O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) divulgou seu censo anual de jornalistas presos: entre 1º de janeiro e 1º de dezembro de 2014, 220 jornalistas se encontravam encarcerados no mundo todo.
A China foi a detentora do recorde de prisões, contabilizando 44 profissionais de imprensa encarcerados (32 a mais em relação ao mesmo período em 2013). Quase metade dos presos é de minorias étnicas (tibetanos ou uigures), incluindo o blogueiro Ilham Tohti e mais sete funcionários de seu site. Tohti é o ativista da etnia uigur mais conhecido no país e foi condenado à prisão perpétua após ser acusado de “incitar o separatismo”.
O Irã figura em segundo lugar na lista, com 30 jornalistas presos; cinco a menos em relação a 2013. Dentre os presos está Jason Rezaian, repórter do Washington Post.
A Turquia – que apresentou a maior quantidade de prisões de jornalistas em 2012 e 2013 – caiu no ranking (com sete profissionais encarcerados), pois libertou a maioria de seus presos em 2014. No entanto, os dados do CPJ não incluem os jornalistas presos no dia 14/12/2014, durante a repressão ao movimento de Fethullah Gulen. A notícia é que 24 pessoas foram detidas sob acusação de conspiração contra o Estado turco, entre jornalistas, produtores de TV e policiais.
No Egito, o número de jornalistas presos dobrou em relação a 2013 – passando de seis para 12. Dentre os detidos estão três repórteres da Al-Jazeera.
Globalmente, 132 jornalistas enfrentam acusações políticas, como conspiração contra o Estado, além de subversão ou terrorismo. No entanto, 45 deles (20% do total) foram presos sem uma acusação clara.
A maioria dos jornalistas presos (119 profissionais) trabalha para sites. Dentre o restante, 83 são funcionários de impressos, 15 de estações de rádio e 14 de emissoras de televisão.
Os números incluem apenas aqueles que foram presos exercendo a profissão e excluem profissionais apoiados por organizações não-estatais, como o grupo ISIS.
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