Thursday, 25 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Laurindo Lalo Leal Filho

‘Perplexidade no ar. Um grupo de professores da USP está reunido em torno da
mesa onde o apresentador de tevê William Bonner realiza a reunião de pauta
matutina do Jornal Nacional, na quarta-feira, 23 de novembro.


Alguns custam a acreditar no que vêem e ouvem. A escolha dos principais
assuntos a serem transmitidos para milhões de pessoas em todo o Brasil, dali a
algumas horas, é feita superficialmente, quase sem discussão.


Os professores estão lá a convite da Rede Globo para conhecer um pouco do
funcionamento do Jornal Nacional e algumas das instalações da empresa no Rio de
Janeiro. São nove, de diferentes faculdades e foram convidados por terem dado
palestras num curso de telejornalismo promovido pela emissora juntamente com a
Escola de Comunicações e Artes da USP. Chegaram ao Rio no meio da manhã e do
Santos Dumont uma van os levou ao Jardim Botânico.


A conversa com o apresentador, que é também editor-chefe do jornal, começa um
pouco antes da reunião de pauta, ainda de pé numa ante-sala bem suprida de
doces, salgados, sucos e café. E sua primeira informação viria a se tornar
referência para todas as conversas seguintes. Depois de um simpático ‘bom-dia’,
Bonner informa sobre uma pesquisa realizada pela Globo que identificou o perfil
do telespectador médio do Jornal Nacional. Constatou-se que ele tem muita
dificuldade para entender notícias complexas e pouca familiaridade com siglas
como BNDES, por exemplo. Na redação, foi apelidado de Homer Simpson. Trata-se do
simpático mas obtuso personagem dos Simpsons, uma das séries estadunidenses de
maior sucesso na televisão em todo o mundo. Pai da família Simpson, Homer adora
ficar no sofá, comendo rosquinhas e bebendo cerveja. É preguiçoso e tem o
raciocínio lento.


A explicação inicial seria mais do que necessária. Daí para a frente o nome
mais citado pelo editor-chefe do Jornal Nacional é o do senhor Simpson. ‘Essa o
Homer não vai entender’, diz Bonner, com convicção, antes de rifar uma
reportagem que, segundo ele, o telespectador brasileiro médio não compreenderia.


Mal-estar entre alguns professores. Dada a linha condutora dos trabalhos –
atender ao Homer -, passa-se à reunião para discutir a pauta do dia. Na
cabeceira, o editor-chefe; nas laterais, alguns jornalistas responsáveis por
determinadas editorias e pela produção do jornal; e na tela instalada numa das
paredes, imagens das redações de Nova York, Brasília, São Paulo e Belo
Horizonte, com os seus representantes. Outras cidades também suprem o JN de
notícias (Pequim, Porto Alegre, Roma), mas elas não entram nessa conversa
eletrônica. E, num círculo maior, ainda ao redor da mesa, os professores
convidados. É a teleconferência diária, acompanhada de perto pelos visitantes.


Todos recebem, por escrito, uma breve descrição dos temas oferecidos pelas
‘praças’ (cidades onde se produzem reportagens para o jornal) que são analisados
pelo editor-chefe. Esse resumo é transmitido logo cedo para o Rio e depois, na
reunião, cada editor tenta explicar e defender as ofertas, mas eles não vão
muito além do que está no papel. Ninguém contraria o chefe.


A primeira reportagem oferecida pela ‘praça’ de Nova York trata da venda de
óleo para calefação a baixo custo feita por uma empresa de petróleo da Venezuela
para famílias pobres do estado de Massachusetts. O resumo da ‘oferta’
jornalística informa que a empresa venezuelana, ‘que tem 14 mil postos de
gasolina nos Estados Unidos, separou 45 milhões de litros de combustível’ para
serem ‘vendidos em parcerias com ONGs locais a preços 40% mais baixos do que os
praticados no mercado americano’. Uma notícia de impacto social e político.


O editor-chefe do Jornal Nacional apenas pergunta se os jornalistas têm a
posição do governo dos Estados Unidos antes de, rapidamente, dizer que considera
a notícia imprópria para o jornal. E segue em frente.


Na seqüência, entre uma imitação do presidente Lula e da fala de um
argentino, passa a defender com grande empolgação uma matéria oferecida pela
‘praça’ de Belo Horizonte. Em Contagem, um juiz estava determinando a soltura de
presos por falta de condições carcerárias. A argumentação do editor-chefe é
sobre o perigo de criminosos voltarem às ruas. ‘Esse juiz é um louco’, chega a
dizer, indignado. Nenhuma palavra sobre os motivos que levaram o magistrado a
tomar essa medida e, muito menos, sobre a situação dos presídios no Brasil. A
defesa da matéria é em cima do medo, sentimento que se espalha pelo País e rende
preciosos pontos de audiência.


Sobre a greve dos peritos do INSS, que completava um mês – matéria oferecida
por São Paulo -, o comentário gira em torno dos prejuízos causados ao órgão.
‘Quantos segurados já poderiam ter voltado ao trabalho e, sem perícia, continuam
onerando o INSS’, ouve-se. E sobre os grevistas? Nada.


De Brasília é oferecida uma reportagem sobre ‘a importância do superávit
fiscal para reduzir a dívida pública’. Um dos visitantes, o professor Gilson
Schwartz, observou como a argumentação da proponente obedecia aos cânones
econômicos ortodoxos e ressaltou a falta de visões alternativas no noticiário
global.


Encerrada a reunião segue-se um tour pelas áreas técnica e jornalística, com
a inevitável parada em torno da bancada onde o editor-chefe senta-se diariamente
ao lado da esposa para falar ao Brasil. A visita inclui a passagem diante da
tela do computador em que os índices de audiência chegam em tempo real. Líder
eterna, a Globo pela manhã é assediada pelo Chaves mexicano, transmitido pelo
SBT. Pelo menos é o que dizem os números do Ibope.


E no almoço, antes da sobremesa, chega o espelho do Jornal Nacional daquela
noite (no jargão, espelho é a previsão das reportagens a serem transmitidas,
relacionadas pela ordem de entrada e com a respectiva duração). Nenhuma grande
novidade. A matéria dos presos libertados pelo juiz de Contagem abriria o
jornal. E o óleo barato do Chávez venezuelano foi para o limbo.


Diante de saborosas tortas e antes de seguirem para o Projac – o centro de
produções de novelas, seriados e programas de auditório da Globo em Jacarepaguá
– os professores continuam ouvindo inúmeras referências ao Homer. A mesa é
comprida e em torno dela notam-se alguns olhares constrangidos. * Sociólogo e
jornalista, professor da Escola de Comunicações e Artes da
USP’




DIREITOS AUTORAIS
Marina Faleiros


‘Estúdios de cinema vão cobrar direitos autorais’, copyright O Estado de
S. Paulo
, 5/12/05


‘Exibir filmes em condomínios, hospitais, clubes ou qualquer outro tipo de
espaço fora de cinemas para um público grande, mesmo que sem cobrança de
ingresso, é crime, segundo a lei de direitos autorais brasileira. No entanto,
até agora não existia nenhum mecanismo para fazer valer a lei. Essa contradição
deve começar a acabar com a chegada ao Brasil da Motion Pictures Licensing
Corporation (MPLC), multinacional americana que negocia licenças de
exibição.


‘A empresa já existe nos Estados Unidos há mais de 25 anos e tem parceria com
cerca de 80 distribuidores em todo o mundo. No Brasil, esperamos conseguir uma
receita de R$ 3,5 milhões em até 18 meses’, diz Antônio Botelho,
diretor-executivo da MPLC no Brasil.


De acordo com ele, este ganho será possível porque a maior parte das
companhias não quer ficar em situação irregular. ‘O mercado de licenças tem um
potencial tremendo no Brasil, mas o desenvolvimento é lento, e começa com a
conscientização de instituições como empresas de ônibus e hospitais, que devem
alavancar o mercado.’


As taxas, diz, serão baixas e não vão sobrecarregar nenhuma empresa. Um
centro cultural, por exemplo, deverá ter de pagar cerca de R$ 150 anuais,
dependendo do número de freqüentadores e a quantidade de filmes a serem
transmitidos. ‘Este negócio depende de escala e queremos estimular as pessoas a
ficarem dentro da lei.’


Os estúdios são os principais interessados. Segundo Botelho, todo dinheiro
arrecadado será convertido para um fundo, e a cada trimestre uma porcentagem
dele será dividida entre os parceiros. Para distribuidoras como a United
International Pictures (UIP), que comercializa filmes da Paramount e Universal,
a MPLC chega em bom momento.


‘Havia uma lacuna no mercado e é bom porque vai educar as empresas, gerando
uma receita que não existia para os estúdios’, diz César Pereira da Silva,
gerente-geral da UIP no País. ‘Antes, todo mundo pensava que podia fazer o que
bem entendesse com o DVD ou VHS que alugava ou comprava.’


Ele explica que os próprios estúdios não comercializam estas licenças porque
o custo-benefício é muito baixo. ‘É impossível termos uma equipe para fiscalizar
só isso, pois a receita gerada é pequena. Agora, com uma empresa concentrando
todos os estúdios, já é possível ter uma recompensa disso.’


Segundo Botelho, a intenção da MPLC não é ser um órgão fiscalizador e eles
não vão denunciar irregularidades. ‘A lei vai começar a ser aplicada aos poucos;
vamos alertando estes locais de que eles estão fora da lei e de que nossa
intenção é de proteger a propriedade intelectual’, diz.


Para Silva, a nova empresa acaba com uma grande dor de cabeça das
distribuidoras. ‘Quando descobríamos situações de irregularidade, encaminhávamos
notificações e muitas empresas até demonstravam que não conheciam a lei e
queriam se regularizar, mas não tínhamos estrutura para isso. Agora,
encaminharemos todos esses casos para a MPLC.’’




TV GLOBO
Daniel Castro


‘Globo cresce 13%, metade que em 2004’, copyright Folha de S. Paulo,
5/12/05


‘A TV Globo (sem considerar afiliadas) vai crescer este ano entre 12% e 13%,
segundo Willy Haas, diretor-geral de comercialização. Assim, terá um faturamento
líqüido (já descontadas comissões e bonificações de agências) de até R$ 4,3
bilhões.


A receita da Globo representa três vezes a de SBT e Record juntas -cada uma,
sem contar afiliadas, deve faturar R$ 700 milhões.


O crescimento da Globo neste ano equivale à metade do de 2004, quando
aumentou sua receita em 27% em relação a 2003.


Segundo Haas, o desempenho da emissora está ‘em linha’ com o mercado. Os 13%
estão acima da estimativa, no início do ano, de crescer 10%. Para o executivo,
apesar do crescimento inferior a 2004, este foi um ‘ano positivo em razão da
estabilização da economia’. O crescimento de 2004 foi excepcional porque foi um
ano de recuperação da economia.


O diretor da Globo afirma que a queda do PIB (Produto Interno Bruto) no
terceiro trimestre de 2005 não afetou a publicidade.


Antônio Rosa Neto, consultor de mídia independente, discorda. ‘Quando o PIB
cai, a propaganda tende a ter o dobro da queda’, afirma. Segundo Rosa, ao
contrário do que ocorreu em 2004, ainda há espaços para veicular anúncios na
Globo neste mês.


As redes de TV foram afetadas neste semestre pela redução drástica de
investimentos em publicidade por parte de estatais.


OUTRO CANAL


Ziriguidum A cúpula da Globo liberou a exibição de vinhetas de Carnaval com
Luciana Gimenez (Rede TV!) e Adriane Galisteu (SBT), madrinhas de bateria de
escolas de samba do Rio. As vinhetas já foram gravadas, mas dependiam de
liberação da direção da emissora. Irão ao ar apenas na semana que antecede o
Carnaval.


Dividida A TV Cultura não repartirá a transmissão da Copa São Paulo de
futebol de juniores, em janeiro, apenas com Rede Vida e ESPN Brasil. A Rede TV!
também vai mostrar a competição.


Imagem 1 O jornal ‘Meio & Mensagem’, dirigido ao mercado publicitário,
circula hoje com o resultado de uma pesquisa que traz um ranking dos veículos de
comunicação mais admirados pelos profissionais da propaganda.


Imagem 2 Entre as TVs abertas, a Globo é, disparadamente, a mais prestigiada.
A surpresa é o segundo lugar: a TV Cultura. Depois vêm MTV, SBT, Band, Record,
CNT, Rede TV!, Rede 21 e Gazeta. O canal GNT lidera o ranking da TV paga,
seguido pela Globo News.


Letras Apresentador do ‘Linha Direta’, o jornalista Domingos Meirelles lança
amanhã, no forte de Copacabana (Rio), ‘1930: os Órfãos da Revolução’, seu
segundo livro solo (o primeiro, de 1995, é sobre a Coluna Prestes). A obra
retrata a Revolução de 30, que marca a ascensão de Getúlio Vargas.’


***


‘Preferido, Corinthians eleva ibope da Globo’, copyright Folha de S.
Paulo
, 3/12/05


‘Favorito ao título do Campeonato Brasileiro de 2005, que será decidido
amanhã, o Corinthians já é ‘campeão’ na Globo.


Levantamento feito pela Folha mostra que o clube, já contando a rodada de
amanhã, terá 21 jogos exibidos pela Globo na Grande São Paulo. Ou seja, metade
das 42 partidas do Brasileiro-05 transmitidas pela rede para o principal mercado
do país terão o Corinthians _em 2004, 47,8% dos jogos do torneio exibidos pela
Globo no Estado foram do time.


Campeão de 2004, o Santos teve 12 jogos exibidos pela Globo na Grande SP. O
Palmeiras teve oito, e o São Paulo, apenas cinco _isso se explica porque o time
disputou a Libertadores no primeiro semestre e jogou mal no segundo.


Apesar do escândalo da arbitragem, o Brasileiro-05 tem a melhor audiência
desde que o campeonato passou a ser disputado em pontos corridos, em 2003. A
Globo registrava até a rodada passada média de 27 pontos (um a mais que em
2004), e a Record, média de seis pontos (dois a mais).


O Corinthians foi o maior responsável pelo aumento da audiência da Globo. Os
jogos do clube tiveram média de 28,5 pontos, contra 28,1 dos do Santos, 27,2 dos
do São Paulo e 24 dos do Palmeiras. Na Record, o campeão de audiência (e de
exibições) foi o São Paulo (7,7 pontos).


A maior audiência foi São Caetano x Corinthians, no dia 16: 41 pontos na
Globo e seis na Record.


OUTRO CANAL


Lobby 1 Representantes dos sistemas de TV digital americano, europeu e
japonês tiveram reuniões nesta semana com todas as redes brasileiras. Cada um
apresentou suas contrapartidas (como isenção de royalties e financiamento de
equipamentos para as redes) caso seja o escolhido pelo governo, em fevereiro.


Lobby 2 As emissoras decidiram apresentar uma ‘proposta única’ ao Ministério
das Comunicações na semana que vem, quando serão divulgadas pesquisas do Sistema
Brasileiro de TV Digital (SBTVD). O SBTVD usa o mesmo padrão de modulação do
japonês, o preferido das redes. A escolha do padrão de modulação é o que
realmente está em jogo na disputa dos sistemas estrangeiros.


Surfe A MTV negocia com o cantor Felipe Dylon, ídolo de adolescentes, a
apresentação de um programa durante o próximo verão, uma espécie de ‘revista’
misturando informações sobre música e sobre praias.


Reserva A Globo colocou parte do portal de internet Globo.com à venda, porque
o negócio, com pouco mais de 300 mil assinantes, é deficitário. Mas tratou de
pedir o registro da marca ‘Globo.com’.


Promessa A minissérie ‘JK’ ainda nem estreou, mas a Globo já pensa em
esticá-la. A previsão inicial é que ‘JK’ termine em 24 de março, mas ela pode
acabar uma semana depois.’




MTV
Daniel Castro


‘Cicarelli vira VJ da MTV e trabalha no verão’, copyright Folha de S.
Paulo
, 4/12/05


‘Ao contrário do verão passado, em que se dedicou aos preparativos de seu
casamento com o jogador Ronaldo, a musa Daniella Cicarelli vai passar boa parte
do próximo verão trabalhando na MTV.


Daniella terá um programa de segunda a quinta, o ‘Caixa Postal’, às 21h, em
que exercerá pela primeira vez a função de VJ _apresentador de videoclipes.


O ‘Caixa Postal’ será, a princípio, apenas uma atração de verão, mas poderá
emplacar na grade de 2006 da MTV caso faça sucesso e Daniella renove seu
contrato, que vence no final de fevereiro.


O programa estréia em 16 de janeiro e fica no ar até o Carnaval. Será gravado
em locais públicos de São Paulo. Nele, Cica (como ela é chamada) vai atender a
pedidos de clipes de telespectadores, mas só os que tiverem história, que
contem, por exemplo, qual a importância da música em suas vidas. Daniella vai
comentar e repercutir essas histórias.


Outra novidade no verão da MTV serão edições do ‘Covernation’ com bandas
famosas. Normalmente, o programa, apresentado por Marcos Mion, é uma competição
de bandas covers (que imitam artistas consagrados). Durante o verão, reunirá na
praia nomes como Leela, tocando White Stripes, contra B5, que atacará de Foo
Fighters, além de Ultraje a Rigor (Beatles), Charlie Brown Jr. (Red Hot Chili
Peppers), Pitty (Queens of The Stone Age) e Ira! (The Clash).


OUTRO CANAL


Vitrine 1 Além dos vestidos que Cláudia Abreu usa em ‘Belíssima’, estão
fazendo muito sucesso na central de atendimento ao telespectador da Globo os
figurinos, acessórios e tinturas de cabelo de Vera Holtz (a Ornela) e Cláudia
Raia (Safira).


Vitrine 2 Entre os dez itens mais procurados por telespectadores, estão uma
saia de couro rosa bordada com paetês (da loja Lita Mortari) usada por Vera e um
top de camurça azul de Cláudia Raia (criação de Patrícia Vieira). Já as tinturas
de cabelo de ambas as atrizes são um segredo de Wanderley Nunes.


Denorex Apesar de aparentar ser gay, Gigi, o personagem de Pedro Paulo Rangel
em ‘Belíssima’, não é gay, segundo o autor da novela, Sílvio de Abreu. ‘Digamos
que ele tem a alma [gay], mas não tem a prática. Ele foi apaixonado pelas
vedetes Mary Montilla [Carmem Verônica] e Guida Guevara [Iris Bruzzi]’, informa
Abreu.


Ameaça Em entrevista que integra material de divulgação de seu livro ‘Prendam
Giovanni Improtta’, Aguinaldo Silva afirma que vai se aposentar depois de 2010,
quando vence seu contrato com a Globo. Quer se dedicar exclusivamente à
literatura.


Fronteira A Globo acaba de vender para uma rede do Cazaquistão as novelas ‘Da
Cor do Pecado’ e ‘Chocolate com Pimenta’. É a primeira vez que negocia
diretamente com TVs do país.’