A repressão governamental parece não ter intimidado a imprensa na China. Dados oficiais divulgados pela Administração Geral de Imprensa e Publicações, escritório responsável pela regulação do mercado de revistas e jornais chineses, indicam que o número de jornalistas no país dobrou nos últimos 20 anos. Os jornalistas chineses estão entrando no mercado de trabalho cada vez mais jovens, com educação cada vez mais elevada e são de diversos grupos étnicos. O número de homens e mulheres é bastante equilibrado, revelam as estatísticas.
Além do aumento quantitativo, a qualidade do jornalismo chinês também teria sofrido melhora. ‘A qualidade do trabalho jornalístico em geral aumentou’, afirma Cheng Fangjun, subdiretor de um noticiário da província de Hunan. ‘Eles [os jornalistas] hoje sabem como melhor servir ao público’, completa o jornalista.
Alguns dados oficiais:
– Os números mostram que mais de 700 mil pessoas escolheram o jornalismo como carreira no ano passado; 150 mil delas munidas de diploma.
– 64% possuem diploma universitário; 13% fizeram mestrado e 1%, doutorado. Muitos profissionais de imprensa também possuem diplomas de outras áreas, como artes, ciências, engenharia, medicina e línguas estrangeiras.
– 29% entram na profissão entre 20 e 30 anos; 27% estão na faixa dos 30 anos; 24% têm cerca de 40 anos e apenas 20% têm acima de 50 anos. Em contraste, uma pesquisa feita há 10 anos pelo Centro de Pesquisas de Jornalismo e Desenvolvimento Social, da Universidade Renmim, mostrou que a idade média dos jornalistas chineses era de 37 anos.
Informações de Wang Ye [China Daily, 27/3/06].