Thursday, 25 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Crítica diária

02/8/07

No tempo da indelicadeza

Cada cabeça, uma sentença.

A minha: é de uma infelicidade antológica o título principal da capa de Turismo. Desrespeita-se quem ainda chora os mortos de Congonhas e quem se angustia com as incertezas da aviação.

A legitimidade do furo

É de interesse público conhecer as causas da tragédia de Congonhas. Nem que seja, ficando em um só exemplo, para saber se as condições da pista do aeroporto contribuíram mais ou menos para o desastre.

A reportagem de ontem, assinada por Fernando Rodrigues, foi um serviço prestado aos leitores, antecipando dados da caixa-preta do Airbus que só seriam divulgados horas mais tarde, na CPI do Apagão Aéreo.

A calibragem do furo

Jornalística e tecnicamente, me pareceu correto o tom da reportagem da capa de Cotidiano de ontem. Já no primeiro parágrafo, informou-se que o mais provável é que tenha havido erro de pilotagem, mas que é possível que uma pane no computador do avião tenha sido decisiva para o acidente, e não a performance dos pilotos.

A manchete do furo

Eis a manchete de ontem: ‘Caixa-preta indica erro do piloto’.

Logo abaixo, uma das duas linhas-finas alerta: ‘Gravações do Airbus da TAM sugerem falha de operação, mas erro do equipamento não é descartado’.

O título da capa de Cotidiano: ‘Caixa-preta do Airbus indica falha do piloto’.

Muitos leitores consideraram precipitado o verbo ‘indica’. Para eles, a rigor, a Folha afirmou que houve falha do piloto.

Um leitor preferia ‘sugere’.

É possível que se empregasse ‘admite’.

Na minha opinião, a Folha não bancou que houve erro do piloto, apenas avançou informações confirmadas depois em público por oficial da Aeronáutica, disse que a hipótese de erro do piloto era a mais provável, mas chamou a atenção para a possibilidade de falha eletrônica.

Poderia ter sido um pouco mais precavida? Poderia, como se viu na edição de hoje.

Silêncio sobre furo alheio

Se há leitores que só lêem a Folha, desconhecem outros jornais, não freqüentam a internet, não vêem TV ou ouvem rádio, eles não foram informados até hoje, que eu tenha notado, que no fim de semana uma revista, a Veja, informou ter tido acesso a parte do conteúdo da caixa-preta, fonte para afirmar na capa: ‘O comandante cometeu uma falha ao pousar’.

Sem ter ela própria apurado o que dizia a caixa-preta, não caberia à Folha subscrever investigação alheia.

Mesmo que discorde, com acerto, sobre conclusão definitiva acerca do que ainda não foi provado –qual foi o erro decisivo para a tragédia–, o jornal tinha obrigação, em pé de texto que fosse, de oferecer ao leitor a informação sobre a reportagem exclusiva da Veja.

Tudo o que se soube depois fortaleceu a versão da revista, embora, creio, a elucidação da tragédia ainda esteja por vir.

A inflexão da Folha

A edição de hoje ‘aposta’ menos na hipótese de erro de pilotagem do que a de ontem, embora registre logo na chamada da manchete: ‘O que não se sabe é se foi erro do piloto, como o dado registrado indica, ou se houve falha no equipamento’.

Transcrição

Pelo que entendi, a transcrição dos diálogos é a tradução do inglês, embora os pilotos falassem em português na cabine. Ou seja: traduziu-se o português para o inglês e depois este para o português.

Portanto, é pequena a chance de os diálogos impressos hoje serem 100% fiéis às palavras dos tripulantes no dia 17. Por exemplo, ‘oh’ talvez seja ‘ai’.

Tudo bem, é detalhe. Mas o jornal deveria ter informado essa limitação ao divulgar a transcrição.

Folha versus Folha

A reportagem ‘Não há previsão para novo alarme, diz Airbus’ (pág. C3 de hoje) conta que a empresa ‘disse ontem que não há data para lançamento deste novo ‘sistema de alerta automático’.

Já o texto ‘Para ex-piloto, houve falha do equipamento’ (pág. C6) trata o tal sistema de alerta automático como já existente.

A ilegitimidade do show

Não é possível generalizar, mas o comportamento de muitos integrantes da CPI do Apagão permite suspeitar que seus propósitos são menos o de esclarecer do que o de aparecer.

A Folha deveria ter sido mais crítica na descrição da sessão de ontem.

Questão de gênero

Tenho em casa um velho companheiro, dividido em cinco volumes alquebrados, de nome Caldas Aulete.

O dicionário informa que ‘manete’ é substantivo feminino.

Faz sentido: o francês ‘manette’ também é.

Não é à toa que a tradição aeronáutica no Brasil se refere à manete, e não ao manete.

A Folha decidiu adotar o gênero masculino. É o que predicam o Aurélio e o Houaiss.

O ‘Globo’ fica com o feminino.

O ‘Estado’, com o masculino, mas o jornal manteve hoje as declarações de um brigadeiro na pronúncia original, ‘a’ manete.

Como se viu, há base para escolher qualquer das duas opções.

Prefiro ‘a’ manete, em nome da tradição, também dicionarizada.

Para padronizar, passo a escrever ‘o’ manete, ainda que incentive o jornal a rever sua decisão.

Padronização

Reverso, reversor, reversível, dá no mesmo.

Incomoda, contudo a variação. A Folha deveria escolher uma só expressão.

Ganância

Compartilho um testemunho ocular: ontem e anteontem, com Congonhas e Santos Dumont às moscas, meus vôos foram cancelados. Embarquei nos seguintes, longe da lotação.

Suspeito que vôos da ponte-aérea entre São Paulo e Rio estejam sendo cancelados porque as empresas só querem voar com as aeronaves mais cheias.

Se for isso mesmo, a mensagem é: os usuários e seus compromissos que se danem.

Em certo aspecto, tudo como dantes da tragédia.

O outro apagão

Duração de vôo de ontem à noite São Paulo-Rio: 40 minutos no ar.

De carro, da alameda Barão de Limeira a Congonhas no fim da tarde: 1 hora e 45 minutos.

Erramos

Ao contrário do que afirma a reportagem ‘Falha ocorreu 2 segundos antes do pouso’, na capa de Cotidiano de hoje, o reverso com problema no Airbus era o direito, e não o esquerdo. Saiu: ‘Os pilotos sabiam do problema no reversor do motor esquerdo’.

Lições

Assim como a Folha e seus jornalistas, em textos noticiosos ou de opinião, não deveriam ter avançado conclusões carentes de confirmação sobre as causas da tragédia, o jornal deveria ser mais rigoroso na publicação de artigos de convidados.

Muitos deles venderam certezas que se mostraram furadas ou que ainda hoje esperam comprovação.

Primeira página – Foto

Por mais fracas que fossem as fotos da histórica sessão da CPI do Apagão Aéreo e mais forte que seja a da ponte que ruiu nos EUA, a imagem do alto da primeira página da edição São Paulo deveria tratar da tragédia de Congonhas.

Primeira Página – Sem capricho

Parece incrível e é: fotografia na primeira página de jogo de ontem à noite identifica nominalmente o jogador do Atlético-PR que disputa bola, mas não o do Corinthians –clube mais popular do Estado onde a Folha é editada.

30/7/07

A nobre arte e o jornal previsível

Na sexta-feira, a equipe de hipismo do Brasil conquistou uma medalha de ouro. Como a própria Folha informou, ‘um triunfo que não foi surpresa’.

No mesmo dia, o boxeador Pedro Lima também ganhou uma medalha dourada. Ele era, na palavra certeira do jornal, um ‘azarão’.

Feitos do hipismo nacional não são novidade, pelo contrário, são esperados. Rodrigo Pessoa é atual campeão olímpico.

Ouro no boxe, pelo contrário, configura façanha que uma geração não tão nova como a minha jamais testemunhara. A última vez havia sido no Pan de São Paulo, em 1963. Como se leu no caderno do Pan, ‘quebrou-se um tabu de 44 anos’.

A liderança nos saltos, mais uma vez digna de reverência, ocorreu depois de uma arrastada e enfadonha disputa judicial para escalar os cavaleiros. Eles têm boas histórias para contar.

Pedro Lima não tem boas histórias. Tem ótimas. No relato de Eduardo Ohata, o menino pobre ‘vendeu picolé, chocolate e salgadinhos, trabalhou de servente de pedreiro e foi carregador em loja de imóveis’. Em busca de força e concentração para o Pan, impôs um flagelo a si mesmo: dois meses sem fornicar.

Não precisa ser jornalista embevecido pela nobre arte, como Mailer, Talese, Remnick, Alves, Ohata e Baldini, para se comover com o personagem consagrado no ringue pan-americano.

Para completar, na sua luta derradeira, o pugilista baiano perdia até o finalzinho, quando sobrepujou heroicamente o antagonista.

Na primeira página da Folha no sábado, a maior fotografia dedicada ao Pan foi de Rodrigo Pessoa saltando. De ‘Peu’, em mais um triunfo sobre a adversidade, nenhuma imagem. Uma notinha no pé informou: ‘Brasil conquista 1º ouro no boxe em 44 anos’.

A Folha desperdiçou a surpresa, a novidade, o vencedor, a história cativante e redentora. Preferiu o previsível.

Um caso para pensar.

Cubanos

A cobertura sobre a partida de parte da delegação cubana na noite de sábado e o desempenho do país caribenho no Pan é um exemplo negativo de como a opinião pode enviesar o noticiário, procedimento condenado pelo projeto editorial da Folha.

O texto ‘País [Brasil] obtém mais pódios, mas piora’ (pág. D5 de domingo) falou de passagem sobre ‘mais um cubano tentando arrumar confusão’ na canoagem. Ponto. Que cubano? Que confusão? Por que ‘mais um’? Sem respostas.

A reportagem ‘Delegação cubana parte às pressas’ (pág. D7 do domingo) tem mais problemas. Ela se refere a ‘rumores de que haveria uma deserção em massa’. Com todo o respeito, é uma abordagem ingênua. Como bem sabem os opositores do regime comunista da ilha, o governo não trabalha com ‘rumor’, mas com informação e inteligência.

Trecho: ‘[…] Quando a TV Globo divulgou que os cubanos não participariam nem da cerimônia de premiação [do vôlei masculino] _o time ficou com o bronze’.

Por que o ‘nem’? Na Olimpíada de Atlanta-96, a seleção masculina de futebol brasileira esperou para receber o seu bronze ou foi logo embora, antes da final? Também anteontem, dois mexicanos medalhistas de ouro na canoagem também não aguardaram _correram para o aeroporto, sem as medalhas.

O texto fala em ‘debandada’. Por quê? A Folha não tinha informação para bancar que a saída não era planejada. Em todas as delegações ocorre isso: à medida que se encerra a programação de um esporte, os atletas se vão. Por exemplo: a vila se esvazia de nadadores e se enche com o pessoal do atletismo na segunda semana.

Hoje o jornal insiste na expressão ‘debandada’, em título na capa do caderno do Pan. Em fotografia interna, entretanto, vêem-se dezenas de cubanos na cerimônia de encerramento.

A Folha faz um balanço para mostrar que Cuba, Bolívia e Venezuela tiveram performances aquém das de Santo Domingo, há quatro anos. Cala sobre a queda de medalhas dos Estados Unidos.

Cada vez mais atletas cubanos devem fugir, em busca de possibilidades que não têm em seu país. Penso ser direito deles. O que condeno é, a essa altura do século 21, a ideologização de cobertura esportiva com base em premissas editoriais, de opinião.

Em tempo: se quisessem mesmo ir embora em massa, os atletas de Cuba teriam ótimas oportunidades de desaparecer no centro do Rio, onde nas duas últimas semanas foram vistos aos magotes a pechinchar na área de comércio popular do Saara. Ou no calçadão de Madureira, no subúrbio, onde as jogadoras de vôlei iam às compras.

Folha? Deu no Granma

O irado manifesto de Fidel Castro publicado no diário oficial Granma no fim de semana cita o furo da Folha, que entrevistou um promotor de lutas na Alemanha. O empresário afirmou ter contratado os dois pugilistas cubanos que abandonaram a delegação no Pan.

Não vi na Folha referência à sua citação no Granma e ao seu atento leitor cubano.

Cricri

A Folha de hoje cobre a cerimônia de encerramento em página interna do caderno do Pan.

Não são poucas nem irrelevantes as informações: Lula, Cabral e Cesar foram vaiados com Maracanã lotado; o presidente da Odepa afirmou que os Jogos do Rio foram os melhores já vistos e que a cidade tem condições de receber a Olimpíada; voluntários foram instruídos para aplaudir o presidente e o governador.

Tudo isso se contou nas retrancas ‘Mais uma vez, Maracanã destina vaias a políticos’ e ‘Claque: aplauso no fim é orquestrado’ (pág. D6).

Na contracapa, espaço muito mais visível, a reportagem ‘Fim de feira’ trouxe a nada empolgante história de um ginásio vazio com uma disputa de basquete.

Pois o texto da contracapa é maior que os dois internos somados. Sua linha-fina: ‘Brinde para quem assistiu ao jogo do Brasil, disputa pelo sétimo lugar no torneio masculino de basquete encerra, em tom melancólico, as competições do Pan’.

Melancólico mesmo.

Cricri olímpico

O jornal não é obrigado a apoiar a possível candidatura carioca aos Jogos Olímpicos de 2016. O que não deve é esconder informação.

No domingo, no alto da página 2 do caderno do Pan, titulou-se: ‘Rio está longe de Olimpíada, diz Odepa’.

Quando o presidente da entidade afirma o contrário, em transmissão televisiva para todo o país e o estrangeiro, a notícia sai tortuosa em uma ‘lupa’ (pág. 6 do caderno do Pan de hoje): ‘Ao dar aval aos Jogos do Rio, Mario Vázquez Raña atende ao anseio dos dirigentes brasileiros, que sonham com os Jogos Olímpicos’.

A hora dos esqueletos

A Folha prestará bom serviço ao país se persistir na investigação sobre os gastos públicos com o Pan e a candidatura olímpica que se insinua.

Pesquisa e pesquisas

O título ‘Brasileiros não vêem melhoras na economia como Lula’ (pág. B2 de domingo) é um equívoco jornalístico por não informar que se trata de pesquisa de opinião. O jornal implicitamente subscreve o resultado. Até para levantamentos do Datafolha a norma é ‘diz o Datafolha’.

Muito pior são os buracos informativos sobre a pesquisa do Ipsos, encomendada pelo Ciesp.

OK, houve campo em 70 cidades. Mas em quantos Estados?

Quando a pesquisa foi feita?

Quantas pessoas foram ouvidas?

De que idade?

Qual a margem de erro?

A Folha não deveria servir de plataforma de divulgação acrítica para trabalhos dessa natureza sem fornecer aos leitores dados indispensáveis.

Furo da Veja, silêncio da Folha

A Veja afirmou que teve acesso a pelo menos uma das caixas-pretas do Airbus da TAM acidentado. A revista sustenta que houve erro do piloto. A Folha calou sobre o furo. Não entendi por quê.

Depois da circular da Airbus pós-desastre, a hipótese de falha humana cresceu. Mas o jornal não conta ter recebido informações contidas em caixa-preta.

Duas observações: (mesmo que a revelação da Veja se confirme,) acidentes costumam ocorrer devido a um conjunto de fatores. Ainda não se sabe com certeza quais foram eles; a maioria dos desastres aeronáuticos acontece também por falha humana, como escrito nesta crítica no dia 18 passado.

Notícia e opinião

Trecho da reportagem ‘Para FAB, fabricante devia ter mudado seu manual’ (capa dominical de Cotidiano): ‘Mas, se já tinha havido dois precedentes de acidentes, com origem no reverso pinado, o fabricante deveria ter revisto essa norma, além de ter tomado outras medidas para evitar que acidentes se repetissem’.

Concordo, mas isso é opinião. Ela deve estar em espaços opinativos, não noticiosos.

Falta uma hipótese

O texto ‘FAB vai analisar cinco fatores para explicar acidente’ (pág. C9 de sábado) lista os ‘fatores para tentar explicar o que causou o acidente com o avião da TAM em Congonhas’: ‘as condições da pista de pouso, a manutenção da aeronave, as condições de trabalho e preparo da tripulação, a meteorologia e o controle do tráfego aéreo’.

Com certeza, faltou um: falha dos pilotos. Mesmo que tivessem ótimas condições de trabalho (não sei se era isso que ocorria) e fossem muito bem preparados (idem), poderiam ter errado.

Conta errada

Título da primeira página de hoje: ‘Estabilidade é defendida por diretores de agências’. Na pág. A5: ‘Diretores querem estabilidade nas agências’.

O esforço de reportagem só conseguiu ouvir… dois diretores. Um é a favor da estabilidade. Outro, contra. Logo, os títulos estão errados.

Folha duvida da Folha

No sábado, o jornal manchetou ‘Comando da Anac articula renúncia’.

Hoje, a articulação pela renúncia virou ‘rumores’ da última semana, na linha-fina do alto da pág. C10.

Espelho meu

Ficou boa a reportagem ‘Briga de egos’ na Ilustrada dominical, sobre desavenças entre diretores e autores de novelas da TV Globo. Ficaria ainda melhor se trouxesse ‘material de apoio’ com as saborosas histórias de conflito entre produtores, roteiristas e diretores de Hollywood.

Tereza Batista

Os cartuns de Angeli, no domingo e hoje, têm mais força que um editorial.

Ombudsman no Estadão

‘O Estado de S. Paulo’ reproduziu ontem (ótima) coluna do ombudsman.

Do ombudsman do ‘New York Times’.

Ouvidor no ‘Globo’

‘O Globo’ saiu ontem com a boa reportagem ‘Com a palavra, o ouvidor – Para profissionais de empresas públicas e privadas, transparência é base para um bom atendimento’.

Breve contribuição ao Erramos 1

Ao contrário do que informou o texto ‘Sprint final’ (sábado, capa do caderno do Pan), o Brasil não liderava quatro classes na vela, mas três. Em uma categoria, o competidor brasileiro havia sido desclassificado.

Breve contribuição ao Erramos 2

Ao contrário do que afirmou linha-fina na capa do caderno do Pan no domingo, na véspera o Brasil ganhou 11 medalhas de ouro, e não dez.

Breve contribuição ao Erramos 3

Ao contrário do que informou o título ‘Para Massa, ‘vingança’ da McLaren tem que ser na pista’ (pág. D12 de hoje), a equipe ‘vingadora’ é a Ferrari.

Breve contribuição ao Erramos 4

A checar: da chamada dominical de primeira página ‘Senado aprovou cúpula da Anac com elogios’ aos textos e quadro internos, afirma-se que a sessão de uma comissão do Senado ocorreu em 15 de novembro de 2005. Os senadores não são conhecidos pela assiduidade. Ainda mais em feriado. Mais que isso: feriadão –o 15 de Novembro era uma terça-feira. Se o encontro ocorreu mesmo naquela data, que notícia!

Breve contribuição ao Erramos 5

Está errada legenda na pág. E9 da Ilustrada de domingo. A foto não mostra Godard cumprimentando Jagger. Este, sozinho, dedilha a guitarra.

Breve contribuição ao Erramos 6

A coluna ‘Filmes’ de domingo (pág. E10) apresenta o filme errado, ‘Entrando numa Fria’. Começa dizendo: ‘Não é a boa comédia com De Niro e Ben Stiller’. Segundo o testemunho de um leitor que assistiu ao filme e de acordo com a chamada que eu vi na TV Globo, era sim a tal comédia.

Breve contribuição ao Erramos 7

Ao contrário do que informa a reportagem ‘Odepa dá aval à debandada de cubanos’ (pág. D7 de hoje), ‘os dirigentes de Cuba’ não informaram que a partida de parte da delegação estava prevista para ontem, mas sim anteontem. São outras fontes que dizem que o embarque seria ontem.

Breve contribuição ao Erramos 8

Na edição Nacional de sábado, o texto ‘VIPs, cavalos do Pan dispõem de ração especial a centro cirúrgico’ (pág. D7) diz que a ração veio da cidade paulista de Descalabro. Não seria Descalvado?

Breve contribuição ao Erramos 9

Um leitor da edição Nacional chamou a atenção para a capa do caderno condensando os suplementos, com a reportagem ‘Tomada segura’. O texto tem uma remissão para a pág. 2, que está ocupada, inteira, por um anúncio de carros.

Forfait

Em virtude de uma série de eventos amanhã e depois, entre os quais reunião do júri do Prêmio Folha e conversa com candidatos ao Programa de Treinamento, esta crítica volta a circular na quinta-feira 2 de agosto.

Até lá.’