Friday, 26 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Mídia barrada de audiência militar

A mídia e o público estão proibidos de assistirem ao testemunho de iraquianos na audiência do caso de cinco soldados americanos acusados de estuprar e assassinar uma jovem iraquiana de 14 anos em março deste ano, informou nesta semana um oficial do Exército dos EUA. A medida foi tomada para proteger as testemunhas, que temem ser vistos como aliados das forças americanas e serem assim considerados insurgentes. ‘Em reconhecimento às preocupações das testemunhas locais em relação à segurança, o acesso ao público e mídia será proibido durante os testemunhos’, afirmou o coronel Todd Ebel.


O sargento Paul Cortez, o soldado especialista James Barke, o soldado Jesse Spielman e o soldado Bryan Howard são também acusados de assassinar três familiares da menina. Um quinto soldado – Anthony Yribe – não participou do crime, mas foi acusado de não ter denunciado o crime a seus superiores.


A imprensa também está proibida de falar com familiares das vítimas e membros do exército iraquiano. O capitão Alexander Pickands, conselheiro do tribunal, acredita que o testemunho dos iraquianos seria prejudicado se eles fossem expostos à mídia ou ao público. A audiência determinará se há evidências necessárias para um julgamento. Caso haja julgamento, os suspeitos do assassinato podem ser condenados à morte. O Exército americano insistiu que irá punir soldados que cometam crimes contra iraquianos. Informações da Associated Press [2/8/06].