Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Escola deve ensinar a assistir televisão

A finalidade desta descrição é alertar e informar aos diversos públicos e, principalmente, aos educadores que a influência negativa e positiva da televisão na educação de uma nação já vem de longo tempo. Segundo o autor do livro Televisão e Educação, Joan Ferrez ‘uma escola que não ensina como assistir televisão é uma escola que não educa’.


A importância da televisão é informar, entreter e educar e, quando ela se desvia do seu verdadeiro papel traz transtornos na formação da população, mostrando o externo para o interno, formando um alienado pela péssima programação, passando a atuar a extensão da pessoa, no emocional e intelectual.


A televisão transmite em suas programações o culto ao corpo, excesso de moda, erotismo e associa a bebida com esporte. O ideal seria que cada região tivesse o seu próprio espaço a fim de valorizar a cultura local e, assim, dificultaria a inclusão dos estilos culturais emitidos por este importante veículo de comunicação e educação no Brasil.


Na atualidade ela domina o espaço público e privado, principalmente, o ambiente das famílias, forjando a educação das crianças e jovens, oferecendo a sua companhia e atenção nos momentos de solidão. E quando eles deixam de praticar qualquer atividade que possa mantê-los distante deste aparelho são adotados como filhos e formam um símbolo de referência e de ideologia, que estimula a extensão sensorial, as pessoas passam então a colher conhecimentos com mais velocidade, tornando-se um alvo fácil para a formação do imaginário da ‘caixa mágica’, que automaticamente força o homem a mudar de canal durante os comerciais. A programação exibida é captada de forma fragmentada tornando o telespectador um ser sem formação crítica.


A televisão interfere na vida política das nações.


A mudança nas programações tem que haver. Podemos criar: uma nova didática apropriada para o desenvolvimento crítico do cidadão; comissões educacionais em diversas partes do Brasil e exigirmos dos gestores da TV o cumprimento do seu verdadeiro papel, vivendo de uma forma natural e não induzida pelo controle remoto da televisão.

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Radialista, bacharel em comunicação social/jornalismo, conselheiro da Associação dos Amigos do Museu Capixaba do Negro e servidor público militar