Thursday, 25 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Cinco profissionais mortos em quatro dias

Cinco jornalistas e assistentes de mídia foram assassinados no Iraque em apenas alguns dias, noticia a organização Repórteres Sem Fronteiras [10/5/06]. ‘Os primeiros dias de maio foram excepcionalmente letais para a mídia iraquiana. Nós não temos mais palavras para expressar nosso horror pelas tragédias constantemente sofridas pela imprensa no Iraque, onde 93 jornalistas e assistentes de mídia foram mortos desde o início da guerra; 18 deles desde o início deste ano’, afirmou a organização. A RSF pede ainda que o primeiro-ministro Nuri Al Maliki forme um grupo especial para investigar os assassinatos de profissionais de imprensa no Iraque.


Tortura e bomba


O corpo do jornalista freelancer Abdel Magid Al Mohammadaoui foi encontrado em 5/5 em Bagdá. Ele só pôde ser identificado por sua credencial de imprensa. O corpo do repórter Saud Mazahem Al Hadithi, da emissora por satélite al-Baghdadia, foi encontrado no mesmo dia. Ele havia sido seqüestrado alguns dias antes e, segundo sua família, havia sinais de tortura no corpo.


Em 7/5, um carro-bomba explodiu na garagem do jornal al-Sabah, também em Bagdá, matando o técnico de impressão Ismail Mohammad Khalaf e ferindo mais de 20 funcionários, incluindo jornalistas.


Já os corpos do repórter Muazaz Ahmad Barud e do técnico de som Leith Al-Dulaimi, da emissora de TV al-Nahrain, foram encontrados em 8/5 em al-Wihda, a 40 km da capital iraquiana. Testemunhas afirmaram à polícia que o carro que levava os dois profissionais foi parado em uma estrada um dia antes por homens vestidos com uniforme policial.


Três reféns


Um total de 42 jornalistas e assistentes de mídia foram seqüestrados desde o início da guerra, em 2003. Cinco deles (quatro iraquianos e um italiano) foram assassinados. Vinte e seis destas abduções ocorreram em Bagdá ou em regiões próximas. Três jornalistas continuam reféns no país: Reem Zeid e Marwan Khazaal, da emissora de TV iraquiana al-Sumariya, e Salah Jali al-Gharrawi, que trabalha na sucursal de Bagdá da Agence France-Presse (AFP). Com informações da Associated Press [8/5/06].