Um dos grandes vexames da nossa mídia nas festas de 2008 – em comemoração à chegada da família imperial portuguesa ao Brasil – foi o embargo imposto pela própria mídia aos 200 anos da fundação do jornalismo brasileiro e ao seu patrono, Hipólito da Costa.
Dois anos depois, agora, no início de julho, o governo federal decidiu inscrever no Livro dos Heróis Nacionais o nome do marginalizado Hipólito da Costa. E para evitar um mal-estar com as alas radicais da igreja católica, escolheu como herói número 2 o Apóstolo do Brasil, o beato José de Anchieta. Manobra legítima porque permite devolver ao jornalismo a sua história e sua figura maior.
Em homenagem ao novo herói, o Observatório da Imprensa vai reapresentar hoje o documentário Preto no Branco, de Silvio Tendler, sobre o atraso da implantação da imprensa no Brasil e a façanha de Hipólito da Costa em driblar a censura imprimindo o seu Correio Braziliense em Londres.
Hoje às 22h, ao vivo, pela TV Brasil, em rede nacional. Em São Paulo pelo canal 4 da NET e 181 da TVA.
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Preto no Branco / ficha técnica
Diretor: Silvio Tendler
Argumento: Alberto Dines
Roteiro: Alberto Dines, Silvio Tendler e Lilia Diniz
Entrevistados: Alberto Dines, Isabel Lustosa, Antonio F. Costella e Paulo Roberto de Almeida
Produtora executiva: Ana Rosa Tendler
Editor: Zé Pedro Tafner
Assistente de direção: Jô Serfaty
Consultoria de pesquisa: Lilia Diniz
Fotógrafo: Victor Burgos
Ilustrações e caricaturas: Eduardo Baptistão
Ilustrações: Felippe Sabino
Videografismo: Radiográfico
Trilha: Lucas Marcier – Estúdio Arpx
Estagiária de edição: Cristina Tamm
Filmagem:
Ator Hipólito da Costa: Marcio Vitto
Ator Inquisitor: Amir Haddad
Fotógrafo estúdio: Andre Cavalheira
Assistente de produção: Samya Rodrigues
Direção de arte: Débora Mazloum
Assistente de arte: Rafael Aguiar
Figurino: Rosângela Nascimento
Assistente de figurino: Egas de Carvalho Ramos
Maquiador: Sandro da Silva Valério
Eletricista: Wallace Silveira dos Santos
Maquinaria: Leandro Carlos F. de Oliveira
Figurantes: Roberto Landell e Thiago Gaudêncio
Gravado no Studio 188
As citações foram retiradas do livro Narrativa da Perseguição e artigos do Correio Braziliense, de Hipólito da Costa.