Thursday, 18 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1283

Alberto Dines responde

Não se deve exigir coerência dos leitores – em geral são impulsivos, incoerentes, ilógicos e esquecidos. Justamente por que são impulsivos, incoerentes, ilógicos e esquecidos são essenciais, insubstituíveis.

Se os leitores fossem prudentes, lógicos e donos de assombrosas memórias não precisariam informar-se nem comprar jornais, livros ou revistas.

Mas a coerência é indispensável para o exercício do jornalismo. Sem ela, derrubam-se os parâmetros, dissemina-se a confusão.

Este Observador não se considera onisciente nem infalível. Mas em tudo o que escreveu sobre o ‘jornalismo fiteiro’, sobre a distribuição de dossiês secretos ou sobre o conluio entre grampeadores-arapongas e repórteres ‘investigativos’ a posição tem sido rigorosamente a mesma: repudiar o jornalismo passivo e a promiscuidade com interesses anônimos e escusos. Fácil comprovar, basta ler o que foi publicado (veja a lista abaixo).

Nos episódios anteriores este Observador foi acusado de tucano, agora está sendo acusado de favorecer o PT. Provavelmente pelos mesmos autores. A nenhum deles ocorreu examinar a questão sob a ótica da defesa do jornalismo independente, responsável, avesso ao sensacionalismo.

Compreende-se: aqueles que são parciais não podem entender a busca da imparcialidade, os eternos indignados não suportam a serenidade, os incendiários abominam a coerência. Sem eles, o jornalismo seria desnecessário (A.D.)

Leia também de Alberto Dines sobre o jornalismo fiteiro:

Quando grampo não é grampo – A.D.

O caso da fita, verso e reverso – A.D.

ACM, a mãe de todos os grampos – A.D.

Quando jornalismo é só fita, até ventilador desanima – A.D.

Quem não tem grampo vai a Miami – A.D.

O fetiche das fitas – Alberto Dines

Suicídio das baleias enforcadas em fitas – A.D.

A quem pertence um bem público? – A.D.

A bomba de Época exigiu explicações – A.D.

O Globo, um feito e uma pista – A.D.

Que tal examinar edições antigas? – A.D.

O denuncismo nunca mais será o mesmo – A.D.

Fita-bomba e leviandade máxima – A.D.

No reino da arapongagem – A.D.

Época enrolada – A.D.

Quem tem grampo tem tudo – A.D.

Rotina dos grampos agora tem novidade: a torpeza – A.D.

Impressões digitais – A. D.

Grampo cresceu e virou mordaça – o que é pior? – A.D.

Entre o grampo e a mordaça – A.D.

Hora de trocar o espetáculo – A.D.

Mídia fuzila antes de apurar – A.D.

Vazamentos, grampos & fitas: um caso de moralismo seletivo – A.D.

A quartelada midiática – A.D.

Turma do grampo não quer ser incomodada – A.D.

Máfia do grampo e cumplicidade da mídia – A.D.

A volta triunfal do jornalismo fiteiro – Alberto Dines

Quando a mídia for grampeada – A.D.