O debate sobre o vazamento de informações de segurança nacional dos EUA à imprensa levou o departamento de inteligência do país a implementar novas medidas para evitar e punir tal prática. As novas normas incluem o controverso teste de polígrafo (o chamado detector de mentiras) com funcionários governamentais, para saber se eles revelaram informações confidenciais a jornalistas. Além disso, permitem que o inspetor-geral de inteligência investigue casos de vazamento mesmo que o Departamento de Justiça, normalmente encarregado de tais investigações, decida não apresentar denúncia.
“O vazamento de informações confidenciais de segurança nacional é intolerável em qualquer nível, mas a leva recente de vazamentos pede que medidas sejam tomadas. Precisamos acabar com essa cultura da divulgação não autorizada”, declarou o republicano Mike Rogers, presidente do Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes.
Espionagem
As medidas anunciadas acompanham o endurecimento das ações do governo do presidente Barack Obama contra o vazamento de informações confidenciais. No início de junho, o procurador-geral dos EUA, Eric H. Holder Jr., ordenou investigações sobre o vazamento de informações para oNYTimes sobre terrorismo e guerra cibernética [leia mais aqui].
O governo de Obama tem um histórico de perseguição ao vazamento de informações para a imprensa. Em três anos e meio, seis informantes foram acusados pela Lei de Espionagem por vazamento de informações confidenciais – número superior ao das administrações anteriores. Informações de Summer Harlow [Knight Center for Journalism in the Americas, 26/6/12].