Wednesday, 08 de May de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1286

Professores reclamam de revistas para adolescentes

Professores britânicos, reunidos em conferência anual em Bornemouth, chegaram à conclusão de que as revistas para adolescentes deveriam ter classificação etária na capa para que o jornaleiro pudesse evitar que material impróprio chegasse às mãos dos jovens leitores. Publicações como CosmoGirl, Bliss e Sugar estariam tratando de assuntos incompatíveis com o público a que se dirigem. O vice-diretor de escola básica Ralph Surman aponta que as revistas supostamente visam leitoras a partir de 13 anos de idade, mas distribuem brindes que atraem meninas mais novas, como batom rosa e bijuterias de plástico. Exageram no conteúdo sexual, com matérias como ‘Tive um caso secreto com meu professor’, ‘Quão segura é sua vida sexual?’ e ‘Meu namorado me passou herpes’. Clare Hoban, representante da entidade reguladora do mercado de revistas para adolescentes no Reino Unido, Teenage Magazine Arbitration Panel, descartou a possibilidade de elas adotarem impressão de classificação etária na capa. ‘Uma das dificuldades é que isso tornaria a publicação muito atraente a pessoas ainda mais jovens’. Com informações do Evening Standard [6/4/04] e do Guardian [7/4/04].



Jornais americanos têm mais anúncios nacionais

Anúncios de abrangência nacional podem ajudar a recuperar o faturamento com publicidade dos jornais americanos, mostra matéria da Reuters [7/4/04]. The New York Times, USA Today e mesmo diários menores, têm publicado mais propaganda de anunciantes que normalmente só se interessariam pela televisão, como fabricantes de xampu e automóveis. Em 2003, a publicidade nacional em jornais cresceu 8,1%, enquanto a regional aumentou apenas 1,7%. Há vários motivos para isso, segundo especialistas em comunicação. O analista financeiro do banco Morgan Stanley, Douglas Arthur, aponta que os programas de maior audiência do horário nobre da TV americana têm perdido audiência por causa do aumento da variedade de outras atrações de mídia, como internet e televisão por assinatura. Segundo James Conaghan, vice-presidente de análise de negócios e pesquisa da Newspaper Association of America, a maior associação de jornais dos EUA, a ampla adoção de impressão colorida também é importante. Para atrair grandes anunciantes, os diários se juntaram sob o Newspaper National Network, que permite que os clientes comprem espaço em vários veículos negociando apenas um valor. Antes, atingir todo o país através de jornais era muito complicado, pois implicava em fazer inúmeros contratos de publicidade.