Tuesday, 19 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1279

Greve dos roteiristas chega ao fim

Após três meses de greve, os roteiristas de cinema e TV dos EUA puderam voltar ao trabalho esta semana. Membros do sindicato Writers Guild of America votaram, na terça-feira (12/2), pelo fim da paralisação, que marcou uma das piores disputas já vistas na indústria do entretenimento americano. Mais de 10 mil roteiristas interromperam as produções televisivas e cinematográficas, no início de novembro, para exigir participação nos lucros de conteúdo distribuído na internet.


‘A greve acabou. Nossos membros votaram e os roteiristas podem voltar a trabalhar’, declarou Patric Verrone, presidente do sindicato na Costa Oeste dos EUA. Segundo Verrone, 92,5% dos membros votaram pelo fim da paralisação e a favor de proposta feita pela associação que representa os estúdios de cinema e televisão de Hollywood.


Novo acordo


O novo acordo prevê um contrato de três anos que garante aos roteiristas pagamento por trabalhos distribuídos na internet. Uma segunda votação para ratificar o contrato está marcada para 25/2. ‘Nós não queríamos esta greve, mas tivemos que fazê-la para conseguir direitos sobre os trabalhos nas novas mídias e na internet’, afirmou Verrone.


Oito grandes estúdios de Hollywood, entre eles Disney, Warner Bros e NBC Universal, divulgaram declaração conjunta comemorando o fim da greve. ‘Este é um dia de alívio e otimismo para todos na indústria do entretenimento’, afirmava a declaração. ‘A paralisação foi extremamente difícil para todos nós, mas a pior situação foi aquela enfrentada pelos milhares de trabalhadores e famílias que dependem economicamente da nossa indústria’.


Prejuízos


Segundo a Los Angeles Economic Development Corporation, organização que monitora e estimula o desenvolvimento econômico na região de Los Angeles, a greve dos roteiristas foi a mais danosa da história da indústria, com perdas estimadas em US$ 2 bilhões. Parte deste dinheiro foi perdido nas produções de filmes e programas, mas grande quantia foi perdida por companhias de alimentação, hoteleiras e de aluguel de limousines, que dependem diretamente do bom funcionamento de Hollywood. Informações da AFP [13/2/08].