Tuesday, 23 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Diretor da CIA: redes sociais dificultam combate a terroristas

As redes sociais estão dificultando o combate a organizações terroristas, que utilizam as tecnologias para coordenar operações, recrutar novos membros e compartilhar informações. A opinião é do diretor da Agência Central de Inteligência (CIA) dos EUA, John Brennan.

Durante um discurso em Nova York [13/3], Brennan discorreu sobre como as novas tecnologias estão ajudando os grupos terroristas a expandir o alcance de seus atos. “A ameaça terrorista em geral está sendo amplificada pelo mundo interconectado, onde um incidente em um canto do mundo pode instantaneamente gerar uma reação a milhares de quilômetros de distância, e onde um extremista solitário pode, online, aprender como atacar sem sequer sair de casa”, declarou.

De acordo com Brennan, as redes sociais e a facilidade de comunicação elevaram a dificuldade das agências de inteligência para lidar com as ameaças de ataques de grupos como o Estado Islâmico (EI). “As novas tecnologias podem ajudar grupos como o EI a coordenar operações, atrais novos recrutas, disseminar propaganda e inspirar simpatizantes ao redor do mundo para agir em seu nome”.

Para o diretor da CIA, os recentes ataques ao semanário francês Charlie Hebdo, a uma escola no Paquistão e a um café em Copenhague, na Dinamarca, são exemplos da tendência de ataques decentralizados, cujo planejamento é mais complicado de rastrear.

“Esses ataques realçam uma perturbadora tendência que nós temos monitorado: o surgimento de uma ameaça terrorista que é cada vez mais descentralizada, difícil para descobrir e difícil de impedir”, disse Brennan, ressaltando que agências como a CIA monitoram as redes sociais em busca de ameaças individuais.