Friday, 26 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Jornalistas fazem greve em protesto contra nova lei

Doze publicações egípcias, incluindo jornais diários e revistas independentes e de oposição, anunciaram na quarta-feira (5/7) que entrarão em greve na próxima semana. A atitude será em protesto à nova lei de liberdade de imprensa e a decisão foi tomada em um encontro dos editores-chefes dos principais jornais do país, como noticia a AdnKronos International [5/7/06]. A nova lei inclui sentenças de seis meses de prisão para jornalistas condenados por calúnia e, ao contrário da anterior, prevê multas em caso de difamação.


Na terça-feira (4/7), o Majlis al-Shura – conselho consultivo do Parlamento – aprovou de forma preliminar a nova lei, que ainda tem de ser aprovada pelo Parlamento do Cairo. ‘Se a greve é uma tentativa de adiar para outubro a aprovação da lei pelo Parlamento, não vai funcionar, e a lei irá para votação na próxima quinta-feira’, informou o porta-voz da Câmara Baixa do Parlamento egípcio, que entra em recesso na semana que vem.


Os principais jornais independentes do Egito – al-Masri al-Yom, al-Alam al-Yom e Nahda-t-Masr – não vão circular neste domingo (9/7). Os semanários al-Osbo´a, Sawt al-Umma, al-Arabi, al-Fajr e al-Kharmis não vão ser publicados na semana que vem. Os jornalistas egípcios estão furiosos porque o presidente Hosni Mubarak não manteve a promessa, feita durante a campanha eleitoral em 2003, de parar de condenar jornalistas à prisão por calúnia.