Tuesday, 23 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Anúncio de personagem gay irrita religiosos suecos

O comediante britânico Sacha Baron Cohen está sempre causando polêmica com seus personagens. Cohen atuava em três esquetes na TV inglesa: o rapper Ali-G, o repórter de moda gay Brüno e o repórter cazaque Borat. Este último o tornou famoso internacionalmente ao ser adaptado para a telona do cinema, em 2006. Este ano foi a vez de Brüno ‘causar’. O filme estreou nos EUA no início de julho e tem lançamento marcado para agosto no Brasil.


Cohen alega que muitas das cenas – tanto em Borat como em Brüno – não são armadas. Os ‘coadjuvantes’ seriam realmente enganados pela produção. ‘Quem acha que é armação deveria ver a quantidade de processos que tivemos com Borat‘, afirmou o comediante em entrevista recente no talk show do apresentador David Letterman, na rede americana CBS. De fato, um palestino retratado em Brüno como terrorista já declarou que pretende entrar com ação contra Cohen.


Lugar errado


Esta semana, foi a vez do longa – que mostra o repórter austríaco indo atrás da fama nos EUA – gerar controvérsia na Suécia. Tudo porque o site da publicação religiosa Kyrkans Tidning divulgou um anúncio de Brüno. Segundo Dag Tuvelius, editor do jornal destinado a fiéis da Igreja Luterana sueca, leitores entraram em contato com a redação para criticar a peça. A filial sueca do Exército de Salvação, que também havia pagado por um anúncio no site do diário, mostrou-se insatisfeita por compartilhar o mesmo espaço com clipes do filme. ‘O que este filme mostra não está em sintonia com nossos valores. É sobre um estilo de vida que não apoiamos’, declarou Victor Poke, presidente da organização.


Após as reclamações, os clipes foram retirados do site. Tuvelius afirmou, no entanto, que o jornal deveria ter o direito de anunciar o filme. Dos nove milhões de habitantes do país, sete milhões são membros da Igreja Luterana. Informações da AFP [30/7/09].