Thursday, 18 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Jornalista e presidente da ABI

Internado desde o último dia 9 no Hospital Samaritano do Rio, com um quadro de insuficiência cardíaca, o jornalista Maurício Azêdo, presidente da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), morreu às 18h de ontem, aos 79 anos.

Formado em direito, em 1958 começou a trabalhar profissionalmente como jornalista no “Jornal do Commercio”. Exerceu diversas funções –repórter, redator, cronista, editor– ao longo de sua carreira, passando por publicações como “Diário Carioca”, “Jornal do Brasil”, “Última Hora”, “Manchete” e a Folha.

Militante comunista, foi filiado ao extinto PCB e colaborou em jornais alternativos de resistência à ditadura, como “Opinião” e “Movimento”. Foi preso e torturado pelos militares em 1976.

Posteriormente, filou-se ao PDT e foi eleito vereador três vezes (1983, 1989 e 1993). Tornou-se conselheiro do Tribunal de Contas do Município em 1999, sendo aposentado compulsoriamente em 2004, por limite de idade.

Nesse mesmo ano, foi eleito para a presidência da ABI, e esteve à frente da associação desde então.

Carioca, era casado com Marilka Costa Lannes, com quem teve uma filha; tinha ainda dois outros filhos de um casamento anterior.

O governador Sérgio Cabral declarou luto de três dias no Estado pela morte de Azêdo, a quem chamou de “homem público exemplar sempre dedicado às causas do Rio de Janeiro e do Brasil”.

Seu corpo será velado a partir das 8h, no Memorial do Carmo, no Caju (zona portuária do Rio). O enterro está marcado para às 16h, no cemitério São Francisco Xavier, também no Caju.