Thursday, 18 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Leila Reis

‘Deve ser por causa da espinhosa realidade, mas o fato é que há muito tempo o humor não estava tão em alta na TV. Claro que, como em todos os casos nesse universo, qualquer gênero só se alastra pela programação com o aval do telespectador. Isso mesmo, isso quer dizer que só vai em frente o que faz oscilar o monitor do Ibope para cima.

Hoje a Globo tem em sua grade nada menos do que seis programas de humor além de dois quadros dentro do Fantástico – As 50 Leis do Amor, com texto de Fernanda Young e Alexandre Machado, e Álbum de Casamento (com Denise Fraga, que estréia hoje), absolutamente prestigiados pelo distinto público. A Grande Família está na faixa dos 44 pontos de média no Ibope (na Grande São Paulo), Casseta & Planeta Urgente! faz média de 36, Zorra Total, 34, A Diarista, 28, Sob Nova Direção, 27, A Turma do Didi, 21, sem contar o Fantástico, com 38.

Sem exceção, são programas vitoriosos e, por isso, com todas as possibilidades de gerar clones na concorrência. A RedeTV! sentiu o movimento e foi buscar o Pânico no rádio para preencher a sua amorfa tarde de domingo – conseguiu triplicar a audiência, de 1 para 3 pontos.

O SBT é outro que percebeu a tendência. A emissora, que garante seus 10 pontos de média na noite de sábado com o humor tosco de A Praça é Nossa, tirou da gaveta a série Meu Cunhado — de 52 capítulos, baseada em uma similar argentina, adaptada para acomodar o talento de Ronald Golias.

Lá na Argentina, o cunhado do texto tem 20 e poucos anos, mas,ao chegar no SBT, Silvio Santos decidiu adaptá-lo de modo que Golias pudesse exercitar o cunhado Carlos Bronco, personagem que o comediante faz desde A Família Trapo, nos anos 60. Mesmo tendo perdido audiência em comparação com a estréia (22 pontos), Meu Cunhado está na faixa dos bons índices do SBT (13 pontos na quarta passada).

A série do SBT é uma Grande Família mais pobre e um pouco mais inverossímil do que a mantida por Lineu e Nenê. O chefe da família é interpretado por Moacyr Franco (o publicitário Washington Cantapedra) que é casado com Guilhermina Guinle (que deve ter uns 40 anos menos que o ator) e tem um filho de 10. E sustenta o cunhado Bronco, que tem a sua idade e, portanto, é 40 anos mais velho que a irmã.

No elenco tem gente experiente – Cláudia Mello e Antonio Petrin – e outros bem figurantes. Os cenários, iluminação e figurino são muito SBT. Mas, ao contrário da hard core A Praça É Nossa, tem um humor ingênuo, algumas piadas bem divertidas e, claro, a performance de Ronald Golias.

Golias interpreta aquele mesmo cunhado dos anos 60 (de Otelo Zeloni, no Família Trapo): vagabundo, espertalhão e muito engraçado. No episódio de quarta, ele enfrenta o cunhado na eleição para a presidência de um clube.

Washington chama os criadores de sua agência de publicidade – Nizan e Periscinotto – para criar o slogan de sua campanha. Como são ruins, Washington fica mesmo com o primeiro que pensou. Brincar com os nomes das estrelas do marketing político brasileiro já é uma boa piada, especialmente se pintados como incompetentes.

Deliciosa, no entanto, foi a negociação do tio e sobrinho no quarto do garoto. Duro para colocar sua campanha na rua, Bronco entabula uma negociação com o menino para ficar com a mesada dele. Engambela o sobrinho de olho em R$ 50 que recebe, mas se contenta com os R$ 5 que consegue pegar no cofrinho. O diálogo é bonzinho, mas a interpretação de Golias é insuperável. Golias é aquele tipo de artista que só faz um papel, acontece que ninguém é capaz de fazer o papel como ele. Não é à toa que ele é o ídolo de Bussunda, do Casseta, que o considera o melhor comediante brasileiro. Ao que tudo indica, o público concorda.

Como a TV recuperou o gosto pela comédia, o público apoiou e este país tem grandes talentos no humor (conhecidos e anônimos), é bem provável que o gênero ganhe mais terreno ainda. Afinal, rir faz bem para a alma. E, quem sabe, as comédias possam contrabalançar o peso do noticiário e o horror dos shows policialescos de toda tarde.’

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‘‘O humor alivia a realidade, salva’’, copyright O Estado de S. Paulo, 7/05/04

‘Domingo, Denise Fraga volta ao vídeo do Fantástico com Álbum de Casamento, um quadro de humor no estilo do Retrato Falado, que toca há cinco anos na Globo. A caminho do consultório do pediatra do filho Pedro (de 5 anos, que estava com dor de garganta), Denise conversou com o Caderno 2 sobre o novo trabalho, o DVD e livro do Retrato Falado.

Estado – Você está voltando ao ‘Fantástico’ domingo. Você não quer um programa só seu?

Denise Fraga – O público do Fantástico é a família brasileira. E poder misturar ficção e realidade como em Retrato Falado e Dias de Glória é maravilhoso. Quando a gente coloca a realidade sob uma lente, ela brilha. É isso que nossa equipe – Luís Villaça (diretor e marido de Denise), Maurício Arruda (que também dirige o Altas Horas), Mariana Veríssimo (filha de Luiz Fernando Veríssimo) e José Roberto Torero – descobriu e está explorando.

Acho que só nós estamos produzindo ficção em São Paulo.

Estado – Por que então vocês trocaram o ‘Retrato Falado’ pelo ‘Álbum de Família’?

Denise – O Retrato Falado não acabou! O Álbum só fica no ar por oito domingos, serão duas pílulas de dois minutos por edição. Eu sou a narradora e a fotógrafa dos casamentos do álbum. São histórias contadas por meio de imagens. O Álbum é baseado nos contos do livro Pequenos Amores, do José Roberto Torero. Eu quis dar um tempo no Retrato para tocar outros projetos.

Estava sentindo necessidade de ficar fora do ar.

Estado – Por quê?

Denise – Para sentirem saudade de mim, oras. Nunca tinha ficado fora o ar, a primeira vez foi agora (março e abril).

Estado – E você provocou a saudade que queria?

Denise – Desde que saí do ar, as pessoas perguntam do Retrato.

Estado – Você ouve histórias na rua?

Denise – Muitas. As mulheres me param. Um dia ouvi uma história muito boa na fila do caixa do supermercado que começava no Japão. Essa só não foi para o ar por problemas de produção.

Estado – Você não sente falta de ter um programa independente?

Denise – Não. O que a gente faz casa muito bem com o jornalismo do Fantástico. Retrato Falado é a minha vida. As mulheres que escrevem para mim formaram um catálogo de tipos brasileiros muito rico. São depoimentos sábios, cheios de manhas femininas, é uma experiência de vida. Recebemos 600 cartas por semana.

Estado – O que faz com histórias que não são aproveitadas?

Denise – Estamos planejando um livro com as histórias das mulheres brasileiras, com o material fotográfico que reunimos nestes cinco anos, e tentando fazer o DVD do Retrato Falado.

Estado – É bom trabalhar com marido?

Denise – Trabalhamos juntos desde 1996. Só fiz TV com o Luís, além de cúmplice no plano pessoal, ele é meu cúmplice artístico.

Estado – Vida pessoal e trabalho não se misturam?

Denise – Bastante. Sempre estamos antenados para o que possa dar uma cena.

Às vezes, em restaurantes, cochichamos: ‘Olha o que ele falou para ela’.

Nosso material de trabalho é própria vida, criamos em tempo integral. Tem hora que fazemos uma ‘vaca amarela’ para não falar de trabalho.

Estado – Acabam de estrear ‘A Diarista’, ‘Sob Nova Direção’, ‘50 Lições de Amor’, além dos programas que já existem. Por que você acha que o humor está tomando conta da TV?

Denise – As pessoas estão pedindo comédia porque o mar não está para peixe.

Há um caos urbano, violência. Os telejornais estão muito pesados, chocantes.

Então, o humor alivia a realidade, salva. Quando digo que estou no teatro, perguntam: ‘É comédia?’ Estado – É comédia?

Denise – É sim, Três Versões da Vida, da francesa de origem paquistanesa Yasmina Reza, no Teatro Renaiscence. Está há seis meses em cartaz e vai até julho. É uma comédia de costumes que traz altas reflexões. As pessoas riem muito, mas também saem pensando. Estava há sete anos sem fazer teatro. Já estava chorando em comédia. De saudade.

Estado – O que você gostaria fazer na TV?

Denise – Tenho vontade de fazer uma sitcom (comédia de situações) identificável com a nossa vida na cidade grande, com todos os problemas que ela acarreta.

Estado – O que você gosta de assistir?

Denise – Não vejo quase TV porque tenho filhos pequenos, meu tempo em casa é para eles. Gosto de ver sitcoms como Friends e Sex And The City.

Estado – Você não tem vontade de fazer novela?

Denise – Só fiz quatro na vida: Éramos Seis e Sangue do Meu Sangue (no SBT).

Bambolê e Barriga de Aluguel (Globo). O que aconteceu em minha vida é muito legal, com Retrato Falado eu faço a minha novelinha com a vantagem de trabalhar em São Paulo e ficar perto dos meus filhos (Nino, de 6, e Pedro, de 5).’



RETRATO FALADO
Renata Gallo

‘Denise Fraga se prepara para ser anônima’, copyright O Estado de S. Paulo, 9/05/04

‘Ela já foi Mariana, Gabriela, Flávia, Jane, mas, a partir de hoje, Denise Fraga será uma anônima. No novo quadro, Álbum de Casamento, que estréia no Fantástico, ela vive uma fotógrafa sem nome, especializada em fotos de casamentos.

Ao contrário do que acontece em Retrato Falado, em Álbum Denise não incorpora as personagens das histórias, mas faz o papel da narradora. Não que ela não fique com vontade de encarar o figurino e os trejeitos das noivas. ‘Fico morrendo de vontade, mas nesse programa eu sou, essencialmente, a contadora da história’, explica.

Todos os episódios foram adaptados do livro Pequenos Amores, de José Roberto Torero, que, junto com Mariana Veríssimo e Maurício Arruda, forma a equipe de roteiristas da nova atração e também das outras empreitadas de Denise e Luis Villaça – marido da atriz e diretor dos quadros -, como Retrato Falado, Copas de Mel e Anos de Glória.

Álbum de Casamento irá ao ar em programetes com cerca de 1 minuto e meio.

‘São pilulazinhas que irão aparecer duas ou três vezes em cada Fantástico’, explica Villaça. Ao todo, são 16 episódios.

Entre os que irão ao ar hoje estão a história de Márcio (Beto Matos) e Márcia (Flávia Garrafa), um casal que nem na festa de casamento consegue ser amável um com o outro, e Janjão (Phil Miler) e Lucrécia (Alejandra Sampaio), dupla que terá de superar uma traição.

A escolha dos atores foi um consenso do grupo. Desde que o Retrato Falado começou, há cinco anos, a equipe optou por atores desconhecidos do grande público. ‘Ter atores famosos no elenco é muito legal, mas tem muita gente boa que não aparece na TV’, diz.

Até hoje, Villaça calcula que tenham passado pelos trabalhos 106 atores, uma turma que, segundo ele, acabou se transformando em uma família. ‘Temos a vantagem de poder montar um elenco por semana. Então, aproveito para buscar gente bacana que está no teatro.’

Para os que, de certa forma, já se sentem órfãos do Retrato, Villaça informa: ‘Descobrimos que não dá para parar de fazer o Retrato, vamos continuar fazendo sempre uns 10 por ano, paralelo a nossos outros projetos.’

‘O Retrato é o pai de todos. Todos são filhos, misturam ficção e realidade, o que virou o fetiche do grupo’, completa Denise.

Depois de concluírem as gravações de Álbum de Casamento – que propositalmente foi planejado para estrear no mês das noivas -, a equipe irá gravar de 10 a 12 Retratos para a safra deste ano e também começar um outro projeto, ainda mantido em segredo.’



CENSURA PATERNA
Edson Luiz

‘Criança poderá ver filmes para mais velhos’, copyright O Estado de S. Paulo, 8/05/04

‘A partir do próximo mês, o governo vai tornar mais flexível o acesso de crianças de menos de 10 anos e adolescentes a cinemas, permitindo que assistam a filmes acima de suas faixas etárias, desde que acompanhados dos pais ou responsáveis e a obra não seja imprópria para menores de 18 anos. Os pais ganharão autonomia para decidir a que os filhos podem assistir.

Ao mesmo tempo, as regras de classificação indicativa se tornarão mais rígidas, principalmente para as videolocadoras. Elas terão de exibir avisos sobre a faixa etária indicada e eventuais impropriedades dos filmes.

As novas regras fazem parte da minuta de portaria com critérios e procedimentos da classificação de filmes, vídeos, DVD e espetáculos veiculados no País. ‘O que fizemos foi estabelecer, de uma vez por todas, a responsabilidade do Estado, da sociedade e da família’, afirma José Eduardo Romão, diretor do Departamento de Classificação da Secretaria Nacional de Justiça.

O texto ficará à disposição da população, para eventuais sugestões, até sexta-feira, dia em que haverá audiência pública para os acertos finais da proposta antes da publicação no Diário Oficial. A previsão é de que até a primeira quinzena de junho a nova portaria entre em vigor e quem descumpri-la estará sujeito a multa de 3 a 100 salários mínimos.

Pela última versão da proposta, será incluída a classificação de 10 anos nas faixas etárias. A atual legislação prevê as faixas de 12, 14, 16 e 18 anos, também mantidas na minuta. Além disso, menores de 10 anos estão impedidos de freqüentar cinemas desacompanhados de pais e responsáveis. ‘Um pai não pode deixar uma criança de 8 anos, por exemplo, assistir sozinha a um filme infantil’, afirma Romão.

Locadoras – Na portaria em vigor, que é de setembro de 2000, praticamente inexistiam regras para classificação em videolocadoras. Agora, tanto elas quanto os cinemas terão de exibir na entrada a seguinte observação: ‘O Ministério da Justiça recomenda: Srs. pais ou responsáveis, observem a classificação indicativa atribuída a cada obra audiovisual. Conversem sobre as inadequações indicadas antes de exibir o conteúdo impróprio à faixa etária de crianças e adolescentes.’

Fica mantida a exigência de exibir a indicação da faixa etária nas fitas de vídeo ou DVD. Mas todos os estabelecimentos serão obrigados a destacar as impropriedades das obras. Os trailers também deverão ter a seguinte frase:

‘Verifique a classificação etária do filme.’

Todo o processo de classificação poderá ser acompanhado pela sociedade, já que o Ministério da Justiça tornará públicas as informações, via internet.

‘É uma forma de os pais avaliarem o filme a que seus filhos podem assistir, mesmo que as obras tenham cenas de sexo e violência’, diz Romão.

Para determinar a classificação, a portaria está considerando o grau de conteúdo de sexo, violência e drogas. No caso da violência, será avaliado se no filme ela é extrema (como cenas de suicídio), grave, normal, leve ou se não existe. O sexo será analisado pela seguinte ordem: explícito (a classificação já é de 18 anos), pornografia (quando há cenas de sexo, sem que seja o tema principal da obra), apelo sexual, insinuação ou ausência. As cenas sobre drogas serão definidas como consumo excessivo de substâncias ilícitas, apelo ao consumo ou ao tráfico, consumo atenuado ou ausência.

Mãe – ‘Hoje, acho difícil saber exatamente do que trata o filme e se posso deixar minha filha assistir’, diz a gerente de Marketing Zilma Mendonça. Ela acredita que a classificação detalhada vai impedir o engano que aconteceu quando alugou o filme Os Normais. Zilma teve de parar a reprodução por causa do excesso de cenas de sexo, que considerou impróprias para sua filha de 9 anos, Júlia.

‘A portaria pode parecer retrógrada, mas ela vai chamar a atenção dos pais para um sério problema’, afirma a coordenadora de uma escola de educação infantil Simone Cabral Fuzaro. Ela diz que tem observado comportamentos atípicos para crianças pequenas em virtude do que assistem na televisão ou no cinema, como a banalização da violência e do sexo. Segundo Simone, mãe de três filhos, não é preciso proibir sempre. ‘Os pais devem, pelo menos, assistir aos filmes com a criança para que possam atribuir valor ao que é mostrado.’

Sócio-diretor da locadora de vídeo e DVD 2001, Fred Botelho acredita que a modificação vai ajudar a disciplinar melhor também os estabelecimentos.

Segundo ele, muitos permitem que crianças e jovens aluguem filmes impróprios para a idade.

Punição – A minuta da portaria não define qual será a punição aos estabelecimentos, mas ela será baseada nos artigos 253 e 255 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que regulamentam a apresentação de espetáculos. O primeiro artigo aplica uma multa de 3 a 20 salários mínimos para quem não indicar a faixa etária do evento. O 255 é mais rígido e estabelece multa de 20 a 100 salários mínimos para quem permitir a exibição de filmes classificados como impróprios para menores.

Além disso, o local poderá ser lacrado por 15 dias.

A nova portaria começou a ser discutida no ano passado e seu teor foi colocado na internet para receber sugestões da população. O ministério usou 16 filmes atuais, como Titanic, Cidade de Deus e A Paixão de Cristo, para saber qual a opinião do espectador sobre a classificação dada pelo governo para as obras. Cidade de Deus, por exemplo, cuja classificação é para maiores de 16 anos, recebeu sugestões para ser enquadrado na faixa de 18 anos.

O Departamento de Classificação fez uma pesquisa para saber se as crianças e adolescentes poderiam assistir a filmes fora de sua faixa etária, desde que acompanhados dos pais. A resposta ‘não’ teve apenas 14% do total da consulta; 86% das pessoas disseram que não deveria haver restrições ou que os menores teriam de ver filmes apenas da faixa etária anterior à sua. (Colaborou Renata Cafardo)’



JORNAL FELIZ
Etienne Jacintho

‘Sitcom local com negros terá sabor americano’, copyright O Estado de S. Paulo, 6/05/04

‘Não está definida a emissora que abrigará a primeira sitcom brasileira com negros no mesmo formato americano. Mas que ela existirá, já está certo. Quem está à frente do projeto é a Picante Pictures, produtora independente com sede em Miami, que produz conteúdo para o mercado latino-americano. O nome da sitcom, que começa a ser gravada neste domingo, é Jornal Feliz.

A produtora promoveu no ano passado um workshop coordenado pela veterana Debbie Allen – americana que produziu e dirigiu diversos programas, entre eles The Fresh Prince of Bel-Air e That’s so Raven – para formar autores brasileiros de sitcom. O workshop foi apadrinhado por Netinho, mas o apresentador não estará em Jornal Feliz, apenas fará participações especiais.

O protagonista da série é Luciano Quirino, que interpreta Jorge, um apresentador de infomerciais, que se torna âncora de um noticiário. Ele mora na Cohab, com seu irmão, sua mãe e sua filha. Outros personagens aquecem a história, que será gravada em um estúdio da GGP, a produtora de Gugu Liberato, com direito a platéia e claque – o animador de auditório -, assim como nas tradicionais sitcoms americanas como Friends.

Os primeiros dois episódios serão filmados neste fim de semana e no próximo, com direção da própria Debbie Allen, que está no Brasil. ‘Acho que a sitcom funcionará bem aqui porque combina com os brasileiros. Os personagens são coloridos e alegres e as situações trazem alto grau de realidade’, fala a criadora de Jornal Feliz, que trabalhou com Steven Spielberg em Amistad.

Como a gravação será em estúdio com platéia, três cenários farão parte da trama. A casa dos Santos – onde mora Jorge -, o bar do Keka e o jornal. São 12 os autores responsáveis pelo roteiro da atração, que tem profissionais do Rio e de São Paulo.

Até agora, nenhuma emissora fechou contrato para exibir Jornal Feliz.

Segundo um dos sócios da Picante Pictures, David Morales, três canais estão na mira: Globo, SBT e Record, ‘principalmente as duas primeiras’, diz ele.’