Friday, 29 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

Veja

MAINARDI vs. KENNEDY
Diogo Mainardi

Sou o Bacuri do Kennedy

‘Eu sou o Bacuri do petismo. Bacuri foi torturado e morto pelo regime militar. Os informantes que a imprensa tinha no Deops e os informantes que o Deops tinha na imprensa souberam que ele seria morto duas semanas antes de o assassinato de fato ocorrer. Ao contrário do que fizeram com Bacuri, ninguém arrancou minhas orelhas, ninguém perfurou meus olhos. O regime militar era brutal. O petismo é só rasteiro. O colunista da Folha Online Kennedy Alencar noticiou que eu seria condenado no processo contra Franklin Martins um dia antes que o juiz efetivamente me condenasse. Se eu sou o Bacuri do petismo, Kennedy Alencar é o informante do Deops.

Na semana passada, aqui na coluna, dei um peteleco em Franklin Martins. Na segunda-feira, o antigo assessor de imprensa de Lula, Kennedy Alencar, publicou uma nota vaticinando qual seria o resultado do processo do ministro contra mim. Ele acertou até a quantia que eu teria de pagar: 30.000 reais. No dia seguinte, atropelado pelos eventos, o juiz Sergio Wajzenberg decidiu me condenar às pressas, antes de analisar minhas provas e antes de interrogar minhas testemunhas. Como sou parte em causa, tenho de tratar do assunto com uma certa cautela. A OAB, a corregedoria e a imprensa podem se ocupar do caso bem melhor do que eu. Mas a sentença do juiz Wajzenberg merece um comentário.

O juiz Wajzenberg, como José Dirceu, só me chama de Diego na sentença. É Diego para cá, Diego para lá. Eu, Diego, sou descrito como um camarada da melhor qualidade: inteligente, brilhante, digno, leal, honesto e cumpridor de meu papel social. Mas cometi um erro ao identificar Franklin Martins como simpatizante de Lula, embora ele tenha sido nomeado, um ano depois do meu artigo, ministro de Lula. O juiz Wajzenberg se define como uma ‘velhinha de Taubaté’. Ele afirma que, como a velhinha de Taubaté, ‘prefere acreditar’ que um jornalista pode desempenhar seu trabalho com autonomia, mesmo que todos os seus parentes sejam beneficiados com cargos no governo.

O juiz Wajzenberg absolve também o ‘povo brasileiro’. Ele alega que, como um bando de índios, nós toleramos a prática do ‘escambo’. Por isso, ‘um ato que pode parecer uma troca de favores na verdade pode significar um reconhecimento do poder político’. O juiz Wajzenberg diz que, diante da falta de trabalho, moradia e saúde, temos dificuldade de ‘entender o que é bom e o que é ruim’. Mas ele ‘prefere acreditar’ que ‘a maioria do povo brasileiro é digna, acredita em Deus e age para que nosso futuro seja melhor’. Contaminado pelo espírito benevolente do juiz Wajzenberg, prefiro acreditar que em nenhum momento ele sentiu o peso de julgar um ministro, prefiro acreditar que ele nem considerou a hipótese de favorecer um membro do governo para obter algum tipo de vantagem em sua carreira, prefiro acreditar que ele conduziu meu processo com lisura, prefiro acreditar que ninguém arrancou minhas orelhas e ninguém perfurou meus olhos.’

Veja

Condene, depois julgue

‘A Rainha de Copas, personagem de Alice no País das Maravilhas, manda cortar a cabeça de quem a contraria. No julgamento de Alice, no último capítulo do clássico de Lewis Carroll, ela pede uma condenação antes mesmo que as provas sejam analisadas pelo júri. ‘A sentença primeiro… Depois o veredicto’, diz ela. Felizmente, no Brasil, a Constituição assegura o amplo direito de defesa e o devido processo legal. Isso significa, por exemplo, que um juiz só pode condenar alguém depois de o réu se defender formalmente. E que essa condenação só é válida depois de anexada ao processo. Qualquer coisa fora disso é ilegal.

Na noite da segunda-feira 16 de abril, o jornalista Kennedy Alencar, da Folha de S.Paulo, protagonizou um episódio que remete à Rainha de Copas. Ele divulgou, em sua coluna on-line, a condenação da Editora Abril e do colunista Diogo Mainardi em ação de indenização movida por Franklin Martins, hoje ministro da Secretaria de Comunicação Social. Na coluna, acertou na condenação e até no valor: 30.000 reais. A notícia estava correta, mas havia dois problemas nela:

• Quando Alencar a divulgou, no dia 16, a defesa da Editora Abril e do colunista Diogo Mainardi não havia sido anexada ao processo. Isso só ocorreu no dia 17.

• A sentença, do juiz Sergio Wajzenberg, da 2ª Vara Cível do Rio de Janeiro, só foi assinada e anexada ao processo no dia 17 – um dia depois, portanto, de Kennedy Alencar ter divulgado a notícia.

O jornalista da Folha, assim, antecipou os termos de uma sentença que ainda não existia no dia 16. Como o jornalista conseguiu obter a notícia da condenação, com o seu valor preciso? Um crente aventaria a hipótese de que Kennedy é médium. Já um cético levantaria a suspeita de que alguém lhe soprou o teor da sentença antes mesmo de ela ser assinada – e antes de a defesa ter sido encaminhada ao juiz. Nesse caso, o magistrado teria prejulgado o processo. Os advogados da Editora Abril e de Mainardi tentaram obter, na manhã do dia 17, cópia de tal decisão no cartório da 2ª Vara Cível do Rio de Janeiro. Foram informados pelo escrivão Valmir Ascheroff de Siqueira de que a decisão não existia. Nem poderia existir, segundo ele, pois a defesa dos réus acabara de ser anexada ao processo. Pouco tempo depois, os mesmos advogados requisitaram cópia de todo o processo, a fim de atestar a inexistência da sentença noticiada pelo jornalista. O escrivão, então, disse que uma decisão acabara de surgir (assim, do nada), mas que ninguém poderia ver o processo. Juntamente com o presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, os advogados da Abril protestaram ao desembargador Luiz Zveiter, presidente da Corregedoria de Justiça, que determinou o acesso imediato ao processo. Constatou-se que uma decisão fora anexada com data de 17 de abril, um dia depois de Alencar tê-la noticiado.

Kennedy Alencar divulgou a versão de que uma fonte lhe teria informado que o juiz Wajzenberg, por engano, mandara divulgar a sentença na internet, no dia 16, num processo paralelo. Ao receber a informação, o jornalista teria digitado o número do processo paralelo no site do tribunal e capturado os termos da sentença antes de o juiz perceber o equívoco cometido e retirá-la do ar. O agilíssimo Kennedy afirmou: ‘Basta ligar para 21-3133-2000 e falar com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Rio’. Ele acrescentou que a sentença era datada de 3 de abril. Tudo muito curioso. Como poderia Wajzenberg ter sentenciado em 3 de abril se, no texto, ele aborda um documento protocolado pela defesa em 10 de abril? Como poderia um juiz não respeitar o dever de examinar a defesa dos réus, anexada ao processo apenas no dia 17? Como poderia um juiz, sozinho, ter determinado a divulgação da decisão no site do tribunal, no dia 16, sem ela ter antes passado pelo cartório, como obrigam os ritos formais?

VEJA ligou para o número do Tribunal de Justiça sugerido pelo jornalista e perguntou se a sentença de fato esteve disponível no site do tribunal por alguns momentos no dia 16. A resposta da assessora de imprensa Simone Araújo: ‘Não vamos responder a essa pergunta’. Tudo isso cria uma situação inusitada. Se Kennedy Alencar falou a verdade, o juiz Wajzenberg prejulgou o caso contra a Editora Abril e contra o colunista Diogo Mainardi. Se mentiu… A Editora Abril já solicitou à Corregedoria de Justiça a apuração do caso. Kennedy Alencar é um jornalista fiel. Ele foi porta-voz de Lula, entre abril de 1994 e julho de 1995. Amigo de Franklin Martins, Kennedy Alencar demonstra uma atração fatal pelo colunista Diogo Mainardi. Vasculha obsessivamente sites dos tribunais atrás de decisões sobre o colunista de VEJA. Que vocação!’

INTERNET & TV
Veja

O casamento do século

No começo de maio, a mais recente invenção saída da cartola de Steve Jobs, o chefão da Apple, deverá ser lançada no Brasil. À venda nos Estados Unidos desde março, o Apple TV estabelece uma ponte entre a televisão e o computador. Com o tamanho aproximado de um decodificador de TV a cabo, o aparelhinho pretende ser para o vídeo aquilo que o iPod é para a música. Por meio dele, o usuário transfere filmes, seriados e afins do computador para a televisão. Ao ser lançado, contudo, o Apple TV não obteve a mesma unanimidade de público e crítica de outros produtos da companhia de Jobs. Entre seus defeitos está o fato de (ao menos em princípio) trabalhar apenas com os cerca de 400 filmes e 200 séries de TV à venda no iTunes, a loja virtual da Apple. Também há problemas técnicos – como a qualidade de imagem, inferior à de um DVD comum. Apesar dos pesares, o Apple TV aponta no caminho certo. A união entre televisão e computador é uma espécie de casamento do século – e, depois de mais de uma década tateando à procura de formas de viabilizá-la, as companhias parecem estar chegando a um denominador comum. O produto da Apple não está sozinho no mercado. As concorrentes Sony e Microsoft desenvolveram equipamentos parecidos. A primeira já lançou no exterior a terceira geração do LocationFree, que conecta o computador, a televisão e o PlayStation na sua versão portátil. A Microsoft colocará no mercado americano no fim deste mês o Xbox 360 Elite, que, além de ser um console de jogos, permite baixar e estocar grande quantidade de vídeos da internet.

Não é difícil compreender o que está em questão. A TV ocupa um lugar central na vida das pessoas – e nada indica que isso deixará de ser verdade tão cedo. Já o computador e a internet são o terreno em que a revolução do vídeo independente está acontecendo. Era natural que se buscasse aproximar o eletrodoméstico da sala de estar daquele que costuma ser acomodado no quarto ou no escritório. As possibilidades abertas por essa integração vão mudar a vida do espectador. O computador deverá se converter numa videoteca. Por meio dele, um dia será possível transportar para a TV o acervo inesgotável de vídeos de sites como o YouTube. Ele funcionará, ainda, como uma ferramenta de compra e locação – o que se vislumbra é nada menos que o dia em que os discos de DVD poderão ser dispensados.

Segundo a consultoria Adams Media Research, em 2006 foram gastos nos Estados Unidos cerca de 28 milhões de dólares entre compra, aluguel e assinatura de serviços de vídeo pela internet. A projeção para este ano é que esse valor quintuplique. Em 2011, deverá chegar à casa dos 3 bilhões de dólares. O número parece baixo se comparado aos 16,5 bilhões de dólares que se faturou com os DVDs nos Estados Unidos no ano passado – mas a tendência a médio prazo é que essa vendagem fique estagnada. Não por acaso, as duas tecnologias que até pouco tempo atrás duelavam para se viabilizar como sucessoras do DVD – o Blu-ray, da Sony, e o HD-DVD, da Toshiba – caíram em desgraça. Por outro lado, as locadoras virtuais vão de vento em popa. Somente o iTunes contabilizou 1,3 milhão de filmes e 50 milhões de programas de TV vendidos desde outubro de 2005, quando se lançou nesse negócio. Hoje, ele enfrenta quatro concorrentes de peso: Netflix, Amazon Unbox (da livraria virtual Amazon), Movielink e BitTorrent. Até a gigante do varejo Wal-Mart passou a oferecer vídeos em seu site.

Se esse comércio já começa a ter uma feição bem definida, ainda há várias questões em aberto sobre a forma como se dará a ligação entre televisão e computador. No passado, houve experiências tão frustrantes nesse sentido como a WebTV. Surgido em 1995, o conjunto que permitia acessar a caixa de e-mail e páginas da rede na tela da televisão era um híbrido mal resolvido. Além da qualidade de conexão sofrível, não era nada confortável de operar – basta dizer que o espectador, esparramado no sofá, tinha de ficar com um teclado de computador no colo o tempo todo. Uma pesquisa recente apontou que a complicação é a principal razão pela qual 80% dos americanos ainda preferem valer-se da TV a cabo e de sistemas que vendem programação à la carte, como o TiVo, a obter o que querem ver por meio do computador. Por isso, os aparelhos que estão chegando ao mercado buscam concentrar-se no essencial: dar ao espectador a chance de armazenar seus vídeos favoritos e assistir a eles quando bem entender. O Xbox deverá ter capacidade para guardar mais de 100 horas de material – o triplo do que tem o Apple TV. O LocationFree possibilita que se acessem os arquivos do computador do usuário e o sinal da TV a cabo de qualquer lugar – abre caminho, enfim, para usufruir tudo isso num laptop.

Não há dúvida de que a nova geração de aparelhos dá um passo adiante – mas ainda há muito chão para que cumpram tudo o que a integração promete. Uma questão crucial continua sem solução: como reproduzir na TV de forma satisfatória os vídeos veiculados em tempo real na internet? Sem isso, nem pensar num YouTube na tela da TV de plasma, por exemplo. Isso sem falar nas restrições que o espectador encontra para baixar arquivos nesses equipamentos. Por meio do novo Xbox, só se poderá assistir aos vídeos disponíveis num serviço da Microsoft, o Live. Ao se comunicar apenas com o iTunes, o Apple TV priva o usuário de milhares de filmes e programas à venda em outros serviços. Como quase sempre acontece nos computadores, é possível burlar essas restrições – mas isso requer algum conhecimento técnico e gastos extras. O dono do Apple TV pode, sim, descarregar no aparelho os DVDs de sua coleção caseira, ou os vídeos armazenados na memória de seu computador, mas precisará arranjar programas especiais (como o VideoHub) para fazer a conversão.

Os interessados brasileiros, aliás, já podem se preparar: por enquanto, lançar mão de programas desse tipo será o único meio de usufruir o Apple TV. Embora os usuários de internet do país estejam entre os mais ativos do mundo, o mercado nacional ainda não se tornou atraente o bastante para as locadoras virtuais. As razões por que iTunes e seus congêneres não operam no país são várias – as principais delas, a baixa penetração das conexões de banda larga e o temor da pirataria. Esses problemas retardam a inclusão dos brasileiros no novo mundo do vídeo. Mas ela vai acontecer.’

TELEVISÃO
Marcelo Marthe

Visões do outro mundo

‘Os folhetins espíritas são um filão bem brasileiro da teledramaturgia. A novela O Profeta, em exibição na faixa das 6 da Globo, é o exemplo mais recente de sua força. Refilmagem de uma trama dos anos 70 de Ivani Ribeiro (1922-1995), ela se vale dos ingredientes característicos do estilo. A ação gira em torno de um sensitivo que se comunica com o além. E entre os personagens há espíritos que interferem nos rumos da história. Atualmente, o tema também desperta o interesse dos americanos. Séries como Medium, Ghost Whisperer e Supernatural exploram enredos em que este mundo se mistura com ‘o outro plano’. Mas, enquanto o modo americano de lidar com os espíritos tem raízes na literatura fantástica e no horror gótico herdados da tradição inglesa, as produções brasileiras se apóiam numa visão religiosa. O efeito disso é que há um céu de distância entre os médiuns e fantasmas daqui e os de lá.

Nos seriados americanos, a presença de espíritos é um recurso narrativo para despertar o medo. Ela visa a assustar o público, ainda que no correr da trama os fantasmas se revelem camaradas. A paranormal Allison Dubois (Patricia Arquette), de Medium, é acometida por sonhos aterrorizantes que são a chave para os casos criminais que soluciona com seus poderes. Em Supernatural, a barra é ainda mais pesada: dois irmãos combatem seres demoníacos. Nas novelas brasileiras, inspiradas pelo kardecismo (uma religião que cravou raízes no Brasil como em nenhum outro lugar do mundo), não há propriamente fantasmas que espreitam os vivos a partir da sombra. Há, de um lado, ‘espíritos de luz’, que confortam e auxiliam outros personagens. O irmão morto do médium Marcos (Thiago Fragoso), de O Profeta, se converteu em seu anjo da guarda. E há ‘espíritos obsessores’, que desempenham papel parecido com o de um vilão que está ali para atrapalhar e não para aterrorizar. Tome-se a ‘obsessora’ que atazanou a personagem de Maurício Mattar na novela. Ela o fez beber até cair na sarjeta e envenenou as conversas dele com sua pretendente. Deixou de incomodar apenas depois de ser ‘resgatada’ por um médium. Uma das marcas dos espíritos novelísticos à maneira brasileira é que não há maldade intrínseca a eles. Mesmo o mais endiabrado pode se redimir.

Nas séries americanas, a mediunidade é uma espécie de superpoder. A pavorosa (no mau sentido) Ghost Whisperer até se aproxima um pouco do ideário kardecista. A personagem de Jennifer Love Hewitt ajuda as almas penadas a fazer o trajeto até o outro plano. Só que a série não levanta bandeiras religiosas. Prefere investir num item bem material: os seios de outro mundo da atriz, que são perseguidos pela câmera com uma sanha para lá de ‘obsessora’. Outros paranormais americanos também fazem uso prático de seu ‘dom’. Em Medium, Patricia Arquette tem emprego numa promotoria. Como passa pouco tempo no escritório, é uma espécie de funcionária-fantasma, que faz grande parte de seu trabalho na cama, onde tem suas premonições. Numa novela espírita, fazer da mediunidade um ganha-pão seria heresia. Como se verifica em O Profeta, ela não deve ser usada em proveito próprio. Por empregar seus poderes para conquistar fama e dinheiro, Marcos perdeu conexão com o além. Em tempo: nas cenas de transe, as caretas de Fragoso são um show de horror à parte. ‘Tento deixar meu corpo aberto às sensações’, explica o ator.

Ivani Ribeiro foi mesmo a precursora do estilo no Brasil. Em 1994, uma segunda versão de A Viagem, sucesso dela dos anos 70 que abordava a reencarnação, provou que a fórmula resistiu ao tempo. Recentemente, a questão voltou a render ibope com Alma Gêmea, escrita por seu seguidor Walcyr Carrasco – que, aliás, supervisionou o texto do novo O Profeta. Com médias de audiência de até 41 pontos, uma enormidade para o horário, a adaptação atual caiu no gosto do público porque combina as doses certas de romantismo, humor e ação. E de tempero sobrenatural, é claro. ‘A idéia de que todos terão uma segunda chance neste mundo é reconfortante’, diz Walcyr Carrasco.’

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Clique nos links abaixo para acessar os textos do final de semana selecionados para a seção Entre Aspas.

Folha de S. Paulo – 1

Folha de S. Paulo – 2

O Estado de S. Paulo – 1

O Estado de S. Paulo – 2

Folha Online

Veja

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