Wednesday, 24 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Reorganização da companhia leva a mais demissões

Após cortar 105 postos de trabalho pouco antes do natal, o grupo Time Inc. planeja eliminar mais 100 funcionários dos setores comercial e editorial – dez deles na revista Time, como informa Katharine Q. Seelye [The New York Times, 31/1/06]. No final de janeiro, 40 empregados do setor de administração de revistas domésticas do grupo foram notificados de suas demissões, assim como 26 jornalistas que não são associados ao Newspaper Guild (maior sindicato que representa funcionários da indústria de jornais nos EUA). Para cerca de 40 funcionários editoriais protegidos pelo sindicato foram oferecidas demissões voluntárias; eles têm até o dia 13/2 para decidir se irão aceitá-las.


Transição para a rede


As revistas mais atingidas pelos cortes são a Time e a Money. Com 13.400 funcionários, o grupo Time Inc. tem como objetivo reorganizar a estrutura da empresa, processo que teve início no final do ano passado. A atual onda de demissões se deve à realocação de recursos, na medida em que o grupo aumenta sua presença online e consolida algumas de suas funções administrativas, de acordo com a porta-voz Dawn Bridges.


Segundo Dawn, os cortes não têm relação com problemas de queda de lucro com publicidade. ‘Neste ponto, estamos melhor que a maioria das revistas. Mas estamos nos transformando de uma empresa que publica revistas para uma empresa de mídia multiplataforma, e temos que remanejar nossos cargos. As pessoas e os investimentos necessários são diferentes se formos fazer sítios, programas de TV, outros eventos e parcerias’, afirma.


Na Time, o editor-executivo Jim Kelly pediu a cerca de dez empregados (o que representa menos de 5% da equipe de 255 funcionários da revista) que aceitem a oferta de demissão voluntária. A revista reduziu o número de funcionários ao longo do último ano. ‘Devemos economizar quanto mais dinheiro possível, e reinvestir o dinheiro em novos lançamentos e em uma estratégia online mais forte, para crescermos dentro de um ano ou dois’, resume Kelly.