Tuesday, 16 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1283

RSF lista 71 profissionais mortos ao longo do ano

A organização Repórteres Sem Fronteiras contabilizou 71 jornalistas mortos por ligação com seu trabalho em 2013. O número é 20% menor do que o encontrado em 2012. Cerca de 40% das mortes ocorreram em zonas de conflito, como a Síria, a Somália e a república russa do Daguestão. Os profissionais mortos – 96% eram homens – também foram vítimas de bombas, de ataques de grupos armados ligados ao crime organizado, de milícias, da polícia e outras forças de segurança, ou por ordem de oficiais corruptos.

As regiões com o maior número de jornalistas mortos foram Ásia, com 24, e Oriente Médio e Norte da África, com 23. Entre os países mais letais para jornalistas estão Síria, Somália e Paquistão. Índia e Filipinas substituíram as posições que eram do México e do Brasil no ano passado. Ainda assim, o Brasil manteve o mesmo número de mortos de 2012: cinco.

Agressões e sequestros

A diminuição do número de mortes deste ano em comparação ao ano passado foi ofuscada por um aumento nos episódios de agressões físicas e ameaças vindas de forças de segurança, além de milícias e grupos rebeldes. Houve também um aumento de 129% no número de sequestros, de 38 em 2012 para 87 em 2013. A maioria dos casos ocorreu no Oriente Médio e Norte da África (71), seguidos pela África Subsaariana (11). Na Síria e na Líbia, foram 49 e 14 jornalistas sequestrados, respectivamente.

A Repórteres Sem Fronteiras, com sede em Paris, contabilizou 178 jornalistas presos. O número difere do encontrado pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas, de 211 profissionais encarcerados em 2013, por conta da diferença de metodologia na medição das duas organizações.

>> Veja aqui o relatório da RSF, em inglês.