Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Colúmbia veta viagem de professor

O corpo docente da Faculdade de Jornalismo de Colúmbia vetou viagem oferecida ao professor Joshua Freidman para a Arábia Saudita, paga pela empresa de petróleo Saudi Aramco, por considerá-la um mau exemplo ético para os estudantes. Segundo os professores que foram contra a viagem, a prática trata-se de ‘propaganda junket‘, termo utilizado para descrever um evento promovido por um órgão público, empresa ou agência em busca de favores de outros ou autopromoção.

‘A decisão foi compatível com outras que fizemos durantes meus 15 anos na Colúmbia, rejeitando viagens gratuitas que têm por trás interesses especiais’, afirmou outro professor do setor. O reitor da faculdade de jornalismo, Nicholas Lemann, disse que todos os professores concordaram que a aceitação do convite seria uma violação à ética jornalística e inapropriada para professores, que servem como modelo para seus alunos. Freidman foi recentemente designado para o cargo de diretor de programas internacionais. ‘Não aceitamos dinheiro de nenhum país, por medo de sua influência. Não tinha intenção de ir e não queria aceitar o convite’, disse ele, justificando que levou o assunto ao corpo docente por ser novo no cargo.

No entanto, professores de outros setores da Universidade de Colúmbia discordam. A reitora da Faculdade de Relações Internacionais, Lisa Anderson, aceitou o convite para uma viagem internacional há alguns meses. Para Lisa, a viagem seria ‘muito instrutiva’. Ela ainda informou que seus alunos e outros professores freqüentemente viajam pelo mundo através de projetos financiados por organizações e governos internacionais. Em março de 2004, 10 acadêmicos foram para a Arábia Saudita, bancados pela Saudi Aramco. Informações de Alec Magnet [The New York Sun, 12/1/06].