Thursday, 28 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1280

Com o “desconfiômetro” ligado

‘Você nunca mais vai ler jornal do mesmo jeito’ parece uma brincadeira. No entanto, esta proposta vem sendo repetida há onze anos na internet, há nove anos na televisão e no sábado (5/5), completa dois anos no rádio.


Qual a maneira certa de ler um jornal, ouvir um noticioso ou assistir a um telejornal? Com o ‘desconfiômetro’ ligado. A idéia do Observatório da Imprensa é muito simples – se a imprensa é o observatório do país, ela também precisa ser observada. A voz crítica da sociedade também deve ser criticada já que a democracia é um processo dinâmico e, sobretudo, integral.


Discutir a imprensa é uma obrigação, só contribui para o seu aperfeiçoamento. Ameaçá-la, como o fez o deputado Carlos Zaratini (PT-SP) na quarta-feira (2/5), coloca em risco o delicado equilíbrio entre os poderes.


Um lembrete


Quando se fala em liberdade de expressão imagina-se logo um governante autoritário com um chicote ou uma mordaça na mão. A censura ocorre em todas as esferas e níveis.


Na quinta-feira (3), Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, o celebrado cantor Roberto Carlos mandou recolher dos depósitos da Editora Planeta os 11 mil exemplares da sua biografia escrita pelo jornalista Paulo César Araújo. A mídia, exceto a Folha de S.Paulo, não pareceu muito preocupada com o episódio.


‘Você nunca mais vai ler jornal do mesmo jeito’ é apenas um lembrete para evitar que um dia as bancas amanheçam sem jornais ou as rádios sem notícias. Parabéns!