Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Os nós de uma história mal contada

É preciso reconhecer: The New York Times tem uma tremenda confiança na determinação de seu leitor de continuar… seu leitor. Mas já deve estar cansativo, mesmo para o mais fiel assinante, que o jornal emende um mea-culpa no outro. Depois dos casos James Risen & Jeff Gerth, Jayson Blair e Rick Bragg [veja remissões abaixo] – para mencionar apenas três de grande repercussão de 2000 para cá –, o Times voltou a pedir desculpas, desta vez por matérias que publicou antes da ofensiva dos Estados Unidos no Iraque.


A bem da verdade, foi um mea-culpa não muito convicto. O Times só se retrata de uns cinco artigos, escritos entre 2001 e 2003, do total de mentiras e meias-verdades que escreveu sobre armas químicas, biológicas e nucleares.


Muita gente criticou o comportamento da grande mídia americana às vésperas da invasão do Iraque, por amaciar patrioticamente o caminho do Pentágono rumo ao Iraque, especialmente no que se referia ao alegado arsenal de armas de destruição em massa (ADM, ou WMD, da sigla em inglês para weapons of mass destruction) de Saddam Hussein.


Mas quem puxou de vez o gatilho deste novo ‘erramos’ foi a revista The New York Review of Books (NYRB), ao publicar em fevereiro longo artigo do veterano jornalista Michael Massing intitulado ‘Now they tell us’ (‘Agora eles nos contam’). Mas esta peça acusatória destacou-se por três razões: o articulista é reconhecido pela seriedade, detalhou uma a uma as falhas do Times e não hesitou em dar nomes aos bois.


O texto de Massing parte das denúncias que começaram a pipocar na imprensa nas semanas anteriores a seu artigo: ‘Arsenal do Iraque existia apenas no papel’ (The Washington Post); ‘Pressão cresce pela investigação da inteligência pré-guerra’ (The Wall Street Journal); ‘Então, o que deu errado?’ (Time). Em The New Yorker, Seymour Hersh descreveu como o Pentágono criou seu próprio núcleo de inteligência, para pinçar informações de apoio às alegações do governo sobre o Iraque. A seguir, em Verdade, guerra e conseqüências, documentário do programa Frontline, testemunhos falaram do uso pelo governo da chamada ‘inteligência baseada na fé’.


Parêntese merecido


Michael Massing pergunta então: ‘Onde vocês todos estavam antes da guerra?’ Alguns argumentam que os analistas que desandaram a falar depois da guerra mantiveram-se mudos antes dela. Mas isso não é verdade, afirma Massing. Desde o verão (do hemisfério norte) de 2002, a ‘comunidade de informações estava mergulhada em ácida disputa sobre o uso pelo governo dos dados sobre o Iraque. Muitos jornalistas souberam disso, mas poucos se dispuseram a escrever a respeito’.


Antes da guerra, por exemplo, essa comunidade debatia a validade das informações passadas ao Pentágono pelo dissidente exilado Ahmed Chalabi, e quase nada disso ecoou na imprensa. Só em 29 de setembro de 2003 o NYT, por exemplo, informou aos leitores sobre a controvérsia em torno de Chalabi, num artigo de capa em que Douglas Jehl dizia que as informações do dissidente e de seus seguidores ‘eram de quase nenhum valor’, ‘inventadas ou exageradas’.


‘Por que, eu me pergunto, o Times levou tanto tempo para contar isso?’, questiona Massing. Uma pergunta que até os leitores brasileiros podem se fazer, pois aqui já se sabia pelo menos desde abril que Chalabi era o queridinho do Pentágono e de um grupo influente de senadores republicanos. Soube disso quem leu a coluna de Argemiro Ferreira na Tribuna da Imprensa de 12/4/2003. Abril! E o Times só tratou do assunto em setembro…


Pois Massing conta que fez esta pergunta a um editor do Times, que respondeu que muitos repórteres confiavam demais em Chalabi. O editor nem precisava informar que repórteres eram esses, comenta Massing: Judith Miller foi alvo de críticas intensas na Slate, em The Nation, na Editor & Publisher, na American Journalism Review e na Columbia Journalism Review por aceitar incondicionalmente as alegações do governo.


Judith Miller, repórter do Times especialista em bioterrorismo, merece um parêntese. Aliás, esse imbróglio todo serve para confirmar que, de uma certa forma, o planeta tem sorte por serem os americanos tão convictos dos valores da economia de mercado. Mais dia menos dia os dólares fazem cócegas em funcionários do governo, agentes secretos, repórteres ou em quem quer que detenha informações exclusivas, e nenhum deles reluta em escrever livros e roteiros de filmes ou prestar consultoria a Hollywood – assim, os maiores segredos deles acabam de conhecimento público por iniciativa deles mesmos. Judith Miller é um caso típico, como lembrou Bernardo Kucinski numa de suas ‘Cartas ácidas’ da época da eleição presidencial.


Repórteres silenciados


Famosa por ter aberto um envelope que aparentemente continha antraz (na verdade, era talco), escreveu um relato ‘emocionante’ sobre a experiência, reproduzido por toda a mídia brasileira. Poucos lembraram que ela publicara meses antes Germs, biological weapons and America’s secret war, livro que revelava nada menos que os programas secretos americanos de armas biológicas. Ninguém investigou a possibilidade de ter sido o trote uma vingança dos próprios funcionários ligados à produção americana de antraz – embora corressem à larga os rumores sobre evidências da origem doméstica das cartas contendo o pó mortal. (Mas isso tudo é maluquice desse pessoal que acredita em teorias da conspiração, não é mesmo?)


Pois a silhueta da patriótica Judith Miller resultou mal recortada na radiografia de Massing. Ela disse ter acreditado que algumas fontes ‘eram confiáveis por terem sido muito úteis ao governo’… Ao chefe do escritório do Times em Bagdá, que reclamara de uma entrevista dela com Chalabi, ela respondera que o dissidente era sua fonte havia 10 anos, e fora responsável pela maioria das chamadas de capa que conseguira no Times. Mas, quando Massing lhe perguntou sobre isso a repórter recuou, e disse simplesmente que o significado de seus laços com Chalabi foram exagerados, e apenas uma informação dele ou de seus correligionários rendera primeira página! ‘Era parte de uma resposta zangada a um colega’, justificou ela a Massing: ‘Você diz coisas que não são verdadeiras’. O problema, lembra Massing, é que Judith escreveu ou co-escreveu muitas matérias de primeira página com base em fontes não-confiáveis, fossem ou não correligionárias de Chalabi.


Para Massing, isso levou a um problema maior. Como os jornalistas americanos confiavam demais nas fontes simpáticas ao governo, os repórteres ‘desconfiados’, e eles eram mais do que um punhado, acabaram silenciados. Assim, a cobertura resultou altamente favorável ao discurso da Casa Branca. ‘Agora [fevereiro de 2004] que os jornalistas se apressam a comentar as falhas do governo deveriam prestar atenção às suas próprias.’


Rótulos mortais


Massing começa então a narrar minúcias de todas essas falhas. As mais assustadoras são mesmo as de Judith Miller e Michael Gordon (setorista militar do Times), que montam, matéria-conjetura após matéria-conjetura, com fontes não-confiáveis após fontes não-confiáveis, um quadro dramático de notícias sobre a escalada de Saddam Hussein na construção de seu arsenal de ADM – incluídos aí ‘detalhes’ definitivos sobre uma tentativa de importação de tubos de alumínio reforçado que ‘só poderiam’ servir para uma coisa: centrífugas para enriquecimento de urânio – segundo assessores militares de Bush.


Iniciava-se e completava-se então um aberrante círculo vicioso: os tubos de alumínio soprados aos ouvidos da dupla do Times viraram matéria de primeira página e passaram a ser brandidos por Dick Cheney, Colin Powell, Donald Rumsfeld, Condoleezza Rice e todos os chamados ‘falcões da guerra’ de Bush como ‘prova’ do arsenal de Saddam. Até que, em 12 de setembro de 2002, o próprio Bush, em discurso na Assembléia Geral da ONU, afirmou que o ‘Iraque fez muitas tentativas de comprar tubos de alumínio reforçado usados no enriquecimento do urânio para uma arma nuclear’!


Resultado: invasão do Iraque justificada. Com os préstimos de The New York Times. E tem leitor do Observatório indignado porque o irresponsável do Larry Rohter ficará impune… Felizmente o Brasil não bancou Peter Sellers em O rato que ruge (comédia de 1959, na qual um pequeno país desafia os EUA à guerra). Outra lambança do Times, esta de 6 de março de 1999, poderia ter, sim, acabado em guerra – nela se verifica círculo vicioso semelhante. A matéria, de outra dupla do barulho, James Risen e Jeff Gerth, acusava a China de roubar segredos nucleares dos Estados Unidos. Quando os agentes do FBI prenderam o principal suspeito levavam na mão cópia do Times como ‘prova’. Os republicanos eram os mesmos de sempre, mas na ponta oposta estava uma nação militar poderosa. E os democratas da Casa Branca sopraram como puderam a mordida.


Massing lembra que experts cansaram de contestar Judith Miller. Ela os ouvia, e publicava que a contestação às suspeitas sobre os tubos era ‘nota de rodapé, não uma divisão de opiniões’. Em contraste, Joby Warrick, do Washington Post, publicou as contestações. Sabem em que página saiu a matéria dele? A-18. A repercussão foi nula. A Knight Ridder, que controla 31 jornais nos EUA, inclusive The Philadelphia Inquirer, The Miami Herald, The Detroit Free Press e San Jose Mercury News, ficou de orelha em pé, destacou dois repórteres experientes para a apuração e publicou as dúvidas da comunidade de informações sobre as alegadas ADM de Saddam. Infelizmente, Knight Ridder não tem jornais em Washington ou Nova York, e suas matérias não mereceram atenção.


A TV Fox News, o apresentador Rush Limbaugh e a revista The Weekly Standard, entre outros [como os jornais Washington Times e New York Post – a mídia americana de extrema-direita], começaram a atacar jornalistas que não seguiam a corrente, acusando-os de esquerdistas ou impatrióticos – rótulos mortais para uma carreira nos EUA. Gradualmente eles se calaram.


Uma ajudinha de Bob


David Albright, um especialista que tentou convencer Judith Miller a ser mais cautelosa, sentiu a pressão dos telefonemas e e-mails cheios de ódio dos leitores e telespectadores. ‘O governo criou um palco de verdades, e levantou um muro em volta’, disse. ‘Do outro lado estavam pessoas que discordavam, e a imprensa não foi agressiva o suficiente para desafiar tal situação.’


Mesmo quando, em novembro de 2002, a Agência Internacional de Energia Atômica conseguiu reenviar seus inspetores de armas ao Iraque, em busca do arsenal nuclear de Saddam, e nada achou (muito menos os tubos de alumínio de Judith Miller e Michael Gordon), o Times quase ignorou: o relatório da AIEA saiu na página A-10.


A âncora da CNN Paula Zahn também sai mal na foto de Massing. Quando um conselheiro de Saddam refutou ponto por ponto afirmações de Colin Powell sobre a ligação de Bagdá com os terroristas do Ansar al-Islã, ela iniciou uma entrevista com James Rubin, porta-voz do Departamento de Estado na gestão Madeleine Albright (governo Clinton), com a seguinte frase: ‘A maioria dos americanos provavelmente recebeu estas afirmações rindo muito ou sentindo náuseas. Como você reagiu?’ Ele respondeu: ‘Bem, ambos’. Massing não menciona, mas o charmoso James Rubin é marido da estrelíssima Christiane Amampour, da CNN, americana nascida no Irã e correspondente de guerra mais do que veterana! Será que eles não conversavam sobre o discurso da Casa Branca?


O certinho Washington Post custou a publicar matéria do repórter Walter Pincus, que leu – alguém o fez, em 2003! – o relatório dos inspetores de armas da ONU de 1998 e 1999, e ficou chocado ao saber da quantidade de armamento destruído pelo Iraque. A matéria só saiu pela insistência do prestigiado (até na Casa Branca) Bob Woodward, que também lera o material e ficara com as mesmas dúvidas sobre o alegado arsenal.


A vítima pode ser você


Mas Judith Miller era imbatível. Na entrevista a Massing ela disse que, como repórter investigativa da área de informações, seu trabalho não era avaliar informações do governo, nem ser uma analista independente da área de inteligência. ‘Meu trabalho era dizer aos leitores do Times o que o governo pensava sobre o arsenal do Iraque.’ (O leitor do Times precisa mesmo ser muito fiel…)


Massing comenta que muitos jornalistas discordariam da opinião de Judith; para eles, uma de suas responsabilidades principais seria exatamente fazer uma avaliação independente das alegações oficiais. Como se não bastasse, ela declarou a Massing: ‘Saeed al-Haideri [‘fonte de confiança’ ligada a Chalabi que afirmava haver um arsenal no subsolo do Hospital Saddam Hussein e em outros esconderijos] pode estar errado, mas eu acredito que ele agiu de boa-fé, e isso foi o melhor que pudemos fazer naquela época’. E ela acrescentou: o problema está na inteligência, não nas reportagens. ‘O fato de que os EUA até agora não tenham achado ADM no Iraque é profundamente perturbador, levanta questões sobre a qualidade dos nossos serviços de inteligência, mas matar o mensageiro não resolve a questão.’


A esta altura (recordemos: fevereiro de 2004), se o leitor do Times ainda não cancelou a assinatura é, definitivamente, um herói.


A reação ao artigo de Massing veio na edição de 25 de março da NYRB: responderam ao texto James Risen (o lambão que, com Jeff Gerth, o ‘caçador’ dos Clinton com 28 anos de Times, escreveu a matéria sobre o ‘roubo’ pela China de ‘segredos nucleares’ americanos em Los Alamos, ‘segredos’ estes que estavam na internet), Judith Miller e Robert G. Kaiser (editor do Washington Post). Mereceram longa e devastadora resposta de Massing. Na edição de 8 de abril foi a vez de Dana Milbank, também do Post, e Michael Gordon, o tal que formou a dupla do barulho com Judith Miller. Não adiantou. Massing arrasou com todos, exceto Milbank, ovelha desgarrada no pacífico rebanho de setoristas da Casa Branca, tanto que sua cabeça já foi até pedida pelos falcões de Bush [veja remissão abaixo].


A edição de junho da NYRB silencia sobre o assunto, mas The New Yorker retoma o tema (www.newyorker.com/fact/content/?040607fa_fact1) neste mês – a pá de cal: no artigo ‘The manipulator’ (o manipulador), a correspondente Jane Mayer destrincha quem é Ahmed Chalabi, o homem que forjou um motivo para a guerra. ‘Poderá ele sobreviver à ocupação?’, pergunta ela na matéria, que conta outra vez as desventuras de Judith Miller. Que inferno astral… Em 18/5, a sempre corrosiva Slate (www.slate.com) publicou matéria do implacável Jack Shafer, que critica a repórter desde os prelúdios da guerra. ‘Surrender, Judith Miller!’ (renda-se, Judith Miller), brada o título.


Aos que consideram este assunto tedioso, porque diria respeito apenas aos americanos, não custa lembrar que a maioria dos jornalistas, em todo o mundo, comprou (e compra!) sem questionamento as versões do Pentágono, com base nos informes das agências americanas de notícias e imagens. E a vítima pode ser você. Por exemplo, na segunda-feira, dia 31/5, uma correspondente da Globo News em Nova York, descrevendo o caos político no Iraque, afirmou com toda a candura [transcrição de memória]: ‘A um mês da passagem do poder aos iraquianos, os americanos não sabem mais o que fazer para controlar a situação. Os iraquianos rejeitam o candidato dos Estados Unidos, um dissidente que passou 10 anos no exílio, e os Estados Unidos rejeitam o candidato dos iraquianos, um líder religioso de 82 anos’.


O tom da coisa toda


Que os americanos não saibam o que fazer até se entende, mas que um repórter brasileiro não informe que os iraquianos têm uma opção concreta além da que interessa à Casa Branca – em resumo, a retirada das tropas de ocupação – é um desrespeito ao telespectador. Alguns informam, mas é preciso garimpar. O jornalista canadense Stephen Gowans, por exemplo, publicou no dia 14/5 longo artigo na revista CounterPunch acusando a esquerda americana de aprovar a ‘construção da democracia no Iraque’ (veja em www.counterpunch.org/gowans05142004.html). O que vem ao caso, no presente contexto, é a abertura do artigo. Escreveu ele:




‘Quem acredita no que está abaixo?


** Tropas estrangeiras devem deixar o Iraque imediatamente.


** A Autoridade Americana de Ocupação e o Conselho Governante Iraquiano deveriam ser dissolvidos imediatamente.


** Um governo interino deveria ser indicado não pela ONU, não pelos EUA, não pela autoridade de ocupação e não pelo Conselho Governante Iraquiano, mas pelos próprios iraquianos.


** Eleições deveriam se seguir, organizadas, comandadas e supervisionadas pelos iraquianos, não pela ONU, menos ainda pelos EUA.


** A rebelião liderada por Moqtada Sadr [Nota do OI: o líder xiita de 30 anos que odeia os EUA e lançou seu ‘exército’ de mujahedim sobre os ocupantes] contra a ocupação é justificável e merecedora de apoio.


Resposta: a maioria dos iraquianos, segundo pesquisa recente conduzida pela Autoridade Americana de Ocupação [‘80% dos iraquianos não confiam na Autoridade de Ocupação’, The Washington Post, 13/5/2004].


Qual a chance de Washington ouvir?


Resposta: Absolutamente nenhuma.


Por que não?


Resposta: Porque deixar o país e deixar os iraquianos governarem o lugar sozinhos interferiria no projeto dos EUA de… construir a democracia no Iraque.


Absurdo? Então, qual a novidade?


Segundo a pesquisa:


** Acima de 80% querem os militares estrangeiros fora do país.


** Oito em 10 não confiam Autoridade Provisória da Coalizão.


** Mais de quatro em cinco dizem que os iraquianos sozinhos deveriam cuidar da eleição de 2005.


** Dois terços em Basra apóiam a rebelião.


** E menos de um décimo de 1% acha que o Conselho Governante Iraquiano deveria indicar o governo interino – o dobro dos que acham que os EUA deveriam fazê-lo.


Ora essa, a pesquisa foi publicada pelo Washington Post, e conduzida pela própria Autoridade Americana de Ocupação. Nem essas ‘fontes insuspeitas’ são válidas, para que nossos correspondentes internacionais variem um pouco a pauta e mostrem alguma independência do Pentágono em suas matérias?


Bem, vamos em frente que atrás vem gente. No dia seguinte ao mea-culpa do New York Times, abaixo das nove cartas de leitores publicadas na versão online, a maior parte cobrando algo além de um tímido pedido de desculpas, uma pequena frase dava o tom da coisa toda: ‘Oferta especial: entrega em casa do Times a partir de US$ 2,90 por semana’.


Salvemos o business.