Congresso Mundial de Enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, a entidade passa também a centralizar, processar e monitorar queixas de delitos cibernéticos recebidos pelo Disque 100 do governo federal. A PF tem agora acesso imediato ao banco de dados para apurar as denúncias. O projeto custará R$ 528 mil por ano, financiados pela Petrobrás. O acordo de cooperação terá validade de um ano, renováveis por mais dois.


A íntegra da cartilha e saiba como denunciar casos de pedofilia


A ONG recebe diariamente 2,5 mil queixas de pedofilia, racismo, homofobia e intolerância religiosa, entre outros crimes na internet. Desse total, 63% correspondem a abusos contra crianças e adolescentes. Como um delito pode ser denunciado por mais de um internauta, há duplicidade das informações e, ao fim de cada dia, se registram 400 casos novos. A central, equipada com um software fornecido pela polícia canadense e desenvolvido pela Microsoft, evitará o duplo registro da mesma ocorrência.


‘Hoje as informações são muito poluídas. O filtro vai racionalizar os recursos humanos. Nesse canal, o trabalho não será repetido’, disse a delegada Leila Vidal, chefe da Divisão de Direitos Humanos da PF. Diariamente, seis técnicos da Polícia Federal analisarão as denúncias recebidas pelo site. ‘A central vai acelerar o trabalho e descentralizar os casos pelo País, para dar início às investigações.’


Segundo o presidente da SaferNet, Thiago Tavares, além de aprimorar as ações da PF na busca dos criminosos, a hotline brasileira diminuirá o tempo de permanência das páginas irregulares na internet. ‘A polícia acompanhará desde a denúncia até a remoção do conteúdo impróprio no provedor’, disse. A SaferNet já assinou termos de cooperação com o Ministério Público Federal em São Paulo, Rio, Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul.


De acordo com a coordenadora nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Criança e Adolescente, Leila Paiva, o novo instrumento vai alimentar bases de dados do governo federal. ‘Vamos ter retorno das investigações da PF. Será possível saber onde há mais delitos, se as vítimas são crianças brasileiras, se a Justiça está rápida. Teremos melhores condições para elaborar políticas públicas’, afirmou. Atualmente, a secretaria, com status de ministério, não tem um mapeamento sobre crimes contra os direitos humanos cometidos na web.’


 


 


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Dica para os pais monitorarem os filhos na internet


‘A organização não-governamental SaferNet também lançou ontem uma cartilha para navegação segura na internet. O material contém dicas para pais monitorarem o uso do computador pelos filhos e o download gratuito está disponível em www.safernet.org.br. A subsecretária de Promoção dos Direitos da Criança e Adolescente, Carmem Oliveira, anunciou que o livro será distribuído no próximo ano em escolas públicas de todo o País. ‘Será útil não apenas para os estudantes, mas para as famílias que não tiveram as devidas informações para usarem a internet’, disse. ‘Serão milhões de exemplares distribuídos.’’


 


 


PESQUISA
Marili Ribeiro


‘Estado’ é o jornal que mais respeita o consumidor


‘A pesquisa ‘Empresas que mais respeitam o consumidor’, preparada pelo instituto TNS InterScience a pedido da revista Consumidor Moderno, aponta novamente este ano o jornal O Estado de S. Paulo na liderança na categoria jornais.


São avaliadas 41 categorias, entre fabricantes de bens de consumo, distribuidores de combustível, lojas de artigos esportivos, redes varejistas, farmácias, operadoras de telefonia e empresas prestadoras de serviços de saúde, entre outras. O levantamento tem amplitude nacional e, assim como na edição passada, entrevistou 1.250 pessoas de todas as classes sociais em cinco cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte e Recife.


A característica principal dessa pesquisa, voltada para o universo do consumidor, é o fato de os participantes responderam apenas perguntas relacionadas às categorias com as quais têm familiaridade. No geral, respondem sobre oito das 41 categorias consideradas. Entre os atributos que avaliam, estão desde as qualidades intrínsecas aos produtos até mesmo a questões de ética da propaganda, assim como a sua atuação em relação à responsabilidade ambiental e social.


Desde a última edição, no ano passado, tem ficado cada vez mais nítido para os organizadores da pesquisa a existência de um consumidor mais crítico, participativo e exigente no que se refere aos seus direitos de cidadão.


No ranking que avalia os aspectos que são indispensáveis para que a empresa seja vista como uma das que mais respeitam o consumidor, há uma escala que vai de ‘nada importante’ a ‘muito importante’, passando por ‘indiferente’ e ‘pouco importante’.


Nessa escala, lideram as escolhas dos entrevistados da atual edição os itens: qualidade dos produtos e serviços (67% das respostas); atendimento (65%); preço (62%): responsabilidade ambiental (42%); responsabilidade social (41%); monitoramento da satisfação dos clientes (39%); e propaganda (36%).


A categoria jornais foi incorporada ao levantamento somente no ano passado, quando o Estado também liderou entre os concorrentes pesquisados. O levantamento vem sendo realizado há seis anos e o resultado detalhado, com todas as 41 categorias estudadas, será divulgado na edição de dezembro da revista Consumidor Moderno.’


 


 


TELEVISÃO
Keila Jimenez


Cruzeiro com Justus


‘Mar, sol, hidroginástica na piscina e Roberto Justus, de topete à prova de brisa marítima, demitindo alguém em alto e bom som ao seu lado. Esse é o ‘plus’ oferecido pelo mais novo pacote do cruzeiro Splendour of the Seas (Royal Caribbean) – sim , esse é o batismo oficial do barco – aos seus clientes em março.


Por cerca de R$ 600 (preço do pacote para três dias), o passageiro terá direito a acompanhar a gravação de uma das provas da 6ª edição de O Aprendiz, que estréia no início de 2009, pela Record.


No lugar de shows do Rei Roberto Carlos – um dos artistas que explora bem o segmento – a viagem, que sai de Santos rumo a Búzios, traz em sua programação uma série de palestras para quem deseja ‘expandir seu horizonte profissional’.


Justus promete distribuir prêmios durante o cruzeiro, entre eles, um jantar a sós com ele e um estágio de três meses em uma de suas empresas, a agência Y&R. E, ah… Segundo o texto de divulgação do cruzeiro, haverá ainda, ‘antes de uma das baladas’ no barco, uma noite de autógrafos com Justus. Pergunta: o Aprendiz a ser demitido terá de pular em alto-mar?’


 


 


 


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Folha de S. Paulo


Sexta-feira, 28 de novembro de 2008


 


BENEFÍCIO
Folha de S. Paulo – Editorial


Limite à meia-entrada


‘A APROVAÇÃO , pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, do projeto de lei que limita a meia-entrada a 40% do total de ingressos em espetáculos artísticos, culturais e esportivos é um primeiro passo para reequilibrar os interesses em torno desse benefício, já tradicional no país.


Para cobrir seus custos, o que é natural, os empresários aumentam o valor do ingresso cheio, prejudicando principalmente quem não tem direito à meia-entrada. A cota de 40%, apoiada pelas empresas, limitaria essa transferência de ônus, possibilitando a diminuição no preço do bilhete -o que ocorrerá, no entanto, apenas mediante fiscalização dos organismos de defesa do consumidor.


Há outros aspectos positivos no projeto, que seguirá diretamente para a Câmara depois de ser votado em segundo turno na comissão de senadores. A cota da meia-entrada passa a contemplar apenas estudantes da educação básica e universitária, além de pessoas com mais de 60 anos. Cursos particulares, como os de língua estrangeira, não mais darão direito ao benefício.


Organizar um sistema para fiscalizar o cumprimento das cotas pelos estabelecimentos, contudo, não será fácil. Outro quesito que merece atenção é a produção do documento que identifica o estudante habilitado à meia-entrada, aspecto que tem dado margem a graves distorções.


O que não se justifica de maneira nenhuma é a tentativa, inscrita no projeto, de transferir ao contribuinte a conta pela meia-entrada. Não haveria inclusão social nesse subsídio. Pelo contrário, a maioria da população, que infelizmente não freqüenta cinemas e espetáculos regularmente, seria chamada a financiar usuários desses serviços.


O rateio dos custos da meia-entrada entre os que pagam o valor cheio não é o sistema mais justo. Mas, aperfeiçoado pela cota de 40%, é melhor que a opção de transferir o ônus ao Tesouro.’


 


 


THALES SCHOEDL
Painel do Leitor


Promotor


‘‘Eu, pai de Felipe Siqueira Cunha de Souza, uma das vítimas do promotor Thales Schoedl, fiquei estarrecido com a decisão tomada pelo órgão especial do TJ-SP de inocentar o referido promotor com base na ‘legítima defesa’. Rapazes sem nenhum antecedente criminal, desarmados de qualquer objeto que pudesse lesar outra pessoa, em local com seguranças e policiais a poucos metros, são chamados de agressores. E disseram ser o disparo de toda a carga da pistola a única alternativa do promotor para resolver aquela situação. Poupem-me, assim como à opinião pública de todo este país, de tamanha grosseria. O que realmente motivou os senhores desembargadores foi o elevado espírito corporativo, aliado à aversão ao controle externo e à repercussão dada pela mídia ao caso, o que não é do agrado desse colegiado do Tribunal de Justiça.’


WILSON PEREIRA DE SOUZA (São Paulo, SP)


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‘Trabalhei com Thales Schoedl por cerca de três meses antes dos fatos havidos no litoral paulista. Nunca percebi nele qualquer desvio de caráter, muito pelo contrário. Quanto soube do ocorrido, procurei informar-me da forma que me pareceu mais sensata e correta: analisando os autos, sobretudo a prova oral. Convenci-me, após a serena leitura do processo -sem a interferência da imprensa-, de que estava diante de um inegável caso de legítima defesa. Durante todos esses anos, diversos setores da imprensa demonstraram absoluto desprezo pelas provas dos autos. O que importava era apenas e tão-somente o fato de que o acusado era detentor de um cargo público. O massacre levado a cabo contra Thales finalmente cessou anteontem, quando a cúpula do Judiciário paulista, por unanimidade, reconheceu a excludente de ilicitude da legítima defesa.’


RODRIGO CÉSAR COCCARO , promotor de Justiça (São Paulo, SP)


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‘O promotor Thales Schoedl foi absolvido por unanimidade das acusações de matar a tiros um jovem e ferir outro . Essa notícia causa revolta em cada brasileiro. Um promotor, no período probatório, absolvido de um crime praticado de forma grotesca. Como poderá um cidadão como este acusar alguém em nome do Ministério Público? Chega de corporativismo em todas as classes.’


GUILHERME CORRÊA (Peruíbe, SP)


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‘É simplesmente indecente a absolvição do promotor Thales Schoedl. O espírito de corpo do Judiciário chegou a um limite vergonhoso. Só faltou dizer que o culpado foi a vítima.’


SILVIA T. DE TOLEDO (São Paulo, SP)’


 


 


POLÍTICA
Folha de S. Paulo


Artistas fazem campanha pela indicação de senador ao comando da Unesco


‘As atrizes Fernanda Montenegro, Fernanda Torres e Maitê Proença participaram ontem, no Rio, de um ato de apoio à indicação do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) para o cargo de diretor-geral da Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura).


O ato ocorreu na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Rio. No evento, Fernanda Montenegro leu um manifesto que será passado nos teatros para recolher assinaturas dos espectadores.


Pelo sistema de rodízio, a América Latina vai indicar o novo titular da instituição em 2009. A indicação do ex-ministro da Educação para a Unesco partiu do ex-secretário geral da ONU Kofi Annan e do ex-presidente de Portugal, Mario Soares.


O manifesto lido por Fernanda Montenegro afirma que Buarque já é reconhecido fora do país como autor de idéias novas sobre o desenvolvimento. ‘É um nome que tem um passado que justifica a sua indicação, além de reconhecimento, o que pode facilitar a sua eleição’, diz.


Buarque disse que o cargo ‘é uma forma de chamar a atenção para o arquipélago de pobreza no mundo’ e de ‘dar mais visibilidades a questões como educação, cultura, ecologia, ciência e tecnologia’.


Segundo ele, seu nome ainda precisará da aprovação de 185 países em novembro do próximo ano, na Assembléia Geral das Nações Unidas.’


 


 


TODA MÍDIA
Nelson de Sá


S.O.S. telejornal


‘A Defesa Civil divulgou ao longo do dia números conflitantes e os sites de notícias alternaram 99, 100 e 101 mortos em Santa Catarina.


Sem atentar às estatísticas, a cobertura de televisão se concentrou nas demonstrações de solidariedade, seguindo Lula -caso da Globo, que enviou William Bonner a Blumenau. Antes, a Record veio com Britto Jr. em Itajaí -e lançando seu próprio programa ‘S.O.S. Santa Catarina’.


No exterior, por outro lado, a tragédia já dá lugar ao temor de impacto na exportação. O ‘Financial Times’ alertou em reportagem que a região ‘chave para a agricultura pode enfrentar meses de dificuldades’ no envio de seus produtos. Sites de comércio como Lloyd’s List seguem sem parar as reuniões da ‘corrida para reabrir o porto de Itajaí’.


A GUERRA CONTINUA


A ‘Economist’ mudou na última hora e foi ‘para as rotativas’ com os atentados em Mumbai ‘ainda se desenvolvendo’. O motivo, como exposto em seu enunciado interno, é que se abriu com os ataques realizados na Índia ‘uma nova frente de combate na guerra global contra o terror’


DOS CIDADÃOS


Como em Nova Orleans e em Santa Catarina, não foi a televisão que marcou o primeiro dia da cobertura em Mumbai, mas o ‘jornalismo cidadão’, no dizer do ‘Wall Street Journal’, os blogs e o ‘micro-blogging’ do Twitter, no dizer da Reuters. Também o Flickr.


O TRATAMENTO


Jim O’Neill, economista do Goldman Sachs que cunhou o acrônimo Brics, penitenciou-se ontem no ‘FT’ por ter acreditado na teoria do descolamento entre economias desenvolvidas e emergentes. Diz que ‘parecia um modelo razoável, até o colapso do Lehman’.


Agora, sugere ele de forma acanhada, o ‘tratamento’ para evitar que o mundo inteiro se deixe contaminar pela ‘pneumonia’ americana seria estimular os consumidores de China, Índia e Alemanha a gastar. Saúda o pacote de ‘estímulo’ da primeira, diz que a segunda deve gastar mais em infra-estrutura -e, sem convicção, aconselha a Alemanha a aumentar os salários.


‘LOSERS’


O site Business Sheet elaborou e o ‘New York Times’ destacou na home a lista dos maiores perdedores de Wall Street, com a crise. Abre com dois indianos, Anil Ambani e Lakshmi Mittal, que teriam queimado US$ 60 bilhões, e logo chega aos magnatas do Google, Sergey Brin e Larry Page, com US$ 12 bilhões; da Microsoft, Steve Ballmer e Bill Gates, US$ 8,5 bilhões; da News, Rupert Murdoch, US$ 4 bilhões; e da Viacom/CBS, Sumner Redstone, que já nem seria mais um bilionário.


No ‘FT’, por outro lado, um colunista defende o mais ironizado de todos, Warren Buffett, também na lista. Diz que ele jamais escondeu de ninguém que seu jogo, antes e agora, na crise, é arriscar.


NEM CHINA NEM RÚSSIA


A nova ‘Economist’ afirma que, para a América Latina, ‘a China, não a Rússia, é o novo parceiro que importa’. Relata como prioritário o subtexto comercial, tanto na presença chinesa como na russa, e questiona a atenção dada à operação naval na Venezuela.


Critica, por outro lado, a aproximação entre Brasil e Irã. Por louvável que seja a busca de diversificação comercial e política pelos países latino-americanos, encerra o texto, ‘o líder estrangeiro que eles estarão mais ansiosos por ver no ano que vem é Barack Obama’.


REVISÃO


Com temor crescente da Rússia, o ‘NYT’ deu ontem na capa que o ‘nacionalismo da era Vladimir Putin esconde pecados de Josef Stalin’. Moscou agora resiste às revelações que esclareceriam massacres e outros crimes do ditador’


 


 


TELES
Elvira Lobato


Oi conclui financiamento para comprar BrT


‘A Oi anunciou ontem que concluiu o seu programa de financiamento para a compra da Brasil Telecom. Os bancos Bradesco, Itaú e Santander garantiram a colocação de R$ 2 bilhões em notas promissórias que serão emitidas pela empresa.


A operação substitui a emissão de US$ 1 bilhão em bônus no exterior, que estava programada para setembro e acabou cancelada em razão da crise de liquidez internacional. A empresa emitirá 80 notas promissórias, no valor unitário de R$ 25 milhões, com prazo de resgate de um ano ao custo do CDI mais 3% anuais.


Apesar do equacionamento financeiro, a compra da tele ainda depende de aprovação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva eliminou a principal barreira para a fusão das duas teles ao assinar o decreto que modificou o PGO (Plano Geral de Outorgas), que impedia um mesmo grupo empresarial acumular duas concessões de telefonia fixa no país.’


 


 


TELEVISÃO
Daniel Castro


‘Prison Break’ substitui ‘24 Horas’ na Globo


‘Comprada pela Globo no ano passado, a série ‘Prison Break’, da Fox, finalmente estreará na TV aberta brasileira. A produção substituirá ‘24 Horas’, que, excepcionalmente, não será exibida pela Globo no primeiro trimestre de 2009. É que a sétima temporada das aventuras de Jack Bauer (Kiefer Sutherland) atrasou devido à greve dos roteiristas americanos. Nos EUA, estreará em janeiro. Na Globo, só passará em 2010.


‘Prison Break’ irá ao ar de 2 de fevereiro a 6 de março, após o ‘Jornal da Globo’, nas férias do ‘Programa do Jô’.


A série conta a história de um engenheiro que, para salvar seu irmão da pena de morte, assalta um banco e vai preso. Com as plantas da prisão previamente tatuadas no corpo, executa um plano para libertar o irmão e provar sua inocência. ‘Prison Break’ ganhou Globo de Ouro, mas perdeu qualidade.


Série ainda mais premiada, ‘Lost’ passará na Globo mais cedo em 2009. A quarta temporada será exibida de 11 a 27 de janeiro. Os dois primeiros episódios entrarão em um domingo, depois do ‘Fantástico’.


Nos últimos anos, ‘Lost’ foi ao ar em fevereiro e março. O seriado traz histórias de um grupo de mais de 40 passageiros de um avião que caiu numa enigmática ilha do Pacífico Sul. Sua audiência na Globo desabou. Estreou em 2006 com 16 pontos, patamar altíssimo. Neste ano, fechou com 9,3, acima de ‘24 Horas’ (8,4).


CHAMUSCADO 1


André Marques espalhou na Globo que irá para a Record, que lhe ofereceu salário três vezes maior para apresentar o reality ‘Fazenda das Celebridades’. A Globo entendeu a ‘notícia’ como pressão para ganhar mais. Resultado: não lhe dará aumento nem o aceitará de volta, caso rompa contrato.


CHAMUSCADO 2


Mesmo que fique na Globo, Marques não está garantido no ‘Video Show’ em 2009.


SOBE, DESCE


A Band marcou oito pontos transmitindo sozinha a Copa Sulamericana (Estudiantes x Inter), anteontem. A Globo optou por filme. ‘Match Point’, de Woody Allen, rendeu 18,7, abaixo do futebol (21,5). O resultado a fez desistir de cinema na próxima quarta.


MISTÉRIOS DO SBT


O jornalista Ricardo Valadares, que teve uma rápida passagem pela área artística do SBT em 2006, voltou a dar expediente na emissora. Tem sido visto nos estúdios de telenovelas. Mas não houve nenhum comunicado sobre sua atuação.


DO BEM


O ‘CQC’ (Band) estréia novo quadro no próximo dia 8. Mas, desta vez, não irá apavorar celebridades ou políticos. ‘Cadeia de Favores’, com Rafinha Bastos, será uma espécie de corrente do bem. Seu objetivo é transformar um botão de camisa em uma obra social para crianças de escola de Itu (SP).


BAIXA


Del Rangel, diretor do extinto departamento de teledramaturgia da Band, deixou a emissora anteontem.’


 


 


 


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O Globo


Sexta-feira, 28 de novembro de 2008


 


ARAGUAIA
Leila Suwwan e Germano Oliveira


Entidades criticam pressão a jornalista


‘A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) classificou de desatino o pedido de busca e apreensão feito pelo advogado e ex-deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh na casa de um jornalista de ‘O Estado de S.Paulo’ para obtenção de documentos conseguidos durante apuração de reportagem sobre a guerrilha do Araguaia. A direção do jornal avalia que a Justiça Federal não irá conceder o pedido, que já teve parecer contrário do Ministério Público Federal, devido ao flagrante desrespeito à Constituição, que assegura o sigilo da fonte jornalística.


– Não há problema em convocar o jornalista, que é um cidadão, para prestar esclarecimentos. Mas ele (Greenhalgh) foi além. Ele confirma o desatino da ameaça de busca e apreensão, um ato arbitrário que viola o princípio constitucional do sigilo da fonte e ameaça a liberdade de imprensa. Ele tem uma longa trajetória de militância em direitos humanos, e o gesto macula seu currículo – disse Sérgio Murilo, presidente da Fenaj.


Para Roberto Gazzi, editor-executivo do jornal, o pedido do ex-deputado é absurdo e deve ser rejeitado pelo juiz:


– Causou-nos muita estranheza e surpresa. Em nota, Greenhalgh tentou se justificar, mas a ação que ele move diz respeito à abertura de arquivos da União. Não é um processo contra indivíduos, e o que o repórter Leonêncio Nossa tem são documentos privados. É um motivo nobre, mas não pode justificar esse tipo de medida.


A Associação Nacional de Jornais (ANJ) só se manifestará após decisão da Justiça. O presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Maurício Azêdo, disse que a atitude do ex-deputado ameaça a liberdade de expressão ao tentar restringir a busca dos repórteres por informações.


– É um episódio muito grave, no qual Greenhalgh está enodando a biografia dele. É uma tentativa de restringir a liberdade de coleta de informações. A Justiça de Brasília não poderá aceitar.


Greenhalgh negou ontem, em nota, que tenha pedido busca e apreensão na casa do repórter, ou que desejasse quebrar o sigilo da fonte do jornalista. Segundo ele, o objetivo de sua petição ao juiz da 1ª Vara Federal de Brasília (DF) era pedir que o repórter prestasse depoimento e apresentasse os documentos repassados por Sebastião Curió, um dos envolvidos na guerrilha. Ele rejeita a crítica de que desejava restringir a liberdade de imprensa. ‘O repórter deve fornecer ao Estado brasileiro os documentos repassados por Curió. Esses documentos são fundamentais para que os familiares dos mortos e desaparecidos possam localizar seus entes e promover, finalmente, um enterro digno. A mencionada ‘busca e apreensão’ só ocorreria no caso de recusa em prestar informações à Justiça’, diz a nota de Greenhalgh.’


 


 


 


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