Friday, 29 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

O Estado de S. Paulo

INTERNET
O Estado de S. Paulo

Google compra empresa por US$ 3 bi

‘O Google anunciou ontem a compra da DubleClick, empresa de propaganda pela internet, por US$ 3,1 bilhões. O valor é quase o dobro do que foi pago pelo Google na compra do YouTube no ano passado. O negócio oferece ao Google acesso aos softwares de anúncios online da DoubleClick e sua rede de relacionamentos com editores da Web, publicitários e agências. Durante meses, o Google tem tentado expandir sua atuação em propaganda online. Hoje, a maior parte de sua receita ainda vem dos anúncios ligados ao serviço de busca.’

TELEVISÃO
Flávia Guerra

Roma, o princípio do fim de uma era

‘Como bem sabemos, a saga de Roma termina muito depois de Otávio Augusto tomar o poder e se tornar o primeiro imperador do que foi a República inspiradora de tantas outras no mundo. Mas Roma, a milionária série da HBO, termina aqui. O início do fim começa amanhã, às 22 horas, quando estréia no Brasil a segunda temporada desta empreitada. Esta nova era começa no dia em que Júlio Cesar é assassinado e acompanha a trajetória dos conflitos entre os dois grandes líderes que passam a disputar o poder, Marco Antônio e Otávio Augusto.

A História provou que assunto não falta. Mas a verba sim. No meio das filmagens já da primeira temporada, o euro ficou mais caro. ‘É uma pena. Adoramos a série. Fomos muito bem de crítica. Ganhamos Emmys e sabemos que a qualidade é alta. Mas os custos são mais ainda. E não havia mais como manter uma série desse padrão’, declarou o produtor Frank Doelger, que esteve à frente da produção de séries como Sex&City, e participou do lançamento da segunda temporada, em janeiro, em Londres.

Além de Doelger, um verdadeiro exército de Roma recebeu a imprensa de todos os continentes para falar da série, filmada em Roma, nos estúdios da Cinecittà. Então, por que um lançamento em Londres? Logística. ‘O elenco é britânico e foi mais simples assim’, explicou a produtora Anne Thomopoulos, que divide o trabalho com Doelger. Além deles, o roteirista e também produtor Bruno Heller, o consultor histórico da série, Jonathan Stamp, e os atores Kevin McKidd (o centurião Lucius Vorenus), James Purefoy (Marco Antônio), Lindsay Duncan (Servília, amante de Júlio César e mãe de Brutus), e Simon Woods (Otávio) e Lyndsey Marshal (Cleópatra) também conversaram com a imprensa.

Os produtores não negaram que o grande inimigo da continuidade da série são os altos custos de produção diante de audiência não tão alta assim. ‘É irônico. Para a segunda temporada, baixamos nossos gastos em 10%. Mas o dólar caiu muito em relação ao euro e, no final, o custo absoluto foi maior que o da primeira temporada’, explicou Doelger.

Eis aqui o segredo da ascensão, e queda, de Roma. Sua majestosa reconstituição de época e fidelidade ao espírito da série. Ainda que com personagens fictícios, há preocupação em retratar não a Roma dos livros, mas o detalhe de um altar para a deusa Artemis, uma oferenda para Marte, a casa de um centurião. Os deuses estão nos detalhes. ‘Fizemos questão de que a série toda fosse rodada em Cinecittà porque nada seria igual à atmosfera do lugar real onde tudo ocorreu’, diz o produtor.

A imprensa italiana, os ‘donos da casa’, fez suas ressalvas. Comentavam que não fazia sentido uma série tão preocupada com fidelidade histórica ser interpretada em inglês por atores britânicos. ‘É uma questão de produção. O inglês é um idioma universal e facilita a distribuição.’

Vaidades históricas à parte, o fato é que Roma é magistral. Para superar as perdas cambiais, a produção encontrou saídas criativas. A julgar pelos dois primeiros episódios da segunda temporada, as grandes cenas de batalha que encheram os olhos e esvaziaram os bolsos na primeira cederam lugar a seqüências mais fechadas, que não têm centenas de figurantes, mas ainda contam muito bem o clima. Preste atenção ao funeral de César. Nada de milhares de romanos órfãos de seu líder.

O orçamento não diminui o valor dessa empreitada corajosa. Nicholas Meyer, em um artigo recente no Washington Post, resumiu muito bem. Roma não é TV, não é história. Somos nós. Alguma semelhança entre a ascensão (e queda?) e o alto preço a pagar pela manutenção de um império como o norte-americano não é, infelizmente, mera coincidência. Marx diria que a história se repete. A primeira como tragédia. A segunda como farsa. Na era das tecnologias e do show biz, a terceira como série de TV.’

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Eles são a cara e a coroa dos inimigos imperiais

‘Quem você imaginaria para viver Otávio Augusto, o primeiro imperador de Roma? Uma figura altiva, forte? Esqueça. Em Roma, é o bom moço Simon Woods quem vive uma das figuras mais controversas da História. Simon foi o meigo Mr. Bingley em Orgulho e Preconceito. ‘Foi uma surpresa assustadora. O que esperar de Otávio Augusto? Fui estudar para saber. E tentar entender o que se passa na cabeça de um garoto que cresce em uma família tão desestruturada. Sua mãe é manipuladora e sua irmã é manipulada. Ele tem uma relação incestuosa com a irmã. Tudo isso o levou a ter a personalidade tão resguardada’, analisa Woods. ‘Ele tem qualidades. Apesar de nunca se desculpar ou dizer obrigado, sabe escutar as pessoas. É, de certa forma, humilde.’

Agora vamos a Cleópatra, inimiga mortal de Augusto, amante de Marco Antônio. Figura símbolo de um Oriente que era fonte de recursos para aplacar a fome dos famintos exércitos que sustentavam a pax romana. Se você também pensou em uma Elizabeth Taylor dos anos 2000, esqueça. A rainha do Nilo de Roma é britânica. Lyndsey Marshal, baixinha, branquinha é muito distante dos ideais de beleza egípcia que povoaram o imaginário ocidental.

Lyndsey enfrentou uma seleção comum de atores para o papel. E disse não ter nem passado perto dos clássicos do cinema. ‘Li muito sobre ela, mas não quis me influenciar pela figura que todos têm na cabeça quando pensam em Cleópatra’, disse a atriz.

Para Lyndsey, o maior desafio era não construir mais uma caricatura da rainha do Egito. ‘É como interpretar uma pop star como Madonna ou Marilyn Monroe. O mais importante foi construir sua figura humana; e tratar com esta humanidade sua relação com Marco Antônio. Eles realmente se apaixonam. Mas é um amor destrutivo.’ James Purefoy, seu ‘par romântico’, concorda. ‘Até conhecer Cleópatra, Antônio não faz idéia do que é o amor. Tem um caso com Átia (Polli Walker), mãe de Otávio, e vai se afastar dela cada vez mais à medida que o conflito com Otávio for crescendo e seu amor por Cleópatra também’, declara o ator. A ver.’

Beatriz Coelho Silva

Hoje tem clássico

‘Depois de uma semana de maratona pelo Rio de Janeiro, hoje, a partir das 22 horas, no Vivo Rio, será escolhida a Miss Brasil 2007, entre as 27 candidatas de cada Estado da Federação. A festa, que será transmitida pela Rede Bandeirantes, tenta resgatar o glamour do concurso nos anos 50 e 60, quando lotava o Ginásio do Maracanãzinho, com torcidas organizadas e a vencedora virara celebridade. O cantor Paulo Ricardo será a principal atração da noite.

A programação da semana no Rio foi intensa. Algumas, como a misses Tocantins (Jaqueline Moura) e Goiás (Liandra Schmidt), viram o mar pela primeira vez. Todas foram ao Pão de Açúcar e à Praia do Arpoador, mas a maior parte do tempo estiveram provando os trajes de hoje à noite. Antigamente eram três: de gala, típico e maiô; hoje tem também traje casual e biquíni. As grifes Blue Man, Juliana Jabour e Marcelo Sommer fornecem os figurinos.

Os tempos são outros, mas as meninas continuam a sonhar com a fama. Têm entre 17 e 23 anos, querem conhecer o mundo e ganhar prêmios, que vão de um carro 0 km a jóias e guarda-roupa para aparecer bem na foto.

E o livro de cabeceira

Ao menos a citação de livro predileto mudou no tradicional Miss Brasil: sai o francês Saint-Exupéry (de O Pequeno Príncipe) e entra o brasileiro Paulo Coelho (qualquer livro). Acima, as meninas passeiam pela Praia do Arpoador, em cena registrada pela Band.

Entre-linhas

Atende por Sônia Braga a pretensão da RedeTV! para ser Marie Alice, a personagem de Desperate Housewives que morre no primeiro episódio e permanece entre as demais apenas como narradora. A versão da emissora para o seriado começa a ser gravada no dia 23.

Diretor do bem-sucedido Hoje em Dia na Record, Vildomar Batista está na mira de Gugu Liberato para comandar o Domingo Legal.

O Staff do programa Domingão do Faustão também promete reformas para os próximos dias.

Na quarta-feira, a novela Vidas Opostas, da Record, ficou em segundo lugar com 17 pontos de audiência e 19 de pico.

O SBT Brasil atingiu sua melhor média na quarta, com 8 pontos. O patamar representou, no entanto, o terceiro lugar em audiência para a TV que até dois anos atrás se orgulhava da vice-liderança.

Amanhã, às 21 h, vai ao ar na Cultura o documentário Monteiro Lobato: Furacão na Botocúndia, uma homenagem aos 125 anos do nascimento do escritor brasileiro.

O SP-TV estréia nesta segunda-feira a série de reportagens SPTV no Caminho, sobre o Caminho do Sol, rota de peregrinação do interior de São Paulo.

Estréia também na segunda, às 7 h, na Cultura, o programa STJ Repórter. Produzido pelo Superior Tribunal de Justiça, ensinará leis do País.’

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Clique nos links abaixo para acessar os textos do final de semana selecionados para a seção Entre Aspas.

Folha de S. Paulo – 1

Folha de S. Paulo – 2

O Estado de S. Paulo – 1

O Estado de S. Paulo – 2

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