Friday, 29 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

Deputados do PT apóiam revogação da Lei de Imprensa

Leia abaixo a segunda parte da seleção de quarta-feira para a seção Entre Aspas.


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Folha de S. Paulo


Quarta-feira, 9 de abril de 2008


LEI DE IMPRENSA
Folha de S. Paulo


PT aprova texto em que propõe revogação da Lei de Imprensa


‘A bancada de deputados federais do PT aprovou na noite de ontem uma ‘resolução política’ em que defende a revogação total da Lei de Imprensa e a realização de um ‘debate sobre a relação da democracia com a mídia’.


Décimo-primeiro item das 13 resoluções do documento, a proposta defende ‘novos parâmetros legais que garantam a liberdade de imprensa irrestrita e a defesa dos direitos e garantias individuais’.


Desde o final de fevereiro, 20 dos 77 artigos da Lei de Imprensa estão suspensos por decisão do STF, que atendeu a pedido do PDT. O Supremo julgará até agosto o mérito da ação.’


 


PARANÁ
Folha de S. Paulo


Requião ataca imprensa e justiça


‘O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), voltou ontem a falar sobre a ‘censura’ a que estaria submetido na TV Educativa e fez ataques indiretos à imprensa e à decisão judicial que o proíbe de criticar desafetos na emissora estatal. As declarações foram feitas no programa ‘Escola de Governo’, veiculado para divulgar ações da gestão de Requião.’


 


PEQUIM 2008
Folha de S. Paulo


A chama olímpica


‘A DITADURA chinesa e o Comitê Olímpico Internacional já devem se perguntar, nesta altura, se foi sábia a decisão de conceder a Pequim o privilégio de sediar os Jogos de 2008. Em retrospecto, e diante das cenas de pugilato em que se transformou a passagem da tocha olímpica por Londres e Paris, parece óbvio que a mistura do chamado ideal olímpico com a propaganda de um governo recordista em violações dos direitos humanos resultaria num pesadelo de relações públicas.


O questionamento já terá também ocorrido aos patrocinadores, cujas cotas de apoio para a realização do percurso de 136 mil km por 21 países são estimadas em US$ 15 milhões cada. Manifestantes favoráveis à independência do Tibete, conhecedores dessa vulnerabilidade, utilizam o evento como um amplificador mundial para sua campanha.


Ao governo chinês resta apenas censurar as cenas incômodas na televisão do país-sede, como é sua praxe. Aos patrocinadores, porém, não interessa ver seus logotipos associados, no restante do mundo, com o símbolo olímpico formado por algemas e militantes ensangüentados.


Tais cenas se repetirão, não só em San Francisco (EUA), hoje, mas nos próximos 50 dias e mesmo em solo chinês. O governo ditatorial, que vê na Olimpíada a plataforma para polir a imagem da potência econômica e geopolítica, poderá até calar os chineses, mas terá dificuldade para reprimir turistas e atletas que decidirem usar o mesmo palco para condená-lo.


Um modo doloroso, porém eficaz, de despertar para a importância dos direitos humanos no cenário internacional. A ditadura instalada na China quiçá acreditou que ficaria com o bônus dos Jogos de Pequim sem arcar com o ônus.’


 


DOSSIÊ
Clovis Rossi


Conspiração tola


‘HAIA – Não dá para entender a decisão do governo de investigar, com a Polícia Federal, apenas o vazamento do tal dossiê. Vejamos: trata-se de dois eventos em seqüência perfeita. Um evento é a elaboração do dossiê, por iniciativa da mais próxima auxiliar da ministra Dilma Rousseff. O evento seguinte é a divulgação do dossiê, ao que tudo indica por iniciativa do senador Álvaro Dias (PSDB-PR).


O segundo ato não existiria, como é óbvio, sem o primeiro. Logo, não há como deixar de investigar um e outro, com perdão ao leitor por ser obrigado a escrever tão tremenda obviedade. A culpa não é a minha, mas de um governo que teima em esconder-se do óbvio, sempre que algum operador seu (ou vários) comete um crime (lembre-se que foi a Casa Civil quem rotulou o caso de crime).


A única coisa que se pode conseguir limitando a investigação ao vazamento é abrir espaço para desconfianças sobre todos, inclusive e principalmente a ministra Dilma.


Repito, à custa de receber mais mails indignados: continuo não acreditando que Dilma tenha mandado elaborar o dossiê.


Não parece uma pessoa com tanto déficit de caráter que assuma uma atitude dessas e, depois, telefone para uma das vítimas, Ruth Cardoso, para dizer que não o fez. Até Fernando Henrique Cardoso, a outra vítima, fez raciocínio parecido.


A culpa de Dilma, se há, é a mesma de Lula: não criar no Palácio do Planalto um ambiente tão hígido que iniba completamente os diferentes aloprados, usuais habitantes de palácios e mais realistas que os próprios reis, de praticar atos que seus próprios chefes depois rotulam de criminosos.


Ao negar-se a investigar quem é o aloprado da vez, o governo acaba desviando o foco para a ministra.


Vai ver que desta vez há de fato uma conspiração em marcha, contra a ministra e eventual candidata. Conspiração palaciana. E tola.’


 


Kennedy Alencar e Letícia Sander


‘Trouxe a Dilma aqui pra sorrir pra vocês’, diz Lula a jornalistas


‘Em conversa reservada na manhã de ontem com a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a aconselhou a ignorar desgastes políticos provocados pelo caso dossiê e se concentrar no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), segundo a Folha apurou.


Mais tarde, antes do início da cerimônia de lançamento do programa Banda Larga nas Escolas, no Palácio do Planalto, o presidente puxou a ministra pelo braço, levou-a diante das câmeras e afirmou a jornalistas, rindo: ‘Eu trouxe a Dilma aqui pra sorrir pra vocês’. Ela sorriu, mas saiu imediatamente para o palco da cerimônia.


Dilma seguiu à risca o conselho de Lula. Enquanto descia escadas no Planalto, foi questionada sobre o dossiê, elaborado na Casa Civil, com dados sobre gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e de sua equipe. Passou reto, sem responder às perguntas.


Em outra oportunidade de entrevista, ela não quis tratar do dossiê. Ignorou perguntas sobre a entrada da Polícia Federal no caso. Diante da insistência dos repórteres, foi ríspida: ‘Minha filha, eu não vou dar esta entrevista. Enquanto ela [a PF] estiver investigando, eu não falo, tá?’. E saiu de cena.


Ao discursar no lançamento do programa Banda Larga, a ministra elogiou sua secretária-executiva, Erenice Alves Guerra, apontada como a responsável por ter ordenado a produção do dossiê, cujos trechos vazaram para políticos. Erenice também participou do lançamento do programa.


Chegou junto com Dilma e Lula. O presidente não discursou. A ministra disse que o projeto ‘vai mudar o Brasil’. Listou empresários e ministros envolvidos na ação, além de cinco funcionários da Casa Civil -começando por Erenice.


Na avaliação de Lula, a oposição quer paralisar o governo e exagera na importância do episódio do dossiê anti-FHC que saiu de dentro da Casa Civil. Lula acha que, se o PAC vingar politicamente, uma eventual candidatura de Dilma em 2010 não estaria inviabilizada.


Além do apoio do presidente, a ministra conta ainda com solidariedade generalizada no primeiro escalão. O ministro Hélio Costa (Comunicações) qualificou ontem a atuação de Dilma como ‘absolutamente especial’ no projeto da banda larga. À tarde, foi a vez do vice-presidente, José Alencar, defendê-la. Indagado se o desgaste de Dilma virou um problema para o governo, afirmou: ‘Não acredito. E nem acredito em desgaste dela. Eu tenho a maior confiança na ministra’.


PDT


Em reunião com senadores do PDT, Lula disse que, ‘se quisesse, poderia ter feito dossiê contra muita gente, desde o primeiro mandato’. Segundo relatos, Lula citou nominalmente FHC e o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM). ‘Se eu fosse fazer um dossiê, seria desde 2003, contra o Arthur Virgílio, o Fernando Henrique. Estou fazendo levantamento de todos os gastos, começando pelo meu governo’, afirmou, de acordo com senadores.


Colaborou ANDREZA MATAIS , da Sucursal de Brasília’


 


Petista critica cobertura da Folha sobre o caso do dossiê


‘O deputado Fernando Ferro (PT-PE) criticou na tribuna da Câmara a cobertura jornalística da Folha sobre o dossiê com gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Segundo ele, há confusão de ‘liberdade de imprensa com liberdade de empresa’.


O pretexto para a crítica foi uma reportagem da Folha relatando acusação de um ex-funcionário da TV Brasil de que foi demitido por pressão do governo. ‘Não se tratou de perseguição política, mas inapetência para o trabalho’, disse ele, emendando: ‘É curioso que a mesma Folha traz a notícia de que o ombudsman, o jornalista Mário Magalhães, foi demitido por não concordar com o procedimento que a Folha exige, para que ele não seja muito crítico com o que o jornal escreve.’


Magalhães não foi demitido. Em coluna na Folha, o jornalista afirmou que o contrato não foi renovado por discordância em relação ao fim da publicação na internet da crítica diária do ombudsman à edição. Ele escreveu que teve ‘liberdade para escrever o que quis’.’


 


CELULAR NOS ARES
Ruy Castro


Chacrinha a bordo


‘RIO DE JANEIRO – Pronto. As operadoras venceram e eles, finalmente, chegaram ao último reduto: o interior dos aviões. Refiro-me aos telefones celulares. Os jornais deram ontem: o uso dos celulares foi liberado durante os vôos no espaço aéreo europeu. Com isso, podemos apostar que, em breve, a novidade se estenderá também ao nosso lindo céu azul.


Já não basta a jequice dessas companhias aéreas que nos obrigam a ver televisão com o avião no ar e nos mimoseiam com os mais irritantes comerciais quando queremos apenas conversar em voz baixa com alguém, ler um livro ou cochilar. Teremos agora de aturar os fascinantes detalhes sobre a vida pessoal e profissional do passageiro ao lado ou no banco de trás.


É fácil imaginar como será. Antes de sair do solo, você já ficará sabendo tudo sobre as maquinações financeiras do seu vizinho à direita, o estado de saúde do caçula da passageira à esquerda (com o resultado do exame de fezes que o guri acabou de fazer) e, vindo não se sabe de onde no avião, o rescaldo de uma reunião de condomínio em que se discutirão as condições dos barbarás e das caixas de gordura de um edifício em Jurujuba ou no Itaim Bibi.


Não há mais separação entre o público e o privado -é tudo um grande ‘Big Brother’. Tornamo-nos cúmplices dos aspectos mais íntimos da vida alheia, porque, em qualquer lugar, as pessoas falam aos celulares como se estivessem na cozinha de suas casas. E de que me interessa saber que uma decepcionada Maricotinha não poderá participar do torneio de natação do colégio por estar menstruada?


Nos vôos internacionais, para não ouvir a chacrinha dos celulares, sempre haverá a opção dos head-phones em algum canal de música. Mas, na Ponte Aérea, serei obrigado a transgredir meus princípios e me converter, quem diria, ao iPod.’


 


TODA MÍDIA
Nelson de Sá


Água fria


‘Na Folha Online, Fernando Canzian postou da reunião em Washington que ‘o FMI jogou balde de água fria’ nos otimistas que esperam recuperação em breve da crise mundial. A BBC Brasil acresceu que, para o Fundo, ‘o real forte pode ser fator de vulnerabilidade do Brasil em novo pico de volatilidade’.


No ‘Financial Times’, Richard Lapper postou da reunião do Banco Interamericano de Desenvolvimento em Miami que a América Latina ‘começa a ficar nervosa’ com a eventual coincidência entre a crise de origem americana, que afeta as economias regionais vinculadas aos EUA, e uma queda nas commodities, que afetaria Brasil, Argentina, Chile.


AÇÃO DE MARKETING


Para Delfim Netto, no ‘Valor’, ‘com eficiente e mal disfarçada ação de marketing, os agentes financeiros conseguiram transformar o problema dos juros num cabo-de-guerra’. Agora, é ‘como se estivéssemos na iminência de uma tragédia inflacionária’.


GRÃOS EM DISPARADA


Paul Krugman, no ‘New York Times’ e UOL, aborda os motivos para a alta nos preços dos grãos, que já causa tumultos globais. Dá a demanda de ‘China e emergentes’ como razão maior, mas cita ‘até políticas aparentemente boas, como o etanol do Brasil’.


A ALIANÇA


Como ‘NYT’ e outros, o britânico ‘Daily Telegraph’ cobriu extensivamente o encontro de ‘povos da floresta’ em Manaus, destacando a formação de ‘nova aliança’ que abrange dos maias da Guatemala aos ashaninka do Acre.


DESMATAMENTO…


Na BBC Brasil e outros, o relatório Global Monitoring Report, do Banco Mundial, que apontou o país e Indonésia como maiores responsáveis pelo desmatamento no mundo, ao transformar florestas em agricultura.


E O HOTEL


Já ‘Washington Post’, ‘FT’ e outros deram como a rede de hotéis Marriott ‘assinou acordo histórico com o Estado do Amazonas’ para seus clientes comprarem créditos de carbono. O governador estava em Washington.


‘RUBBER’


Correu mundo, por BBC, agências, ‘Daily Telegraph’ e sites ambientalistas como o Tree Hugger, a notícia de que foram lançadas no Brasil ‘as camisinhas da floresta tropical’, de nome Natex, a serem fabricadas em Xapuri


GASTOS DE LULA


A ‘nova CPI também terá maioria governista’, deram Folha Online, o site de ‘O Estado de S. Paulo’ e outros. Até então, a notícia do dia era que Vic Pires (DEM) abriu os gastos de US$ 8.710 de ‘Lula e comitiva’ no Aerolula, até Nova York, ‘com alimentação e bebidas’.


DILMA E A BANDA


Esforçando-se por mudar de assunto, Dilma Rousseff lançou, no site de ‘O Estado’, ‘programa para levar banda larga gratuita a 83% dos alunos da rede pública’.


TSE E O SOFTWARE


O TSE, que segue sob fogo da blogosfera pelo veto à campanha, ganhou alívio de posts positivos, aqui e no exterior, por decidir por Linux nas 430 mil urnas eletrônicas.


NO BAZAR DO ABADÍA


Nos enunciados de TV e web, entre cenas de sapatos e outros ‘objetos de luxo’ no Jockey, ‘Bazar de traficante provoca tumulto’, ‘PM usa spray de pimenta contra compradores’, ‘Após tumulto, ‘bazar do Abadía’ funciona só para vips’. Já no blog de humor de Tutty Vasques, ‘Bazar tem movimento de boca-de-fumo’.’


 


FITNA
Clóvis Rossi


Lula chega a uma Holanda que discute ataque ao Islã


‘Luiz Inácio Lula da Silva chega hoje a uma Holanda que perdeu a inocência e a aura de grande paraíso da tolerância.


Aura dada, no varejo, pelo fato de cafés de Amsterdã venderem livremente drogas leves ou, mais recentemente, pela liberação do sexo em parques públicos. Mas, mais do que esses detalhes, a Holanda era (ou é ainda, depende do ponto de vista) um exemplo de tolerância racial, política, religiosa.


O país a que chega o presidente brasileiro ainda está traumatizado pelo vídeo ‘Fitna’ (‘Caos’), que o deputado Geert Wilders (Partido pela Liberdade, extrema-direita) colocou na internet, atacando duramente o Corão, o livro sagrado do islamismo.


Além do vídeo, Wilders, 44, diz que é ‘preciso expulsar todos os muçulmanos da Holanda e fechar suas mesquitas e escolas’. O governo e todos os demais partidos representados no Parlamento condenaram o vídeo e as posições de Wilders.


As relações com o Islã ganham crescente importância na Europa, continente em que vivem 16 milhões de muçulmanos ou 3% dos 495 milhões de habitantes dos 27 países da União Européia.


É nesse caldeirão que desembarca hoje o presidente Lula. Mas é muito pouco provável que o tema aflore nos dois dias que Lula passará na Holanda. O eixo do programa, cerimonial à parte, são negócios.


A nota oficial do Itamaraty diz que a visita ‘reflete o interesse dos dois países em intensificar o relacionamento bilateral em diferentes áreas e o diálogo entre o Brasil e os Países Baixos sobre temas globais de interesse comum’.


Cabe aí tratar de migrações, em especial a proveniente dos países de maioria muçulmana, até porque o governo Lula tem dado forte impulso às relações com o mundo árabe. No segundo semestre, está prevista uma cúpula entre países árabes e os do Mercosul.


Mas o predomínio será mesmo dos negócios. A Holanda se tornou, em 2007, o primeiro investidor estrangeiro no Brasil, com US$ 8,1 bilhões, quase um quarto do montante total.


Na outra ponta, é grande compradora. No ano passado, o Brasil vendeu aos holandeses cerca de US$ 8,8 bilhões e comprou apenas US$ 1,1 bilhão.


O número, em todo o caso, embute o ‘efeito Roterdã’, como diz a embaixadora Maria Edileusa Fontenele, responsável por Europa no Itamaraty, em uma alusão ao fato de que parte importante dos US$ 8,8 bilhões nem fica na Holanda. Entra pelo principal porto europeu para ser redistribuída.’


 


TV PAGA
Folha de S. Paulo


TVA vai lançar decodificador com conversor para TV digital


‘A TVA vai lançar em junho, na cidade de São Paulo, o decodificador com conversor embutido, apto a receber o sinal da TV digital aberta e a programação em alta definição dessas emissoras e também dos canais pagos.


O diretor comercial da empresa, Antônio Araújo, afirmou que o preço será de até R$ 350, metade do valor cobrado pelo conversor mais barato para TVs de alta definição, mas sem a função de decodificador para TV paga. A Net lançou seu aparelho em dezembro, por R$ 799.


Em ambos os casos, não é preciso ter antena UHF e o preço se refere ao valor de adesão, pois o aparelho é cedido em comodato.


O estímulo para a aquisição do aparelho na TVA será a HBO HD, com filmes e séries em alta definição. Na Net, a atração principal é o canal da Globosat com a programação em alta definição de Multishow, GNT, rede Telecine e SporTV.’


 


PORNOGRAFIA INFANTIL
Folha de S. Paulo


Procuradoria dá prazo até hoje para Google divulgar dados


‘O MPF (Ministério Público Federal) de São Paulo informou ontem que deu um prazo de 48 horas para que o Google Brasil revele quais álbuns fechados de usuários do Orkut contêm fotos de pornografia infantil. O prazo se encerra hoje.


Segundo o MPF, a ONG Safernet recebeu denúncias de que álbuns fechados da página de relacionamentos -que são acessíveis apenas pelo usuário ou seus amigos- estão sendo utilizados para armazenar fotos com esse tipo de crime. De acordo com a ONG, há denúncias sobre 3.261 álbuns que conteriam pornografia infantil.


Por isso, o MPF quer que o Google informe quais desses álbuns bloqueados têm conteúdo inadequado. A notificação foi enviada ao presidente da empresa no Brasil, Alexandre Hohagen.


‘Caso a Google Brasil não atenda à notificação, o MPF poderá responsabilizar a empresa civil e criminalmente’, afirma a instituição. Procurados, os representantes da empresa não foram encontrados para comentar o caso.


Hoje, está marcada uma audiência de executivos do Google na CPI da Pedofilia no Senado.’


 


TELEVISÃO
Daniel Castro


Fernando Meirelles leva ‘Hamlet’ à Globo


‘O cineasta Fernando Meirelles vai realizar para a Globo uma série sobre os bastidores da montagem de uma peça de William Shakespeare. Com o título de ‘Som e Fúria’, o seriado terá seis episódios gravados entre julho e agosto. Deverá ir ao ar no final deste ano.


‘Som e Fúria’ é uma adaptação de Meirelles da série canadense ‘Slings and Arrows’ (pedradas e flechadas). A primeira temporada original traz uma companhia montando ‘Hamlet’ (a segunda é ‘Macbeth’). Com a morte acidental do diretor, trava-se uma luta de poder na equipe, complicando ainda mais a realização do espetáculo. A tragédia do palco se espelha nos bastidores como comédia. Os atores têm seus dramas expostos, gerando uma discussão sobre arte e mercadoria.


‘Este é dos textos para TV mais inteligentes que já li. Consegue falar ao mesmo tempo com o espectador que gosta de novela, e quer apenas rir para esquecer o dia pesado, e com um crítico de teatro saído da academia’ diz Meirelles.


Além da série, o cineasta prepara um filme sobre o universo shakespeariano: ‘Trabalhos de Amores Perdidos’, baseado em livro de Jorge Furtado.


‘Som e Fúria’ marcará o quinto ano de parceria entre a O2 e a Globo. As empresas já tratam de renovação de contrato, a vencer no final do ano.


Meirelles também será um dos co-produtores de ‘Tropicália’, com arquivo da Record.


INTERNACIONAL 1 A Abert (Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão) convidou pelo menos 12 deputados federais com atuação ligada à radiodifusão para viajarem a Las Vegas (EUA), onde ocorre, na semana que vem, a NAB Show, um dos maiores eventos do mundo sobre TV. Entre os convidados estão Walter Pinheiro, Beto Mansur, Jader Barbalho, Júlio Semeghini, Vanderlei Macris, José Mentor e Ratinho Júnior.


INTERNACIONAL 2 A programação da Abert prevê um encontro dos parlamentares com presidentes estaduais de associações de radiodifusores. Ao todo, devem viajar 300 donos e executivos de rádios e emissoras de TV do país. O senador Wellington Salgado também vai, mas em missão oficial pelo Senado.


VIROU ROTINA A Band voltou, anteontem, a bater o SBT na disputa pelo terceiro lugar no Ibope da Grande SP no horário nobre. Entre 18h e 24h, teve 4,4 pontos, contra 3,4 do SBT _que empatou no quarto lugar com a Rede TV!.


TRIBUNAL Até o ‘Fala que Eu Te Escuto’, programa da Igreja Universal exibido pela Record, entrou no caso Isabella. Perguntava ontem de madrugada se um pai poderia matar a própria filha.


MEA-CULPA Diretor de programação da TV Brasil, Leopoldo Nunes admite que a emissora errou ao exibir, às 22h de sexta, o filme ‘Um Copo de Cólera’, impróprio para menores de 18 anos. ‘Foi um erro. Mas trata-se de uma obra premiada, de indiscutível valor artístico’, diz.’


 


Silvana Arantes


Wagner Moura exibe lado James Dean


‘Ele não tem medo de morrer, mas, desde pequeno, convive com o assombro que lhe causa a idéia de perder o pai, dor que imagina não suportar.


O pai dele é um ex-militar, que teve dois filhos com a mulher com quem se casou, bem mais jovem do que ele, e que voltou para o sertão, saudoso daquela paisagem, ao pendurar a farda. Hoje, está com 73 anos.


Outro dia, ele ficou pensando na mulher, com quem teve recentemente seu primeiro filho, e não conseguiu imaginar a vida sem ela. A idéia da dependência o inquietou: ‘Será que isso é bom ou ruim?’. Concluiu que ‘é o amor’ e sossegou.


Com a sensação de estar ‘amadurecendo’, ele ensaia ‘Hamlet’, o personagem shakespeariano da irrespondível questão sobre o sentido da vida.


Nos intervalos, vai a Salvador gravar com sua banda um CD de músicas bregas. Adora Odair José, Diana, essa turma.


Esse é o retrato de Wagner Moura pintado em ‘Todos os Homens do Mundo’, que o Canal Brasil exibe hoje.


O programa é dirigido por Domingos Oliveira, que confessa fascínio pela ascensão meteórica do ator baiano de 31 anos, cujo desempenho como capitão Nascimento (‘Tropa de Elite’) virou coqueluche nacional. Oliveira compara-o a Marlon Brando e James Dean, ou seja, vê nele um homem igual a poucos.


TODOS OS HOMENS DO MUNDO – WAGNER MOURA


Quando: hoje, às 21h30


Onde: no Canal Brasil’


 


JUSTIÇA
Mônica Bergamo


Ziraldo paga R$ 40 mil a ‘assassina’ de seu papagaio


‘Se, por um lado, receberá indenização de R$ 1 milhão por ter sido perseguido pela ditadura militar, por outro o cartunista Ziraldo foi condenado a desembolsar R$ 40 mil, em seis meses, para indenizar a produtora cultural Lulu Librandi por danos morais. Duas parcelas já foram pagas.


Há oito anos, ele chamou Lulu de ‘filha da puta’ numa entrevista por causa de desavenças que os dois tiveram quando eram dirigentes da Funarte no governo de José Sarney.


Os dois brigaram quando Ziraldo lançou um pacote de propostas, conhecido como ‘política da broa de milho’, que pregava, entre outras coisas, o fortalecimento da culinária mineira e a defesa das bandinhas de coreto.


No processo, Ziraldo disse ainda que a produtora tinha ‘assassinado’ seu papagaio já que a ave ‘morre quando alguém te deseja o mal’. Em sua defesa, o cartunista sustentou que ‘filha da puta’ não é palavrão – mas não convenceu o juiz. Lulu provou ainda que não desejou a morte do papagaio.’


 


PROPAGANDA
Mônica Bergamo


Situações pontuais


‘O governo Lula está contratando assessoria de imprensa ‘para promover o Brasil no exterior’. A Casa Civil justifica a despesa alegando que ‘a imagem do país no exterior apresenta aspectos negativos, principalmente nos países desenvolvidos, e é amplificada, devido a situações pontuais’. A assessoria vai funcionar permanentemente nos EUA, com apoios na Europa e na Ásia.


TIC-TAC


Para cargos de coordenação, a remuneração será de mais de R$ 800 – por hora’


 


LIVROS
Eduardo Simões


USP abriga exposição gratuita com livros raros


‘O Instituto de Estudos Brasileiros (IEB), da USP, em parceria com a Biblioteca Mário de Andrade, abre hoje uma exposição com obras raras de ambas instituições. Os 17 livros vindos da biblioteca são, em sua maioria, obras recuperadas após o furto ocorrido em seu acervo em 2006. Serão exibidas pela primeira vez desde então.


Entre elas, destacam-se ‘As Primaveras’ (Casimiro de Abreu, 1859) e um exemplar de ‘O Guarany’ (José de Alencar, segunda edição, com data imprecisa). Já do acervo do IEB estarão expostos 40 livros.


Segundo o curador Rizio Bruno Sant’Ana, da Biblioteca Mário de Andrade, o objetivo da mostra é apresentar ao público características que tornam uma obra rara. Para tanto, os livros foram separados de acordo com aquilo que faz deles uma raridade bibliográfica. Seja pelo conteúdo, como uma edição de ‘Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil’ (Jean Baptiste Debret, 1835), encadernação preciosa, no caso de ‘Crisálidas’ (Machado de Assis, 1864), tiragem limitada, como um dos dois únicos exemplares de que se tem conhecimento de ‘Manual do Fazendeiro’ (Jean Baptiste Alban Imbert, 1834). Ou ainda por conta da ‘marginália’ (com anotações do possuidor), como a cópia de ‘Von Roroima zum Orinoco’ (Theodor Koch-Grünberg, 1917/28), em que Mário de Andrade se baseou para escrever ‘Macunaíma’.


OBRAS RARAS EM ACERVOS PÚBLICOS


Quando: de seg. a sex., das 9h às 18h; sáb., das 10h às 16h; até 29/6


Onde: Instituto de Estudos Brasileiros (av. Prof. Mello Moraes, tr. 8, nº 140, Cidade Universitária, tel. 0/xx/11/3091-2399)


Quanto: entrada franca’


 


INTERNET
Humberto Medina


Oferta de serviços de terceira geração de celulares vai atrasar


‘A oferta de serviços de terceira geração da telefonia celular, que deveria começar neste mês, vai atrasar. O TCU (Tribunal de Contas da União) analisa o resultado do leilão feito em dezembro pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e, enquanto essa análise não for concluída, os contratos com as operadoras de celular não podem ser assinados.


Em dezembro do ano passado, a agência reguladora vendeu, em leilão, mais faixas de freqüência para as operadoras de telefonia móvel. O objetivo era que as empresas pudessem oferecer os serviços conhecidos como 3G -acesso à internet em banda larga e transmissão de vídeo, por exemplo.


A venda das faixas de freqüência rendeu ao governo R$ 5,33 bilhões -ágio de 86,67% em relação ao preço mínimo. Os principais compradores foram as empresas TIM, Claro, Vivo e Oi. Ao anunciar o resultado, a Anatel estimou que os contratos de autorização para uso das faixas seriam assinados em janeiro e, nos principais centros urbanos (onde já existe infra-estrutura), os serviços 3G deveriam começar a ser oferecidos neste mês.


O atraso em relação ao cronograma previsto começou na própria Anatel -o resultado do leilão só foi homologado em 25 de março. O TCU informou que tem prazo de até 45 dias para analisar o edital do leilão, o próprio processo de venda e os contratos. O prazo começou a contar na data da homologação do resultado, mas o tribunal poderá concluir sua análise antes disso.


Embora as empresas de telefonia já utilizem a denominação 3G em propagandas, a oferta de serviços ainda não está integralmente disponível.


O ministro Hélio Costa (Comunicações) esteve no TCU na segunda-feira e sinalizou que poderá conversar com o tribunal para tentar maior rapidez na liberação dos contratos com as operadoras de celulares.


Ainda neste ano, a Anatel deverá licitar mais uma faixa de freqüência (‘banda H’) para oferta de serviços 3G pelas operadoras de celulares.


Com o oferecimento de serviços 3G, o governo espera que haja aumento da competitividade no acesso à internet em banda larga. A expectativa é que haja concorrência entre o serviço das operadoras de telefonia fixa (ADSL) e com a Net.


Com o atraso na assinatura dos contratos da telefonia celular 3G, também fica prejudicado o cronograma para universalização dos serviços de telefonia celular no país. Pelas regras do leilão de dezembro, as operadoras que compraram faixas de freqüência ficaram obrigadas a oferecer telefonia celular em municípios que hoje não contam com o serviço.’


 


Lorenna Rodrigues e Marina Gazzoni


Lula lança banda larga em escola pública


‘O governo lançou ontem o programa de banda larga que, em parceria com as operadoras de telefonia fixa, pretende levar internet de alta velocidade a todas as escolas públicas urbanas do país, que somam mais de 56 mil. O lançamento foi feito no Palácio do Planalto, com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


A expectativa é atender mais de 37 milhões de estudantes -86% do total. As escolas serão ligadas até o fim de 2010 e terão internet grátis por 18 anos.


‘É de fato uma revolução, porque cria oportunidades para um segmento da população que não tinha acesso à internet’, declarou a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).


O ministro Hélio Costa (Comunicações) cobrou das operadoras de celular que ingressem no programa. Costa ressaltou que elas poderão participar da segunda etapa, para ligar escolas rurais com a tecnologia de terceira geração (3G), sem necessidade de cabos.


O programa foi lançado depois de quase um ano de negociações com as empresas de telefonia fixa. O governo modificou o PGMU (Plano Geral de Metas para Universalização) trocando a obrigação de levar postos de serviço telefônico, que incluem orelhões e acesso à internet discada, pela infra-estrutura de internet.


O governo também vai atender o pedido das empresas de mudar o PGO (Plano Geral de Outorgas) para permitir que uma concessionária de telefonia fixa atue em mais de uma área do país.


As empresas investirão cerca de R$ 1 bilhão na estrutura. Além disso, farão a conexão das escolas públicas às redes de internet gratuitamente por 18 anos. Para colocar as doações no papel, a Anatel assinou com as empresas um aditivo aos contratos do SCM (Serviço de Comunicação Multimídia).


Outro lado


O Procon, a Pro Teste e o Idec discordaram da decisão do governo de desobrigar as operadoras de instalarem postos de serviços de telecomunicações. Embora apóiem programas de universalização da banda larga, não concordam que eles sejam financiados pelos consumidores de telefonia fixa.


‘A sociedade brigou anos por um preço menor da assinatura básica [de telefonia fixa] e a justificativa para não reduzir os preços eram os custos para a universalização da rede. Agora que a Anatel certificou que as metas foram cumpridas, o governo inventa outras obrigações [para as operadoras],’ diz a consultora jurídica da Pro Teste, Flávia Lefévre.


A Folha questionou a Abrafix (associação das operadoras de telefonia fixa) sobre as medidas, mas não obteve resposta até o fechamento da edição.’


 


Folha de S. Paulo


Bill Gates fala sobre sucessor do Vista para o próximo ano


‘Quando o Windows Vista foi lançado, no começo do ano passado, muitos especialistas recomendaram cautela na adoção: muitos periféricos (webcams, impressoras etc.) eram incompatíveis com o novo sistema.


Quem for muito cauteloso pode acabar investindo diretamente no sucessor do Vista, o Windows 7. Bill Gates disse, em um seminário em Miami, na sexta-feira, que ‘em algum momento do ano que vem’ poderemos ver o lançamento do novo sistema operacional.


Mas a Microsoft prontamente negou a informação de seu co-fundador e ícone e falou em 2010 para o sucessor do criticado sistema.


Mesmo assim, até lá, as opções de sistemas da Microsoft não vão parar no Vista. A empresa anunciou, na semana passada, que vai estender, mais uma vez, o prazo de venda do sistema XP. A versão Home Edition poderá ser vendida em PCs de baixo custo até junho de 2010.


Microhoo


Steve Ballmer, da Microsoft, enviou uma carta sábado, em tom de ultimato, aos diretores do Yahoo! pedindo um acordo em três semanas.


O Yahoo! negou a proposta na segunda-feira, e a Microsoft deve mudar de tática e investir diretamente nos acionistas.


com agências internacionais


64%


dos consumidores norte-americanos sabem o que é Blu-ray, o formato vencedor da guerra da alta definição. Há dois anos, o número não chegava a 1%. Os números são da empresa Interpret. A pesquisa mostrou que os tocadores de alta definição passaram os 10 milhões de lares nos EUA.’


 


Bruno Romani


TV vai mostrar local de atleta no gramado


‘Quem quer ter a certeza, mesmo sem ir ao estádio, de que seu craque preferido está correndo no campo o tempo todo vai se interessar: a Ericsson apresentou um aplicativo para TV digital que permite, entre outras coisas, a visualização do posicionamento de todos os jogadores no gramado de futebol, independentemente das câmeras.


Um mapa na parte baixa da tela exibe onde cada jogador está durante a partida, como acontece no videogame.


O protótipo, chamado ‘Interactive Soccer’ (futebol interativo), está sendo desenvolvido na Suécia e promete revolucionar as transmissões esportivas. Além do posicionamento, o aplicativo permite acesso a replays, escalações e estatísticas da partida a qualquer hora do jogo. Para completar, o aplicativo tem salas de bate-papo.


Tudo aquilo que não temos ainda em nossa incipiente televisão digital, onde falta a interatividade.


Para o mapa do posicionamento, o aplicativo usará pequenos chips que possivelmente estarão nas camisas dos atletas. A tecnologia GPS é considerada imprecisa para esse tipo de projeto.


Com o mapa e os replays, ficará claro para o torcedor se determinado treinador deu o famoso banho tático no outro, ou se algum jogador realmente fez aquilo que o técnico pediu. Para ter acesso a tudo isso, o consumidor deverá ter um pequeno receptor, para uso exclusivo do aplicativo.


No Brasil


A Ericsson ainda não tem previsão do preço do produto para o consumidor final e nem da data do seu lançamento, mas promete lançar o aplicativo em países apaixonados por futebol.


De acordo com o representante no estande, além da Europa, o Brasil faz parte dos planos. Haja coração.’


 


Henrique Martin


Yahoo! e Microsoft melhoram seus softwares para portáteis


‘Se no mercado financeiro a Microsoft continua na disputa para comprar o Yahoo!, durante a CTIA Wireless as duas empresas mostraram novos produtos e serviços destinados a equipamentos móveis.


O principal lançamento do Yahoo! foi a nova versão do software para celulares oneSearch 2.0, que leva os serviços de busca para a tela do aparelho. O serviço funciona com buscas digitadas pelo usuário e, com a atualização do produto, reconhece a fala do usuário e traz os resultados relacionados. Por enquanto, o uso da voz está restrito aos aparelhos BlackBerry, mas o Yahoo! promete o lançamento internacional para breve.


A reportagem da Folha testou o oneSearch 2.0 em um BlackBerry Pearl: o reconhecimento de voz realmente funciona, mesmo com sotaques e palavras difíceis.


Um funcionário da empresa chegou a dizer ‘supercalifragilisticexpialidocious’ (do filme ‘Mary Poppins’) e obter o resultado correto na tela.


Já a Microsoft fez uma atualização (6.1) no seu sistema operacional para telefones, o Windows Mobile.


A plataforma -que já conta com fabricantes como Asus, HTC, Motorola e Samsung prometendo lançar seus telefones compatíveis com o novo sistema em breve- tem uma tela inicial com acesso rápido a tarefas, documentos e e-mails, traz recursos para gerenciamento de mensagens, novo mecanismo de buscas e capacidade de copiar e colar textos em aparelhos que não têm tela sensível ao toque.’


 


Felipe Lobo


Flickr começa a hospedar clipes na rede


‘O Flickr lança nesta quarta-feira o serviço de compartilhamento de vídeo. O recurso é parecido com o de fotos, com a possibilidade de atribuir tags, geotags e controlar privacidade e direitos autorais.


Os vídeos no Flickr podem ter 90 segundos e 150 Mbytes e só estão disponíveis para usuários Pro -normalmente, cadastros que custam cerca de R$ 50 por ano.


A novidade vai permitir aos usuários criarem álbuns que misturem fotos e vídeos. Fábio Boucinhas, diretor de produtos do Yahoo! Brasil, afirma que a meta não é concorrer com sites de vídeo existentes. ‘A missão do Flickr é registrar o mundo. E é preciso registrar o mundo com vídeos, além das fotos.’


A idéia surgiu a partir da demanda pelo serviço que uma pesquisa feita pelo Yahoo! mostrou. Mais de 40% dos usuários ouvidos produz vídeos usando a câmera digital. Entre os que filmam usando o celular, o número é pouco maior que 20%.


Apenas um em cada cinco usuários compartilha os vídeos que produz com celulares ou câmeras digitais. Destes, 55% o fazem apenas para amigos e conhecidos. Só 13% usam sites de compartilhamento de vídeos.


A idéia dos vídeos do Flickr, segundo Boucinhas, é permitir que os usuários coloquem os vídeos produzidos junto com a foto em um só lugar, com os mesmos recursos das imagens.


Para Boucinhas, os vídeos engraçados ou oficiais continuarão tendo seu espaço em sites como YouTube. No Flickr, devem prevalecer, para ele, vídeos mais pessoais, de viagens, por exemplo.’


 


Propagandas em vídeos são desprezadas pelo internauta


‘Frank Harper sabe bem que todos esses clipes de vídeo gratuitos existentes na internet têm um preço, cobrado na forma de anúncios. Mas isso não significa que ele fique impassível enquanto vídeos de propaganda antecedem os clipes que costuma ver diariamente.


‘Na maioria deles, eu simplesmente tiro o volume’, afirmou Harper, 55, que dirige uma consultoria em segurança. ‘Ou eu simplesmente olho para outra coisa, leio outra notícia…’


Tanto os profissionais da área de marketing quanto os da de internet esforçam-se para levar à rede mundial de computadores anúncios parecidos com os da televisão sem afastar os espectadores, conforme costuma acontecer no caso da TV.


Os gastos com os anúncios em vídeo on-line representam menos de 4% de toda a propaganda veiculada na internet e apenas 1% do montante gasto na TV, afirmou a eMarketer.


No entanto, prevê-se um crescimento – nos EUA, os gastos triplicarão até 2011, atingindo um total de US$ 4,3 bilhões-, especialmente à medida que mais pessoas começarem a ver séries e vídeos no computador.


O desafio consiste em encontrar a fórmula adequada -na postura criativa, no formato ou na freqüência com que os anúncios aparecem- de modo que os visitantes dos sites vejam as peças de propaganda sem ficarem enfadados a ponto de nunca mais voltarem.


‘Usuários adoram o conteúdo gratuito e anunciantes adoram preencher todos os minutos e pixels com suas mensagens. Os responsáveis precisam encontrar um equilíbrio’, disse Geoffrey Coco, executivo de marketing da Microsoft.


Até agora, os resultados mostraram-se medianos. Os espectadores ‘ficam clicando na barra de status, tentando mudar de página ou avançar o vídeo’, disse Jonathan Sackett, diretor-executivo da agência de publicidade Arnold Worldwide. Estudos mostram que muitos consumidores abandonam os vídeos se um anúncio aparece.


Especialistas do setor afirmam que os formatos alternativos poderiam funcionar com os clipes mais curtos. Os anunciantes terão de descobrir como convencer os usuários a clicarem nas propagandas. Eles vão dispor de apenas alguns segundos para fazer com que sua mensagem apele ao consumidor. As questões se reduzem, no final das contas, a oferecer aos espectadores controle e engajamento via interatividade.


Tradução de RODRIGO CAMPOS CASTRO’


 


Daniela Arrais


TV na internet contextualiza vídeos


‘Mais um passo em direção à TV inteligente foi dado na semana passada, com o lançamento da Blinkx BBTV (www.blinkxbbtv.com). Vinculada à ferramenta de busca de vídeos Blinkx, a TV on-line disponibiliza conteúdo com informação contextualizada.


Enquanto você assiste a um vídeo, pode navegar pelas cenas, pulando diretamente para a sua preferida; verificar a transcrição dos diálogos; e consultar sites de referência, como o IMDb.com, dentro da tela.


‘Para um vídeo ter sucesso na internet, ele tem que oferecer algo que a televisão tradicional não oferece’, afirma Suranga Chandratillake, criador e diretor-executivo da Blinkx. ‘Dando contexto e dimensão aos vídeos, tentamos fazer isso. Enquanto você assiste a um vídeo, pode fazer buscas para saber do que se trata.’


O acervo da BBTV se divide em categorias como comédia, beleza e moda, viagem e notícias. Por enquanto, apenas cerca de 20% dos vídeos têm informações e transcrições. A parte que mais se aproxima da idéia inicial de oferecer vídeo em alta qualidade com informações é a de documentários.


Chandratillake adianta que a BBTV deverá desenvolver conteúdo em idiomas específicos. ‘Queremos fazer conteúdo para brasileiros, por exemplo, para que, de onde eles estiverem, possam assistir a programas sobre sua cultura.’


Música independente


A internet já mostrou ser um espaço importante para a música independente -e ganha um site profissional para mostrar essa produção. Com vídeos em alta qualidade, tanto de imagem quanto de edição, a Pitchfork.TV (www.pitchfork.tv), lançada na última segunda-feira pela Pitchforkmedia -referência em música independente- , se propõe a oferecer, a cada semana, materiais diversos -de gravações secretas em porões na casa de artistas a shows antigos, passando por longa-metragens, como o ‘LoudQuiet Loud’, que registrou a reunião do Pixies em 2004.


‘Quando as pessoas pensam em televisão de música, o nome que vem à mente é a MTV. Nós queremos fazer uma coisa diferente. Tanto a música quanto a tecnologia evoluíram e, hoje, há inúmeras maneiras diferentes de documentar artistas, mostrar coisas que nunca foram feitas’, diz Ryan Schreiber, criador e editor do Pitchfork, em entrevista à Folha.


Para assistir ao conteúdo da Pitchfork.TV, basta clicar no vídeo; não é preciso baixar um programa. Dependendo de sua conexão, demorará um pouco para ele carregar, mas a qualidade é bem superior à média de sites como o YouTube.


Os vídeos têm código para serem colocados em blogs e sites e podem ser baixados para o computador.


‘A TV tradicional, com programas pré-agendados, é uma idéia distante, arcaica. Cada vez mais as pessoas têm liberdade para escolher ao que querem assistir e quando vão fazer isso’, diz Schreiber.


Desde 2007, equipes do site fazem registros de bandas tocando ao vivo. O acervo abrange mais de mil vídeos, mas, nesta fase inicial, apenas cerca de 250 estarão disponíveis.


Entre os destaques está ‘Juan’s Basement’, o porão do Juan, onde os músicos da banda nova-iorquina Liars tocam e concedem pequenas entrevistas. Uma cantora pop como Fergie, por exemplo, não tem espaço na Pitchfork.TV. ‘Só se quisermos ser bem sacanas’, diverte-se Schreiber.


‘Não queremos atrair todas as pessoas. Não é um apelo de massa, de conquistar o maior número de pessoas. Queremos mostrar às pessoas coisas de que elas gostam, que vão despertar seu interesse. Não temos que ser o maior nem o mais dominante canal de vídeo da internet. Podemos fazer isso numa escala moderada’, afirma.


10


bilhões de vídeos on-line foram vistos pelos internautas norte-americanos em dezembro, segundo a comScore, que faz análise e pesquisa sobre o mercado de internet. Os sites do Google, como o YouTube, lideram a audiência, com 3,3 bilhões de vídeos assistidos’


 


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Sites colaborativos fazem revistas à moda da Wikipédia


‘Sem papel, escritório nem equipe definida. Deixando de lado o modo tradicional de editar revistas, sites na internet reúnem projetos colaborativos de textos e imagens.


A ferramenta Novlet (www.novlet.com) se propõe a juntar quem gosta de escrever -cada usuário escreve um pedaço da história e vários outros dão continuidade a ela, sem preocupação com começo, meio e fim.


O sistema, que está disponível em português, divide os textos em passagens curtas, que ganham acréscimos de outros usuários -eles podem criar de drama a ficção científica, ou participar das que estão em produção.


Já a IdeaFixa (www.ideafixa.com), idealizada por brasileiros, reúne trabalhos de fotografia, design, ilustração e artes visuais. Interessados enviam o material para os organizadores, que fazem on-line edições temáticas (de sexo a surrealismo) do material.’


 


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BookLamp recomenda livros ao estilo da Last.FM


‘O solitário hábito de ler um livro ganha interatividade em sites como o BookLamp, que faz recomendação de títulos, e o RedRoom, uma espécie de rede social para escritores.


Em ambos, a idéia central consiste em fazer com que usuários discutam seus hábitos de leitura e troquem recomendações, desenvolvendo afinidades a partir da literatura.


O BookLamp (beta.booklamp.org) funciona como um sistema inteligente de recomendação de livros -o site analisa títulos a partir do estilo literário e recomenda outros similares. O projeto, ainda em fase de testes, é semelhante à rádio Last.FM, que sugere músicas a partir do estilo escolhido pelo usuário.


‘Analisamos todo o texto de um livro, por partes, observando o uso de elementos como substantivos, verbos, advérbios. Com a informação, temos pistas sobre o estilo de um autor’, afirma Aaron Stanton, idealizador do site. ‘A idéia básica é pegar os livros que o usuário leu no passado e achar novos títulos que possam interessar a ele.’ O sistema une o poder das recomendações com uma análise pelo computador.


‘Se um livro é recomendado, é porque ele combina com seu estilo de escrita preferido, e não porque o publisher gastou muita grana para colocá-lo no topo das vendas. Isso deve diminuir a barreira em encontrar novos autores de quem você nunca tenha ouvido falar’, diz Stanton, que também é idealizador do projeto CanGoogleHearMe.com.


Literatos


No RedRoom (www.redroom.com), a partir de um cadastro simples, é possível criar um perfil para compartilhar textos e fazer contato com outros escritores. Também dá para fazer blog e publicar vídeos e podcasts.


Para se tornar um ‘autor do RedRoom’, é preciso ter um livro publicado. Os autores são divididos por nome, gênero ou local de origem. Em uma espécie de estante virtual e multimídia, disponibilizam biografia, seus livros e resenhas e até vídeos com entrevistas. Estão no site escritores como Khaled Hosseini, James Patterson e até o candidato à Presidência dos EUA Barack Obama.’


 


 


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Diário de Notícias – Portugal


Quarta-feira, 9 de abril de 2008


CARTUM
Catarina Carvalho


‘D. João era bonacheirão’


‘Spacca. O seu nome completo é João Spacca de Oliveira e é o autor brasileiro do livro de BD sobre a chegada da corte portuguesa ao Rio de Janeiro em 1808 cujo título Cavaco Silva citou na visita recente ao país. Em entrevista ao DN este cartunista que se tornou autor de BD’s históricas conta como não teve dificuldade em tornar divertida uma história cheia de peripécias


‘D. João era bonacheirão’


Sabia que o Presidente português glosou o título do seu livro numa entrevista que deu ao jornal Globo?


Olha só! Bem, quis dar a entender isso no último quadrinho da história: ‘Um rei bonacheirão e astuto, que gostava de música, sombra e água fresca.’ Só falta a trilha sonora de Bossa Nova para completar o quadro .


Porque escolheu o título ‘D. João, o carioca’?


Foi sugestão da Lília, a co-autora. E gostei. Quis brincar com o papagaio criado por Disney, Zé Carioca. O nome pode dar a entender que ele se acariocou, mas acho que não… o impacto da vinda dele para cá foi muito maior sobre os cariocas. D. João foi adoptado pelo Brasil. Ele procurou manter os mesmos gostos, a vidinha, assistir sua missa cantada… Além disso, foi, creio eu, o período mais feliz da vida dele, longe das pressões europeias, exercendo mais poder do que os outros reis.


D. João é uma figura polémica, ficou para a história como um indeciso, medroso, comilão.


O que me atraiu foi apresentar uma imagem não condizente com a caricatura pura. E a verdade mostrou-se interessante e engraçada o suficiente.


O que aprendeu na escola sobre ele?


Quando era criança, na escola. D. João VI não tinha má imagem. Era o pai do nosso imperador D. Pedro e dizia aquelas palavras proféticas para o filho, ao partir para Portugal: ‘Se o Brasil se separar, antes que seja para ti que me hás-de respeitar do que para algum desses aventureiros.’


Que reacções teve ao livro?


Só elogios. As reacções mais contra vieram dos que acham que qualquer visão que não for a sátira desta família é a ‘história oficial’.


Porque é que a ida da corte portuguesa para o Brasil ainda é tão malvista?


Acho que é uma soma de razões: dos brasileiros contra o domínio português, dos portugueses que não vieram e se sentiram abandonados, e dos republicanos contra a monarquia. Essa visão é reforçada pelo nosso hábito de não levar nada a sério. E funciona como justificativa dos nossos atrasos: ‘Pudera, com um governante desses, o Brasil só podia dar nisto.’ Nos últimos tempos, a oposição também pega carona, condenando o Governo actual por gastar nas comemorações dos 200 anos. Em suma, é tomate de todo lado… Na escola, há também um anedotário que os professores gostam de passar aos alunos, em parte para atrair o seu interesse com os detalhes mais pitorescos, mas também para acostumá-los a ser ‘irreverentes’ desde cedo, como se isso os ajudasse a formar uma consciência anti-imperialista… Nos anos mais recentes, depois do regime militar que terminou em 1985, o ensino ficou iconoclasta, e todos os retratos mais sérios passaram a ser contestados. Sobre este tema, o filme Carlota Joaquina de 1995 virou referência não oficial, bastante usado em sala de aula.


Esse é o filme em que ela é retratada como uma ninfomaníaca?


Esse mesmo. Ela nem está tão mal, apesar de feia e mancando, pelo menos é a poderosa do filme. A mensagem que passa é que, casando à força e com aquele príncipe, só lhe restava pular a cerca mesmo.


Os brasileiros costumam dizer que estariam melhor se tivessem sido ‘descobertos’ por franceses, ingleses ou holandeses. Concorda?


Não. E não é por estar na sua presença… A situação das Guianas não é lá muito inspiradora. Se o Brasil tivesse sido colonizado pelos ingleses, não tínhamos garantia de que terminaríamos sendo uma potência como os Estados Unidos, já que, devido ao clima, localização geográfica, os ingleses talvez optassem pelo mesmo tipo de produção agrícola em escala fabril, o que ajudou a determinar o tipo de sociedade que foi se desenvolvendo aqui. A questão não é tanto o povo, mas quem vem para as colónias e em que situação: se são famílias para morar, ou regimentos e feitores para explorar, se são católicos ou protestantes. Acho que o que vem a seguir tem mais a ver com a lógica colonial, o tipo de plantação adequada a cada região.


É interessante que essas figuras e a chegada da corte ainda sejam alvo de tanta polémica, 200 anos depois.


Esse é um tema muito debatido entre os académicos. Há os críticos do Nordeste, como o Ewaldo Cabral de Mello Neto, que defendem que a vinda da corte para cá só manteve o resto do Brasil em estado de colónia ou semicolónia. No Rio, há os pró-monarquistas, para quem D. João foi um grande estadista e inaugurou uma nova era (ou mesmo começou a fazer o Brasil existir), e estendem esse benefício ao Brasil como um todo. Além dessa polari- zação, o Ruy Castro, biógrafo seríssimo (que escreveu um livro sobre o rei), declarou que ‘há 200 anos se fala mal da família real, e chegou a hora de falar bem’.


E qual é a sua posição pessoal?


É do retrato histórico honesto, e da reconstitui- ção criteriosa, evitando as armadilhas tanto do escracho quanto do ufanismo. A memória de D. João levou bordoadas dos dois lados do Atlântico, até por bons motivos (afinal, Portugal ficou à míngua e teve que livrar-se dos franceses e ingleses sem a Sua Real ajuda). Depois os republicanos comple- taram-lhe a caricatura. Coitado do gordinho. Me-rece um julgamento mais justo da história, mesmo que isso não nos renda um título de visconde…


Apesar de retratá-lo como gordo, nunca usou a imagem dos frangos nos bolsos, muito comum. Porquê?


Não encontrei um relato confiável, ou uma fonte localizada, sobre as coxinhas. Só li que na sala de despachos do rei havia um urinol que precisava ser trocado…. Um diplomata escreveu que, durante a audiência com D. João, havia à vista um penico cheio, que os criados não esvaziaram… Agora, gordo e com cara de bebezão, ele tinha mesmo.


Em quem se inspirou para desenhar essas personagens?


Todos os personagens foram inspirados em quadros e gravuras da época. Às vezes o personagem lembrava-me um actor. É o caso de Lord Strangford, o actor Bill Nighy… E também tem a citação do Zé-Povinho, criação do meu ilustre colega de traço Rafael Bordalo Pinheiro.


Como é que a história dos Bragança influenciou a imagem dos portugueses no Brasil?


A imagem dos portugueses vem da colonização toda, sendo que no século XX veio a leva de portugueses mais humildes, imigrantes. Então você tem o português da padaria, o mascate, o da construção civil. Como o ‘Oliveira’ do meu nome, herança do meu avô mestre de padaria, Lucas Rodrigues de Oliveira.


O que se lembra dele?


Não sei se ele era filho de portugueses ou se veio pequeno. Era mestre padeiro, trabalhava em pada-rias italianas no bairro do Bexiga, em São Paulo. Eu o conheci já velhinho e morando numa casa muito simples. Era teimoso e tinha mania de pro-curar tesouros enterrados em todo o lado.


Como se documentou para desenhar este livro? Veio a Portugal?


Infelizmente, não fui a Portugal. Era para ter ido em Abril de 2007, mas a situação nos aeroportos estava um caos, e eu precisava iniciar logo a produção dos desenhos. Precisei me virar com fotografias, gravuras antigas, guias de viagem, mapas, fotos de satélite. Assisti a alguns filmes, desenhei actores. Adquiri em alfarrabistas livros preciosos sobre os tipos populares de Lisboa; comprei uma Ilustração Portuguesa de 1906, que traz uma reportagem sobre os tipos de outrora, e também Tipos e Factos da Lisboa do meu tempo, livro ilustrado de Calderon Dinis. Achei numa livraria um livro com aquarelas magistrais de Roque Gameiro, que ilustrou muito a história de Portugal. O meu ponto de partida foram alguns capítulos dos livro A Longa Viagem da Biblioteca dos Reis. D. João VI no Brasil, do diplomata pernambucano Oliveira Lima, é o meu livro favorito sobre esse período. Uso muito a Internet com bastante critério e sem medo. O site Viriatus dedicado a miniaturas militares portuguesas foi de grande ajuda.’


 


 


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