Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Folha de S. Paulo

LULA EM ALTA
Fernando Canzian

Pesquisa aponta Lula como melhor presidente do país

‘Às vésperas da transição entre o primeiro e o segundo mandato, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) surge como o presidente mais bem avaliado da história do Brasil e cercado de uma forte expectativa positiva entre a maioria dos brasileiros: 59% esperam um segundo mandato ótimo/bom.

O principal legado do primeiro mandato, segundo nova pesquisa nacional do Datafolha, é uma diminuição na percepção de problemas relacionados à miséria e ao desemprego e um aumento relativo de dificuldades em outras áreas, como saúde, educação e corrupção.

Lula, que venceu a eleição com mais de 20 milhões de votos de diferença em relação ao ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) após uma campanha dominada por denúncias contra seu governo, é apontado espontaneamente por 35% dos entrevistados como o melhor mandatário que o Brasil já teve.

O percentual equivale a praticamente o dobro da preferência obtida pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) no final de 2002 (18%), quando o tucano encerrou seu segundo mandato.

Na pesquisa atual, enquanto Lula tem 35%, FHC caiu para 12%. Os próximos mais bem avaliados são Juscelino Kubitscheck (11%), Getúlio Vargas (8%; 21% entre os com mais de 60 anos) e José Sarney (5%).

Lula também encerra o primeiro mandato com 52% dos brasileiros considerando seu governo ótimo/bom, o maior patamar entre quatro presidentes avaliados pelo Datafolha desde a redemocratização. O melhor índice até aqui (53%) pertence ao próprio Lula, obtido às vésperas do 2º turno eleitoral de 2006.

Esperança menor

A expectativa para o segundo mandato de Lula, que começa em 1º de janeiro, é mais positiva que a sua atual avaliação: 59% esperam que ele faça um governo ótimo/bom. Nesse ponto, porém, há uma diminuição das esperanças depositadas em Lula. Antes da posse em 2003, 76% aguardavam um governo ótimo/bom -um recorde.

No caso de FHC, apenas 41% esperavam um governo ótimo/bom dias antes da transição do primeiro para o segundo mandato, no final de 1998. Na época, enquanto o país mergulhava em uma crise que levou a uma forte desvalorização do real em 99, apenas 35% avaliavam FHC como ótimo/bom.

A pesquisa Datafolha, feita no dia 13 de dezembro entre 2.178 brasileiros em 111 municípios de 23 Estados e do Distrito Federal, tem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

A exemplo dos resultados dos levantamentos pré-eleitorais, destaca-se o fato de que quanto mais pobre e menos escolarizado for o entrevistado, maior será seu apoio e satisfação com Lula. Regionalmente, os moradores do Sul e do Sudeste também continuam como os maiores críticos.

No final de 1998, a aprovação de 35% do governo FHC era mais homogênea: 40% dos que tinham renda até dois salários mínimos o aprovavam; 33% dos com renda de cinco a dez salários; e 36% dos que ganhavam mais de dez mínimos.

Desemprego

Embora a falta de trabalho permaneça no topo das preocupações, caiu de 31% no início de 2003 para 27% agora o total dos que afirmam espontaneamente ser o desemprego o principal problema. O índice chegou a 49% em março de 2004.

Criados 5 milhões de novos empregos com carteira assinada e obtida uma melhor distribuição de renda entre 2003 e 2006, os brasileiros apontam agora para outros problemas.

Eles são relacionados à qualidade da saúde (6% apontavam como problema em 2003, contra 17% agora), da educação (subiu de 4% para 9%) e à existência de corrupção no governo (2% para 6%, o maior percentual do primeiro mandato).

Também de forma espontânea, a saúde é avaliada como a área de pior desempenho no primeiro mandato de Lula. Subiu de 4% para 18% o total dos que avaliam mal a área entre 2003 e 2006.

Já o combate à corrupção teve o pior desempenho para 8% dos entrevistados na pesquisa da semana passada. No início do governo, era 1%.

Segurança

A avaliação do desempenho do governo Lula em outras áreas de grande interesse da população, como trabalho e segurança, ficou praticamente estável entre 2003 e agora.

Para Luiz Felipe de Alencastro, professor de história do Brasil na Universidade de Paris-Sorbonne, a forte expectativa positiva em relação a Lula vem de uma ‘reiteração da legitimidade’ do presidente.

‘Depois de toda a crise política e da existência de um segundo turno, que foi apontado como uma derrota, Lula venceu com 20 milhões de votos, o que restabeleceu uma perspectiva de unanimidade’, afirma.’



CULTURA vs. ESPORTE
Carlos Heitor Cony

Cultura e esporte

‘Não venho acompanhando em detalhes a saia justa entre o pessoal da cultura, notadamente do cinema e do teatro, com o pessoal do esporte. Alguns setores da sociedade acham descabida a obrigação do Estado de sustentar ou apenas apoiar iniciativas culturais e esportivas.

Em tese, são manifestações que deveriam ser auto-sustentáveis, vivendo os esportes das bilheterias dos estádios e ginásios, o teatro e o cinema das respectivas bilheterias. Os altos custos tornam inviáveis a produção e a exibição de grandes realizações tanto num como noutro setor. De pires na mão, eles vão ao mercado em busca de patrocínios que, no fundo, serão bancados pelo Estado, que aceitará a renúncia fiscal em nome dos espetáculos: o pão e o circo custam caro.

Sempre foi assim: a arte (o esporte não deixa de ser uma manifestação de arte) foi patrocinada pelos príncipes da Renascença e por grandes empresas que se beneficiavam da citada renúncia fiscal. A Renascença toda nasceu e frutificou graças ao apoio dos Médicis e dos papas, bastando citar Lorenzo, o Magnífico, e o papa Julio 2º.

Não teríamos os afrescos da Capela Sistina se não fosse a obstinação do papa em subjugar Michelangelo, obrigando-o a trabalhar dia e noite, esquecendo-se inclusive de pagar o preço combinado pela encomenda. Mais tarde houve a parceria de Luis da Baviera com Wagner e a estranha relação de Mozart com os príncipes-arcebispos de Salzburg, chegando a ponto de comer na mesa dos empregados e de ter levado, de um deles, um chute no traseiro.

Não estou insinuando que Lula dê um chute no Barretão ou na Fernanda Montenegro. Pelo contrário, o governo tem obrigação de atender ambas as partes, a cultura e o esporte, ajudando a criar os valores que formam e sustentam uma nação.’

Vinicius Torres Freire

Não vai dar para todo mundo

‘A CULTURA brasileira brilhou nesta semana. A cultura da boquinha estatal. Fazia tempo que a gente não ouvia, em tão pouco tempo, tanto cantar de gafanhoto, tanto cricri de corporações ávidas de dentadas adicionais no dinheirinho público.

Não foi tanto o tamanho do desfalque que impressionou, o qual não foi pequeno, porém: digamos quase meio Bolsa Família, se consideradas as mordidas de deputado, senador e efeitos ‘cascata’, de promotor, juiz, do ‘pessoal da cultura’ e dos ‘amigos do esporte’ de levar o doce do povaréu. Mais contagiante foi o torpor de repulsa entediada causado pela exibição caricata e concentrada de cara-de-pau, todo mundo rasgando os trapos da fantasia ‘republicana’ para meter a mão no cofre.

Diante de despesas como salários de servidores, INSS e juros, as avançadas de juízes, promotores, parlamentares, culturistas, esportistas etc, parecem café pequeno. Mas imagine a miríade de corporações que agem em surdina, de subsídios empresariais indevidos e inúteis que virão no pacotão do Lula, de empresas de publicidade que mamam a marquetagem do governo, as redes de ONGs a sugar milhares de caraminguás mal explicados. Imagine então que o PMDB ainda nem desembarcou no governo.

‘Não vai dar para todo mundo’ ou ‘tem, mas acabou’. Como nas piadas, o mesmo pode-se dizer de fundos públicos e da capacidade social de criar riqueza -de produzir.

Aos subsídios para ricos somam-se os gastos agora insustentáveis com o salário mínimo (e, por tabela, com a Previdência e com os salários nos governos). O mínimo e similares ao menos acabam na mão de pobres, mas cada vez mais se tornam mero método de redistribuir pobreza.

Não há boas medidas da participação do trabalho no produto do país, tão preocupados que ficamos com estatísticas financeiras. Mas é significativo que a renda do trabalho tenha caído 13% nos últimos dez anos.

O PIB per capita subiu, embora míseros 7%, no período. A renda dos aposentados no INSS subiu 100%.

Nessa década, o estoque de ativos de fundos de investimento e de pensão passou de 20% do PIB para 60%, a maior parte aplicada em juros da dívida do governo, que foi de 30% para 50% do PIB. São rendas que engordam a conta de ricos. O mundo do trabalho fica para trás.

A elite ávida ou saqueadora, o subsídio para ricos, o gasto insustentável, a falta de investimento, a política econômica manca, pensa para a estabilização, tudo parece conspirar para fazer do Brasil uma baleia encalhada. Para piorar, chegamos à democracia com a pior desigualdade de renda do mundo (ignore-se a África). Assim, o distributivismo das ‘Bolsas’, em parte inevitável, tornou-se traço estrutural da política. Governo e sociedade inflam o Estado, que tenderá a sufocar a sociedade. Os pobres primeiro.’



MÍDIA & RELIGIÃO
Kleber Tomaz

Foragido, líder da Renascer prega por rádio

‘Mesmo foragido da Justiça há 17 dias, o apóstolo Estevam Hernandes Filho, 52, líder da Igreja Apostólica Renascer em Cristo, continua a pregar com o auxílio de um rádio-comunicador. É o que a Folha apurou com alguns fiéis e a investigação do Ministério Público.

Promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado) dizem acreditar que o apóstolo Estevam pregou recentemente aos discípulos da Renascer por meio de um aparelho Nextel.

Alto-falantes teriam sido usados para amplificar as mensagens num dos templos da igreja na capital paulista. Como o caso está sob segredo de Justiça, os promotores Arthur Lemos, Eder Segura, Roberto Porto e José Reinaldo Carneiro -que fizeram o pedido de prisão preventiva- não quiseram se manifestar sobre o assunto.

‘Ele [Estevam] fez isso sim. Falou para nós por meio de um rádio. A mídia inventa histórias mentirosas a seu respeito. Isso é coisa do demônio. Vocês não vão silenciá-lo’, afirmou à Folha a fiel Cláudia Aguiar, 42, na sede internacional da Renascer, no bairro do Cambuci.

O Nextel é um comunicador móvel usado como rádio ou celular com o sistema IDEN, tecnologia que, segundo o fabricante, impossibilita qualquer interferência ou invasão.

De acordo com interlocutores do apóstolo, ele evita falar no telefone fixo ou no telefone celular com receio de que ambos tenham sido grampeados pela Justiça.

Procurados

Estevam e sua mulher, a bispa da mesma igreja, Sônia Haddad Moraes Hernandes, 47, tiveram suas prisões preventivas decretadas pelo juiz titular da 1ª Vara Criminal de São Paulo, Paulo Antônio Rossi, logo no começo deste mês.

O motivo? Terem faltado a uma audiência do processo em que são acusados de estelionato contra membros da própria Renascer, além de lavagem de dinheiro arrecadado em cultos e falsidade ideológica -eles teriam montado uma igreja ‘laranja’, chamada Internacional Renovação Evangélica, para livrar a Renascer de processos.

O juiz já havia determinado anteriormente a quebra do sigilo bancário e bloqueio de bens do casal Hernandes.

A assessoria da Renascer informou que Estevam não compareceu à audiência porque estava com um problema nos olhos. Um atestado médico foi emitido ao Ministério Público pela defesa do casal para que fosse anexado ao inquérito.

Outros três sócios dos Hernandes também tiveram a prisão preventiva decretada.

Todos estão sumidos desde o último dia 1º. O Demacro (Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo) comanda as buscas. Até anteontem à noite, nenhum deles havia sido encontrado.

Ameaça

‘Senhores promotores, se vocês prenderem o apóstolo, tem um povo que se levantará por ele, pois acima de tudo ele é servo de Deus.’

A mensagem, em tom de ameaça, segundo promotores do Gaeco, chegou por e-mail ao Ministério Público, que abriu um inquérito para apurar quem foi o autor do texto. No entender deles, isso representa crime de coação no curso do processo de investigação sobre a Renascer.

O recado está assinado, mas o correio eletrônico teria vindo de fora do Brasil.

O maior desafio do Ministério Público e da Polícia Civil, contudo, é outro. Onde estão escondidos o casal Hernandes e os outros procurados da igreja? Os promotores do caso avaliam como iminente a necessidade de pedir auxílio à Polícia Federal na captura de todos os foragidos. O órgão teme que algum deles queira usar seus passaportes para deixar o país.

‘Descabido’

O advogado de defesa do casal Hernandes, Luiz Flávio Borges D’Urso -reeleito presidente da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil)-, contestou a decisão da Justiça em mandar prender seus clientes.

‘O pedido de prisão feito pelo Ministério Público e aceito pela Justiça é descabido. Não era o caso. Não há base legal que preencha isso’, disse D’Urso, que afirma desconhecer o paradeiro do casal Hernandes.

Anteontem, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou pedido dos fundadores da igreja Renascer para que fosse rejeitada a denúncia do Ministério Público, que acusou o casal.’



TELEVISÃO
Bia Abramo

A TV e o pé-de-guerra entre pais e filhos

‘NO NATAL , a vida, a partir da televisão, vira um inferno: mensagens edificantes, ‘musiquinhas’ a propósito do espírito natalino (?!) e, claro, todos os tipos de apelo de consumo. Do mais sutil ao mais ruidoso, os anúncios é que são a verdadeira alma do Natal na TV. Nós olhamos, anotamos mentalmente algumas necessidades (poucas) e outros tantos desejos (muitos), fazemos umas contas e, depois de dias a fio bombardeados pela propaganda, podemos decidir se partimos ou não para a ação.

Para as crianças, pobrezinhas, o tormento é mais profundo. Tudo que elas podem é querer, querer e querer -além de, claro, utilizar todos os seus recursos para tentar convencer os adultos da justeza e urgência de seus quereres. Elas pedem, exigem, choram, gritam, imploram, tentam negociar, se recusam a comer… (Cada pai e mãe sabe como essa seqüência pode prosseguir, em crescendos de sofrimentos para ambas as partes).

O diabo é que, por mais que o poder das crianças consiga se impor na base de barulho, chantagem e irritação, ele ainda é indireto: é preciso um adulto munido de cartão de crédito para realizar suas ânsias de consumo. Daí, a dupla perversidade da publicidade dirigida às crianças: ela outorga-lhes um poder que elas não possuem.

Nem é o caso de discutir aqui se elas devem ou não ter esse poder (não devem, numa opinião pessoal e simplificada). Mais do que isso, interessa entender aqui que tipo de infância emerge desse verdadeiro bombardeio.

Os meninos e meninas criados a partir dessa falsa promessa do mundo do consumo estão constantemente frustrados por se acreditarem mais poderosos do que de fato são e tendem a olhar os adultos, que regulam e recusam, como inimigos (ou, no mínimo, uns perdedores). É claro que não é essa, ainda bem, a única força que opera na relação entre as crianças e os adultos que cuidam delas, mas pode-se dizer que esse embate tem se tornado cada vez mais central na experiência contemporânea, Não é à toa, por exemplo, que um dos sucessos televisivos do ano foi o ‘reality’ ‘Supernanny’, no qual uma ‘especialista’ cheia de fórmulas mágicas tenta pôr alguma ordem no pé de guerra entre pais e filhos. Muito convenientemente, a culpa pelos excessos das crianças mimadas e impossíveis recai sobre a debilidade moral dos pais e não se leva em consideração, por exemplo, como o poder dos pais é minado noite e dia, anúncio após anúncio.’



OS 10 MAIS DA FSP
Cássio Starling Carlos

Televisão

‘Folhetim

Enquanto as telenovelas globais e similares patinam há décadas sem se renovar narrativa e tematicamente, as séries recuperaram o poder do folhetim e nele injetaram novidades formais e, sobretudo, comportamentais. Com seu formato aberto e sua velocidade de representação, captam as mutações das subjetividades quase no instante.

Roteiristas-autores

J.J. Abrams, criador de ‘Lost’, é apenas a ponta de um iceberg constituído por escritores e dramaturgos que inovam com a força do cotidiano. Libertos do elefante branco que o cinema de Hollywood se tornou, eles ocupam cada vez mais um lugar de ponta na indústria do entretenimento inteligente.

Digital

O suporte libera a passos rápidos os formatos já existentes de expressão -filmes, vídeos, clipes ou simples registros amadores. Sem a parafernália técnica e distante do alto custo, as possibilidades criativas foram tomadas de assalto por jovens que relatam o mundo sob a forma mutante em que vivem, libertando, assim, o olhar.

Mídias livres

Em pouco mais de uma década, a internet radicalizou as formas de acesso às imagens, democratizando a expressão e a recepção contra a restritiva programação das TVs. Meios de circulação, do tipo YouTube, e programas de compartilhamento ampliaram as chances de escolher como, quando e o que ver.

Tele-visão

Com a realidade substituída pela imagem, para existir é preciso estar registrado e transmitindo, seja por TV, internet ou mídias móveis, como os celulares. Na era do virtual, a visão se tornou tele-visão, o MSN e o Orkut substituíram a conversação, e a palavra escrita, que abriu a porta da história, corre o risco de não sobreviver ao caos sem memória da pós-história.

CÁSSIO STARLING CARLOS é crítico de cinema da Folha.’

Internet 1

Lucia Santaella

‘Computação ‘pervasiva’

‘Pervasive computing’ é um conceito atual que está tomando conta da computação e informática: chips imperceptíveis por todos os cantos, paredes, roupas, carros. Por aqui, cientistas que entendem disso são Carlos H.C. Ribeiro (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e Sergio Bampi (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

Mark Hansen

O que acontece com o corpo e a mente quando navegamos no ciberespaço? Em ‘Bodies in Code -Interfaces with Digital Media’ (Corpos em Código – Interfaces com Meios Digitais, ed. Routledge), Mark Hansen trata do papel crucial da atividade motora e tátil nos cruzamentos fluidos entre os reinos físicos e virtuais.

Blue Brain

O projeto (http://bluebrainproject.epfl.ch) elevou a pesquisa sobre o cérebro a um patamar ambicioso. O Brain Mind Institute, que o desenvolve, se constitui de uma rede internacional de centros de pesquisa, incluindo o Instituto de Neurociências de Natal (RN).

Dicionário virtual

A intrincada e gigantesca trama de conceitos, comentários, história, crítica, artistas, obras, procedimentos e técnicas das artes midiáticas está acessível em www.comm.uqam.ca/GRAM/Accueil.html (em francês).

Jogos

Não dá mais para ignorar a relevância cultural dos games. O site www.gamecultura.com.br é um ponto de encontro para a comunidade dos que desejam conhecer, compartilhar e se divertir com novidades sobre essa mídia absorvente.

LUCIA SANTAELLA é coordenadora da pós-graduação em tecnologias da inteligência e design digital na Pontifícia Universidade Católica (SP).’

Hernani Dimantas

Internet 2

‘www.blogger.com.br

Na web, existir é ser visto. Logo, para incrementar a conversação configure um blog no Blogger e ‘voilà’. Dê um charme a sua vida digital. Blogar é uma daquelas coisas que fazem a diferença na revolução digital.

www.bloglines.com

Além de existir na rede, é necessário conhecer a sua vizinhança. Não existe vida na rede fora das comunidades. Pois internet pressupõe que as pessoas se ‘linquem’. Para facilitar o reconhecimento da blogosfera, use o bloglines, um agregador de notícias muito bacaninha.

www.netvibes.com

Para se organizar na web, utilize o Netvibes. Trata-se de um agregador de serviços que coloca toda a sua vida digital numa telinha. Você pode ler seus e-mails, blogs favoritos, guardar arquivos em disco virtual e outras coisinhas mais. É a possibilidade de ter um computador virtual. Em qualquer computador, a cara fica sempre a nossa.

http://del.icio.us/

Tente usá-lo para organizar a navegação. É um site para guardar os nossos favoritos. Digo ‘os nossos’ porque o del.icio.us faz dos favoritos um projeto colaborativo. Podemos etiquetar cada link da maneira que queremos e, ao mesmo tempo, ter à disposição uma base de dados dos links etiquetados por outros usuários. É a ordem no caos.

www.gmail.com

A primeira coisa a fazer quando se acessa a web é abrir o Gmail. Desencane de qualquer cliente de e-mail, pois ele libera as pessoas do cliente de email e daqueles programinhas chatos. Além de fornecer 2,5 GB de espaço virtual, possibilita o uso em qualquer computador conectado.

HERNANI DIMANTAS é coordenador de conteúdo do programa Acessa São Paulo e autor de ‘Marketing Hacker’ (Garamond).’



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Folha de S. Paulo – 1

Folha de S. Paulo – 2

O Estado de S. Paulo – 1

O Estado de S. Paulo – 2

Agência Senado

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