Tuesday, 19 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1279

Revistas de fofocas americanas continuam em alta

Enquanto os jornais dos EUA apresentaram, nos últimos meses, queda constante nas vendas, a tiragem das revistas permanece estável, noticia Richard Pérez-Peña [The New York Times, 14/8/07]. Em alta mesmo apenas as publicações de fofocas de celebridades. De acordo com dados do Audit Bureau of Circulations, organização que mede os índices de venda de jornais e revistas nos EUA, elas tiveram aumento significativo de circulação.


A Ok! Weekly subiu 54%, para mais de 890 mil exemplares por semana, e a US Weekly, a In Touch Weekly e a Life & Style Weekly cresceram de 5% a 10%. A People, no entanto, registrou queda de 2%, embora continue no posto da mais vendida do gênero. O guia de televisão TV Guide, por sua vez, sofreu queda. Depois de mudanças estratégicas, houve uma diminuição de 12% na circulação, o que representa menos de 3,3 milhões de cópias.


Vida nova


Entre as maiores revistas noticiosas dos EUA, houve poucas mudanças da primeira metade de 2006 e os primeiros seis meses de 2007. A grande exceção foi a Time, com queda de 17% em vendas – passando de 4,1 milhões para 3,4 milhões de exemplares, em parte devido a um planejamento anunciado no ano passado. A revista eliminou campanhas promocionais caras que não atraíam assinantes e cortou assinaturas para salões e consultórios médicos, menos atraentes para anunciantes.


Este ano, a Time demitiu funcionários, lançou nova diagramação, aumentou o preço de banca, mudou a data de chegada às bancas das segundas para as sextas-feiras e contratou um novo chefe de redação, Richard Stengel. ‘Fizemos um esforço deliberado para mudar o público da revista e reduzir os valores para anunciantes, que eram baseados no número de leitores’, explica John Squires, vice-presidente-executivo da Time Inc, divisão da Time Warner.


As rivais Newsweek e U.S. News & World Report não apresentaram novidades no período. Com mais de 3,1 milhões de assinantes, a Newsweek ganhou de longe da U.S., com cerca de 2 milhões de assinantes. A versão americana da britânica Economist aumentou de 601 mil para 694 mil exemplares. Já Forbes, Forturne, Money e Business Week tiveram poucas mudanças. A tiragem das 664 revistas contabilizadas pelo Audit Bureau of Circulations foi de 360 milhões nos primeiros seis meses deste ano.