O jornalista pró-reforma Ramin Jahanbeglou foi preso no aeroporto de Teerã em 28/4 após criticar o governo do Irã em uma série de entrevistas para jornais do Canadá, França e Espanha nas últimas semanas. A prisão foi mantida em sigilo até o dia 3/5, quando ele foi transferido para a penitenciária de Evin, mas os motivos não foram explicados. A edição de 27/4 do Le Monde publicou críticas de Jahanbeglou ao presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e ao governo. O jornalista lidera o grupo ‘Pensamento Moderno’ no Centro para Pesquisa Cultural Iraniana, costumava contribuir com jornais iranianos pró-reforma – hoje fechados pelas autoridades –, escreveu diversos livros sobre democracia, secularismo e não-violência e também é colaborador de veículos de comunicação internacionais, como a BBC e as revistas francesas Esprit e Etudes et Projets. Informações dos Repórteres Sem Fronteiras [5/5/06].
Redator venezuelano condenado por denúncias
O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) protestou contra a condenação criminal por difamação do jornalista venezuelano Henry Crespo, redator do jornal Las Verdades de Miguel. Crespo foi condenado a 18 meses de prisão condicional após denunciar atos de corrupção governamental. O governador de Guárico, Eduardo Manuitt, abriu um processo contra o jornalista em janeiro de 2005, por dois artigos escritos por Crespo denunciando corrupção governamental e violações de direitos humanos no estado. O jornalista vai apelar da condenação. Miguel Salazar, editor do jornal, também foi acusado por difamação por Manuitt após a publicação de uma coluna onde acusava o governador de ter contratado pistoleiros para assassiná-lo. O julgamento de Salazar começou em 19 de abril e espera-se um veredicto em breve. Informações do CPJ [5/5/06].