Thursday, 25 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Rede de TV CNN vira agência de notícias

Leia abaixo a seleção de segunda-feira para a seção Entre Aspas.


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O Estado de S. Paulo


Segunda-feira, 8 de dezembro de 2008


 


MÍDIA NOS EUA
O Estado de S. Paulo


CNN vai se tornar agência de notícias


‘A rede de TV americana CNN vai passar a oferecer um serviço de agência de notícias, com o lançamento do CNN Wire, que será alimentado por seus colaboradores em todo mundo. Com isso, a rede passa a ser o primeiro gigante noticioso, em mais de vinte anos, que tenta entrar nesse mercado, dominado por Reuters, Associated Press (AP) e AFP, desde a chegada da Bloomberg, especializada em notícias econômicas, no início dos anos 80.


Na última semana, a CNN realizou uma campanha voltada aos jornais impressos, para quem pretende vender o serviço. Mais de 30 redatores-chefes de jornais americanos foram convidados para conhecer o projeto, na sede da empresa, em Atlanta. O CNN Wire chega em um momento delicado para a imprensa americana, em que os jornais passam por sérios problemas financeiros – há muitos anos vêem perdendo leitores e receita publicitária para os meios online.


Além disso, a americana AP, que por muito tempo quase não teve concorrentes nos Estados Unidos, aumentou tarifas em outubro, o que foi motivo de protesto. O grupo Tribune, proprietário dos jornais Los Angeles Times e do Chicago Tribune, anunciou a intenção de rescindir contrato com a agência em dois anos. Fundada há 162 anos, a AP é uma cooperativa pertencente a 1,5 mil diários e emprega 4,1 mil pessoas, sendo 3 mil jornalistas. Mas quer reduzir seu efetivo em 10% em 2009.


Segundo os jornais que participaram da reunião em Atlanta, a CNN disse que o novo produto não tem a intenção de tomar lugar da AP ou competir com ela. O vice-presidente da AP, Tom Brettingen, disse em comunicado que a competição é ‘estimulante’ e que a agência sempre será favorável a ela.’


 


 


PRÊMIO
O Estado de S. Paulo


‘Estado’ ganha prêmio de qualidade gráfica


‘O Estado foi o vencedor, na categoria Jornais, do prêmio Theobaldo de Nigris, promovido pela Confederação Latino-americana da Indústria Gráfica. O objetivo do prêmio, criado em 1990, é reconhecer a qualidade do impresso gráfico na América Latina. A avaliação leva em conta a qualidade da arte e do projeto, qualidade de pré-impressão, qualidade de impressão e a qualidade dos acabamentos em geral e a finalização. Essa é a primeira vez que o Grupo Estado participa do evento.’


 


 


TELEVISÃO
Luiz Zanin Oricchio


‘Para atar as duas pontas da vida’


‘Capitu traiu ou não? Essa pergunta tem sido formulada toda hora em razão do centenário da morte de Machado de Assis. Mas a eventual traição de Capitu com Escobar, amigo do seu marido Bentinho, não estará no centro da microssérie de cinco capítulos dirigida por Luiz Fernando Carvalho e que começa a ser apresentada a partir de amanhã, na Globo.


A convite da emissora, e do diretor, o Estado assistiu aos três primeiros capítulos da série no edifício da Globo, em São Paulo. Eles se concentram na infância e adolescência dos dois personagens, Bentinho e Capitu, na atração crescente entre ambos, a ida de Betinho ao seminário, para tornar-se padre, conforme promessa feita por sua mãe, dona Glória (Eliane Giardini). O roteiro teve consultoria de Daniel Piza, biógrafo de Machado e editor-executivo do Estado. Baseia-se em Dom Casmurro, o mais ambíguo dos romances de Machado de Assis, uma das obras-primas de sua fase de maturidade. Escrito em 1889, o romance continua a produzir discussão até hoje. E não apenas por deixar em aberto a possibilidade de um adultério, mas porque fornece um retrato sutil, costurado nas entrelinhas, da hipócrita sociedade carioca durante o Império.


O notável é como o espírito da obra de Machado aparece na microssérie com sua força e sinuosidade, embora a adaptação em nada pareça subserviente à letra do texto. Pelo contrário. Para ser ‘fiel’ (já que esta é uma das questões da obra), Carvalho abriu-se à invenção. O tom é abertamente teatral, operístico, concentrado quase todo num único ambiente, embora esse fato nunca signifique monotonia. A ação é, como no livro, conduzida por um narrador que, do ponto de vista da maturidade, narra sua vida, a infância, a mocidade, o amor por Capitu, as desavenças, o drama. Também como no livro, esse narrador, Bento Santiago, Bentinho, ou Domo Casmurro, como o apelida um desafeto, procura ‘atar as duas pontas da vida’. Lembrar-se para desabafar, talvez para compreender o que for possível. De qualquer forma, uma tarefa impossível, pois essas tais de pontas da vida não se juntam jamais.


Mas nessa tentativa muita coisa se diz, se pensa e se sente. Dom Casmurro (Michel Melamed) vê a si mesmo como o Bentinho jovem (César Cardadeiro) tentando fugir à promessa religiosa da mãe e encantando-se progressivamente com sua vizinha Capitolina, a Capitu (Letícia Persiles) dos ‘olhos oblíquos, de cigana dissimulada’, como a classifica outro dos personagens de Machado, o agregado José Dias (Antônio Karnewale). O núcleo familiar é completado pela histérica prima Justina (Rita Elmôr) e o debochado tio Cosme (Sandro Christopher), ambos viúvos como dona Glória. José Dias firma um pacto com Bentinho para tirá-lo do seminário, porque deseja acompanhar o rapaz numa futura e hipotética viagem de estudos à Europa.


O mais importante é que Carvalho não apenas preserva o ‘enredo’ do livro, mas o reinventa em linguagem audiovisual sem perder a sua pegada literária. As roupas podem ser de época, mas os atores parecem decididamente modernos. Assim como contemporâneos são os procedimentos de misturar o personagem do ‘presente’ (Dom Casmurro) com aquele que ele foi no passado (Bentinho), passar de uma seqüência temporal a outra, contemplar com segurança a vocação digressiva de Machado que não se afasta do ponto principal por indisciplina narrativa mas para olhá-lo por mais de uma perspectiva. Assim, a polifonia da prosa machadiana é transposta para esse espetáculo audiovisual encenado por Luiz Fernando.


E transposta de maneira envolvente, exacerbada, paroxística, de acordo com os estados de alma dos personagens, em especial os do narrador, irônico, emocionado, cáustico com os outros e consigo mesmo, vendo tudo sempre de várias perspectivas mas sem jamais encontrar o ponto de vista ideal. Por essa impossibilidade de encontrar o ‘real’ ou a verdade final da contraditória natureza humana, Machado costumava dizer que a realidade era boa, mas o realismo não servia para nada. E muitas vezes comparou a existência humana à ópera. Em sua interpretação de Dom Casmurro, Luiz Fernando Carvalho simplesmente seguiu a pista dessas duas observações do autor.’


 


 


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‘Machado é alegórico: fala de uma coisa para dizer outra’


‘Considero o que vi mais um diálogo com Machado do que uma adaptação no sentido literal. Você inventa, em termos de linguagem, dando uma versão operística, às vezes mesmo expressionista no nível da interpretação dos atores. É uma opção, que vai a contrapelo da famosa ‘contenção’ machadiana, da fina ironia, do sorriso entre dentes? Você concorda com essas observações?


Não acredito que Machado seja exatamente isto ou aquilo, que deva ser lido sob a égide de uma cartilha tonal. Sua escrita vai muito mais além, e em especial em Dom Casmurro, ele constrói um conjunto complexo de alegorias. Na sua última fase, Machado era extremamente barroco, seus romances finais guardam influências que surgiram a partir de Sterne, um escritor de transição entre os séculos 17 e 18 que tinha como leitura de cabeceira Robert Burton, o mais barroco dos autores ingleses, além é claro, de Cervantes e Shakespeare. Em Dom Casmurro, Machado trabalha como ninguém a idéia da alegoria, aqui entendida naquele sentido etimológico, que significa ‘falando de uma coisa, querendo dizer outra’. Tudo pode significar tudo. E quando encontramos o delírio interpretativo de Dom Casmurro, uma espécie de doença da imaginação, um doente imaginário às avessas, em que tudo serve de indício para seu relato, onde tudo é prova de que fora traído por Capitu. O conjunto de imagens que ele encontra e consagra nos coloca diante de um alegorista barroco.


Acha que darão melhor comunicação com o público? Ou é apenas porque você ‘sentiu’ assim a leitura de Dom Casmurro?


Não trago garantias para nada. E o que mais me atraiu não sei dizer exatamente, mas encontrar uma narrativa para dialogar com o romance foi meu maior prazer e também o maior desafio. Sinceramente, não acredito que questões de linguagem sejam coisas que me garantam mais audiência. Falo da busca por um modo ‘inconfiável’ de narrar, assim como o fez Machado de Assis. E este modo, que é todo feito de retalhos da memória, do tempo e dos espaços, e que, a princípio, não correspondem necessariamente à verdade, mas que, ao serem alinhavados pela montagem, ganham o aspecto de verdade, foi o que mais me orientou. Este jogo narrativo entre verdade e imaginação é o elemento principal da narrativa, e este elemento está diretamente ligado a uma de suas frases mais conhecidas: ‘A vida é uma ópera.’ Este jogo teatral com as aparências me orientou muito.


Outro ponto que você enfrenta é o da emoção. Sem nunca ser melodramático, também não recusa a afetividade. Mesmo em seus paroxismos, já que dialoga com a ópera e, como você diz, com um dos seus mestres, Visconti (que também era diretor de ópera, etc.). Sem também recusar as lágrimas de esguicho, alusão a Nelson Rodrigues, em determinados momentos. Feitas essas considerações, a pergunta é: você quis expor as emoções que Machado coloca mais nas entrelinhas do que explicitamente?


Procurei expor as contradições humanas, mas de uma forma tragicômica. Isso se dá também da seguinte maneira, por exemplo: o ‘sim’ de Dom Casmurro pode significar um ‘não’ e vice-versa. Essa duplicidade do ‘eu’ narrativo me pareceu algo, ao mesmo tempo, dostoievskiano e quixotesco.


Seria um engano ver na rede de influências de Capitu, além de Visconti, outro italiano famoso, Federico Fellini? Fica-se com essa sensação na maneira como você teatraliza de modo tão explícito, sem esconder os recursos da encenação, pelo contrário. Depois, pela atmosfera às vezes um pouco circense, no que ela tem de bufa e, ao mesmo tempo de comovente. Enfim, como você pensou essa negação do naturalismo, em veículo tão ligado a esse tipo de estética como é a televisão?


Nunca será um engano pensar em Fellini, mas não fui diretamente ali. Minhas referências mais diretas foram os folhetins escritos em jornais do século 19, as novelas de rádio e Karl Valentin. Quanto a idéia de trabalhar em um espaço que não fosse a realidade em si, mas que se constituísse como sendo a representação de uma determinada realidade, assim como se dá quando estamos diante das linhas de um livro, sempre me interessou. Tenho exercitado esse caminho desde Hoje É Dia de Maria, mas, confesso, agora de uma forma mais rigorosa. Não trabalho com a mentira. Eu não minto para o público: ‘Esse desenho não é um desenho.’ Procuro pela imaginação, como quem faz uma sugestão: ‘Esse desenho poderia ser o verdadeiro quintal de Capitu?’ Estou propondo aos espectadores um jogo com a imaginação, um exercício tênue de visibilidades. Cabe, isto sim, a grande capacidade dos intérpretes de pegar na mão do espectador e trazê-lo para dentro do jogo. E os espectadores, em momento algum, estarão sendo iludidos quanto a não estarem participando de um jogo lúdico. A realidade é erguida pela montagem. É ela que constrói esse outro rigor: a linguagem. É um jogo. Não é uma narrativa que desloca do tempo histórico, uma narrativa glamourosa, falsa, alienante; mas sim, uma pequena tentativa de trabalhar no espaço misterioso da ficção, assim como está colocado no modo escolhido por Machado de Assis, que se faz distanciado da fabulação em várias passagens, enfim, Capitu é um relato que existe entre a realidade e a imaginação de todos nós.’


 


 


Gustavo Miller


Prêmio da Poltrona


‘Um dos mais populares blogs que cobrem televisão no Brasil, o Poltrona TV (www.poltrona.tv) inaugura este ano uma premiação disposta a apontar as melhores produções brasileiras em exibição na televisão paga e aberta. Os ganhadores receberão troféu e certificado do prêmio.


São nove categorias ao todo, como melhor programa infantil e melhor talk show. ‘No Brasil, as premiações sobre TV focam muito em novelas, então quis abrir mais o leque’, diz o editor do blog, o jornalista Ale Rocha.


Cada categoria tem três finalistas. Melhor série, por exemplo, está entre Alice (HBO), A Grande Família e Ó Paí, Ó – ambos da Globo. Já em melhor musical ou variedades, surgem Altas Horas (Globo), Pé na Rua (Cultura) e Urbano, do Multishow.


A premiação tem uma média de 200 votos por dia. A votação acontece até o dia 19, e os vencedores serão anunciados em 5 de janeiro. Ale diz que está bancando o prêmio de seu próprio bolso. ‘Quero ter um reconhecimento de nicho. Blogs ainda são novidade para todo mundo e meu público é diferenciado: 70% são homens entre 18 e 34 anos, que têm banda larga em suas casas.’’


 


 


MÚSICA
Robert F. Worth, NYT, Jeddah, Arábia Saudita


A rebeldia do rock feminino saudita


‘Elas não podem tocar em público ou posar para as fotos da capa do álbum. Até as jam sessions são secretas, por medo de ofender as autoridades religiosas. Mas as integrantes da primeira banda de rock totalmente feminina da Arábia Saudita, a Accolade, não têm medo de tabus.


O primeiro disco single da banda, Pinocchio, tornou-se um sucesso no meio underground local e centenas de jovens sauditas fazem download da música pelo site do grupo. Agora, o quarteto formado por jovens universitárias quer começar a tocar em concertos – em lugares privados, ‘só para mulheres’ – e gravar um álbum.


‘Nesse país é um verdadeiro desafio’, disse a cantora do grupo, Lamia, que tem piercing na sobrancelha esquerda e em baixo do lábio inferior. (Como as outras integrantes, ela não revelou o sobrenome.) ‘A geração futura é diferente da anterior’, disse Dina, de 21 anos, guitarrista e fundadora da banda. Em setembro, ela e a irmã Dareen, de 19, que toca contrabaixo, juntaram-se a Lamia e Amjad, a tecladista. Elas já eram iconoclastas: Dina e Dareen, muito bonitas, também usam piercings nas sobrancelhas. Durante uma entrevista com a banda, todas usavam o tradicional traje preto das muçulmanas, mas as vestes estavam abertas, mostrando jeans e camisetas que usavam por baixo – e seus rostos e cabelos estavam descobertos. As mulheres têm maior possibilidade de sair descobertas em Jeddah, a cidade mais cosmopolita do reino, do que em qualquer outra parte, ainda que seja pouco comum.


Em um país onde mulheres estão proibidas de dirigir e raramente aparecem em público de rosto descoberto, a banda é realmente diferente. Ver roqueiras com guitarras, berrando letras iradas que falam de um relacionamento que não deu certo seria uma cena impensável na Arábia Saudita de pouco tempo atrás.


O rígido código de moral pública do país tem-se abrandado aos poucos, principalmente em Jeddah. A mudança pode ser notada desde os ataques terroristas do 11 de Setembro, quando os sauditas se defrontaram com as conseqüências do extremismo dentro e fora do reino. Mais de 60% da população saudita têm menos de 25 anos e muitos jovens começam a pressionar por mais liberdade.’


 


 


AGÊNCIA
Marili Ribeiro


Aumenta a disputa na publicidade digital


‘A disputa pelo mercado de serviços de comunicação digital vai esquentar no Brasil, com a chegada da Digitas, rede global que integra o grupo francês de comunicação Publicis. Pelo menos é o que promete o francês François de La Villardière, presidente da Digitas América Latina, que acaba de desembarcar no País com a compra da agência online Tribal.


Por quase dez meses, Villardière visitou mais de dez agências do segmento até bater o martelo. Agora, a ambição do executivo é brigar em condições de igualdade com a AgênciaClick, uma das primeiras a se consolidar na área no Brasil e que, desde o ano passado, também pertence a um grupo estrangeiro, a rede inglesa Isobar, do conglomerado britânico Aegis, um dos líderes globais em mídia digital.


O mercado latino-americano nesse ramo, aliás, está no foco desses grandes grupos por ser pouco desenvolvido e ter potencial de expansão. Mas ainda há barreiras a serem superadas para o crescimento dos negócios no setor, como a expansão da atual infra-estrutura de banda larga ou a redução do custo dos serviços de telefonia móvel.


O Brasil, segundo Villardière, será para o grupo Digitas a porta de entrada para toda a América Latina. Os próximos passos, segundo ele, serão unidades pequenas no México e na Argentina. A rede tem hoje forte presença nos Estados Unidos, Europa e Ásia. ‘Há muito o que fazer por aqui’, diz. ‘Percebemos que havia um vão entre o desempenho da AgênciaClick e as outras, uma maioria sem muita expressão.’


O presidente da AgênciaClick, Abel Reis, diz não se assustar com a chegada de um concorrente cheio de energia e disposição para conquistar clientes. ‘Respeito o trabalho da Digitas, uma empresa com reputação conhecida’, diz. ‘Mas vão ter de enfrentar desafios no mercado brasileiro com os quais não estão ambientados. No entanto, vejo a chegada deles como um sinal positivo de amadurecimento do mercado brasileiro no setor.’


O mercado no Brasil está pulverizado por ofertas de serviços online, com o surgimento de várias opções de agências no último ano. Mas grandes redes de agências de propaganda, como a Ogilvy e a McCann Erickson, por exemplo, também vêm intensificando suas atuações no segmento.


Villardière é considerado um dos principais nomes em mídia digital na França. Fundou a agência Business Interactif, que depois foi vendida para a Digitas por 138 milhões. E nem mesmo os reflexos da de crise financeira global estão abalando sua convicção de crescer na América Latina no próximo ano. ‘O mundo digital cresce porque as pessoas passam cada vez mais tempo conectadas’, diz.


Para o executivo, não há escapatória para a comunicação nos tempos atuais, em particular com a consolidação das redes sociais online. Um espaço onde, segundo ele, todas as empresas querem estar presentes. Um exemplo de ação desenvolvida pela Digitas na França em redes sociais foi a feita para a Vente-privee.com, uma empresa de comércio eletrônico, muito conhecida por lá por ter se especializado em compras de artigos de grifes como Louis Vuitton, Dior e Channel, entre outras, em volumes que permitem a eles venderem a preços atrativos.


‘Pode parecer simples, mas é difícil de montar, porque as marcas não querem ser vulgarizadas’, explica ele. ‘A saída que encontramos foi montar uma espécie de clube privado a partir das indicações através de redes sociais, onde apenas as pessoas recomendadas poderiam entrar e comprar.’ A ação atingiu mais de 5 milhões de compradores, indicados por 500 mil ‘embaixadores’.


A Digitas não divulga seu faturamento, mas o Publicis Groupe deve fechar 2008 com receita de 4,67 bilhões. A Digitas tem 28 agências e 2,8 mil funcionários no mundo.’


 


 


 


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Folha de S. Paulo


Segunda-feira, 8 de dezembro de 2008


 


CASAMENTO
Fernando de Barros e Silva


Cultura & Política?


‘SÃO PAULO – ‘Se vocês, em política, forem como são em estética, estamos feitos’. Era mais fácil -e urgente- relacionar política e cultura nessa época, quando o gênio de Caetano Veloso reagia, nos festivais, às hostilidades da esquerda nacionalista, ao mesmo tempo em que todos, tropicalistas e antitropicalistas, confrontavam a ditadura de direita instalada no país em 64.


Vinte anos depois, na esteira da redemocratização, a vontade de passar o país a limpo parecia ainda forte o bastante para amalgamar as pessoas em torno de um sentimento progressista da vida. Mas os anos 80 foram sobretudo marcados pela primeira onda globalizante, que enfatizava a dimensão sem fronteiras da cultura e mandava varrer para o lixo da história a velharia nacional-popular do período anterior.


Escrevendo à quente em meados daquela década, o crítico Roberto Schwarz dizia que os globalistas locais eram modernos, mas no fundo conformistas -que aderiam à maré ideológica triunfante acreditando fazer parte das vanguardas estéticas e libertárias do início do século 20: ‘Alinham-se com o poder como quem faz uma revolução’, disse, imagino que em parte inspirado pela experiência da Ilustrada.


Mas o que pensar das relações entre política e cultura hoje? A política, cada vez mais, se resume a uma espécie de administrativismo social, ocupada com a gestão emergencial de populações mais ou menos estropiadas. E a cultura, a despeito das muitas coisas interessantes que se faça por aí, quando não se limita a um nicho entre outros, vai se tornando um ramo do mecenato corporativo. Os bancos descobriram o glamour de cuidar das coisas do espírito -o que alguém já chamou de culturalização do dinheiro.


Caetano, Ferreira Gullar, Cacá Diegues e Maria Rita Kehl estarão à noite no Masp para debater este nó, que às vezes parece mais um conjunto vazio. Se é difícil evitar a sensação de que cultura e política formam um par à moda antiga, mais incômodo é constatar que a cara da nossa época é a da direita festiva.’


 


 


REDAÇÃO
Ruy Castro


Sal e iodo na Ilustrada


‘RIO DE JANEIRO – Quando entrei na Folha pela primeira vez, em agosto de 1983, espiei em volta e me senti em casa. Ao longe, na Redação, passou Osvaldo Peralva, articulista do jornal e meu antigo chefe no ‘Correio da Manhã’, no Rio -a última vez que o vira fora na porta do ‘Correio’, na noite do AI-5, 13 de dezembro de 1968, sendo levado preso pelos militares.


Outro ex-colega do ‘Correio’, o repórter Galeno de Freitas, me divisou lá do fundo e veio falar comigo. Numa salinha ao lado, estava Tarso de Castro, que eu conhecera quase no parto do ‘Pasquim’, em 1969, e com quem, depois, ficaria dez anos rompido -Johnny Walker, certamente, o pivô da briga. Mas, já então, tínhamos voltado às boas, nas madrugadas do Rodeio.


Numa Folha daquele dia, aberta na mesa de Tarso, reencontrei amigos ou conhecidos do Rio: Paulo Francis, colunista em Nova York; Sérgio Augusto, mestre da alta e da baixa cultura; Janio de Freitas, com a coluna política; e Newton Rodrigues, então titular deste espaço na pág. 2 e a pessoa que me dera o primeiro emprego. Exceto por Sérgio, eu trabalhara com todos no extinto ‘Correio’. Sérgio e Francis também tinham sido do ‘Pasquim’. E, daí a pouco, chegaria Norma Couri, estrela do Caderno B.


Para os garotos da Ilustrada, Tarso, Francis, Sérgio, Norma e eu devíamos ser, no mínimo, contemporâneos dos pterodáctilos. Não tanto pela idade (em 1983, eu contava míseros 35 anos), mas pela folha literalmente corrida. Por algum motivo, todos tínhamos ficha na polícia, dez empregos na carteira e anos e anos de praia.


Noves fora Francis, autor da frase ‘Intelectual não vai à praia, intelectual bebe’, havia noites em que, na inesquecível Ilustrada dos anos 80, um visgo de sal e iodo parecia brotar das Olivettis, sair pela janela e tomar a Barão de Limeira.’


 


 


LITERATURA
Marco Maciel


Machado, cultura e política


‘O TRANSCURSO do centenário da morte de Machado de Assis parece unir o sentimento de toda a nação ao fazer memória da vida e obra do escritor, fundador e primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL). Pela densa contribuição ao enriquecimento cultural do país, à vertebração da identidade de nosso povo nas diversas áreas da literatura e das artes, o criador e a criatura, o homem e a instituição constituem efemérides que não podem deixar de ser festejadas.


Joaquim Aurélio Machado de Assis, no seu primeiro discurso na ABL, afirma que o desejo da casa é ‘conservar, no meio da federação política, a unidade literária’ e que ‘o batismo de suas cadeiras […] é indício de que a tradição é o seu primeiro voto’.


Em fins de 1897, Machado anuncia que a ‘Academia […] buscará ser, com o tempo, a guarda da nossa língua. Caber-lhe-á, então, defendê-la daquilo que não provinha das fontes legítimas -o povo e os escritores-, não confundindo a moda, que perece, com o moderno, que vivifica’. ‘Guardar’ -salienta- ‘não é impor; nenhum […] tem para si que a academia decrete fórmulas. E, depois, para guardar uma língua, é preciso que ela se guarde também a si mesma, e o melhor dos processos é ainda a composição e a conservação de obras clássicas.’


Joaquim Nabuco, então secretário-geral da ABL, observa: ‘A pátria e a religião são, em certo sentido, cativeiros irresgatáveis para a imaginação, condições do fiat intelectual’. E acrescenta: ‘A política, isto é, o sentimento do perigo e da glória, da grandeza ou queda do país, é uma fonte de inspiração de que se ressente em cada povo a literatura toda de uma época, mas, para a política pertencer à literatura e entrar na academia, é preciso que ela não seja o seu próprio objeto; que desapareça na criação que produziu, como o mercúrio nos amálgamas de ouro e prata’.


Neste ano, importa igualmente assinalar, foram assinados na sede da ABL, pelo presidente da República, quatro decretos que tratam do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Acordo esse que unifica nos países falantes do idioma a forma oficial da escrita, objetivo pelo qual a academia tanto se empenha por considerar ser a língua fundamental para nossa maior presença nesses tempos de mundialização. Além disso, a ABL realiza, por iniciativa própria ou em parceria com entidades públicas ou privadas, encontros que aviventam no Brasil o debate e o estudo da fecunda obra do ‘bruxo do Cosme Velho’.


A ‘cultura une e a política divide’, disse com o seu habitual ceticismo o filósofo italiano Norberto Bobbio.


Sem desejar infirmar tal sentença, cabe, por oportuno, recordar que o culto que prestamos a Machado de Assis propicia uma reflexão sobre pontos de interseção entre o mundo da cultura e o da política, já que ambos se alojam no campo dos valores sem os quais não se torna possível o travejamento de autênticas sociedades democráticas nem se convive sob o sol da liberdade.


Ademais, é necessário ter presente que se deve buscar entre o que nos separa aquilo que nos pode unir, porque, se queremos viver juntos na divergência, princípio vital das sociedades abertas, estamos condenados a nos entender.


Conquanto tivesse Machado de Assis ‘tédio à controvérsia’, como certa feita revelara, sempre demonstrou, ao contrário do que alguns asseveram, seu interesse pelas grandes questões nacionais e expendia, com freqüência, suas opiniões.


Em ‘O Velho Senado’, livro novamente reeditado pelo Senado, retratou com argúcia e verve as sessões do colegiado no segundo reinado. Foi por meio das crônicas nele reunidas que Machado levara para o jornal a síntese dos debates, vendo de perto os grandes líderes do Império, realçando-lhes os méritos, criticando-lhes os desacertos, descrevendo-lhes o íntimo, compondo-lhes as imagens com a riqueza de seu estilo.


Machado era abolicionista e apreciava o sistema semiparlamentarista que se adotara no segundo reinado. Embora não fosse contra a República como forma de governo, temia que sua implantação afetasse a estabilidade política de que o país desfrutava.


A vastíssima obra de Machado e a concisão do seu estilo o consagraram como escritor que perpassou novas fronteiras, tornando-o admirado universalmente como um clássico. Não por outra razão Augusto Meyer diz: ‘Machado de Assis continua a ser o ‘único’ na história da literatura brasileira […] Cresceu em variedade relativa, dentro da mesma profundidade’.


MARCO MACIEL , 68, é senador pelo DEM-PE e membro da Academia Brasileira de Letras. Foi vice-presidente da República (1995-2002), ministro da Educação (governo Sarney) e governador de Pernambuco (1978-1985).’


 


 


TODA MÍDIA
Nelson de Sá


A ‘boa’ crise


‘O ‘Guardian’ fez um levantamento dos líderes que estão ‘sentindo’ politicamente o impacto da crise, do chinês Hu Jintao à alemã Angela Merkel, e contrastou com o ‘punhado de outros líderes ao redor do mundo que estão tendo uma ‘boa’ crise, mais notadamente o presidente do Brasil, Lula, com 70% de aprovação’. E que, como o britânico Gordon Brown e o francês Nicholas Sarkozy, que também cresceram com a crise, vem adotando ações ‘populistas’. Outro longo texto do ‘Guardian’ pergunta ‘o que ele está fazendo certo?’ e tenta explicar o Datafolha.


Abrindo a semana de definição dos juros pelo Banco Central, Kennedy Alencar postou na Folha Online que o presidente ‘aguardará a decisão para tomar uma decisão mais importante… Lula estuda uma eventual interferência política pública para forçar uma queda da taxa, caso o BC insista em manter’. Dias atrás, até o ‘Wall Street Journal’ questionou o uso dos juros por Brasil, Egisto, Islândia e mais ninguém para evitar a fuga de dólares. Diz que que não funciona mais, hoje no mundo.


PACOTE CÁ


Para enfrentar os ‘seis meses terríveis’, como o governo Lula descreve internamente o primeiro semestre, segundo ‘O Estado de S. Paulo’, está sendo preparado um ‘arsenal de medidas’ -a começar do ‘ataque ao spread cobrado pelos bancos no empréstimo ao setor produtivo’.


PACOTE LÁ


Nas páginas iniciais do ‘Times of India’ ao UOL, também o governo indiano lançou medidas de estímulo à economia, com corte no imposto sobre a produção e injeção extra de US$ 4 bilhões ‘ao longo dos próximos quatro meses’. Um dia antes, o BC indiano reduziu os juros.


OBRAS PÚBLICAS


Em sua primeira entrevista a um programa dominical, faixa de grande concorrência na TV americana, o presidente eleito Barack Obama motivou manchetes pelo mundo, a começar do ‘New York Times’, com o anúncio de um pacote ‘do tamanho da tarefa que está à frente’. O mesmo ‘NYT’, na versão em papel, já havia destacado em seu pronunciamento semanal que ele ‘prometeu criar o maior programa de obras públicas’ em 50 anos.


A entrevista de Obama à NBC marcou para a rede o anúncio do novo âncora do ‘Meet the Press’, o maior dos programas dominicais de entrevistas.


MUDANÇA COMERCIAL


O ‘Miami Herald’ publicou ontem reportagem especial destacando que especialistas e políticos democratas ‘esperam mudança dramática na estratégia comercial sob Obama’, com o fim dos acordos bilaterais negociados, por exemplo, com Colômbia e Panamá. O modelo é considerado um ‘fracasso’.


MUDANÇA MILITAR


O ‘NYT’, na manchete, focou a principal questão militar de Obama -escolher qual é o ‘risco maior’: cortar ‘rápido demais’ as forças americanas no Iraque ou não elevar ‘com a rapidez necessária’ no Afeganistão. O jornal destaca que os EUA vêm aumentando a defesa da capital afegã, Cabul, sob ameaça.


OS PILOTOS AMERICANOS


Repercutiu nos EUA já no sábado, por jornais como ‘Wall Street Journal’, o relatório da Aeronáutica que responsabilizou os pilotos americanos pelo acidente de 2006 na Amazônia, além de controladores de vôo. Os dois pilotos hoje moram em Long Island, subúrbio de Nova York, e seu advogado respondeu novamente via ‘Newsday’, o jornal da região. Ele ‘questionou a objetividade’ do relatório, por ser a própria Aeronáutica alvo eventual de responsabilização. E falou em ‘nonsense’.


DO PAPEL…


O ‘NYT’ noticiou no sábado que a terceira cadeia de jornais dos EUA, a McClatchy, busca comprador para o ‘Miami Herald’.


E o site do ‘WSJ’ noticiou ontem à noite que a primeira cadeia, a Tribune Co., de ‘Los Angeles Times’ e ‘Chicago Tribune’, se prepara para entrar com ‘pedido de falência’, já nesta semana.


AO SITE


Uma semana atrás, o site de cobertura política Huffington Post, marcadamente democrata e que prioriza links para terceiros, fez uma capitalização em plena crise e levantou US$ 25 milhões.


No final da semana, o NYT.com lançou ‘Times Extra’, home page alternativa, em fase Beta, incorporando links para terceiros.


NOVA REALIDADE


Lauro Jardim informa na ‘Veja’ que Pérsio Arida, ‘um dos pais do Cruzado e do Real’ e que foi sócio do banco Opportunity, volta para o Brasil em janeiro, depois de passar cinco anos em Londres. ‘A nova realidade do mercado financeiro mundial fez Arida repensar seus planos’’


 


 


JORNALISMO
Folha de S. Paulo


Reportagem da Folha recebe prêmio em Paris


‘Em uma cerimônia marcada pelo discurso do ex-presidente dos EUA Jimmy Carter em defesa do fechamento da prisão de Guantánamo, a reportagem da Folha ‘Os anti-heróis – O submundo da cana’ foi anunciada anteontem, em Paris, como a vencedora do prêmio Every Human Has Rights (Todo o Ser Humano Tem Direitos) na categoria jornalismo impresso.


De autoria do repórter especial Mário Magalhães e do repórter-fotográfico Joel Silva, o trabalho sobre cortadores de cana de SP foi publicado em agosto no caderno Mais!. Na Maison des Arts et Métiers, na capital francesa, o prêmio foi entregue a Magalhães por Lyse Doucet, apresentadora da BBC.


O Every Human Has Rights Media Awards foi criado para celebrar os 60 anos da Declaração dos Direitos Humanos. O prêmio tem o apoio do grupo The Elders, capitaneado pelo ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela.


Houve inscrições de 108 países -30 trabalhos foram premiados pelo júri presidido pelo jornalista americano Jimmy Briggs. Do Brasil, também venceram ‘Terra do Meio’ (de Fátima Baptista, Marcelo Canellas e equipe, da TV Globo) e ‘Favela S/A’ (de Paulo Motta, Carla Rocha e equipe, de ‘O Globo’).’


 


 


TELEVISÃO
Daniel Castro


Globo grava em São Paulo série ‘descolada’


‘Baseado nas tiras de Adão Iturrusgarai publicadas na Folha, ‘Aline’ será todo gravado em São Paulo. O especial de fim de ano da Globo, no ar dia 30, tem grandes chances de virar seriado na programação de 2009, avalia Manoel Martins, diretor-geral-artístico.


‘O programa terá toda a irreverência das tiras do Adão. A adaptação está virando uma comédia romântica que parte de uma coisa ousada, que é a relação aberta de uma mulher com dois homens’, afirma o roteirista Mauro Wilson.


Segundo Wilson, ‘Aline’ será fiel à tira. ‘Só demos uma limpada no que não pode ser mostrado na TV’, admite. Ou seja, Aline, que será interpretada por Maria Flor, dividirá a cama com Otto (Pedro Neschling) e Pedro (Bernardo Marinho), mas não aparecerá nua. ‘A Aline é uma mulher de atitude, trabalha, comanda’, diz.


Maria Luisa Mendonça interpretará a mãe da protagonista. Daniel Dantas fará o pai e Marco Ricca, o analista. O músico Branco Mello está desenvolvendo a trilha sonora. A direção será de Maurício Farias, o mesmo de ‘A Grande Família’.


‘Aline’ terá externas em ruas e parques de São Paulo, como o Ibirapuera. Um apartamento no centro da cidade será a principal locação. Não haverá gravações em estúdios no Rio.


Se vingar, será o primeiro seriado da Globo totalmente gravado em São Paulo, idéia que a rede amadure há anos.


BALANÇO 1


Este será o pior ano para a Globo no Ibope. Mas será o melhor em faturamento. A rede deve fechar 2008 com uma receita de R$ 7,5 bilhões, quatro vezes a mais do que a Record.


BALANÇO 2


Até novembro, a Globo marcava média diária (das 7h à 0h) de 19,3 pontos no Ibope nacional. Seus piores resultados foram em 2001 e no ano passado, com 20,3 pontos.


BALANÇO 3


O desempenho da Globo em 2008 ficará abaixo de 1999, quando era incomodada pelo ‘Programa do Ratinho’, e de 2001, quando o SBT surpreendeu com ‘Casa dos Artistas’. Mas sua audiência ainda é gigantesca: quase três vezes a da Record (7,3 pontos no Ibope nacional), a vice-líder.


DUAS EDIÇÕES


A versão do ‘Hoje Em Dia’ que a Band prepara para 2009 terá duas edições. Uma, das 8h às 11h30, será apresentada por Patricia Maldonado e Daniel Bork. Outra, à tarde, depois de um programa de Silvia Poppovic e antes do ‘Márcia’, será ancorada por Gilberto Barros -caso ele feche novo contrato.


RENOVAÇÃO


O SBT não descartou Carlos Massa, o Ratinho, cujo contrato vence dia 31. Silvio Santos está pessoalmente negociando com o apresentador-empresário.


ROMBO


É cada vez mais feia a fotografia do ‘Olha Você’ (SBT) no Ibope. Quinta passada, entrou no ar com 4,2 pontos. Derrubou para 1,2. Chegou a perder para R.R. Soares, na Rede TV!, e a empatar com a Gazeta.’


 


 


Luiza Fecarotta


Adrià e Troisgros trocam ‘clássicos’


‘No programa ‘Truques de Confiança’, levado ao ar hoje pelo canal pago GNT, o apresentador e chef Claude Troisgros recebe Ferran Adrià para um bate-papo na cozinha, intercalado com demonstração de receitas.


O catalão vanguardista do restaurante El Bulli, considerado o melhor do mundo no ranking da revista inglesa ‘Restaurant’, acompanha Troisgros no preparo de uma panqueca salgada com queijo de coalho. Temas como a nouvelle cuisine da família Troigros e o processo de criação de Adrià, que fecha seu restaurante seis meses por ano para se dedicar aos estudos e aos testes de novos pratos, surgem entre uma receita e outra.


Depois de provar o maracujá fresco, Adrià observa os passos para fazer uma batida com cachaça e lembra de como a espuma nasceu em suas invenções: tomando suco em Barcelona. Emblemática, ela aparece no programa em uma receita simples, preparada pelo chef vanguardista com um sifão, no qual uma mistura fria de iogurte, nata, creme de leite e açúcar, recebe adição de ar.


TRUQUES DE CONFIANÇA – CLAUDE TROISGROS E FERRAN ADRIÀ


Quando: hoje, às 22h


Onde: no GNT


Classificação indicativa: não informada’


 


 


REVISTA
Mônica Bergamo


Em nome do rei


‘Roberto Carlos vai lançar em março de 2009 uma revista anual chamada ‘Emoções’. Segundo Dodi Sirena, empresário do cantor, a publicação tratará de ‘política, comportamento e temas variados’ e será editada por Joyce Pascowitch.’


 


 


 


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