Saturday, 20 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

O Estado de S. Paulo

AMÉRICA LATINA
EFE E AFP

Polícia invade casa do dono da Globovisión

‘Policiais venezuelanos fizeram uma busca numa das propriedades do dono da TV opositora Globovisión, Guillermo Zuloaga, na noite de quinta-feira. A justificativa era que Zuloaga guardava no local ‘uma grande quantidade’ de carros novos que não teriam os documentos em dia. A oposição, porém, denunciou perseguição política, já que a Globovisión é a única emissora abertamente crítica do governo que ainda transmite pela TV aberta na Venezuela – embora apenas para as três principais cidades do país.

‘A casa desse ricaço em Caracas estava cheia de veículos de luxo dos quais não foram apresentados documentos’, disse o presidente Hugo Chávez. ‘Se tenho 40 carros, preciso explicá-los. Mas o que diz a burguesia? Oh, que surpresa! O dono desses carros é também o dono de um canal de TV. Chávez o está perseguindo’, acrescentou.

Zuloaga, que é sócio de uma concessionária da Toyota, qualificou a ação de ‘excessiva’ e assegurou que todos os documentos dos veículos estão em ordem. A notícia da busca foi divulgada no mesmo dia em que a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o relator da ONU para a Liberdade de Opinião e Expressão, Frank La Rue, emitiram um comunicado conjunto no qual expressam sua preocupação pelas recentes ameaças do governo venezuelano contra a Globovisión e outros meios de comunicação privados da Venezuela.

‘As mais altas autoridades (do Executivo venezuelano) causam um ambiente de intimidação no qual o direito à liberdade de expressão é seriamente limitado’, diz o comunicado

Duas semanas atrás, Chávez acusou emissoras opositoras de conspiração e disse que lhes preparava uma ‘surpresinha’. Ele não citou o nome de nenhuma TV ou rádio, mas pouco depois o chanceler Nicolás Maduro acusou a Globovisión de fazer ‘terrorismo midiático’ ao noticiar o terremoto que abalou Caracas no dia 4 sem consultar as autoridades venezuelanas.

Após o tremor, a Globovisión disse que sua intensidade foi de 5,4 graus na escala Richter, citando o Serviço Geológico dos EUA. Além disso, o diretor da TV, Alberto Ravell, criticou o que qualificou de uma reação lenta de funcionários do governo. Segundo autoridades venezuelanas, a Globovisión pode receber uma multa ou ser obrigada a interromper suas transmissões temporariamente.

Em maio de 2007, o governo venezuelano recusou-se a renovar a concessão da opositora RCTV, que estava havia 53 anos no ar e era a emissora de TV mais popular da Venezuela. Chávez acusou o diretor da TV, Marcel Granier, de ter participado da tentativa de golpe de 2002. Na época, a decisão desatou uma onda de protestos em todo o país.’

 

EFE

Evo dá a sindicatos da Bolívia espaço em jornais

‘O governo do presidente boliviano, Evo Morales, aprovou nesta semana um decreto que obriga as empresas de comunicação – públicas e privadas – a destinar um espaço em suas publicações para funcionários filiados a sindicatos expressar suas opiniões. O Executivo procura com essa medida recuperar a ideia de ‘coluna sindical’ que, segundo La Paz, foi suprimida por ‘governos neoliberais’.

A partir de agora, os jornais bolivianos deverão destinar diariamente em suas páginas de opinião um espaço equivalente ao de um editorial para que seus jornalistas e demais trabalhadores afiliados a sindicatos e federações de imprensa expressem seus pontos de vista. No caso das emissoras de rádio e TV, as empresas serão obrigadas a ceder até três minutos de seus programas jornalísticos.

O decreto aprovado na quarta-feira pelo Conselho de Ministros proíbe expressamente qualquer tipo de censura ao conteúdo dos textos escritos pelos funcionários. As empresas de comunicação também ficam proibidas de impor sanções ou demitir seus empregados por escrever artigos contrários à linha editorial do veículo. Se as empresas não cumprirem as normas estabelecidas pelo governo, os trabalhadores poderão denunciar seus empregadores no Ministério do Trabalho.

O secretário executivo da Federação dos Trabalhadores de Imprensa de La Paz, Boris Quisberth, comemorou a ação do governo. ‘É positivo que se resgate este decreto porque ele busca cuidar da liberdade de expressão dos trabalhadores’, afirmou Quisberth. ‘O decreto responde a uma demanda feita há tempos.’

O governo também aprovou outro decreto para beneficiar jornalistas. Agora, os empregadores terão de compensar seus trabalhadores pelos gastos com transporte durante a atividade profissional.

RELAÇÃO COM JORNALISTAS

Evo tem mantido relações tensas com os meios de comunicação bolivianos, aos quais acusa de estar aliados à oposição. Há vários meses, jornalistas bolivianos vêm reclamando que o presidente só dá entrevistas para meios de comunicação estrangeiros.

A Associação Nacional de Imprensa (ANP) – que agrupa os proprietários dos meios de comunicação privados da Bolívia – já criticou inúmeras vezes o governo de Evo por tentar acabar com a liberdade de expressão no país.’

 

EFE

SIP e presidente debatem liberdade de imprensa

‘A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) vai se reunir em La Paz com o presidente Evo Morales na próxima semana para discutir aspectos ligados à liberdade de imprensa na Bolívia. A delegação da SIP – liderada pelo presidente da organização, Enrique Santos Calderón, do jornal colombiano ‘El Tiempo’ – também se reunirá com outras autoridades do setor público e da sociedade civil, assim como jornalistas e associações de imprensa bolivianas.’

 

CRISE
O Estado de S. Paulo

Revista defende o ‘descolamento 2.0’

‘Um artigo da revista britânica The Economist afirma que as grandes economias emergentes, principalmente Brasil, China e Índia, podem se recuperar mais rapidamente da crise do que os Estados Unidos. A revista defende uma nova tese do ‘descolamento’, teoria defendida no ano passado por alguns analistas, inclusive pela Economist. Admitindo que essa tese não se mostrou correta durante a crise, a revista britânica apresenta agora a tese do ‘descolamento 2.0’ que, segundo a publicação, seria ‘um fenômeno mais limitado, restrito a algumas das maiores e menos endividadas economias emergentes’.’

 

INTERNET
Renato Cruz

Telefônica pede desculpas por pane do Speedy

‘O presidente da Telefônica, Antonio Carlos Valente, pediu ontem desculpas pelas panes do Speedy, serviço de banda larga da empresa. ‘A gente reconhece que tem problemas, e publicamente pede desculpas’, afirmou Valente. O serviço ficou fora do ar para muitos assinantes do Estado de São Paulo na tarde e na noite da última segunda-feira. ‘É algo que não gostaríamos que tivesse acontecido, e que causa transtornos’, disse o presidente da Telefônica, que participou ontem, em São Paulo, do evento de tecnologia ‘O futuro agora’, organizado pela Telequest.

De acordo como executivo, a pane foi causada por um descompasso entre a velocidade dos investimentos em capacidade e o ritmo de crescimento da demanda pelo serviço de banda larga da companhia. ‘É uma situação que decorre do crescimento do serviço, que é muito acelerado, e exige tolerância por parte de todos.’ Ele destacou que a Telefônica tem a segunda maior rede de banda larga do País, depois daquela formada pela compra da Brasil Telecom pela Oi, com 2,7 milhões de clientes.

Este ano, a Telefônica planeja investir R$ 750 milhões em sua rede de banda larga. Em 2008, foram R$ 500 milhões. ‘A rede está sendo ampliada, com novas técnicas de proteção e redundância’, explicou Valente. ‘A demanda é muito grande e as vendas continuam fortes, apesar de terem caído um pouco desde dezembro, por causa da redução nas vendas de computadores.’

No começo de abril, o Speedy havia sofrido outra pane, ficando instável por vários dias. Naquela ocasião, a Telefônica apontou a ação de criminosos virtuais como a causa do problema. Dessa vez, Valente não falou de hackers: ‘Até agora, não temos nenhuma evidência de ataque externo’. Ele acrescentou que está para sair um laudo sobre os motivos do problema do mês passado, feito pelo CPqD (ex-centro de pesquisa da Telebrás). A empresa vai divulgar essas explicações detalhadamente quando o laudo estiver pronto.

Apesar de a empresa não ter culpado ataques externos dessa vez, os problemas do começo da semana foram muito parecidos com os do mês passado. Ela enfrentou instabilidade em seus servidores de nome de domínio (DNS, na sigla em inglês). Essas máquinas transformam os nomes de sites digitados pelos usuários em endereços numéricos usados pelo protocolo de internet, responsável pelo funcionamento da rede mundial.

A pane afetou a navegação na internet, mas não outros serviços. ‘O usuário que estava falando no Skype, por exemplo, não teve problema’, afirmou o presidente da Telefônica, referindo-se ao serviço de telefonia via internet, que não depende da conversão de nomes de sites em endereços de rede.

Como no mês passado, a Telefônica se comprometeu a reembolsar os clientes pelas horas fora do ar. A empresa identificou três períodos de instabilidade na segunda-feira: das 12h30 às 14h55, das 16h15 às 18h e das 20h30 às 23h40, com retorno parcial às 21h05. Alguns clientes, no entanto, reclamam de problemas em períodos maiores que esses. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) prometeu investigar a pane e o Procon-SP notificou a empresa para explicar as falhas.

Em julho de 2008, o Speedy sofreu um grande apagão, que deixou os clientes sem serviço por 36 horas. Naquela ocasião, o problema foi diferente: no lugar dos servidores de nome de domínio, a empresa teve interrompida sua rede MPLS ( Multiprotocol Label Switching), tecnologia que melhora a confiabilidade das comunicações via internet, principalmente para serviços que exigem transmissão de mensagens em tempo real, como voz e vídeo.

Valente afirmou que o tráfego de internet dobra a cada dois anos. ‘Talvez a gente não esteja tendo tempo para fazer as ampliações na velocidade desejada’, disse o executivo. ‘E não falo só da Telefônica, mas também de outras empresas.’’

 

Sérgio Augusto

Todos os livros do mundo na ponta dos dedos

‘Acesse a internet. Digite http://books.google.com e dê um enter. Bem-vindo ao Google Book Search. Bem-vindo à biblioteca do futuro: todos os livros digitalizados, disponíveis online, para consulta, leitura e copiagem – de graça ou mediante pagamento. O que o iTunes fez com a música e o YouTube com as imagens, o GBS começou a fazer com os livros, manuscritos e documentos. O sonho iluminista da cultura universalizada promete deixar de ser uma utopia.

Contenha um pouco o seu entusiasmo: o GBS está em fase de construção e operando sub judice, digamos assim. A biblioteca do futuro já obteve o habite-se; falta o alvará.

O serviço já existe em português, em versão beta. Embora uma centena de editoras brasileiras (entre as quais Senac, Zahar, Cia. das Letras) já tenham aderido ao projeto, até obras há muito de domínio público, como os romances de Machado de Assis e a poesia de Castro Alves, por exemplo, continuam indisponíveis; ou melhor, só podemos visualizá-las parcialmente. Mais dia, menos dia, será possível baixá-las em PDF sem pagar um tostão – como no site da Academia Brasileira de Letras.

Experimente ler e baixar Dom Quixote no GBS. Só uma tradução inglesa pode ser lida e baixada de graça. Quem quiser degustar Cervantes no original, por inteiro e não parcialmente como o GBS oferece, a saída, por enquanto, também é comprar um volume impresso.

De modo geral, as obras em língua inglesa publicadas antes de janeiro de 1923 estão liberadas para digitalização, pois não mais sujeitas ao grilhão dos direitos autorais. Daí porque os primeiros romances de F. Scott Fitzgerald (This Side of Paradise, publicado em 1920, e The Beautiful and Damned, de 1922) têm ‘visualização completa’ no GBS e Tender Is the Night (de 1925), ainda não. As traduções brasileiras das duas primeiras (Este Lado do Paraíso e Belos e Malditos) tampouco estão liberadas.

Em homenagem à borgiana Biblioteca de Babel, digitei The Anatomy of Melancholy, de onde Borges extraiu a epígrafe de seu relato. Está lá a anatomia, completamente exposta à curiosidade dos internautas; mas o livro de Robert Burton, publicado em 1857, não é mais uma raridade bibliográfica: ganhou uma reedição há dois anos. O mesmo não se pode dizer da mítica The Anglo-American Cyclopaedia, desencavada por Borges e Bioy Casares, de que não encontrei rastro; sendo que da história de Uqbar só achei referências a Borges e ao conto que abre O Jardim de Veredas Que se Bifurcam – o que talvez seja o máximo que o GBS nos possa oferecer em matéria de virtualidade.

A Biblioteca de Alexandria foi destruída num incêndio. A do Google já nasceu pegando fogo – no sentido figurado. Anunciada em 2004, com o melhor dos propósitos (ajudar as pessoas a encontrar informações em livros e dirigi-las a títulos esgotados ou fora de circulação, enfurnados em bibliotecas públicas e particulares), ganhou seus primeiros adversários no segundo semestre de 2005. Autores e editoras entraram com um processo, alegando que o escaneamento de livros pelo mais poderoso site de busca da internet violava os direitos autorais de livros ainda fora do domínio público e dos chamados ‘livros órfãos’, assim chamados porque seus autores ou sumiram no mapa ou não deixaram herdeiros e representantes. Os ‘livros órfãos’ são o filé mignon do mercado. Estima-se que respondam por cerca de 60% do montante cobiçado pelo Google.

Em outubro de 2008, já com quase 5 milhões de volumes escaneados em seu acervo e parcerias acertadas com diversas bibliotecas, o Google fez um adendo ao projeto: a biblioteca se transformaria, efetivamente, numa livraria digital, num misto de SuperAmazon.com e Biblioteca do Congresso americano, quase aquele ‘catálogo dos catálogos’ tão obsessivamente buscado por Borges. Junto, um acerto de paz com os adversários: o Google teria assegurado o direito de expor 20% do conteúdo dos livros online, comercializar o acesso a textos individuais, e vender assinaturas de sua coleção a bibliotecas e outras instituições, embolsando 37% e dividindo o restante do lucro com autores e editoras.

Com 134 páginas e 15 apêndices, o acordo prevê a instalação de um terminal de computador em cada biblioteca interessada em seus serviços e propõe a criação de um Registro de Direitos Autorais (Book Rights Registry), que, em conjunto com o Google, elaboraria uma tabela de preços para todos os termos comerciais associados aos e-books (livros digitais), o estuário ideal dos downloads proporcionados pelo GBS.

Monopólio! – clamam os autores e editores que receiam pelo controle do livre acesso ao conhecimento e à educação universal por uma única instituição, ‘pouco importa se competente e popular, como o Google’, salienta Brewster Kahle, fundador e diretor do Internet Archive, biblioteca sem fins lucrativos de São Francisco, e da Open Content Alliance (atual Open Knowledge Commons). ‘Já lutamos no passado contra monopólios high-tech, contra a IBM, a At&T, a Microsoft, e sabemos o quanto eles são uma barreira à inovação e à competitividade’, desabafou Kahle num artigo publicado no New York Times de terça-feira passada.

‘Precisamos digitalizar, sim’, escreveu o historiador Robert Darnton na New York Review of Books de fevereiro. ‘Mas precisamos, sobretudo, democratizar, dar livre acesso ao nosso patrimônio cultural. Como? Revendo as regras do jogo, subordinando os interesses privados ao bem comum.’ Darnton duvida que ‘o espírito público das forças de mercado’ mereçam ‘confiança irrestrita’. Também julga insuficiente um só terminal em cada biblioteca e razoável temer que os preços dos serviços oferecidos pelo Google subam que nem os das revistas especializadas do mundo acadêmico, que saíram de um patamar acessível e atingiram cifras astronômicas (a assinatura anual do Journal of Comparative Neurology não sai, atualmente, por menos de US$ 25.910).

Todas as partes interessadas ficaram de bater o martelo no dia 5 de maio. Tantas eram as questões ainda pendentes, que um juiz federal da Corte de Nova York, a pedido dos escritores, adiou sua decisão para 4 de setembro, estendendo o prazo até 7 de outubro. As discussões prosseguem. Enquanto isso, o Google amplia sua rede de associados (fez acordo com a Universidade de Michigan no início da semana) e o site de compartilhamento de documentos Scribd, recém-acusado de pirataria digital pela escritora Ursula Le Guin, reencontra o caminho da concorrência transparente, ‘para evitar que a leitura digital fique exclusivamente nas mãos do Google e da Amazon’.

Segunda-feira, a direção do Scribd anunciou uma negociação para a venda de trechos de livros, relatórios de pesquisas e outras modalidades de impressos mediante licença e pagamento online, ao estilo iTunes & similares. Cabe aos autores permitir que suas obras sejam baixadas em PDF desprotegido, para que se tornem legíveis no Kindle e demais aparelhos de leitura digital, e, a partir de junho, no iPhone, celular inteligente da Apple. Se o livro de bolso foi uma revolução, imagine a biblioteca de bolso.’

 

TELEVISÃO
Keila Jimenez

Rede faz mea culpa

‘Após ser advertida sobre problemas com cenas de violência e palavras de baixo calão em duas novelas atualmente no ar, a Record admitiu ‘os escorregões’ e pediu ao Ministério da Justiça a reclassificação de Promessas de Amor e Poder Paralelo. Não, você não leu errado. Foi a emissora mesmo que pediu a reclassificação de suas novelas.

Segundo o MJ, a pedido da Record, Promessas de Amor, antes classificada como ‘livre’, passa a ser ‘não recomendada para menores de 12’. Já Poder Paralelo, que era ‘não recomendada para menores de 12 anos’ passa a ser imprópria para menores de 14 anos.

Apesar da reclassificação não alterar o horário de exibição dos folhetins, que já se enquadravam na faixa horária adequada, o pedido causou estranheza no mercado, uma vez que as emissoras costumam levar a ferro e fogo as advertências do MJ.

‘Essa adequação à classificação indicativa não precisa ser um litígio’, diz o secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma.

Procurada, a Record confirma o pedido de reclassificação, e promete adequar o horário de exibição das novelas até nas praças com fuso horário diferente .’

 

Keila Jimenez

Não vai sobrar pra ninguém

‘SÃO PAULO – Esqueça o projeto de Patropi, Augusto César de A Favorita. José Mayer voltará aos bons tempos de pega geral em Viver a Vida, próxima novela das 9 da Globo.

As madeixas a la beatle aposentado já eram. O óculos Raul Seixas também. Ah, ele também não verá mais ETs. No folhetim de Manoel Carlos, que estreia em setembro, Mayer será Marcos, marido de Tereza (Lília Cabral), que acabará apaixonado por Helena (Taís Araújo), amiga de sua filha, Luciana (Alline Moraes). Ah, ele também vai ter uma caso com Dora (Giovanna Antonelli), isso só para começar. Mayer está de volta ao seu hábitat natural nas novelas.

Segundo o autor, a história vai falar sobre superação. ‘A novela abordará superação de problemas de modo geral. Desde paralisia, alcoolismo, a dor de perder uma pessoa querida, um fracasso financeiro… Essa é a grande causa social que vou abordar’, conta Manoel Carlos. A direção é de Jayme Monjardim.

Manoel Carlos terá sua primeira Helena negra: Taís Araújo, que viverá uma modelo famosa.

Com direção de Jayme Monjardim, a novela terá gravações em Israel e França .

O time de bonitões da trama tem Rodrigo Hilbert, Thiago Lacerda (o mocinho da história) e Matheus Solano.

Uma novidade no elenco é Bárbara Paz. Ela será Renata, uma ‘drunkanorexica’, pessoa que substitui comida por bebida alcoólica.

Alline Moraes fará um modelo que ficará paraplégica após sofrer um acidente.’

 

Gustavo Miller

Está na hora de dizer ‘tchau’

‘SÃO PAULO – Quem vai, quem fica, quem não volta mais. Nessa última semana, os canais ABC, CBS, Fox e NBC divulgaram quais séries foram renovadas e quais foram canceladas.

Segue aqui uma lista só com aquelas que foram defenestradas, entre as mais conhecidas entre os brasileiros.

Não voltam mais: According to Jim, Battlestar Galactica, Boston Legal, Dirty Sexy Money, Eleventh Hour, Eli Stone, ER, Life, Life on Mars, Knight Rider, Kyle XY, Lipstick Jungle, My Name is Earl, Prison Break, Pushing Daisies, Samantha Who?, Stargate Atlantis, Terminator: The Sarah Connor Chronicles, The L World, The Shield, Without a Trace e Worst Week.

Cancelada pela NBC, Medium foi para a CBS, que limou The Unit, agora da Fox. Já Chuck, que estava na berlinda e foi alvo de uma imensa campanha na web pela sua renovação, ganhou mais 13 episódios na NBC.’

 

Alline Dauroiz e Patrícia Villalba

Maldito zapping!

‘Durante o período em que uma novela fica no ar, sua abertura chega a representar 11 horas de programação. É tempo suficiente para cravar a sucessão de imagens e música na cabeça de meio mundo, a ponto de evocar todo tipo de sensação quando revista anos depois. ‘Da trama as pessoas acabam esquecendo. Mas a abertura entra para a memória afetiva, e quando você vê, se lembra do que fazia na época, das músicas que ouvia, de quem namorava’, observa o designer Hans Donner, responsável pelas aberturas da Globo desde 1975.

O elemento que funciona como embalagem do produto, no entanto, tem sido sacrificado com frequência cada vez maior: culpa do zapping, sinal da luta pela audiência. Na Record, por exemplo, Poder Pararelo estreou no início de abril sem abertura e assim ficou por quase duas semanas.

De acordo com o diretor de Teledramaturgia da rede, Hiran Silveira, foi tudo estratégia de programação. Isso para que você, telespectador, uma vez fisgado, não tenha tempo de pensar em mudar de canal. Assim, a novela foi ‘colada’ ao fim do capítulo de Chamas da Vida e não teve intervalos comerciais. ‘Costumamos colocar a abertura no fim do primeiro bloco das novelas. Mas, como Poder Paralelo estreou sem intervalos, tinha um bloco só’, explica. ‘Foi uma circunstância.’

Na tentativa de neutralizar o efeito do controle remoto, outro item que vem sendo eliminado é a vinheta de encerramento, com os créditos finais. Até pouco tempo atrás, a novela era fechada com a mesma edição da abertura e os nomes dos profissionais da equipe técnica subindo na tela. Surgia então a vinheta da emissora e a vinheta do programa a seguir. Hoje, ou a novela já começa colada na anterior ou, como na Globo, é separada pelo aviso da classificação indicativa. E só. Agora, a Globo também usa dividir a tela dos créditos finais, para anunciar a atração seguinte.

‘Isso é fato: quanto maior a duração das vinhetas, mais chance a gente dá para o telespectador mudar de canal’, concorda o diretor de Programação da Record, Paulo Franco.

Há 22 anos no departamento de Criação Visual do SBT, o diretor Fernando Pelégio diz não concordar com a nova moda, apesar de segui-la. ‘Não acho bonito terminar a novela sem uma despedida. Você corta a identificação da emissora, da marca’, observa. ‘No SBT, passamos os créditos finais, mas dependendo do ajuste de horário, somos obrigados a cortar.’

ASSINATURA

Contemplar os créditos de elenco, autores e diretores de uma novela consome de 1 minuto a 1,5 minuto de sua abertura. Isso, na Globo e SBT. ‘Colocamos um nome solitário em realce e outros blocos de dois, três nomes. Mas cada bloco precisa ficar no ar por dois, três segundos, para dar leitura’, explica Pelégio, do SBT.

Para a Record, no entanto, 40 segundos são suficientes. Desde 2004, quando a emissora retomou a teledramaturgia, esse é o tempo que duram as aberturas. Isso explica a quantidade de nomes em um mesmo quadro – alguns chegam a ter 11. ‘Nunca vai dar leitura (de todos os nomes). Mas quem assiste à novela por vários dias vai conseguir ler o nome de todo mundo’, explica o diretor de Teledramaturgia da rede. ‘Se a abertura fosse maior, iria interferir mais tempo na exibição de arte inédita.’’

 

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