Tuesday, 16 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1283

Colunista conservadora perde a linha nos EUA

A colunista conservadora Ann Coulter irritou democratas e republicanos ao chamar o pré-candidato à presidência americana John Edwards de ‘bicha’ (faggot, em inglês), durante um discurso na Conferência de Ação Política da União Conservadora Americana, na sexta-feira (2/3). ‘Ann Coulter ultrapassou os limites ao usar um termo tão pejorativo’, afirmou Amy Ridenour, presidente do National Center for Public Policy Research, que ajudou a patrocinar a conferência. ‘Nós, conservadores, já temos problemas o suficiente para superar todas as acusações falsas que recebemos sem ter ainda que pagar por um palanque no qual atiramos em nosso próprio pé’, desabafou.


Ann se defendeu, alegando que o comentário não passou de uma piada. ‘Estou com tanta vergonha, não consigo parar de rir’, escreveu ela em seu sítio. A colunista acrescentou ainda que o principal trabalho do chefe da campanha de Edwards era ‘agir como testa-de-ferro de terroristas árabes’.


Luta contra a intolerância


Edwards, que foi candidato a vice-presidente do partido democrata nas eleições de 2004, afirmou que os comentários de Ann foram ‘antiamericanos e injustificáveis’. ‘O tipo de linguagem usada por ela não tem lugar em um debate político. Acredito ser nossa responsabilidade moral ir contra este tipo de intolerância e preconceito’, escreveu em seu sítio. O candidato também postou um vídeo do discurso da colunista, pedindo aos seus partidários que ajudem a levantar US$ 100 mil para sua campanha ‘lutar contra a intolerância’.


O senador republicano e pré-candidato presidencial John McCain, o governador de Massachusetts, Mitt Romney, e o ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani, que estavam presentes no evento, criticaram os comentários de Ann. Esta não é a primeira vez que ela se envolve em polêmica. Na edição do ano passado da conferência, a colunista usou um termo pejorativo para se referir a muçulmanos. Em uma coluna publicada na revista National Review após os ataques do 11/9/01, ela pediu a invasão de países muçulmanos para forçá-los à conversão ao cristianismo. Informações da Reuters [4/3/07].