O New York Times informou nesta quarta-feira (2/8) que recebeu um segundo envelope com pó branco suspeito e um selo comemorativo dos atentados de 11/9, poucas semanas após ter passado por um episódio semelhante. O incidente despertou preocupação quanto a uma possível onda de envelopes com antraz enviados a redações de jornais, como a que ocorreu uma semana antes dos ataques em setembro de 2001 e durante alguns meses depois.
No dia 14/7, o jornal havia recebido um envelope contendo um pó suspeito e uma cópia do editorial de 28/6, intitulado ‘Patriotismo e Imprensa’, com um X sobre ele. Testes comprovaram que o pó era inofensivo.
Desta vez, a substância foi descoberta por um funcionário do setor de correspondência, na terça-feira (1/8), e especialistas determinaram que o pó também era inofensivo, segundo afirmou a porta-voz do diário Abbe Ruttenberg Serphos. O funcionário que abriu o envelope foi levado ao hospital e liberado depois de exames.
O envelope – escrito à mão – estava endereçado ao jornal e não a um indivíduo específico, tinha um carimbo postal de St. Louis e não continha endereço de remetente. No verso, havia um selo com a imagem de três bombeiros do 11/9 levantando uma bandeira dos EUA com o dizer ‘Freedom is not Free’ (algo como ‘liberdade não é de graça’.
Recentemente, conservadores criticaram o NY Times por ter revelado programas antiterrorismo do governo Bush. Em 2001, as cartas, que continham um carimbo de Nova Jersey e a bactéria de antraz, foram enviadas para diversas redações de jornais e dois senadores, matando cinco pessoas e deixando outras 17 doentes. Informações de Torrye Jones [Reuters, 2/8/06].