Friday, 29 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

Ética oriental

Vale a pena conhecer o código de ética do jornalismo asiático nos diversos países do continente. O sítio Asia Media Ethics é simples, dividido por países com seu respectivo código. O curioso é que justamente os países cuja mídia está em destaque internacional – China, Coréia do Sul, Taiwan –, além de Japão, Indonésia, Camboja e Tailândia, ainda não disponibilizaram seus dados.

A Austrália, apesar de não pertencer ao continente, consta na lista organizada em ordem alfabética devido à proximidade geográfica. Primeira na lista, Austrália abre seu código de ética com um belo preâmbulo:

‘Jornalistas descrevem a sociedade para ela mesma. Procuram a verdade. Conduzem informações, idéias e opiniões, uma função privilegiada. Procuram, desvendam, gravam, perguntam, divertem, sugerem e lembram. Informam cidadãos e animam a democracia. Dão forma prática à liberdade de expressão. Muitos jornalistas trabalham em iniciativas privadas, mas todos têm essas responsabilidades públicas. Criticam o poder, mas também o exercem, e deveriam ser responsáveis. Responsabilidade gera confiança. Sem confiança, jornalistas não cumprem suas responsabilidades públicas.’.

Outro código de ética forte e bonito é o das Filipinas. Todo em primeira pessoa, faz do código quase um juramento. O último item, coincidentemente, parece uma lição à mídia brasileira durante o seqüestro de Silvio Santos: ‘Devo me comportar em público ou enquanto exerço meus deveres como jornalista de forma a manter a dignidade de minha profissão. Quando em dúvida, a decência deve ser prevalecer’. Em inglês.