Wednesday, 24 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Universal processa mais um jornalista da Folha

Leia abaixo a seleção de quarta-feira para a seção Entre Aspas.


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Folha de S. Paulo


Quarta-feira, 14 de maio de 2008


PROCESSO
Folha de S. Paulo


Igreja Universal pede indenização na Justiça contra colunista da Folha


‘A Igreja Universal do Reino de Deus ajuizou ação de indenização por danos morais contra a Folha e o jornalista Fernando de Barros e Silva, editor do caderno Brasil e colunista do jornal, alegando ofensa à honra pelo artigo intitulado ‘Fé do bilhão’, publicado na edição de 17 de dezembro de 2007.


Segundo o pedido, ‘a matéria veiculada constitui-se meio para transmitir falsa impressão da realidade’, e ‘a ofensa é lançada de maneira dissimulada, tudo para desnaturar os propósitos institucionais da autora -esperados de qualquer entidade religiosa, qual seja, prestar assistência espiritual sem fins lucrativos’.


A coluna foi publicada dois dias depois da reportagem da jornalista Elvira Lobato intitulada ‘Universal chega aos 30 anos com império empresarial’. Já foram movidas 89 ações de indenização nos mais diferentes pontos do país em nome de seguidores da Iurd que se dizem ofendidos com a reportagem. Até agora, houve 33 decisões, todas favoráveis ao jornal. Apesar de os processos serem independentes, os textos são muito parecidos, com expressões e citações idênticas.


Ao comentar aquela reportagem de Lobato, Fernando de Barros e Silva afirmou que a Igreja Universal ‘trata de cuidar do milagre da multiplicação -não dos peixes, mas da fortuna alavancada pelos dízimos de seu rebanho’.


O artigo menciona ‘23 emissoras de TV, 40 rádios próprias e outras 36 arrendadas, dois jornais de grande circulação, duas gráficas, empresas de participações, uma agência de turismo, uma imobiliária, uma seguradora de saúde e -surpresa- até mesmo uma empresa de táxi aéreo’.


Os autores pedem indenização por danos morais em valor a ser atribuído pela Justiça.’


 


PUBLICIDADE
Folha de S. Paulo


Investimento publicitário em jornais cresce 24% no 1º trimestre no país


‘O investimento publicitário nos jornais aumentou 23,72% no primeiro trimestre de 2008, incremento mais significativo do que o verificado pelos meios de comunicação como um todo (15,48%) e pelos seus principais concorrentes, os canais de televisão (12,54%). As informações são do Projeto Inter-Meios, que levanta o volume de investimentos publicitários.


Os jornais também conquistaram uma fatia maior do mercado de anúncios neste ano. Levando em consideração apenas o mês de março, a participação desse veículo no bolo publicitário chegou a 19,40%, contra 18,30% no mesmo mês do ano passado.


Em março, a televisão respondeu por 57,8% do bolo publicitário. É ainda a maior fatia, embora tenha havido ligeiro encolhimento em relação ao mesmo mês do ano passado (58,9%). Já as revistas ficaram com 7,3% do mercado em março passado, e o rádio, com 4%.


De acordo com o diretor-executivo da ANJ (Associação Nacional de Jornais), Antonio Athayde, os jornais no Brasil e em demais países emergentes, como Índia e China, passam por uma recuperação, justamente no momento em que nos Estados Unidos, por exemplo, os grandes diários enfrentam maiores dificuldades.


‘No Brasil, já vínhamos assistindo a um aumento na circulação de jornais havia uns quatro anos. E, de tempos para cá, há um crescimento em termos de anúncio. Trata-se de uma recuperação de posição’, diz.


Para ele, os jornais -seja em versão impressa ou em versão on-line- ‘nunca foram tão lidos’. ‘Ainda que o acesso seja pela internet, as pessoas estão lendo mais.’


As principais razões para o avanço dos jornais no mercado publicitário, afirma o diretor da ANJ, são o ‘bom momento da economia’ e o ‘fenômeno de consumo da classe C’.


‘Quando uma pessoa decide por comprar um carro, por exemplo, ela sempre prefere recorrer aos jornais para se informar.’’


 


PRÊMIO
Folha de S. Paulo


ABI recebe hoje em SP o prêmio Personalidade da Comunicação


‘Em meio às comemorações pelo centenário de fundação da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), o presidente da ABL (Academia Brasileira de Letras), Cícero Sandroni, entregará hoje o Prêmio Personalidade da Comunicação 2008 ao presidente e ao vice-presidente da ABI, Maurício Azêdo e Audálio Dantas, respectivamente.


A ABI é a primeira instituição a ser contemplada com esse prêmio.


Criado em 1999 pelos organizadores do Congresso Brasileiro de Comunicação Corporativa para homenagear os grandes nomes do jornalismo brasileiro, o Personalidade da Comunicação já foi concedido, entre outros, a Octavio Frias de Oliveira (publisher da Folha, morto em 2007), contemplado em 2006, Roberto Civita (2005), Ruy Mesquita (2004), Mino Carta (2003), Paulo Nassar e Alberto Dines (2002), Miguel Jorge (2001) e José Hamilton Ribeiro (1999).


A solenidade será realizada a partir das 20h no grande auditório do Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo (av. Rebouças, 600), e será aberta ao público.


A homenagem integra a programação do 11º Congresso Brasileiro de Comunicação Corporativa, que começa hoje e vai até o dia 16. Após o evento, será servido um coquetel.’


 


TODA MÍDIA
Nelson de Sá


Marina espetacular


‘A partir das 16h30, foi a manchete de Folha Online e demais -depois também dos telejornais. Começou a corrida para descobrir por que Marina Silva saiu, com os sites, como Globo Online, concluindo que foi pela opção de Lula por Mangabeira Unger na coordenação do Plano Amazônia Sustentável. O eventual sucessor logo se espalhou, Carlos Minc, que não é petista, como destacou a escalada do ‘Jornal Nacional’. UOL, iG e o ‘Jornal da Record’ já ressaltavam então a indignação do presidente com a petista histórica. Ele ‘não gostou do tom de espetáculo’ dado por ela à cobertura.


Mas desde as 8h o blog de Lauro Jardim estranhava a ausência da ministra em cerimônia, um dia antes.


‘DEATH SQUADS’


No topo das buscas de Brasil ontem no Google, o temor de um bispo do Pará de que a absolvição do fazendeiro pelo assassinato da freira americana Dorothy Stang ‘abre a temporada de caça aos ambientalistas’, com os ‘esquadrões da morte’


BBC INVADE A AMAZÔNIA


A saída de Marina Silva coincide com uma dezena de jornalistas da BBC na Amazônia, da China, dos EUA, da Indonésia, para uma cobertura especial amanhã, ao vivo de cidades no Amazonas, Pará e Mato Grosso, mais entradas da Europa à Nigéria. O foco é ‘O Paradoxo da Amazônia’, em suma, ‘o confronto entre as necessidades dos povos locais de explorar a floresta e a necessidade global de preservar os recursos’. O especial já tem home própria (acima), quase uma dezena de textos postados e fotos no Flickr.


SOBERANO LÁ


Na longa reportagem de primeira página que saudou o Brasil no ‘pelotão da frente dos emergentes’ (leia em Dinheiro), o ‘WSJ’ destacou o lançamento do fundo soberano pelo ministro da Fazenda, com foto (acima)


SOBERANO CÁ


O Terra deu manchete e até transmitiu ao vivo, mas o anúncio do fundo soberano ontem pelo ministro Guido Mantega foi dado com ironia pelo portal da Globo -e no mais quase ignorado.


BC EM CAMPANHA


Henrique Meirelles, ainda presidente do Banco Central e talvez candidato ao governo de Goiás, elogiava ontem o senador Aloizio Mercadante no Valor Online, por propor maior superávit primário.


LULA E O RECORDE


A entrevista de Lula à revista alemã ‘Der Spiegel’, que levou para o título o desejo brasileiro de entrar para a Opep, supostamente para conter o preço, ‘fez o petróleo saltar para US$ 126 o barril’, noticiou o ‘Times’, dois dias atrás. E ontem o site do ‘Financial Times’ reclamava de Lula pela declaração -ao mesmo tempo em que o aconselhava a não entrar para o cartel.


O UOL traduziu ontem a longa entrevista, que precede a visita da primeira-ministra Angela Merkel ao Brasil.


‘NÃO QUERO NEGRO’


13 de maio e, aqui como no exterior, sites noticiavam que em 2008 os negros superam os brancos no Brasil. Já o ‘JN’ seguia na campanha anticotas e o ‘portal da Globo’ dava na home a ‘notícia’ acima.’


 


ARGENTINA
Adriana Küchler


Jornal se diz vítima de ameaças de um grupo ligado ao governo


‘O jornal ‘Clarín’, o mais vendido da Argentina, informou em seu editorial de ontem que circulam pela internet e-mails com ameaças à diretora do diário, Ernestina Herrera de Noble, e a seu presidente-executivo, Héctor Magnetto.


Os e-mails trazem frases como ‘Magnetto e Noble, não ‘ferrem’ com o povo, é uma advertência’ e fotos do arquivo pessoal de Magnetto que, segundo o jornal, teriam sido obtidas por hackers.


As mensagens levam a assinatura do grupo La Cámpora, de jovens peronistas que apoiam o governo de Cristina Fernández de Kirchner e no qual milita o próprio filho da presidente, Máximo. O editorial pede que o governo investigue a origem das ameaças.


Segundo o jornal, a ação acontece em um momento em que ‘o governo formula reiteradas críticas contra este diário e no contexto de uma política de hostilidade contra os meios de comunicação independentes’.


Ontem, a presidente voltou a criticar o que chama de uma ‘visão pessimista’ da imprensa em um discurso na Casa Rosada (sede do governo). ‘Para eles, o importante é sempre mostrar que as coisas estão mal, horríveis e dar uma visão quase terrível da Argentina’, disse Cristina, que participou recentemente do lançamento do Observatório de Meios, que pretende pesquisar as tendências da imprensa.


Na última semana, Buenos Aires foi tomada por cartazes contra o ‘Clarín’ e o canal de notícias TN, do mesmo grupo, colados por grupos como o La Cámpora e a Juventude Peronista Evita, também da base de apoio ao governo.


À Folha, o editor- geral do ‘Clarín’, Ricardo Kirschbaum, afirmou que uma das mensagens recebidas pelo jornal ameaçava de morte o presidente-executivo. ‘Mas não queremos acreditar que esta mensagem venha do mesmo grupo.’


Ontem, a Associação das Entidades Jornalísticas Argentinas também condenou a ‘campanha de cartazes’ e ‘os ataques pessoais contra editores e jornalistas do jornal ‘Clarín’ e pediu a ‘investigação e sanção dos responsáveis’ por eles.’


 


CONVERGÊNCIA
Tatiana Resende


Internet é usada por só 1% dos clientes de celular


‘Navegar na internet pelo celular ainda é uma das ferramentas menos usadas pelos clientes de telefonia móvel no Brasil -só 1% dos clientes das operadoras, aponta pesquisa da Nielsen.


Tirar fotos (32%), brincar em jogos já instalados (17%), ouvir rádio (17%) e mp3 (14%) são as ferramentas preferidas. Para Roberto Vásquez, diretor de pesquisa em telecomunicações para a América Latina da Nielsen, um dos motivos para o pouco uso da internet pode ser a baixa velocidade da conexão. Mas a implementação dos serviços de terceira geração (3G) deve mudar essa realidade.


No último dia 29, as operadoras e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) assinaram o termo de autorização que permite a operação na freqüência de 2.100 MHz.


Vásquez ressalta que os preços que serão pagos pelos serviços em 3G vão determinar a velocidade da penetração da tecnologia no mercado brasileiro. Na Europa, onde a terceira geração foi lançada no início da década, ele cita que 26% dos alemães, 19% dos italianos e 15% dos britânicos nem sabem o que é 3G, mas ser uma tecnologia bem sucedida, diz, não significa necessariamente ser uma tecnologia de massa.


O levantamento, que foi divulgado ontem no 7º Tela Viva Móvel, questionou também o que os usuários desejam ter no próximo celular. Câmera (78%), mp3 player (66%) e rádio (59%) foram as ferramentas mais citadas. A TV integrada ao aparelho, que passou a ser possível com a TV digital aberta, foi citada por 31% dos entrevistados. Já a internet apareceu em 28% das respostas -atrás de atributos comuns como mensagens de texto (34%).


Segundo os últimos dados da Anatel, o Brasil tinha em março 126 milhões de celulares, dos quais 81% eram pré-pagos. De acordo com a pesquisa da Nielsen, houve um crescimento de 462% no número de aparelhos com mp3 player vendidos em 2007, em relação ao ano anterior, seguido de rádio (283%) e acesso à internet (138%).


Além da velocidade de conexão, Eduardo Tude, da consultoria Teleco, especializada em telecomunicações, aponta o preço do aparelho como um dos empecilhos à popularização da navegação pelo celular. Sobre o serviço, avalia que o valor cobrado não é caro se o consumidor optar por contratar um pacote de dados, e não pagar pelo uso avulso.


Estudo da IDC (International Data Corporation) estima que havia 602 mil assinantes de banda larga por meio de telefonia móvel no país em dezembro passado, 124% a mais do que no trimestre anterior.’


 


Humberto Medina


Anatel propõe plano para elevar convergência


‘A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) deverá aprovar hoje um plano para modificar a regulamentação do setor e facilitar a oferta de pacotes de serviços convergentes (voz, dados, TV por assinatura e internet em alta velocidade) pelas empresas de telecomunicações. As mudanças constarão do Plano Geral de Atualização do Marco Regulatório, que deverá orientar a ação da agência pelos próximos dez anos.


A modificação mais aguardada pelo mercado, que permitirá a concretização da compra da Brasil Telecom pela Oi, deve ser votada separadamente, no dia 21 ou 28. O negócio -de R$ 5,86 bilhões, anunciado no último dia 25- só terá validade quando o PGO (Plano Geral de Outorgas) for alterado.


O PGO é estabelecido por meio de decreto e divide o país em áreas de operação para as concessionárias de telefonia fixa (Oi, Brasil Telecom, Telefônica e Embratel). De acordo com o texto atual, uma concessionária não pode comprar outra de região diferente.


Em fevereiro, o Ministério das Comunicações fez duas recomendações à Anatel: 1) eliminação dos artigos que não permitem que uma concessionária de telefonia fixa compre outra do PGO; 2) revisão de todas as ‘restrições regulatórias’ que impedem que uma mesma empresa ofereça pacotes ‘convergentes’, ou de múltiplos serviços (voz fixa, voz móvel, dados e TV paga, entre outros).


Hoje a Anatel deverá começar a atender o segundo pedido do ministério. Segundo o presidente da agência, Ronaldo Sardenberg, o plano de atualização não irá propor alteração em leis, como a LGT (Lei Geral de Telecomunicações), alcançarão apenas resoluções e demais atos normativos da agência.


‘O programa é amplo, não é para atender a um determinado interesse específico’, disse o conselheiro Antônio Bedran, relator da medida. ‘A sociedade acha que o setor deve mudar’, afirmou. Tanto o plano quanto as mudanças no PGO ainda irão à consulta pública por 30 dias antes de serem oficializadas pela agência reguladora.


Além da mudança para permitir a compra da BrT pela Oi, o principal pedido do setor é oferecer TV por assinatura por meio de cabo.’


 


JOGO
Folha de S. Paulo


Game vende 3,6 mi de cópias na estréia e quebra recorde


‘O game ‘GTA 4’ (‘Grand Theft Auto 4’) se tornou o produto de entretenimento mais vendido da história no dia de lançamento, à frente de arrasa-quarteirões como ‘Harry Potter’. A informação foi divulgada ontem pelo ‘Guiness Book’. O ‘GTA’ vendeu 3,6 milhões de unidades em suas primeiras 24 horas no mercado e gerou faturamento de US$ 310 milhões.


Segundo o ‘Guiness’, essas cifras ultrapassam qualquer outro jogo, filme ou livro já lançados. O recordista anterior era o livro ‘Harry Potter e as Relíquias da Morte’, com faturamento de US$ 220 milhões no primeiro dia. Entre os games, o recorde estava com ‘Halo 3’, que faturou US$ 170 milhões.


O jogo, um dos mais esperados do ano, chegou ao mercado mundial em 29 de abril. No Brasil, o lançamento foi na segunda-feira, em versões para PlayStation 3 e Xbox 360, por preço sugerido de R$ 229,90.


Nesta edição, a produtora Rockstar -braço da Take-Two Interactive- deu ênfase ao conteúdo politicamente incorreto do jogo, tanto no roteiro quanto nas cenas.


O game tem como mote a história de um imigrante croata chamado Niko Bellic que chega aos EUA para buscar o ‘sonho americano’ -que os produtores definem como ‘ter várias namoradas e conviver ao lado de pessoas ricas’. A missão de Bellic é encontrar um homem que, no passado, havia cometido uma injustiça contra ele.


Em meio às aventuras em Liberty City (a cidade fictícia do game, inspirada em Nova York), o protagonista vai conviver com personagens como contrabandistas, policiais corruptos e prostitutas de baixo nível. Além de assaltos a carros e bancos e confrontos com policiais, já existentes em edições anteriores, os personagens do ‘GTA 4’ ganharam a capacidade de cometer novas infrações, como dirigir bêbado. E as prostitutas da série agora podem fazer danças eróticas.


Nas brigas, os sistemas de tiro e cobertura foram aperfeiçoados -é mais fácil se esconder dos tiroteios e chamar comparsas para o confronto, por meio de ligações de celular. Ações como agarrar-se a veículos ou entrar em prédios também ficaram mais reais.’


 


TELEVISÃO
Daniel Castro


Globo estréia reality show policial em junho


‘A Globo estréia no próximo dia 5 um programa que vem sendo chamado internamente de ‘190’. O programa, com 25 minutos de duração (incluindo intervalos), acompanhará ações das polícias, dos bombeiros, da guarda florestal e da defesa civil, enfim, operações de emergência e de investigação.


O ‘190’ (o nome não será este) ainda não tem uma definição única: alguns o chamam de reality show policial, outros, de documentário curto e de programa investigativo.


O programa ocupará a recém-criada terceira linha de shows das quintas. Nesse dia, a primeira linha de shows é ocupada por ‘A Grande Família’ e a segunda, por ‘Casos e Acasos’. Haverá terceira linha de shows também às terças, com ‘Profissão Repórter’, a partir do dia 3.


A idéia da Globo com a terceira linha de shows é alinhar a programação das terças e quintas com a das quartas, quando há futebol, de maior duração do que as duas linhas de shows tradicionais. Assim, o ‘Jornal da Globo’ começará nesses dias sempre por volta das 23h50. Dependendo do desempenho dos novos programas no Ibope, a Globo poderá instituir uma terceira linha de shows também às sextas-feiras.


O ‘190’ é um projeto da produtora independente paulistana Medialand. A empresa fará toda a captação das imagens, mas a Globo editará e ‘empacotará’ o material. O programa terá uma edição rápida.


MAIS CEDO 1 A Globo antecipará a transição em sua área artística. Manoel Martins, que assumiria a área definitivamente no final de julho, fará isso já no início de junho. Martins passará a ser chamado de diretor da Área de Entretenimento. O processo foi mais rápido do que previsto.


MAIS CEDO 2 Mário Lúcio Vaz, que está passando o comando do artístico para Martins, terá uma aposentadoria de fachada. A Globo não abriu mão de seus serviços. Como consultor, caberá a ele avaliar todas as sinopses de novelas e textos de programas.


FOFOCA O SBT exibirá a partir de julho a série ‘Gossip Girl’, já apresentada pelo Warner Channel. E a rebatizará de ‘A Garota do Blog’.


TRAVADA A entrevista do jogador Ronaldo a Ana Maria Braga, ontem, não alavancou a audiência do ‘Mais Você’. Dados preliminares do Ibope na Grande SP indicam 8,4 pontos para o programa da Globo, contra 8,5 da Record no horário.


TANGO A dançante ‘Pa Bailar’, do Bajofondo, grupo de tango eletrônico formado por argentinos e uruguaios, será o tema de abertura de ‘A Favorita’, próxima novela das oito. A banda fará um pocket show na festa de lançamento da trama, na Casa Fasano, em São Paulo.


SÁBADO QUENTE A cúpula da Globo já aprovou: se os dois últimos capítulos de ‘Duas Caras’ ficarem muito grandes, a novela só terminará no sábado, 31.’


 


Folha de S. Paulo


Série de TV espreita vida selvagem


‘Os perfis dos ‘personagens’ são bastante diversificados -há elefantes, leões, baleias, polvos, jacarés e gorilas. A variedade de locações também é exemplar -Ártico, costa californiana e Índia, para citar alguns. Mas uma coisa nunca muda em ‘Cara a Cara com o Perigo’, que tem episódios inéditos apresentados atualmente no Animal Planet: as perseguições de bestas-feras a incautos fotógrafos/cinegrafistas da vida selvagem.


A cada programa, três enxeridos se alistam para flagrar a rotina de animais em seu habitat natural. Em busca da imagem reveladora, exclusiva, transcendental, acabam, é claro, levando umas bordoadas. Foi o que aconteceu, por exemplo, com Valerie Taylor, que, no capítulo da semana passada, mergulhou no Pacífico para registrar os hábitos dos tubarões-azuis e saiu com um deles (o largo apetite) inscrito em sua perna esquerda. Resultado: teve de levar 300 pontos.


Outro que quase seguiu o mesmo script foi Adam Ravetch, que quis se enturmar com uma turma de morsas do Ártico e quase voltou para casa com a presa de marfim de uma delas cravada nas costas.


‘Quando sentia muito medo, encarava o animal pela lente da câmera, o que fazia com que ele parecesse menor’, lembra Ravetch, em terra firme, já restabelecido do susto.


CARA A CARA COM O PERIGO


Quando: amanhã, às 20h


Onde: no Animal Planet’


 


CINEMA
Silvana Arantes


De olhos bem abertos


‘Com um conjunto de filmes que abordam o embate do homem com seu tempo -ou a política na esfera individual-, o Festival de Cannes inaugura hoje a sua 61ª edição.


São dias de transformação econômica (‘Er Shi si Cheng Ji’), de juventude massacrada pela guerra (‘Waltz with Bashir’) ou pela sedução do terrorismo (‘Adoration’) e de conflito entre os desejos e a pressão social (‘Delta’, ‘Two Lovers’) que se desenham em boa parte dos 22 longas que concorrem à Palma de Ouro.


A partida na disputa será dada, em sessão de gala hoje à noite, por ‘Ensaio sobre a Cegueira’, de Fernando Meirelles, em que uma (contemporânea) época obscurantista ganha a tradução literal de uma epidemia de cegueira, segundo a obra de José Saramago na qual o filme se baseia.


‘Ensaio sobre a Cegueira’ é um filme brilhante e inventivo. Adaptar esse livro de Saramago era um desafio difícil, mas acho que Meirelles conseguiu. A forma como ele dirige os atores é magistral’, afirma o diretor-artístico do Festival de Cannes, Thierry Frémaux.


Frémaux é o responsável pela escolha dos competidores. Neste ano, quase 2.000 longas se submeteram à seleção de Cannes. Como ele deixa claro em seu comentário sobre o filme de Meirelles, ao girar a peneira da seleção, o festival leva em conta, muito mais do que os assuntos de que tratam os filmes, o modo como eles o fazem, ou seja, suas qualidades cinematográficas.


É a tradição de rigor seletivo, aliado a uma enorme capacidade de reverberação e a um imbatível ‘savoir-faire’ para associar cinema e glamour que sedimentaram o prestígio do Festival de Cannes e que sustentam sua fama de ser o mais importante do mundo.


Cinema de autor


‘Cannes é o lugar onde a idéia do cinema de autor permanece viva. O festival não é só o ponto de encontro de diferentes cinematografias, mas também de visões de mundos. As mais diversas vertentes estéticas convergem para lá. Cannes é, em suma, o lugar onde a nossa compreensão do mundo se torna, no espaço de dez dias, mais abrangente’, diz o cineasta Walter Salles, que compete à Palma de Ouro com ‘Linha de Passe’, co-dirigido por Daniela Thomas.


Thomas diz que, ‘como cinéfila’, tem o Festival de Cannes ‘como baliza, como referência’. Por isso, há algo de ‘apavorante’ para ela na idéia de estrear seu filme aqui.


‘Se não me engano, foi Verlaine [poeta francês] que disse que um poema não se termina, abandona-se em desespero. Nosso filme, que mal termina, faz essa passagem instantânea para a exposição pública na vitrine mais importante que existe. Eu, definitivamente, não estou preparada para isso’, diz a diretora.


Previsto para este sábado, ‘Linha de Passe’, assim como quase todos os outros filmes da competição, está sendo concluído às vésperas de sua estréia no festival. As versões dos filmes concorrentes a que o festival assiste para a seleção carecem do acabamento técnico final, em aspectos de som e de luz, por exemplo.


Sem fatalismo social


Segundo Frémaux, ‘Linha de Passe’ é um filme que ‘diz que não há fatalismo social, que em todo lugar há vida e esperança, que as famílias sobrevivem no sofrimento’.


Filmado em São Paulo, o longa de Salles e Thomas aborda uma família da periferia em que mãe e filhos -o pai é figura ausente- tentam driblar as dificuldades da vida sem dinheiro.


‘Gostei de um ‘filme de favela’ dar uma imagem do Brasil mais complexa do que unicamente a relação do país com a violência’, afirma Frémaux sobre ‘Linha de Passe’.


Os intérpretes dos personagens principais do longa virão a Cannes, para a exibição do filme. O único ator conhecido do público entre eles é Vinicius de Oliveira, que protagonizou ‘Central do Brasil’ (1998) quando criança. Os demais membros da ‘família’ são estreantes em cinema.


A sessão de abertura do festival com ‘Ensaio sobre a Cegueira’ deve contar com os grandes nomes do elenco internacional do filme -os norte-americanos Julianne Moore e Danny Glover, o mexicano Gael García Bernal e a brasileira Alice Braga.


A presença de José Saramago não é certa. Aos 84 anos, o escritor português foi internado em dezembro do ano passado, com complicações decorrentes de pneumonia. Teve alta em janeiro. ‘Ele está se recuperando em Lisboa. Avisei-o de que, se ele não estiver se sentindo 100% bem [para ir a Cannes], eu levo o filme até lá depois do festival’, diz Meirelles.


Duas chances


Com ‘Ensaio sobre a Cegueira’ e ‘Linha de Passe’, são duas as chances de que um cineasta brasileiro vença a Palma de Ouro, num ano em que o país já conquistou o Urso de Ouro em Berlim, com ‘Tropa de Elite’, de José Padilha.


Padilha diz achar que o fato de o Brasil haver vencido em Berlim não repercute em Cannes, porque ‘são festivais com enfoque, organização e espírito diferentes’. E acrescenta: ‘Eu acho também que temos chances reais de ganhar algum prêmio importante em Cannes. Torço muito para que isso aconteça. Seria genial!’.


Meirelles diz que nunca imaginou a hipótese de o critério geopolítico ser levado em conta no resultado dos festivais. ‘Acho que eles vão premiar filmes que considerem premiáveis. Talvez eu seja um puritano ingênuo.’


A cerimônia de premiação do Festival de Cannes ocorre no próximo dia 25.’


 


Sérgio Rangel


Cinema revê Brasil heróico e aventureiro


‘A conquista da primeira Copa do Mundo pela seleção brasileira, que completa 50 anos no mês que vem, vai chegar aos cinemas em junho. A partir do dia 13, o filme ‘1958 – O Ano em Que o Mundo Descobriu o Brasil’ vai reverenciar os jogadores e dirigentes que participaram da vitoriosa campanha da equipe no Mundial da Suécia.


O longa é o resultado do trabalho de seis anos do jornalista e cineasta José Carlos Asbeg, 58. Nesse período, ele viajou por sete países, entrevistou mais de 80 personagens e resgatou cenas raras da histórica campanha na Suécia, como a do gol de bicicleta de Vavá anulado contra o País de Gales -lance nunca antes exibido no país.


‘Fiz uma grande homenagem aos meus heróis de infância. Esta foi a forma que encontrei para dar o meu muito obrigado a toda aquela geração que colocou o futebol brasileiro no mapa’, disse Asbeg, que selecionou e editou mais de 130 horas de entrevistas para concluir o longa de 85 minutos.


O documentário mostra, além de todos os gols da seleção naquela Copa, lances geniais do time. Muitos deles acabaram esquecidos ou perdidos em prateleiras empoeiradas. Um bom exemplo é um gol anulado, marcado por Mazola, ex-Palmeiras, que se transferiria à Itália justamente após fazer sucesso no Mundial sueco.


‘O engraçado é que, ao longo do tempo, a memória dos atletas acaba se embaralhando, misturando jogadas. Agora, o Mazzola narra o lance com uma dificuldade maior. Quando vemos o gol, as imagens nos mostram claramente que foi um pouco diferente do que ele guardou na lembrança. Mesmo assim, foi um golaço, que acabou não valendo’, disse Asbeg.


‘Apesar de toda a nossa apuração sobre as histórias e partidas daquela Copa, só não conseguimos desvendar o motivo da anulação do gol. A imagem não é conclusiva e nenhum jogador conseguiu me esclarecer. Nem os rivais têm um explicação para a não-validação da jogada’, acrescentou o diretor.


Para começar a contar os bastidores da campanha da seleção, Asbeg viajou ao Peru, adversário da seleção nas eliminatórias. Na época, a vaga no Mundial era disputada em apenas dois jogos (um foi realizado no Rio, no Maracanã, enquanto o outro foi jogado em Lima, a capital peruana).


Ele também entrevistou jogadores da extinta União Soviética, do País de Gales, da Inglaterra, da Áustria e da França, além dos suecos. Todos esses times foram adversários da seleção no Mundial da Suécia.


Asbeg conta que, sem exceção, os atletas desses países mostram até hoje muita admiração pelo futebol brasileiro.


‘A reverência aos jogadores marcou os depoimentos deles. Na viagem ao Peru, acabamos descobrindo que a seleção acabou derrotando e eliminando do Mundial uma geração que é considerada a melhor da história deles pelos nossos entrevistados’, contou Asbeg.


O jornalista e cineasta acompanhou a Copa do Mundo da Suécia ao lado do pai. Não havia transmissão pela TV: ambos ouviam os jogos no rádio, em Ipanema, bairro da zona sul carioca em que ainda mora.


O tédio das concentrações também é relatado no filme. Asbeg entrevistou algumas camareiras que trabalhavam nos hotéis em que o Brasil se hospedou na Suécia (a mais simbólica foi na cidade de Hindas). Flertar com as funcionárias era a principal diversão dos atletas.


‘Muitas disseram que eles ficavam assobiando, mas garantiram que não passaram disso’, declarou o cineasta.


Um ano depois, Garrincha (1933-1983) namorou uma camareira sueca durante uma excursão do Botafogo ao país. Do romance nasceu o sueco Ulf Lindberg, que só teve a paternidade confirmada em 1998 por um teste de DNA.


Com patrocínio do BNDES, da Petrobras e da Eletrobras, o filme ainda não tem distribuição definida. A intenção é espalhar cópias por todo o país.


Apesar da tabelinha entre cinema e futebol historicamente não atrair grandes bilheterias, Asbeg acredita no sucesso de arrecadação do filme.


‘O meu filme não vai falar futebolês. É um filme de aventura, de emoção e de heroísmo. O futebol era a face mais visível daquilo que o [dramaturgo] Nelson Rodrigues chamou de complexo de vira-latas. Como o país ainda não havia vencido uma Copa do Mundo, tínhamos a noção de que éramos um país pequeno. Com a vitória, o Brasil viveu uma explosão de auto-estima’, concluiu o cineasta.’


 


INTERNET
Folha de S. Paulo


Site pirata leva multa milionária


‘Se ainda não ficaram ricos com a troca-troca de arquivos, os principais sites buscadores de arquivos piratas podem ficar pobríssimos.


Em um processo contra o gigante sueco PirateBay, a associação dos principais estúdios norte-americanos pede US$ 15,4 milhões pela disponibilização de programas de TV e filmes no servidor dos piratas.


Na semana passada, o TorrentSpy foi condenado pela Justiça dos EUA a pagar uma multa de US$ 110 milhões por infringir direitos autorais -a acusação é da mesma MPAA. O site vai recorrer da decisão.


A pressão não impede os buscadores de prosperarem -pelo menos, no número de acessos. O MiniNova, por exemplo, dobrou o número de acessos e visualizações no último ano.


O site, que é o 52º mais visitado do mundo no ranking Alexa, teve até problemas por causa do intenso aumento de tráfego e ficou 12 horas fora do ar na semana passada.’


 


 


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O Estado de S. Paulo


Quarta-feira, 14 de maio de 2008


PUBLICIDADE
Marili Ribeiro


Aumenta fatia dos jornais no investimento publicitário


‘O mercado imobiliário continua injetando anúncios nos jornais. Com isso, reforça os investimentos publicitários nesse canal de comunicação, na comparação com os outros veículos como televisão, rádio, revistas, cinema e internet.


Os dados que acabam de ser divulgados pelo Projeto Inter-Meios, do Grupo Meio & Mensagem, mostram que os investimentos publicitários nos jornais cresceram 23,72% nos três primeiros meses do ano ante igual período de 2007. Esse crescimento superou o observado em televisão no mesmo período (12,54%), e também a média de todos os veículos (15,48%). Em março, os jornais passaram a responder por 19,40% do bolo publicitário. No final do ano passado, essa participação chegou a 16,28%, superior aos 15,22% registrados no final de 2006.


A televisão mantém a liderança, com 57,8% de participação. As revistas aparecem na terceira posição, com 7,3% das verbas investidas. Rádio, com participação de 4%, e internet, com 3,2%, vêm na seqüência.


‘Esses resultados são excepcionais’, diz Antonio Athayde, diretor-executivo da Associação Nacional de Jornais (ANJ). ‘Os jornais também tiveram expressivo aumento na circulação, de 11,8% em 2007.’’


 


PROPAGANDA
Silvia Amorim


Kassab fecha apoio com PV e terá maior tempo na TV


‘O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), concluiu ontem a costura de alianças para o primeiro turno das eleições com a apresentação de um terceiro partido, o PV. A sigla vem juntar-se ao PMDB, PR e DEM e garantirá ao prefeito o maior tempo de propaganda em rádio e TV na campanha – cerca de 10 minutos.


‘O importante agora é pensarmos na cidade. No que foi feito e no que poderá ser feito’, disse Kassab, após o anúncio de adesão do PV, indicando que a pré-candidatura à reeleição entra numa nova fase: a elaboração de um plano de governo.


Enquanto seus principais adversários – o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) e a ministra do Turismo, Marta Suplicy (PT) – ainda buscam o primeiro aliado, Kassab levou exatos 18 dias para oficializar seus três reforços. Dois deles – PMDB e PR – foram arrancados dos braços do PT em São Paulo.


O presidente nacional do PV, José Luiz de França Penna, explicou os motivos que levaram o partido a apoiar Kassab. No mês passado, o PV havia aprovado a candidatura própria na capital com Penna como candidato. ‘É preciso entender que não se trata de um caso de barganhas de última hora e pouco claras. Estamos neste governo desde o primeiro dia e, portanto, acho que é um caminho lógico.’


O PV comanda a Secretaria Municipal do Verde e a Subprefeitura de Parelheiros, responsável por uma das maiores áreas de preservação ambiental da cidade. A ampliação dessa participação foi condição dos verdes para fechar acordo com o prefeito.


Diferentemente do PMDB e PR, o PV fará uma coligação com Kassab apenas para a eleição majoritária (prefeito). ‘É uma decisão da Executiva Municipal em razão da extraordinária qualidade dos 83 pré-candidatos a vereador que conseguimos agregar’, disse o presidente municipal do PV, Carlos Camacho.


Kassab agradeceu o apoio dos verdes com uma visita ao Diretório Municipal do partido no horário do almoço e saiu de lá com uma sugestão de jingle para sua campanha: ‘Quem sabe sabe. Vota no Kassab’, soltou Penna. O prefeito tem feito todos os anúncios de aliados no mesmo horário. O objetivo é evitar críticas de que estaria tratando de assuntos políticos no horário de expediente.


Kassab reiterou ontem que ainda espera um apoio do PSDB. ‘O PV está dando apoio a uma candidatura minha, mas já demonstrou que gostaria de ver o PSDB somado a essa aliança. Portanto, esperamos que existam condições de estarmos todos juntos ainda no primeiro turno.’’


 


CHINA
O Estado de S. Paulo


País busca conter danos à imagem


‘O governo chinês age rapidamente para tentar evitar que o terremoto de Sichuan cause prejuízos à imagem do país no exterior às vésperas dos Jogos Olímpicos de Pequim, entre 8 e 24 de agosto. Para isso, tem acelerado o deslocamento das equipes de emergência para os locais afetados pelo tremor e agido para demonstrar vigor na reação à tragédia.


Acompanhe as últimas notícias sobre o terremoto na China e veja como estão as buscas por sobreviventes


O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, viajou para a Província de Sichuan horas depois do tremor e, ontem, ainda acompanhava os trabalhos de resgate e assistência às vítimas.


Desde o início do ano o país tem vivido uma série de crises – que inclui nevascas, chuvas mais fortes do que as normais e até um acidente ferroviário de grandes proporções (veja quadro). Wen disse, no entanto, que a resposta ao terremoto representava ‘um desafio especial’.


Funcionários do governo reiteraram ontem que o país está pronto para manter a segurança dos visitantes estrangeiros durante a Olimpíada, quando a capital chinesa deve receber mais de meio milhão de pessoas.


Zhang Jian, do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos, disse que eles não devem ficar preocupados com os desastres naturais. ‘Quero dizer aos visitantes estrangeiros que os Jogos Olímpicos são seguros, Pequim é segura e a China é segura’, disse Zhang.


INSTALAÇÕES SEGURAS


Li Zhanjun, diretor do centro de imprensa do comitê, ressaltou que a possibilidade de terremoto foi levada em conta durante as obras das instalações olímpicas. ‘Ao construir qualquer edifício em Pequim, buscamos garantir que ele resista a terremotos de até 8 graus na escala Richter, então, as instalações dos jogos, portanto, não estão em perigo’, disse.O tremor de segunda-feira foi de 7,9 graus.


Li também ressaltou que o desvio de soldados e policiais para as operações de resgate na Província de Sichuan não afetará a segurança durante a Olimpíada.


PROBLEMAS NA CHINA


Onda de frio: Tempestades de neve fora da temporada no sul e no centro da China deixaram pelo menos 129 mortos entre janeiro e fevereiro, provocando o caos no transporte e deixando milhões de pessoas sem eletricidade nem água. Milhões de hectares de plantações foram destruídos e 70 milhões de animais morreram


Distúrbios no Tibete: Começaram em 14 de março, durante protestos contra o governo chinês. Segundo Pequim, 19 pessoas morreram. Representantes do dalai-lama, líder espiritual do Tibete, dizem que 140 pessoas foram mortas na repressão policial


Vírus: Uma epidemia do enterovírus 71 (EV-71), causador da doença da mão-pé-boca ou febre aftosa humana, começou em março no oeste da China, matando 39 crianças. Foram registrados 27.500 casos


Terremoto: Na segunda-feira, pior tremor em três décadas deixa dezenas de milhares de mortos e soterrados’


 


VIDA REAL
Tutty Vasquez


Luz, câmera, notícia!


‘A novela, pelo menos no formato atual do horário nobre, está com os dias contados na TV brasileira. O jornalismo vai, aos poucos, assumindo o papel de prender a atenção e emocionar a turma do sofá. O telespectador que dormiu na segunda-feira assistindo à entrevista do pai de Alexandre Nardoni no Superpop, de Luciana Gimenez, e acordou ontem com Ronaldo Fenômeno abrindo seu joelho como se fosse o coração no Mais Você, de Ana Maria Braga, não está nem aí para o beijo gay da novela das oito.


O show da vida venceu a ficção. A jornalista Patrícia Poeta é hoje quase tão popular quanto a atriz Ana Paula Arósio. O público sabe que chorar na entrevista que fecha o Fantástico é sempre mais garantido que sofrer com a triste história da protagonista de Ciranda de Pedra. O espetáculo do crescimento desse gênero de jornalismo se consagra no sucesso dos programas matinais e vespertinos que dão cobertura diária ao estado de coisas a que chegamos.


No capítulo de ontem, quase confundiram habeas-corpus com Corpus Christi, assunto da pauta da semana.’


 


CINEMA
Luiz Carlos Merten


À espera do Brasil


‘Luz, câmera, ação! A maratona vai recomeçar e, desta vez, logo no primeiro dia, o 61º Festival Internacional de Cannes, o mais importante evento de cinema do mundo, estende o tapete vermelho para o… Brasil. OK, Blindness (Ensaio sobre a Cegueira) é falado em inglês, o Brasil, por meio da O2, é apenas produtor associado com o Canadá e o Japão, que são sócios majoritários, mas o diretor é brasileiro, Fernando Meirelles, e isso faz toda a diferença. Meirelles conseguiu, inclusive, que a sofisticada mixagem de som de Blindness fosse feita num laboratório de São Paulo – Álamo -, que foi especialmente (re)aparelhado para isso.


Já virou lugar-comum lembrar, a cada ano, que Cannes é um retumbante evento midiático. Sem contar os milhares de compradores, vendedores ou simplesmente ‘olheiros’ credenciados no mercado (o Marché des Films), o número de artistas e técnicos supera o de atletas inscritos para a Olimpíada de Pequim. O número de inscrições, entre críticos, repórteres e fotógrafos, mais pessoal de TV e internet, atingiu, no ano passado, o fantástico número de 4,7 mil jornalistas de todo o mundo – que deve ser superado para a cobertura deste 61º festival.


Passado o suspense da primeira lista da seleção oficial – que inclui a competição e a mostra Un Certain Regard -, Blindness não apenas estará na Croisette como foi o escolhido para a abertura. Fernando Meirelles deve pisar hoje no tapete vermelho com seu elenco internacional – Julianne Moore, Mark Ruffalo, Danny Glover, Alice Braga.


Há grande expectativa por Blindness. O romance do escritor português José Saramago usa a cegueira para tecer uma metáfora sobre o mundo que se recusa a ver a loucura e o caos em que o consumismo e a degradação do meio ambiente estão nos atirando, com conseqüências seriíssimas para o futuro da humanidade. É outra espécie de violência, distinta daquela que Fernando Meirelles enfocou em Cidade de Deus, com o qual pisou pela primeira vez no tapete de Cannes.


Visualmente, o filme vai surpreender, pois o diretor e seu grande fotógrafo, César Charlone, se valeram da cegueira branca descrita pelo autor do Prêmio Nobel de Literatura para fazer o contrário do que se espera de um filme sobre a cegueira – em vez de áreas de sombras, eles criam imagens saturadas de luz.


A seleção que o diretor artístico Thiérry Frémaux preparou para este ano reúne grandes nomes do cinema mundial, além de representantes do cinema de autor. Clint Eastwood, Jia Zhang-Ke, Lucrecia Martel, Paolo Sorrentino, Arnaud Desplechin, Philippe Garrell, os irmãos Dardenne, James Gray, Walter Salles e Pablo Trapero, além do próprio Meirelles, estão na disputa pela cobiçada Palma de Ouro.


É um ano glorioso para o cinema latino-americano – dois filmes da Argentina (La Mujer Sin Cabeza e Leonera), três diretores do Brasil (Meirelles e Walter Salles e Daniela Thomas, que co-dirigem Linha de Passe, no sábado). A lista dos concorrentes, por país, está nesta página e ainda falta citar os que vão passar, fora de concurso, no Grand Théâtre Lumière, templo do cinema mundial, porque abriga, com a mesma pompa e reverência, megaproduções de Hollywood e pequenos filmes de autor de cinematografias obscuras.


Este ano, os filmes fora de competição incluem desde o esperadíssimo Indiana Jones e a Caveira de Cristal, no domingo, em presenças do diretor Steven Spielberg, do produtor George Lucas e dos astros Harrison Ford e Shia Labeouf, o Maradona de Emir Kusturica (na terça), o novo Woody Allen (Vicky Cristine Barcelona) e até uma fantasia de artes marciais que promete arrebentar nas bilheterias (Kung Fu Panda, de Mark Osborne e John Stevenson). É a lição de Cannes – o festival não seria o portentoso evento que é, se não se beneficiasse do aporte que certos blockbusters lhe trazem, em termos de promoção. E, depois, quem foi que disse que os cinéfilos – desde que não sejam pobres de espírito – não estão igualmente loucos para ver tanto novo Indiana Jones quanto o novo filme dos Dardennes (Le Silence de Lorna)?


Mais do que em qualquer ano recente, o Brasil chega a Cannes com força total. Além de Linha de Passe, que compete pela bandeira do Brasil, a seleção oficial exibe também A Festa da Menina Morta, de Matheus Nachtergaele, na mostra Um Certo Olhar e mais algumas atrações que não deverão passar em branco. O documentário O Mistério do Samba, de Carolina Jabor e Lula Buarque de Hollanda, foi selecionado para a mostra Cinéma à la Plage, que apresenta filmes à noite, ao ar livre, na praia colada ao calçadão conhecido como ‘Croisette’, e os curtas Areia, de Caetano Gotardo, e A Espera, de Fernanda Teixeira, integram a programação de outra mostra, a da Semana da Crítica. Um terceiro curta, Muro, de Tião, Leonardo Lacca e Raul Luna, foi selecionado para a Quinzena dos Realizadores e mais um – o quarto – O Som e o Resto, de André Lavaquial, da Escola de Cinema Darcy Ribeiro, do Rio, compete na mostra da Cinéfondation.


Além dos elencos nacionais de Linha de Passe e da Menina Morta, Alice Braga participará da ‘montée des marches’ (a subida da escadaria do Palais) por Blindness, e Rodrigo Santoro estará junto às equipes dos dois filmes dos quais participa – Che e Leonera. O júri que vai atribuir a Palma de Ouro do 61º festival será presidido pelo ator e diretor norte-americano Sean Penn. Entre os demais jurados estão atores e atrizes como Jeanne Balibar (da França), Sérgio Castelitto (Itália) e Natalie Portman (EUA), mais os diretores Alfonso Cuarón (do México), Apichatpong Weerasethakul (Tailândia), Rachid Bouchareb (França, ascendência algeriana) e Marjane Satrapi (Irã). O júri de Un Certain Regard, mostra na qual estará competindo Matheus Nachtergaele, será presidido por Fatih Akin e Bruno Dumont e atribuirá a Caméra d’Or, prêmio destinado a uma obra de diretor estreante (Nachtergaele, de novo, está habilitado para concorrer).


Não faltará uma sessão-homenagem ao centenário do cineasta português Manoel de Oliveira, na segunda-feiraa à tarde. E, como todo ano, a ‘lição de cinema’ deverá atrair um público numeroso e entusiasta, formado principalmente por jovens interessados em ouvir grandes diretores falarem de seus métodos (e preferências). Este ano, quem dá a ‘leçon de cinéma’ é Quentin Tarantino, cultuadíssimo na Croisette, onde já ganhou a Palma de Ouro (por Pulp Fiction – Tempo de Violência) e presidiu o júri. E ainda: a mostra Cannes Classics, que exibe filmes restaurados, vai homenagear Maio de 68 – lembrando o festival que não houve (leia texto ao lado). Na abertura, Peppermint Frappé, de Carlos Saura, mas sua pérola será a versão restaurada de Lola Montès, de Max Ophuls, supervisionada pelo filho do grande diretor, Marcel Ophuls. O 61.º Festival de Cannes encerra-se no domingo, dia 25.’


 


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‘Ainda bem que Saramago me deu um não, na época’


‘Fernando Meirelles passou a sexta-feira em reuniões na O2, preparando os últimos detalhes da ida a Cannes, onde Ensaio Sobre a Cegueira (Blindness) inaugura hoje, oficialmente, o 61º Festival Internacional do Filme. No sábado, Meirelles enviou um comunicado a amigos e colaboradores, anunciando que ficaria desconectado – até da rede – por alguns dias, certamente acumulando energias para a agitação que o espera na Croisette. As últimas semanas foram cruciais para ele, que teve de virar noites correndo para finalizar sua adaptação do romance de José Saramago. Após o anticlímax da primeira lista da seleção oficial, da qual o filme estava ausente, criou-se outra expectativa, a do plano B de Thiérry Frémaux, diretor artístico do maior festival do mundo – e ele escolheu o Ensaio para a abertura do evento. Por e-mail, Meirelles já havia respondido às seguintes perguntas do Estado:


Cannes foi a vitrine para o lançamento de Cidade de Deus, mas o filme passou fora de concurso. Agora, é competindo. O que significa voltar ao maior festival do mundo, depois do Oscar e de Veneza (com O Jardineiro Fiel)?


Tirando EUA e mesmo Canadá, onde o público não liga muito, Cannes é a melhor vitrine para um filme. Você fala com jornalistas dos principais mercados em uma só tacada. Já para quem participa, não é tão divertido como as fotos fazem parecer. É trabalho pesado 16 horas por dia. Para vocês, jornalistas, é o mesmo, certo? O público em geral também não consegue ingressos sem ficar menos de três horas em filas, então fica aqui a questão que não quer calar: apesar de toda aquela champanhe, quem realmente se diverte em Cannes? Arrisco dizer que só os taxistas, que são disputados a tapa, deitam e rolam. Se bem que eles também estão trabalhando, então, na verdade acho que ninguém se diverte ali, mas paradoxalmente vale a pena ir. Estranho mundo esse, no qual vivemos.


Ensaio sobre a Cegueira era o filme com o qual você queria iniciar sua carreira, mas Saramago não quis vender os direitos. Foram muitas voltas até que o filme voltasse às suas mãos. No intervalo, ocorreram Cidade de Deus, que virou referência do cinema brasileiro em todo o mundo, e O Jardineiro Fiel, que mostrou que você estava preparado para os desafios das co-produções internacionais. O que descobriu fazendo o filme? O que foi feito agora é diferente daquilo que você havia pensado muito tempo atrás, ao ler o livro?


Para falar a verdade, ao ler o livro, há dez anos, a história me tocou profundamente, mas não havia feito nenhum longa naquela época nem cheguei a pensar como eu adaptaria a história. Foi uma paixão, um impulso. O Saramago me deu um ‘não’ antes de eu iniciar o processo. Ainda bem, aliás. Certamente os anos que se passaram entre aquela consulta e o filme acabado foram providenciais. Me sinto hoje mais maduro do que era em 98, não tecnicamente, mas emocionalmente. Tenho a pretensão (ou a ilusão?) de achar que hoje enxergo a história mais profundamente. Sem trocadilhos.


Pode parecer tolice, mas as pessoas ainda têm uma curiosidade muito grande pelos astros e estrelas. Julianne Moore, Danny Glover, Mark Ruffalo, Gael García Bernal, Alice Braga. No passado, certamente você não teria conseguido juntar esse elenco fabuloso. Os atores corresponderam? O que cada um trouxe para o filme?


Se eu tivesse feito o filme há sete, oito anos atrás, ele teria sido falado em português, o que seria bom, e certamente teria outro elenco. Não posso saber como seria o que não foi feito, mas estou muito feliz com o elenco que tenho, na versão que existe. A Julianne Moore, como protagonista, certamente deve ser apontada como forte candidata a prêmios de melhor atriz por onde o filme passar. Mark Ruffalo faz um herói relutante, frágil, humano, uma interpretação tão discreta e elegante que, cada vez, me emociona mais. A Alice Braga vem com seu carisma, o Gael faz um vilão maravilhoso, o cara é uma força da natureza. Danny Glover empresta sua presença e sua voz cheia de autoridade fazendo uma espécie de alter ego do Saramago (detesto esta palavra). Finalmente o casal de japoneses, Yoshino Kimura e Iusuke Iseya, traz para o filme aquele registro oriental que nos coloca em outra realidade cultural, lembrando-nos que essa é uma história sobre a humanidade.


A parceria com César Charlone tem sido essencial nos filmes que você realiza. O que a fotografia dele traz para um filme sobre a cegueira?


Atualmente, voltou uma certa moda de filmes com áreas da imagem muito escuras. No Ensaio, por se tratar de uma cegueira branca, resolvemos fazer um filme opressivamente claro, sem sombras, com áreas queimadas e superexpostas (como o sertão de alguns filmes do Cinema Novo, vão dizer alguns colegas seus). Acho o resultado bastante surpreendente e, mais uma vez, constatei como um fotógrafo, no caso o César, pode contribuir para contar uma história. Na verdade, essa é a postura dele no set. Ele não está lá para iluminar ou enquadrar a cena, mas para contar a história com imagens. Isso parece frase de efeito, mas não é. Acredite. Não exagero ao dizer que sem o César talvez minha carreira no cinema já estivesse acabada.’


 


Roberta Pennafort


Mais homenagens a Tropa de Elite


‘Sem O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias na disputa, Tropa de Elite levou cinco dos oito troféus distribuídos na noite de segunda-feira durante o Prêmio Acie (Associação de Correspondentes da Imprensa Estrangeira) de Cinema 2008.


O diretor José Padilha adicionou à sua já vasta coleção os prêmios de melhor filme (dado pelo jurados, dez jornalistas que escrevem para veículos de comunicação estrangeiros, e também pelo júri popular, constituído pelo público que compareceu a uma mostra promovida pela Acie em abril), além de melhor diretor, melhor ator (Wagner Moura) e melhor fotografia (Lula Carvalho).


O chamado ‘Globo de Ouro brasileiro’ é, talvez, a premiação menos glamourosa do cinema nacional. Possivelmente por isso, é também uma das menos prestigiadas pela classe. Apenas três dos vencedores compareceram ao Centro Cultural Banco do Brasil do Rio para assistir à rápida cerimônia: Carla Ribas, a melhor atriz, por Casa de Alice, Eduardo Coutinho, pelo documentário Jogo de Cena, e Lula Carvalho.


José Padilha foi representado por James Darcy, produtor-executivo de Tropa; Heitor Dhalia e Marçal Aquino, autores do premiado roteiro de O Cheiro do Ralo, pela atriz Paula Braun; Wagner Moura, por seu pai, José Moura. Ele leu um texto escrito pelo filho, que dizia que ‘discutir as origens da violência é de grande importância num país violento como o Brasil’ e no qual pedia aos correspondentes estrangeiros que divulguem no exterior a absolvição de Vitalmiro Moura, o fazendeiro acusado de mandar matar a missionária Dorothy Stang.


Curiosamente, muitos dos que nada levaram estavam lá: Caio Blat (ator de Batismo de Sangue), Glória Pires (O Primo Basílio), Priscila Rozenbaum (Carreiras), Tainá Müller (Cão Sem Dono), João Moreira Salles (diretor de Santiago), Rodrigo Pimentel (um dos roteiristas de Tropa) – que acabou fazendo discurso quando foi anunciado o prêmio de melhor filme.


Paulo José, o homenageado, foi o mais aplaudido da noite. Todos que estavam no pequeno auditório do CCBB se levantaram para vê-lo receber de Glória Pires seu troféu pelo conjunto da obra. Ele assistiu a um clipe com trechos de alguns dos 40 filmes dos quais participou, dos anos 60 para cá – de O Padre e a Moça (1965), de Joaquim Pedro de Andrade, a Saneamento Básico (2007), de Jorge Furtado. Glória se ajoelhou diante de Paulo, que, humilde, copiou o gesto.


‘Se fosse um prêmio pessoal, eu diria ‘muito obrigado’. Mas eu sinto que não é uma homenagem para mim. É para o cinema brasileiro. É uma responsabilidade muito grande ser o representante de todo o cinema. Eu continuo dizendo que o Brasil faz o melhor cinema brasileiro do mundo!’, disse. Por ter estreado em novembro de 2006, O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias concorreu aos prêmios Acie no ano passado. Venceu nas categorias filme (júri especializado e júri popular) e roteiro.’


 


TELEVISÃO
Etienne Jacintho


Turner lança canais Space e i-Sat já estão em negociação


‘A Turner já está comercializando seus dois novos canais: Space e i-Sat. Ainda não há definição de qual operadora disponibilizará os canais para os assinantes, mas as negociações fazem parte de um reposicionamento dos canais da Turner no Brasil. A TNT e o Cartoon Network, principais canais do grupo, são líderes de audiência na TV paga brasileira dentro de seus targets.


Como a TNT parou de exibir séries e está focada apenas em filmes, os canais Space e i-Sat – que já estão no ar em outros países da América Latina como a Argentina – têm a missão de, além de transmitir filmes, acomodar também séries, como The Closer, que saiu da grade da TNT, deixando os fãs sem inéditos. A série de Kyra Sedgwick está no i-Sat, que ainda exibe Extras, a comédia de Ricky Gervais, além de Buffy – A Caça-Vampiros, Angel, Roswell e a ex-estrela da TNT Veronica Mars, entre outros.


Já o Space possui uma grade composta por filmes variados e seriados antigos como Kung Fu – dos anos 70, com David Carradine -, o clássico Arquivo X e o divertido Dead Like Me, além de abraçar Battlestar Galactica, que também saiu da TNT.’


 


 


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