Friday, 29 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

TV Record tenta
ofensiva contra Globo

Luiz Antonio Magalhães


Leia abaixo os textos de quarta-feira selecionados para a seção Entre Aspas.


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Folha de S. Paulo


Quarta-feira, 5 de julho de 2006


TELEVISÃO
Daniel Castro


Record articula contra monopólio da Globo


‘A TV Record está articulando uma associação das redes de TV para acabar com o monopólio da Globo nas transmissões de Copas do Mundo.


A idéia da Record é criar uma entidade de direito civil que represente todas as redes e que compre os direitos da Copa de 2010 (e das posteriores, se possível). Assim, todas as TVs interessadas exibiriam o evento.


A Record se inspira na OTI (Organização de Televisão Ibero-Americana), entidade sediada no México que negociou os direitos da Copa para o Brasil até o Mundial da França (1998).


Alexandre Raposo, presidente da Record, já teve conversas iniciais com o SBT e a Band. A Record não pretende excluir a Globo do ‘pool’. Mas, se a Globo insistir em ter a Copa com exclusividade, como nas edições de 2002 e 2006, a emissora de Edir Macedo estaria disposta a disputar os direitos.


A Record tem estudos que mostram que seria viável pagar US$ 80 milhões pela Copa de 2010, desde que seja exclusiva dela. Mas uma disputa com a Globo acabaria encarecendo os direitos, ao contrário de um ‘pool’, que poderá barateá-los.


A Fifa só deve abrir no final deste ano a concorrência para a América Latina para os direitos da Copa da África do Sul.


A Globo está desgastada com a Infront (a agência da Fifa que vende os direitos), porque foi à Justiça para baixar de US$ 240 milhões para US$ 80 milhões o valor do Mundial de 2006.


TOTALMENTE DEMAIS O final de ‘Belíssima’ não terá apenas um casal homossexual, mas dois. Além de Rebeca (Carolina Ferraz) e Karen (Mônica Torres), Gigi (Pedro Paulo Rangel) sairá do armário e ficará com um maquinista que ele conhece na montagem do show das vedetes Guida (Íris Bruzzi) e Mary (Carmem Verônica).


CERTINHAS DO LALAU 1 O autor de ‘Belíssima’, Silvio de Abreu, viu as gravações do show: ‘Fiquei de queixo caído. Um cenário enorme, plumas e paetês em profusão para uma única cena no último capítulo’.


CERTINHAS DO LALAU 2 Antes do show, Guida fará uma armadilha no palco para Mary cair e quebrar a perna. Mas quem cai no buraco é o cantor do espetáculo. E Gigi terá de substituí-lo.


TERÇA TOTAL A estréia de ‘Bicho do Mato’, próxima novela das 19h30 da Record, não será numa segunda-feira, mas na terça, 18. A emissora optou por terminar ‘Prova de Amor’ numa segunda porque nesse dia tradicionalmente há muito mais gente vendo televisão do que nas sextas. E, por meio de chamadas, atrairá mais telespectadores para a estréia da terça, acredita.


BALANÇO SOCIAL A TV Cultura ganhou na semana passada dois prêmios Ethos de Jornalismo, o ‘Oscar’ das empresas de mídia que contribuem para o desenvolvimento da responsabilidade social. A emissora pública paulista venceu na categoria televisão, batendo a ‘favorita’ TV Globo, e foi destaque no conjunto das outras mídias (jornal, revista, rádio e internet/eletrônicos).’


ISTOÉ CENSURADA
Folha de S. Paulo


Revista ‘Isto É’ afirma que foi impedida de circular em AL


‘A Editora Três, que edita a revista ‘IstoÉ’, disse que todos os exemplares da publicação que começaram a circular no final de semana contendo na capa acusações contra o deputado João Lyra (PTB-AL), candidato ao governo de Alagoas, foram comprados antes de chegarem aos leitores no Estado. A empresa informou que foram enviados 11 mil exemplares a bancas de Alagoas. Segundo Gregório França, diretor da Editora Três, o distribuidor local da revista afirmou que, à medida que os exemplares eram entregues, um carro sem identificação comprava todos os exemplares. Na reportagem de capa, o deputado é acusado pelo ex-soldado da PM Garibalde Santos de Amorim de tramar a morte de Silvio Vianna, coordenador-geral da Administração Tributária da Secretaria da Fazenda do Estado, há quase dez anos. O assassinato ocorreu após Vianna ter entregue ofícios de cobrança de uma dívida de uma usina de João Lyra. A assessoria do deputado disse que ‘em nenhum momento funcionários do Grupo João Lyra ou ligados à coordenação política do candidato foram autorizados a comprar revistas nas bancas com o intuito de retirá-las de circulação’. Lyra também está tomando medidas jurídicas contra a revista. ‘Apenas um funcionário, no sábado, dia 1º de julho, por determinação da assessoria jurídica, recebeu ordem para comprar cerca de 30 exemplares para que fossem movidos diversos processos contra os responsáveis pela absurda calúnia.’ E completa: ‘Jamais tomaríamos esta atitude porque seria uma ação antidemocrática, desrespeitosa e ineficiente’. Colaborou ADRIANA CHAVES, da Agência Folha’


INTERNET
Juliano Barreto


Pedágio na internet


‘A notícia fez tremer as bases de empresas como Google e Microsoft: uma emenda em um projeto de lei que trará mudanças nas regras seguidas pelas empresas de telecomunicação nos EUA não foi aprovada. Com a rejeição, os provedores de acesso à internet via cabo deram um importante passo para entrar nos mercados de TV e de serviços via rede, podendo até filtrar quais os tipos de dados que poderão ser recebidos e enviados pelos computadores.


Na prática, ferramentas populares, como Skype (www.skype.com), podem ter a velocidade limitada para beneficiar o serviço de uma empresa parceira do provedor. Outra ameaça são os provedores cobrarem mais caro para os usuários que desejam ter mais velocidade nos serviços de voz e de vídeo on-line. No lugar de exigir mensalidades mais caras de acordo com a velocidade de conexão, as empresas poderão dividir seus planos de acordo com o tipo de dados que os usuários trocam pela rede.


A emenda rejeitada exigia que a nova lei trouxesse regras que garantissem a neutralidade da internet, ou seja, qualquer informação trocada entre os micros, como voz, vídeo ou texto, tivesse tratamento igual.


A decisão final ainda não foi tomada, mas a discussão nunca foi tão intensa. De um lado da disputa estão os portais, que precisariam gastar mais para garantir a qualidade de seus serviços e sofreriam grande concorrência dos provedores. Do outro, ficam alguns gigantes das telecomunicações, que teriam o controle dos canais por onde transitam informações de voz, de texto e de vídeo. No meio de tudo isso, os internautas do mundo todo, que, direta ou indiretamente, devem sentir no bolso os reflexos das mudanças que estão por vir.’


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Operadoras de banda larga obtêm vitória importante


‘Em setembro, o Senado dos EUA deverá aprovar o Ato de Oportunidade, Melhora e Promoção das Comunicações de 2006, ou o Cope (Communications Opportunity, Promotion and Enhancement Act). Entre as propostas desse conjunto de leis, está a abertura para que operadoras de telefonia que já oferecem acesso à rede possam também explorar a transmissão de TV via cabo.


Com as mudanças, empresas de telecomunicação, como a Verizon e a AT&T, poderão controlar praticamente toda a estrutura da internet e aproveitá-la para experimentar novas formas de controlar e de cobrar pelo acesso a serviços on-line.


Segundo especialistas na defesa dos direitos do consumidor, tal cenário poderia trazer problemas sérios para pequenas empresas que mantêm sites e, principalmente, para quem assina serviços de banda larga. O princípio da neutralidade da rede, que garante a igualdade no trato das informações, poderia ser desrespeitado sem obstáculos.


Possíveis mudanças


Atualmente os pacotes de dados que trafegam pela rede mundial têm a mesma prioridade e não há discriminação em relação aos seus conteúdos. Os dados transferidos para um programa de transmissão de vídeo, como o Windows Media Player, percorrem o mesmo caminho que as informações contidas em um e-mail.


O protocolo de rede envia os bits da forma mais rápida possível. Os downloads têm tratamento neutro, são limitados apenas pela velocidade da conexão.


Com os provedores controlando totalmente a entrega de conteúdo, porém, seria possível determinar que tipo de dados têm a preferência.


Programas de voz e de vídeo pela internet poderiam ser beneficiados pela técnica, mas empresas apoiadas pelos provedores poderiam ter sites e serviços acessados de forma mais rápida do que os de seus concorrentes.


A votação


Para evitar possíveis abusos das empresas de telecomunicações, uma emenda para o Cope foi proposta por dois senadores, a republicana Olympia Snowe e o democrata Byron Dorgan. A proposta foi negada e deu força para os provedores, mas a decisão final ainda pode ser diferente. ‘Qualquer legislação sobre telecomunicações adotada pelo Senado deve preservar a liberdade da internet. Eu continuarei a pressionar meus colegas para refletir’, defende Dorgan. A senadora republicana diz que, sem uma regulamentação que garanta a neutralidade, a internet caminha ‘para ser algo limitado’, no qual ‘as operadoras de banda larga escolherão os vencedores e os derrotados’.’


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TV será beneficiada por mudanças


‘Se as novas regras das telecomunicações podem causar prejuízos aos internautas, pelo menos o mercado de TV paga dos EUA deve ficar mais atraente para os consumidores. Com a aprovação do Cope, os telespectadores deverão ter mais opções e os preços das assinaturas devem cair.


No atual formato, o conjunto de leis garante uma franquia nacional para os provedores de acesso. Dessa forma, as empresas de telecomunicação poderão vender pacotes em todos os EUA sem precisar negociar localmente com cada um dos governos estaduais.


A lei, porém, libera caminho para outra polêmica: a censura eletrônica por meio de uma técnica que adiciona bloqueios para a gravação de conteúdo, chamada broadcast flag.’


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Filtragem de pacotes de dados tem lado positivo


‘Por si só, o jargão que envolve a polêmica da neutralidade já facilita interpretações tendenciosas das técnicas de controle do acesso à internet. Especialistas em direito digital como Tim Wu, da Columbia University, e Lawrence Lessig, de Standford, afirmam que filtros de conteúdo usam a ‘discriminação de pacotes’ e a solução é manter o ‘acesso aberto’.


Fugindo do jogo de palavras, é possível identificar pontos positivos na proposta de priorizar certos tipos de dados.


A ‘discriminação’ é a base para que os provedores ofereçam serviços de voz e de vídeo com mais qualidade. É razoável pensar que não há problema quando um e-mail demora dois centésimos de segundos a mais para chegar. Mas, na transmissão de imagens via internet, esse mesmo intervalo de tempo pode significar o congelamento de uma cena ou a exibição de imagens sem fluidez.


Por isso, uma rede que dá prioridade para pacotes de dados com vídeo poderia trazer benefícios. Ao mesmo tempo, deixar que as empresas decidam quais os usuários e quais tipos de conteúdo têm prioridade na rede pode representar o fim do espírito democrático da internet. Há registro de casos de bloqueio de acesso a um determinado conteúdo usando a técnica de ‘discriminação’.


Os criadores do site www. dearaol.com, que é contra as políticas da AOL, dizem que a empresa proibiu seus clientes de ver a página de protesto.’


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Rede atual tem limitações de uso defendidas em contrato


‘Afirmar que a internet é livre de limitações de uso é, no mínimo, uma visão inocente da estrutura atual da rede. Embora controles que filtrem dados não sejam oficialmente reconhecidos, os provedores de acesso já dosam a liberdade dos usuários. Nos EUA, as empresas têm contratos de adesão que proíbem conexões VPN (redes virtuais), usadas para controlar PCs remotamente.


No Brasil, os principais provedores não têm tais restrições, mas há registro de problemas. Grupos de internautas, como a Associação Brasileira dos Usuários de Acesso Rápido (www.abusar.org.br), acusam a Telefônica de limitar o uso de programas de troca de arquivos, como o BitTorrent. A empresa nega.’


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Provedores nacionais têm pacotes multimídia


‘Mais cedo ou mais tarde, as tendências tecnológicas dos EUA acabam influenciando o mercado internacional. No Brasil, especificamente, a neutralidade da rede não é tema de discussão -ao menos por ora.


Desde o ano passado, alguns dos principais provedores de acesso do país caminham em direção à oferta de serviços em várias áreas ao mesmo tempo.


A operadora Net, que é ligada à Globo, vende TV por assinatura, acesso rápido à internet e permite aos seus assinantes fazer ligações telefônicas por meio de uma parceria com a Embratel. Esse caminho é parecido com o trilhado pela TVA, do Grupo Abril, que oferece a mesma cesta de produtos.


Recentemente, a Telefônica, concessionária de telefonia fixa do Estado de São Paulo, que vende acesso à internet via banda larga e é ligada ao portal Terra, revelou planos de ingressar no mercado televisivo. A empresa quer transmitir programação paga via satélite e também via IPTV (TV via internet). Até 2007, Telemar e Brasil Telecom também deverão investir no setor.


Dessa forma é presumível que mesmo com investimentos na infra-estrutura da internet em território nacional, que ainda é limitada, os provedores precisarão apelar para técnicas de discriminação de conteúdo que forçariam os consumidores a adotar novos planos.


Procurados pela Folha para comentar a questão da neutralidade, os três principais provedores de acesso de São Paulo, por meio de suas assessorias de imprensa, negaram os pedidos de entrevista ou disseram não ter um representante para comentar sobre o assunto.


Regulamentação


Apesar da gula das empresas de telecomunicação presentes no Brasil, o governo estabelece limites contra o monopólio.


Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (www. anatel.gov.br), uma mesma empresa não pode prover serviços de conteúdo e de acesso.


Dessa forma, um grupo pode ter operações nas duas áreas, mas precisa garantir o acesso completo aos concorrentes sem beneficiar seus sócios.


No ano passado, a Anatel divulgou nota esclarecendo que as ‘prestadoras de serviço de comunicação multimídia não podem impor restrições à transmissão de nenhum tipo de sinal’. A orientação vale para o conteúdo em áudio, em vídeo e para dados.’


TODA MÍDIA
Nelson de Sá


Mercosul ou Alca


‘Nas manchetes de televisão, do ‘Jornal Nacional’ ao ‘Jornal da Band’, ‘O presidente Lula assina agora o protocolo de entrada da Venezuela no Mercosul’ ou ‘Venezuela passa a integrar o Mercosul’. A notícia e pouco mais.


Mas o presidente Hugo Chávez agora está entre nós, ao sul -e ao norte, em ambos os lados do Atlântico, do econômico ‘Financial Times’ até o republicano ‘Washington Times’, sobra crítica.


A reportagem do ‘FT’ abriu ontem dizendo que é ‘um acréscimo que poderia acelerar o desvio do bloco sul-americano dos princípios do livre comércio’.


A reportagem do ‘FT’ abriu ontem dizendo que é ‘um acréscimo que poderia acelerar o desvio do bloco sul-americano dos princípios do livre comércio’.


A do ‘WT’ abriu apontando ‘preocupações de que Chávez vai tentar desviar o Mercosul de seu pendor democrático e de livre mercado’.


Mas aqui e ali, pelo quinto ou sexto parágrafo, as várias reportagens traziam registros em outra direção:


– Com a Venezuela, o Mercosul vai responder por 75% do PIB da região… A ação combina o maior exportador de petróleo da região com dois dos maiores produtores de carne e grãos do mundo, para formar um mercado de 250 milhões…


No alto dos sites, Venezuela, Argentina e Brasil eram retratados por Chávez, Néstor Kirchner e Lula.


Geraldo Alckmin, que após subir sete pontos foi surgir na estatal Cultura dizendo que quer reeleição e tudo mais, abriu o jogo também em política externa.


A agência britânica Reuters noticiou que o ‘candidato da oposição criticou a admissão da Venezuela no Mercosul’ e assim ‘reforçou a visão de que poderia remontar a política externa do Brasil’.


A Reuters sublinhou que ‘ele declarou ser favorável à Área de Livre Comércio das Américas, que inclui Estados Unidos, desde que com reciprocidade’.


ESPERANDO


No ‘New York Times’ de ontem, ‘Países pobres ainda estão esperando pelo acordo EUA-Europa’. Diz o jornal que ‘há cinco anos, pela primeira vez, líderes europeus e americanos prometeram focar as negociações globais nas necessidades dos países em desenvolvimento e enfrentar sua maior reclamação: as restrições de importação e os subsídios que protegem os fazendeiros dos países ricos’. ‘Mas’ no final de semana houve nova reunião e, outra vez, ‘nada de acordo’.


‘Washington Post’ e ‘Wall Street Journal’ foram na mesma linha, mas sem apoio aos ‘pobres’.


TREM DA ALEGRIA


Para quem gosta de cifras, o site Controle da Concorrência contou e o blog Blue Bus divulgou que caiu para um terço o espaço da Copa no ‘Jornal Nacional’.


Na segunda-feira, foram 11 minutos e 36 segundos -e só no segundo e terceiro blocos. No dia 26, antes de Gana, 30 minutos e 40 segundos, em seis dos sete blocos.


No dizer do blog, ‘acabou o trem da alegria’.


MARCA BRASIL


Mas a BBC Brasil foi ouvir o ‘especialista em marketing de nações’ Simon Anholt e ele garantiu que ‘a derrota não afeta a marca Brasil’.


É que, ‘por não se encaixar na idéia que as pessoas têm do Brasil, será logo esquecida’, justifica o criador do Nation Brands Index. Essa tal ‘idéia’ positiva do país teria sido construída ao longo do século 20 e seria ‘das mais poderosas do mundo’.


CONFIAR EM DEUS


Na Globo, destaque para os cartazes expostos por agentes, depois das cinco mortes


Da Record à Globo, a notícia em São Paulo foi ‘o sumiço das fichas’. Na escalada da Band, ‘os bandidos do PCC roubaram fichas funcionais de agentes penitenciários’. No relato da Globo, ‘presos ligados a facções roubaram cadastro dos funcionários de vários presídios’. Endereços e ‘dados pessoais’, eles já estariam com tudo -e para os agentes ‘resta confiar em Deus’.


Mas não, vem o ex-secretário dos presídios de Geraldo Alckmin e diz para a CPI das Armas e para a escalada do SBT que ‘o PCC deflagrou onda de violência para atingir a candidatura Alckmin’.’


TELEVISÃO
Keila Jimenez


Final pouco crível circula por aí


‘Tem cara de armação, ainda mais partindo de um autor que adora manter o suspense como Silvio de Abreu, mas circula no mercado publicitário uma misteriosa ‘cópia’ de um dos finais de Belíssima.


Muito bem escrito, com detalhes de quem conhece um script de novela da Globo, o tal capítulo traz grandes, mas pouco críveis, revelações. Pelo enredo em questão, Cemil (Leopoldo Pacheco)seria o mandante de todas as armações feitas por André (Marcello Antony), com a conivência do bonzinho Nikos (Tony Ramos). O delegado Gilberto é que revela tudo no maior clima de Torre de Babel, com todos os suspeitos reunidos no casarão.


Os motivos do ardiloso plano não ficam claros no tal roteiro. Narciso (Vladimir Brichta) aparece como filho de Murat(Lima Duarte) e Bia Falcão (Fernanda Montenegro). Uma mulher de um orfanato entregou-o ainda bebê a Katina (Irene Ravache).


Vitória (Cláudia Abreu) morre em tiroteio no aeroporto quando Bia tenta embarcar para a Europa com Sabina. O até então vilão André (Marcelo Antony) tenta impedir e acaba sendo alvo de Bia, que atira, mas acerta Vitória, que acaba morrendo no hospital, após falar a Júlia sobre o amor de André.


Medeiros (Ítalo Rossi), o advogado de Bia, morre após uma discussão com Ivete (Angelita Feijó) – que também morre -, com quem tinha um caso secreto.


Bia é presa e acaba fugindo no final. Mateus (Cauã Reymond) larga Ornella e foge para o exterior combinando com Giovanna de encontrá-la mais tarde. Murat revela a Gilberto o plano de Bia de matar Vitória, pois ela achava que fosse sua filha.


Na tal sinopse há ainda duas cenas secretas que os atores escalados receberão posteriormente. As apostas estão lançadas.


Minissérie sobre príncipe de Nassau


Maria Adelaide Amaral já engatou novo projeto. Trata-se de uma minissérie sobre o príncipe de Nassau e a ocupação holandesa em Pernambuco no período de 1624 e 1654, para a Globo. Além do nobre, a trama tratará de personagens históricos como Calabar, d. Anna Paes, Henrique Dias e Andre Vidas de Negreiros. A minissérie com a passagem histórica é um projeto antigo da autora com a diretora Denise Saraceni, sua parceira em sucessos como A Muralha. Deve começar a ser gravada no próximo ano e estrear em janeiro de 2008 na Globo.


entre- linhas


Bem ao estilo Silvio Santos de intervenção na programação, a RedeTV! estreou na segunda-feira um horário de desenhos (das 7h30 às 8h30), com animação da Nickelodeon, como Dora a Aventureira.


Por falar no dono do SBT, a brincadeira na emissora é que o patrão é um tremendo pé-frio. Sua presença na Copa não ajudou a seleção.


A Record anuncia que a edição de anteontem do Repórter Record alcançou a sua maior audiência desde a estréia, em fevereiro de 2002. O programa registrou média de 14 pontos, das 22h18 às 23h33. Na mesma faixa, o SBT ficou com 7 pontos com a novela A Feia Mais Bela e o programa Hebe.


No Saca-Rolha de hoje, o cantor Ivan Lins para mostrar a relação do brasileiro com os esportes.


Reaproveitamento de elenco: alguns atores de Prova de Amor, novela que termina nos próximos dias, devem entrar na segunda fase de Cidadão Brasileiro, da Record.’


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O Globo


Quarta-feira, 5 de julho de 2006


O HOMEM QUE CONHECIA…
Bruno Porto


Efeito colateral do mensalão


‘Muito já se falou e escreveu sobre a crise política enfrentada pelo governo Lula e pelo PT. Nesse processo, a derrocada ética do partido do presidente foi relacionada a um sem-número de coisas. Até agora, no entanto, ninguém havia analisado o impacto do mensalão sobre a vida sexual do brasileiro. Coube a Marcelo Rubens Paiva, que lançou recentemente ‘O homem que conhecia as mulheres’ (Editora Objetiva), essa missão. O escritor e dramaturgo acha que a série de escândalos protagonizados pelo PT afetou, positivamente, a libido nacional.


– Com a decadência das ideologias, o erotismo vira um lazer prioritário. Neguinho antes ia a reuniões clandestinas, lia manifestos, realizava comícios e passeatas, promovia revoluções. Lutar por seus ideais era o sentido da vida. Agora, sem nada disso, faz o quê? Ora… – diz ele. – Quanto ao PT, deve ter baixado a libido do Palocci e do Genoino. Sem o caseiro para comprar Viagra então…


O escritor seria um dos afetados por esse fenômeno, digamos, político-sexual. É o que ‘O homem que conhecia as mulheres’, que traz um alto teor erótico, sugere. O livro investiga os personagens da fauna urbana atual e seus comportamentos sem esconder o que essas pessoas fazem entre quatro paredes. É, sem dúvida, um dos romances mais sexuais de Paiva, que estreou na literatura em 1982 com ‘Feliz ano velho’, que marcou uma geração e vendeu mais de 700 mil exemplares.


– ‘Malu de bicicleta’ ( 2003 ) também é assim. Creio que vivo um segundo momento da minha literatura, antes e depois de ‘Malu’. Gosto do tema, não sei explicar. Eu e a Humanidade gostamos – diz o autor de peças como ‘No retrovisor’, que reestréia amanhã no Teatro Carlos Gomes.


‘O homem que conhecia as mulheres’ chegou às livrarias junto com uma nova edição de ‘Feliz ano velho’. A Objetiva comprou os direitos de publicação de toda a obra de Paiva, que está sendo relançada. O escritor explica que parte do livro novo não é inédita.


– Eu dividiria o livro em três partes, três novelas curtas unidas pelo mesmo tema. São elas ‘Stereotype’, ‘O homem rendido pelas mulheres’ e ‘O homem que conhecia as mulheres’. Em ‘Stereotype’, a maioria das histórias foi publicada em revistas e jornais, mas reescrevi os textos, deixando-os mais literários do que jornalísticos. E tem inéditos – frisa ele. – As outras duas partes são inéditas. ‘O homem rendido pelas mulheres’ é uma continuação do ‘Malu de bicicleta’, ambientado no mesmo lugar, na mesma época.


O livro de Paiva quer mostrar que muita coisa mudou na maneira como os homens se relacionam com as mulheres e vice-versa. E também que muita coisa não mudou.


– Acho que vivemos um momento rico a ser explorado pela literatura, o da tolerância, da emancipação sexual das mulheres, da liberdade religiosa, da democratização dos costumes e valores. Não existe mais o papel do homem ou da mulher – acredita. – Os tipos humanos de hoje são diferentes entre si. Procuro mostrar que por trás de um estereotipo há contradições. Só uma coisa não mudou. Todo o mundo busca um amor para si.


Escritor defende a atrizSusana Vieira de críticas


Paiva está com 47 anos. Há quem diga que os homens que ultrapassam a linha dos 50 começam a pensar menos em sexo. O escritor rebate essa idéia com veemência.


– É um tremendo engodo afirmar que com a idade perde-se o interesse em sexo. A cabeça é a mesma. Passam garotinhas deliciosas e qualquer quarentão, cinquentão, sessentão vai atrás, sente os mesmos desejos de antes. Se eu fosse uma garota jovem, saía com um cara desta idade ontem – diz. – A mente não envelhece. O tesão, idem. Pergunte ao Chico Buarque e ao Mick Jagger.


Ele afirma que o mesmo vale para mulheres que namoram homens mais jovens, como a atriz Susana Vieira, que costuma ser criticada por esse comportamento.


– Têm é inveja dela. Não existe mais isso de homens novos e velhos, mulheres novas e velhas. Millôr Fernandes é mais jovem do que muito marombeiro. E Susana Vieira dá de dez em muita atrizinha de ‘Malhação’. O velho de hoje é muito jovem, e há jovem que dá sono e tédio, como um vovô. Raí é avô há muito tempo. E Cláudia Ohana, avó. Quem expulsaria estes avós da cama? – brinca.


O escritor já se viu nessa situação.


– Eu tinha 44 e ela, 19. O único problema era que ela não sabia quem foram os Beatles. Tudo bem, nem fui beatlemaníaco, era criança quando eles acabaram. No entanto, ela me apresentou muita banda nova – conta.’


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O Estado de S. Paulo


Quarta-feira, 5 de julho de 2006


BUSH vs. IMPRENSA
Dean Baquet* e Bill Keller**


Quando publicar um segredo?


‘Desde 11 de setembro de 2001, editores de jornais enfrentam decisões torturantes na cobertura dos esforços governamentais para proteger o país contra agentes terroristas. Cada um de nós reteve informações, em algumas ocasiões, porque ficamos convencidos de que publicá-las teria colocado vidas em risco. Em outras, cada um de nós decidiu publicar informações classificadas como sigilosas sob fortes objeções.


Na semana passada, nossos jornais revelaram um programa secreto da administração Bush para monitorar transações bancárias internacionais. Nós o fizemos depois de apelos de autoridades de alto escalão da administração para retermos a matéria.


Nossas reportagens – como revelações anteriores da imprensa sobre medidas secretas de combate ao terrorismo – reavivaram um debate emocional em âmbito nacional, com acusações iradas de ‘traição’ e propostas de que os jornalistas fossem presos, junto com muitas confusões e preocupações genuínas sobre o papel da imprensa em tempos como estes.


Somos rivais. Nossos jornais competem numa centena de frentes todos os dias. Aplicamos os princípios do jornalismo individualmente como editores de jornais independentes. Concordamos, porém, em alguns aspectos básicos sobre a imensa responsabilidade que os fundadores do país conferiram à imprensa.


Não se enganem, os jornalistas têm um interesse grande e pessoal na segurança do país. Vivemos e trabalhamos em cidades que têm sido tragicamente marcadas como alvos terroristas. Repórteres e fotógrafos de nossos jornais desafiaram o risco nas torres atingidas para transmitir o horror ao mundo.


Hoje temos correspondentes ao lado de tropas nas linhas de frente no Iraque e no Afeganistão. Outros arriscam suas vidas na tentativa de entender a ameaça terrorista; Daniel Pearl, do jornal The Wall Street Journal, foi assassinado numa missão dessas. Nós, e as pessoas que trabalham para nós, não somos neutros na luta contra o terrorismo.


Mas o ódio virulento dos terroristas, a julgar por sua literatura, é dirigido não apenas contra nosso povo e nossos edifícios. Ele visa também nossos valores, nossas liberdades, e nossa fé no governo autônomo de um eleitorado esclarecido. Se a liberdade de imprensa deixa alguns americanos apreensivos, ela é amaldiçoada pelos ideólogos do terror.


Há 35 anos, na decisão da Suprema Corte que impediu o governo de suprimir a história secreta da Guerra do Vietnã conhecida como os Pentagon Papers, o juiz Hugo Black escreveu: ‘O poder do governo de censurar a imprensa foi abolido para que a imprensa possa permanecer para sempre livre de censura do governo. A imprensa foi protegida para que pudesse desnudar os segredos do governo e informar o povo.’


Como essa história judicial nos recorda, o conflito entre a paixão do governo pelo segredo e o impulso da imprensa para revelar não é recente. Isso não começou na administração Bush, embora a polarização do eleitorado e o desafio assustador do terrorismo tenham aguçado a tensão entre imprensa e governo como nunca desde os tempos em que o juiz Black se pronunciou.


Nosso trabalho, especialmente em tempos como estes, é levar a nossos leitores informações que lhes permitam julgar o quanto seus líderes estão trabalhando em benefício dos cidadãos e a que preço.


Nos últimos anos, nossos jornais lhes trouxeram uma grande quantidade de informações que a Casa Branca jamais pretendeu que vocês soubessem – segredos classificados sobre a inteligência questionável que levou o país à guerra no Iraque, sobre o abuso de prisioneiros no Iraque e no Afeganistão, sobre a transferência de suspeitos a países que não têm escrúpulos em usar a tortura, sobre a escuta clandestina feita sem autorização.


Como observou recentemente Robert G. Kaiser, editor associado do jornal The Washington Post nas páginas desse jornal: ‘Vocês podem ter ficado chocados com essas revelações, ou nada perturbados por elas, mas teriam preferido não saber nada sobre elas? Se uma guerra está sendo travada em nome dos Estados Unidos, os americanos não deveriam entender como ela está sendo travada?’


As autoridades federais, compreensivelmente, querem as duas coisas. Querem que nós protejamos seus segredos, e querem que apregoemos seus sucessos.


Alguns dias atrás, o ex-secretário do Tesouro, John Snow, se declarou escandalizado com a nossa decisão de noticiar o programa de monitoramento de bancos. Mas em setembro de 2003, o mesmo Snow convidou um grupo de jornalistas de nossos jornais, do Wall Street Journal e outros para viajar com ele e seus assessores num avião militar para uma excursão de seis dias. A intenção era mostrar os esforços da secretaria para rastrear o financiamento ao terrorismo.


A equipe do secretário discutiu muitos detalhes sensíveis de seus esforços de monitoração, na esperança de que eles aparecessem na imprensa e mostrassem o quanto a administração estava sendo implacável contra a ameaça terrorista.


Como nós, editores, devemos conciliar a obrigação de informar com o instinto de proteger?


Às vezes os julgamentos são fáceis. Nossos repórteres no Iraque e no Afeganistão, por exemplo, tomam muito cuidado para não divulgar dados operacionais secretos em suas reportagens, sabendo que nesta era de alta conectividade virtual eles poderiam ser vistos e usados por insurgentes.


Em geral, os julgamentos são penosos. Matérias sensíveis não caem em nossas mãos. Elas começam com alguma pista de uma fonte que tem um agravo ou uma consciência culpada, mas essas pistas são apenas o começo de um trabalho longo e exaustivo.


Os repórteres operam sem passes de segurança, sem poderes de intimação, sem tecnologia de espionagem. Eles trabalham com fontes que podem estar assustadas, que podem saber apenas uma parte da história, que podem ter suas próprias agendas que precisam ser descobertas e levadas em conta. Nós verificamos duas, três vezes. Procuramos fontes com outros pontos de vista. Questionamos nossas fontes quando surgem informações contraditórias.


Então ouvimos. Nenhum artigo sobre um programa classificado é publicado até que autoridades responsáveis tenham tido uma justa oportunidade de comentar. E se elas querem argumentar que a publicação representa um risco para a segurança nacional, deixamos as coisas de molho e lhes concedemos uma audiência respeitosa.


Com freqüência, concordamos em participar em conversas off-the-record (conversas privadas protegidas pelo compromisso de não publicação) com autoridades, para que elas possam defender seu ponto de vista sem medo de vazar mais segredos para nossas primeiras páginas.


Por fim, pesamos os méritos de publicar contra os riscos de publicar. Não há uma fórmula mágica, não há uma medida clara seja para o interesse público, seja para os perigos de publicar informações sensíveis. Fazemos nosso melhor julgamento.


Quando decidimos pela publicação, é claro, todos ficam sabendo daquilo. Poucas pessoas ficam sabendo quando decidimos segurar uma matéria. Mas cada um de nós, nos últimos anos, teve a experiência de reter ou retardar matérias quando a administração nos convenceu de que o risco da publicação suplantava os benefícios.


Provavelmente o exemplo mais discutido foi a decisão do The New York Times de segurar sua matéria sobre a escuta telefônica ilegal por mais de um ano, até os editores sentirem que outras reportagens haviam enfraquecido a justificativa para segredo da administração.


Mas há outros exemplos. The New York Times reteve matérias que, se publicadas, poderiam ter colocado em risco os esforços para proteger depósitos vulneráveis de material nuclear, e matérias sobre iniciativas altamente sensíveis de contraterrorismo que ainda estão em operação.


Em abril, The Los Angeles Times reteve informações sobre atividades americanas de espionagem e vigilância no Afeganistão descobertas em discos rígidos de computador comprados por repórteres num bazar afegão.


Nem sempre a questão é publicar uma matéria ou eliminá-la. Às vezes lidamos com as preocupações de segurança removendo, na edição, detalhes gratuitos que pouco contribuem para a compreensão pública mas poderiam ser úteis para os alvos da vigilância. The Washington Post, a pedido da administração, concordou em não nomear os países específicos que têm prisões secretas da Agencia Central de Inteligência (CIA), considerando essa informação não essencial para leitores americanos. The New York Times, em seu artigo sobre a escuta clandestina pela Agência de Segurança Nacional (NSA), deixou fora alguns detalhes técnicos.


Mesmo as matérias sobre os bancos, condenadas pelo presidente e o vice-presidente, não abordaram os aspectos técnicos ou operacionais do programa, mas sua extensão, as questões sobre sua base legal, e as questões de supervisão.


Compreendemos que pessoas honradas possam discordar de algumas dessas escolhas – publicar ou não publicar. Mas tomar essas decisões é a responsabilidade que recai em editores, um corolário da grande dádiva da nossa independência. Não é uma responsabilidade que assumimos levianamente. E não é uma que podemos entregar ao governo.


*Dean Baquet é diretor de redação de ‘ Los Angeles Times’


** Bill Keller é diretor de redação de ‘The New York Times’’


ELEIÇÕES 2006
Chico de Gois


Band organiza debate para 14 de agosto


‘Representantes dos principais candidatos à Presidência concordaram com as regras para o debate da TV Bandeirantes, agendado, inicialmente, para 14 de agosto, um dia antes do início da propaganda eleitoral gratuita.


Indagado ontem à noite sobre o debate, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não confirmou nem negou sua participação. ‘Não sei. Primeiro tem de ouvir as propostas. Não tenho problema com debate, aliás gosto muito de debate’, afirmou. ‘Mas vamos ver quais são as regras, as disposições. É cedo ainda para a gente ver isso.’


‘A garantia de presença só teremos no dia’, admitiu o diretor de jornalismo da emissora, Fernando Mitre. Ele disse que, até agora, nenhum candidato informou que não comparecerá.


As novas regras darão mais tempo para o debate, que poderá ter três horas. ‘Vamos ganhar em conteúdo. A proposta é discutir solução para os problemas do País’, afirmou Mitre.


O programa terá cinco blocos. No início, o mediador fará uma pergunta para os candidatos e cada um terá dois minutos para responder. No segundo, terceiro e quarto blocos, os candidatos fazem perguntas entre si. As respostas terão dois minutos. A réplica, um minuto e meio, como a tréplica. Antes, a tréplica durava 30 segundos. O último bloco será o das considerações finais. Cada um terá dois minutos e meio para falar livremente.


COLABOROU VERA ROSA’


Rodrigo Pereira


Quércia aposta fichas na TV para crescer


‘O candidato ao governo do Estado pelo PMDB, Orestes Quércia, acredita que com o segundo maior tempo de propaganda em rádio e TV em São Paulo conseguirá ‘preparar um bom programa e mudar as coisas que são mostradas nas pesquisas’. Quércia admitiu que está atrás na disputa contra José Serra (PSDB) e Aloizio Mercadante (PT) por ter lançado muito tarde sua candidatura. No entanto, avaliou que o bom tempo de TV conseguido através da aliança com o PP e 90 dias de campanha são ‘suficientes para ir ao segundo turno e ganhar’.


‘Eles (Serra e Mercadante) levam vantagem de ter o candidato a presidente, ter governo. Mas eu levo vantagem por ter mais experiência na administração’, disse Quércia, que foi governador de São Paulo entre 1987 e 1991.


O candidato adiantou que um dos motes de sua campanha será a crise de segurança no Estado provocada pelo PCC em maio. ‘Hoje o grande problema é a segurança e as pessoas sabem que é importante ter um pouco mais de experiência nisso’, prosseguiu Quércia na abertura da Feira Internacional de Calçados (Francal) realizada no Anhembi, em São Paulo. ‘No começo do meu governo a preocupação com segurança era de 50%. Quando terminei o governo era 8%. Fiz um investimento grande em segurança.’


Questionado se sua presença na feira não configurava campanha antecipada, foi evasivo. ‘Fui convidado, sou francano também. Sou presidente da Associação dos Produtores de Café Especial da Alta Mogiana, que é de Franca, temos ligação com essa área calçadista e vamos nos comprometer com a economia de Franca.’


O candidato elogiou as atuais proibições de campanha, como showmícios e a distribuição de brindes e demonstrou cuidado com as novas restrições, muitas ainda não definidas. ‘Estamos analisando bem a legislação para evitar problema.’’


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