Friday, 26 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Fenaj quer voltar a discutir o
Conselho Federal de Jornalismo

Reproduzido do blog Entrelinhas, 12/07/06


Bastou uma cochilada. Com a aprovação, no Congresso Nacional, de projeto de Lei elaborado pela Fenaj (Federação Nacional de Jornalistas) e apresentado por um deputado federal inexpressivo, cujo texto consegue a proeza de tornar a função de assessor de imprensa exclusiva dos diplomados em jornalismo, aquele pessoal que estava na moita se animou. Pode parecer incrível, mas a Fenaj não desiste nunca e anunciou que tentará reviver o natimorto Conselho Federal de Jornalismo (CFJ). A nota abaixo está no site da entidade na internet.






FENAJ e Sindicatos ampliarão movimento pelo CFJ
A luta pelo Conselho Federal dos Jornalistas (CFJ) é uma prioridade dos jornalistas brasileiros para o próximo período. A proposta foi aprovada por unanimidade na plenária final do 32º Congresso Nacional dos Jornalistas, realizada dia 8 de julho, em Ouro Preto (MG). A deliberação foi precedida de debate com representantes da FENAJ, do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, do deputado federal Celso Russomanno (PP/SP) do representante da Associação de Imprensa Italiana no Brasil, Venceslau Soligo, do presidente do Confea, Marco Túlio de Melo e do ex-presidente da OAB, Hermann Baeta.

Na busca da aprovação do projeto do CFJ, a FENAJ e os Sindicatos de Jornalistas desenvolverão um processo de ampliação de debates, com a retomada de seminários nacionais e regionais sobre o tema. A expectativa é que destes debates, com envolvimento de outros setores da sociedade, hajam contribuições no sentido de melhorar o anteprojeto a ser reapresentado na Câmara dos Deputados.


Para quem já esqueceu o assunto, o CFJ é aquele monstrengo de inspiração stalinista que estabelece as ‘regras éticas’ que os jornalistas deverão cumprir tão logo o tal conselho entre em vigor. Tamanha foi a onda de protestos contra o CJF que o presidente Lula teve o bom senso de jogar o texto na lata do lixo (espera-se que seja coerente e também não sancione o projeto recém-aprovado, de caráter obviamente corporativista), não sem antes deixar claro que o governo só enviara tamanho despautério para o Congresso a pedidos dos companheiros sindicalistas.

O grande problema da Fenaj é justamente a coerência de seus dirigentes. Como eles são os mesmos e não mudaram de idéia, vão continuar defendendo propostas corporativistas, autoritárias ou antiquadas. Ou a soma das três, como ocorre no caso do CFJ.