Thursday, 18 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Leituras do Diário Oficial

Toda manhã é rotina de milhares de funcionários públicos como eu em todo o estado de São Paulo abrir e ler o Diário Oficial. Não se trata de hábito adquirido, é obrigação do dever, é ali que constam os dados da nossa vida funcional, atividades para o dia e informações para o trabalho. Nos últimos anos noto que o DO tem sido engordado com toda sorte de artifícios para nos fazer saber das atividades ‘institucionais’ de pessoas e fatos que nada nos interressam como funcionários ou como cidadãos.


O DO de sexta-feira (30/11), do Poder Legislativo (onde sou concursado), traz 13 páginas de informações perfeitamente desnescessárias. Como o jornal tem nessa edição 48 páginas, 25% portanto é lixo ‘informativo’.


Será que o DO está fazendo o papel dos ‘jornalões’, cobrindo o parlamento, já que os grandes não fazem? Ou é outra coisa mesmo? Grande abraço e parabéns pelo esforço de melhorar nossa imprensa.


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Sou telespectadora assídua do Observatório da Imprensa na TV e gostaria de questionar por que, no programa de 27/11, não se discutiu de forma mais aprofundada a questão do conteúdo dos jornais populares. Na PUC-MG, temos feito análises de conteúdo do Super e do Aqui e o resultado não é muito bom. É preciso que nós avaliemos melhor se o conteúdo desses jornais está mesmo atendendo ao grande público que o compra.


Já foi feita pesquisa com o público? Algum grupo focal com leitores? Acho que esse é um desafio que se impõe para todos nós e me incluo também nessa responsabilidade. (Ana Maria Rodrigues Oliveira, jornalista, professora da PUC-MG, Belo Horizonte, MG)


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Sou jornalista em Belo Horizonte e assíduo telespectador do Observatório da Imprensa. A respeito da entrevista concedida pelo presidente Lula ao jornal O Globo no domingo (25/11), vocês não acham que é uma ‘cortesia’ muito especial e tendenciosa? Um detalhe é que o ministro Franklin Martins é ex-Globo. O correto não seria o presidente dar uma entrevista coletiva para toda a imprensa? (Guilherme Cardoso, jornalista, Belo Horizonte, MG)


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Quando ligo meu computador todos os dias gosto de ler os últimos acontecimentos pelo portal iG. Porém, logo abaixo há um ícone do jornalista Paulo Henrique Amorim. Sinceramente não sei realmente o que acontece. Ele faz uso do seu espaço como colunista exclusivamente para defender o governo Lula e para atacar o PSDB e principalmente José Serra e Fernando Henrique Cardoso. Como sou apartidário, gostaria de saber quais as motivações reais disso. Será que isso é jornalismo? Há princípios éticos nesse tipo de ação persecutória? O absurdo é tanto que quando a imprensa noticia alguma suspeita de desvio de conduta do governo federal, o mesmo coloca: ‘PSDB começou a pilantragem’ (sic). É menos só por que outros começaram? É direito adquirido? Gostaria dos comentários de vocês. (Rafael Gil Filho, economista, São Paulo, SP)


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Estou estupefato com a falta de informações na mídia nacional sobre a greve de fome de D. Luiz Cappio. Ainda mais espantado que o OI não está fazendo qualquer referência sobre isso. Fico me perguntando, a quem interessa tanta falta de atenção? Quem se beneficia disso, especialmente nos meios de comunicação? Quanto recurso está sendo gasto para calar a imprensa? (Eliel Freitas Júnior, agrônomo, Salvador, BA)

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Funcionário público, São Paulo, SP