Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

CBS e sindicato chegam a acordo por novo contrato

A CBS News e o Writers Guild of America, sindicato que representa 500 de seus funcionários, anunciaram esta semana ter chegado a um acordo para um novo contrato trabalhista. A disputa entre as duas partes durava dois anos e meio. Redatores, produtores, editores, artistas e assistentes que trabalham para estações de TV e rádio da rede CBS em Nova York, Los Angeles, Chicago e Washington estavam sem contrato desde abril de 2005. O Writers Guild of America é o mesmo sindicato dos roteiristas de Hollywood, em greve desde novembro do ano passado – as duas discussões seguiam separadamente porque, no caso da CBS, os profissionais escrevem notícias, e não conteúdo de entretenimento.


As negociações não haviam evoluído por causa de questões ligadas a aumento de salário e planos de previdência, mas o impasse foi resolvido na quarta-feira (9/1). Pelo novo contrato, os funcionários receberão 3,5% de aumento neste e no próximo ano. A CBS havia sugerido aumentos diferentes para funcionários locais e nacionais, mas o sindicato rejeitou a idéia. Em declaração, a rede se disse satisfeita com o acordo. ‘Nosso foco, durante todo esse processo, era alcançar um acordo justo, e nós achamos que este contrato é bom para ambas as partes’.


Debate cancelado


Em novembro, depois que os redatores votaram pelo início de uma paralisação, os pré-candidatos democratas à presidência afirmaram que não furariam a greve para participar de um debate que a CBS havia marcado para dezembro. A emissora teve, na ocasião, que cancelar o debate. Segundo analistas, a demonstração de apoio por parte dos políticos, junto com manifestações trabalhistas nas estações afiliadas, pode ter ajudado na decisão da CBS de revisar suas propostas contratuais.


Em dezembro, 250 membros do sindicato chegaram a um acordo similar com a ABC News. A briga entre os roteiristas e os estúdios de Hollywood, entretanto, é mais complexa. Mais de 12 mil roteiristas de TV e cinema pararam de trabalhar há dois meses – eles reivindicam uma parte nos lucros de conteúdo exibido na internet. Informações de Brian Stelter [The New York Times, 10/1/08].