A revista americana Rolling Stone solicitou à escola de jornalismo da Universidade Columbia, em Nova York, uma investigação para descobrir os fatores que levaram à publicação de um artigo repleto de falhas. A reportagem, veiculada na edição de novembro de 2014, trazia o depoimento de uma jovem que alega ter sofrido estupro coletivo em uma festa na Universidade da Virginia em 2012.
A autora do texto, a jornalista Sabrina Erdely, foi entrevistada pelo jornal Washington Post, que acabou encontrando uma série de erros. A revista não teria entrado em contato com os supostos agressores ou checado dados como o nome completo da suposta vítima e se houve, de fato, uma festa no dia em que ela diz ter sofrido o estupro. As falhas básicas de apuração provocaram discussões no meio jornalístico e mancharam a reputação da publicação.
A Reuters criticou a postura da Rolling Stone em procurar a Universidade Columbia, alegando que o gesto “não passa de uma jogada para que a escola de jornalismo produza uma revisão de como ela lidou com a história”. Já o fundador e publisher da revista, Jann Wenner, disse que vai publicar uma nota sobre o assunto na edição de janeiro de 2015 a fim de explicar o acordo com a universidade.