Monday, 18 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1279

Microsoft desiste de digitalizar livros

A Microsoft anunciou o fim do projeto de criação de uma biblioteca digital. De acordo com Satya Nadella, vice-presidente sênior do grupo de portais de busca e publicidade da Microsoft, digitalizar livros e arquivar trabalhos acadêmicos não estão mais nos planos da companhia. Esta semana, ela deve encerrar dois sítios de busca de conteúdo literário e acadêmico; os internautas à procura de livros na rede serão encaminhados, pelo sistema Live Search, para sítios fora da Microsoft. O sistema da Microsoft amargava um terceiro lugar no projeto de digitalizar livros, atrás do Google e do Yahoo.

‘Nós acreditamos que a próxima geração de pesquisa online envolverá o desenvolvimento de um modelo de negócios sustentável para a ferramenta de busca, o consumidor e os parceiros de conteúdo’, afirmou Nadella. Na semana passada, em um encontro de anunciantes na Microsoft, ele apresentou um novo sistema que recompensa financeiramente os usuários que usarem o Live Search para encontrar e comprar itens online.

Estratégia

A Microsoft entrou no projeto de escanear livros em 2005, contribuindo com o Open Content Alliance, grupo sem fins lucrativos fundado pelo Internet Archive e pelo Yahoo. Em 2006, foi lançado o sítio de busca de livros do MSN. Ao contrário do Google, cuja decisão de escanear livros levou a diversos processos por violação de direitos autorais, a Microsoft escaneava apenas obras com a permissão das editoras ou de domínio público. A companhia afirmou que irá entregar às editoras cópias digitais dos 750 mil livros e 80 milhões de artigos já escaneados.

No início do ano, ao tentar comprar o Yahoo para aumentar sua performance em busca e publicidade, a companhia admitiu que sua estratégia no mercado de busca não estava funcionando. As duas companhias não chegaram a um acordo, em grande parte porque os executivos do Yahoo queriam mais dinheiro. Ainda assim, elas continuam a conversar sobre a possibilidade de uma parceria mais limitada. Informações de Jessica Mintz [AP, 24/5/08].