Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Megaeventos, os investimentos e o legado

O Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor), que edita este Observatório da Imprensa, realizou nos dias 7 e 8 de maio, em Brasília, o Seminário Internacional de Jornalismo Esportivo, Sociedade e Indústria para discutir os desafios que a imprensa e a sociedade brasileiras enfrentarão na realização dos megaeventos esportivos agendados no país para os próximos três anos – a Copa do Mundo Fifa 2014 e os Jogos Olímpicos Rio 2016.

Nos dois dias de discussões, dois jornalistas estrangeiros (o americano Thom Loverro, da rádio ESPN 980, de Washington, e o britânico James Dart, do The Guardian) e convidados brasileiros debateram temas como o papel das mídias sociais na cobertura dos megaeventos esportivos, técnicas da cobertura jornalística de esportes, megaeventos esportivos e sociedade, a atuação da jornalista mulher num universo basicamente masculino, emoção e objetividade na cobertura esportiva e questões éticas no jornalismo esportivo.

Na abertura, o presidente da Embratur, Flávio Dino, relatou os projetos da empresa que lidera para os dois eventos esportivos e mostrou a campanha publicitária que os promoverá no Brasil e em outros países. A Embratur pagou a viagem e hospedagem dos dois jornalistas estrangeiros que participaram do seminário.

De sua parte, Maurício Borges, presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex Brasil), que hospedou o evento em seu auditório, falou sobre como sua agência aproveita a realização da Copa e da Olimpíada para promover produtos e negócios brasileiros no mundo.

José Luiz Diaz Fernandez, presidente da Federação das Indústrias de Brasília, também participou da sessão inaugural. Carlos Eduardo Lins da Silva, presidente do Projor, relatou aos presentes os objetivos da entidade com essa promoção, além de agradecer às empresas que o tornaram possível com o seu patrocínio (Federação das Indústrias de Brasília, Ambev, Gol, Avianca e Caixa Econômica Federal, mais Embratur e Apex-Brasil) e à Cinevídeo, que foi a parceira do Projor na realização do seminário.

Os convidados brasileiros que participaram das sessões de debate foram André Fontenelle (SporTV), Caio Magri (Instituto Ethos), Cesar Itiberê (IstoÉ), Eduardo Zebini (FoxSports), Fábio Seixas (Folha de S.Paulo), Gustavo Poli (Globoesporte.com), Joanna de Assis (SporTV), Jorge Luiz Rodrigues (O Globo), Juca Kfouri (ESPN/Folha de S.Paulo), Luiz Antonio Prósperi (O Estado de S.Paulo), Luiz Caversan (UOL/Folha), Marluci Martins (Extra), Marta Salomon, Mauricio Stycer (UOL), Paulo Calçade (ESPN Brasil) e Paulo Rossi (Ministério do Esporte).

Rota de crescimento

A escala de crescimento de turistas estrangeiros no Brasil (em 2012 foram 5,7 milhões, 5,4% a mais do que no ano anterior) deixa o presidente da Embratur, Flávio Dino, otimista com os resultados que os grandes eventos esportivos podem gerar. “Os eventos são quentes porque o povo é quente”, disse durante a abertura do seminário. “A Copa será superavitária para a Fifa mas não deficitária para o Brasil.”

Flávio Dino argumentou que a Copa do Mundo vai gerar ganhos de infraestrutura para o Brasil. Para ele, serão deixados legados também após as Olimpíadas, em 2016. Ele reconheceu que o Brasil apresenta necessidades de infraestrutura para continuar sua rota de crescimento no turismo. “O Brasil terá ainda a possibilidade de crescer e mostrar seu potencial para o mundo com os grandes eventos.” (Colaborou Carlos Eduardo Lins da Silva)

******

Camila Schreiber e Luciano Villalba Neto são estudantes de jornalismo e repórteres da Agência de Notícias UniCEUB