Saturday, 20 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Vídeos de candidatos viram mania entre internautas

O poder da internet conquistou os pré-candidatos à presidência dos EUA. Eles têm páginas onde contam seus projetos e têm usado vídeos online para se comunicar com os internautas – e possíveis eleitores. Há um pequeno problema, entretanto: os vídeos nem sempre funcionam da maneira esperada pelos super competentes estrategistas políticos. Muitas vezes, uma cena inusitada pode fazer muito mais sucesso do que uma gravação planejada.


No caso da democrata Hillary Clinton, por exemplo, usuários do YouTube podem optar entre um vídeo onde a elegante senadora fala educadamente – e seriamente – sobre seus planos para o Iraque e outro em que a ex-primeira dama americana canta de maneira desafinada o hino dos EUA durante um evento em Iowa. Não é difícil imaginar o preferido do público. Enquanto o monólogo formal havia sido visto 15 mil vezes desde que foi postado, há três semanas, a cantoria de Hillary, registrada acidentalmente por um microfone aberto, já recebeu mais de 1,1 milhão de visitas em um mês.


Mas a senadora não é a primeira a ser pega de surpresa pela rede. O vídeo com o anúncio de candidatura do também democrata John Edwards fica bem atrás em popularidade de uma gravação onde ele penteia o cabelo antes de uma participação televisiva – o vídeo conta ainda com a música I Feel Pretty (Eu me sinto bonito) cantada por Julie Andrews.


Poder online


Do lado republicano, Rudolph Giuliani já postou longos vídeos de seus discursos e John McCain oferece 25 clipes onde são ressaltadas suas qualidades, como ‘honra’, ‘coragem’ e ‘fé’. Será que farão sucesso entre os internautas?


Estrategistas das campanhas confessam ficar confusos com o potencial e o poder dos vídeos online – e com os caminhos tomados por eles. ‘Estes vídeos são um grande passo do que tínhamos três anos atrás, com os blogs’, afirma o estrategista democrata Jim Margolis. ‘Mas as pessoas se cansarão deles? Se você recebe 23 vídeos por e-mail você apaga todos eles? Quem sabe? Eu não. Isso é algo novo’, resume. Informações de Dan Glaister [The Guardian, 19/3/07].