Thursday, 28 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

Mídia negativa afeta lucro do SeaWorld

A rede de parques temáticos americana SeaWorld, que apresenta shows com animais aquáticos, vem sofrendo financeiramente com a repercussão negativa do debate na mídia sobre o tratamento dado às baleias orcas, sua principal atração. O Sea World, que tem parques em Orlando, na Florida; San Antonio, no Texas; e San Diego, na California, começou a receber críticas após o lançamento, em 2013, do documentário Blackfish. A partir da história da orca Tilikum, envolvida na morte de três pessoas ao longo dos anos – entre elas sua treinadora, em 2010 –, o filme mostra o duro tratamento recebido pelas baleias do Sea World e o impacto psicológico que o tempo em cativeiro pode trazer para os animais.

O debate em torno do tema levou dois deputados pelo estado da Califórnia a propor um estudo federal sobre o impacto da vida em cativeiro para animais marinhos. Eles apresentaram uma proposta de lei para proibir que orcas sejam mantidas em cativeiro no estado – o que acabaria com o parque de San Diego. Segundo o SeaWorld, a repercussão do documentário e da proposta de lei na mídia acabou afetando a frequência de seus parques.

Após o lançamento do filme, em julho de 2013, as ações da companhia tiveram queda na bolsa de valores. No início de 2014, quando Blackfish não foi indicado ao Oscar, as ações subiram novamente. Ainda assim, desde o ano passado, as ações já caíram 22%.

O parque afirma que considera o bem-estar dos animais sua prioridade máxima, e respondeu agressivamente ao lançamento do documentário. Antes da produtora Magnolia Pictures lançá-lo, o SeaWorld enviou para cerca de 50 críticos uma resenha sobre Blackfish, dizendo se tratar de um filme “desonesto, deliberadamente enganoso e cientificamente impreciso”. A reação de defesa, no entanto, não foi suficiente para minimizar os estragos causados pelas questões levantadas no documentário.

>> Assista ao trailer de Blackfish: