Thursday, 18 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

A melhor versão da verdade

“A única militância que eu sempre tive foi a favor da democracia.” (Foto: Reprodução/YouTube G1)

Nascido no dia 25 de janeiro de 1943, em São Paulo, Clóvis Rossi sonhava ser diplomata. Começou a estudar jornalismo apenas para os conhecimentos iniciais, até que tivesse idade suficiente para prestar concurso e exercer a diplomacia. O que não esperava, entretanto, era ser indicado por um professor para trabalhar no periódico Correio da Manhã logo em seu segundo ano de curso. Desde então, nunca mais saiu da profissão: abraçou com paixão o jornalismo e esqueceu a diplomacia.

Clóvis Rossi foi responsável por diversas coberturas internacionais na época em que atuou como correspondente internacional em Buenos Aires, na Argentina, e em Madri, na Espanha. Suas vivências durante o período de correspondente, como o acompanhamento da queda do mundo de Berlim e do golpe militar no Chile, moldaram suas opiniões e concederam repertório para que ele enxergasse além do comum.

A preferência pelo tema dos poderes, entretanto, não influenciava em seu gosto pelo futebol. Rossi foi torcedor do Palmeiras e do Barcelona. Inclusive comentou, em tom de brincadeira, durante uma entrevista ao jornalista Juca Kfouri, que seu sonho seria ser setorista da Champions League.

Foi colunista e repórter especial da Folha de S.Paulo e membro do conselho editorial do jornal. Clóvis Rossi era casado com Catarina Clotilde Ferraz Rossi; teve três filhos e três netos.

Na gravação do programa Cartas na Mesa, parceria entre o Observatório da Imprensa e o curso de Jornalismo da ESPM, Clóvis Rossi falou, entre outros temas, sobre as mudanças no jornalismo com as redes sociais.

“As redes sociais — ou ou o uso delas pelos candidatos, pelos políticos, pelos empresários ou por quem quer que seja — faz com que desapareça o off the record que é uma fonte de informação substancial. Então tudo o que está ali é on the record, necessariamente a favor do candidato ou da agenda ou do empresário.”

“A única militância que eu sempre tive foi a favor da democracia.”

“Eu acho que é uma crise do modelo de negócio, porque as pessoas continuam a ler notícias abundantemente, talvez mais do que nunca porque há mais meios de comunicação disponíveis.”